Uma Lua Nova escrita por bgsmeinterfona


Capítulo 8
Epilogo 2


Notas iniciais do capítulo

FIC DEDICADA A TODAS AS PESSOAS QUE ME ACOMPANHARAM E GOSTARAM DA FIC



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Epilogo – parte 2 – Pov Rosalie.

 

Um pequeno som chiado – não aqui, mas a cem metros leste – me assustou. Fechei minha mão automaticamente em volta do celular, o fechando e o tirando de vista no mesmo momento.

 

Enrolei uma mecha de meu cabelo por cima do ombro, olhando a floresta pelas altas janelas. O dia estava nublado; meu reflexo era mais fraco que as nuvens, me encarei no reflexo da janela, meus olhos arregalados, meus lábios levemente enrugados e uma ruga vertical entre minhas sobrancelhas...

 

Fiz uma careta, desfazendo a expressão de culpa, pela de desprezo. Um desprezo atraente, que combinava com o meu rosto, contrastando bem com o dourados dos meus grossos cachos. Ao mesmo tempo procurei algo entre as altas arvores da floresta do Alasca, e fiquei contente em saber que estava sozinha; o som deveria ser de algum galho batendo na casa.

 

Não tem sentido eu me sentir contente –disse a mim mesma- não tenho o porquê de me sentir culpada, não fiz nada de errado.

 

Os outros planejavam contar quando a verdade a Edward?  Nunca? Acho que essa não era uma das melhores opções, enquanto ele fica se lamuriando por becos escuros e sujos, enquanto Esme ficava de luto, e Carlisle se sentia como se estivesse de mão atadas, sem poder fazer nada em ajudar ambas as partes? Acho complicado, Edward só ficaria cada vez mais nervoso se descobrisse que escondemos a verdade dele por tempo demais, ela vivia para isso, para ficar sabendo de tudo a toda hora.

 

Eu me salvaria, quando ele superasse toda a confusão, com certeza eu seria a primeira a quem ele iria agradecer.

 

A quilômetros de distancia, um trovão ecoou no céu, e me assustei de novo, fazendo com que eu voltasse a checar a janela, me vendo refletida coma mesma expressão de culpa, que novamente foi substituída pela de raiva.

 

Eu tinha razoes suficientes para ter tomado essa atitude. Eu era tão egoísta assim de querer que minha família voltasse a ser como era antes? Era tão difícil querer voltar a sentir paz novamente? Voltar a ouvir Emmett fazer suas piadas, e ouvir Edward me irritando.

 

Eu só queria que as coisas voltassem a ser como antes, não só pra mim, mas para todos. Emmett, Carlisle, Esme.

 

Nem tanto por Alice, ela sempre esteve tão confiante que as coisas dariam certo de alguma forma, que não se deixou abalar pelo rompimento de algumas partes da família. Alice sempre funcionou num mundo diferente do de nós, sempre tão à frente, trancada em uma realidade mutável. E Edward era o único que conseguia participar dessa realidade. E eu tinha pensado que a ausência dele afetaria mais ela, mas eu tinha me enganado, ela continuou vivendo a frente, sem se alterar, sua mente num tempo em que seu corpo ainda não alcançara. Tão calma.

 

Mas ficou chocada quando ela viu Bella pular, ela ficou fora de si, tentando fazer algo para mudar o que já havia sido feito.

 

Será que eu fui impaciente? Agi rápido demais?

 

Ok, era melhor eu ser honesta comigo mesma agora, a ter de enfrentar os outro depois esfregando na minha cara o porquê de eu ter agido desse jeito.

 

Sim, eu estava com ciúmes do jeito de como Alice se sentia com Bella. Alice correu tão rápido, agiu tão desesperadamente, e se ela tivesse me visto pular de um penhasco? Por que ela tinha de amar essa humanazinha idiota mais do que me amava?

 

Talvez o ciúme tivesse acelerado minha decisão, mas não tinha sido o motivo principal. Eu teria ligado para o Edward antes de qualquer coisa, mas eu saberia que ele preferiria minha honestidade agora, do que a bondade dos outros depois.

 

E agora ele poderia voltar para casa, e tudo voltaria a ser feliz como antes.

 

Bom, não era a felicidade da minha família que eu sentia falta. Eu sentia falta do Edward em si, com as pequenas observações cortantes dele, com o seu humor negro que estava mais em sintonia com o meu do que o feliz e contente do Emmett. Saudade as musica, de quando ele colocava seus pensamentos confusos em notas no piano, ou de sua mais nova descoberta de uma banda desconhecida. E sentia mais falta ainda de quando resolvíamos mexer nos carros, só eu e ele, a única hora em que ficávamos perfeitamente em harmonia.

 

Eu sentia saudades do meu irmão. Mas com o tempo ele concordaria em voltar para casa, e quanto entes as coisas voltariam a ser como antes.

 

E busquei em minha memória algum luto por Bella, e fiquei contente em descobrir que eu sentia pena da menina sim. Um pouco. Ela conseguiu deixar Edward mais feliz em alguns meses, do que os cem anos que ele viveu tinham feitos. Mas é claro que nesses meses ela o deixou infeliz igualmente. Mas eu sentia falta da paz que ela proporcionou a ele, eu lamentava verdadeiramente a perda dela.

 

 Esse reconhecimento fez eu me sentir melhor, por Edward, por Bella, e por mim mesma. Eu sorri para meu reflexo emoldurado na janela da sala de estar de Tanya, e contemplei a visão, não era sempre que eu conseguia sorrir verdadeiramente, e porque não havia no mundo homem ou mulher no mundo que ficasse tão bonita quanto eu enquanto sorria. Esse pensamento me consolava. É claro que eu não era uma das pessoas mais fáceis de se conviver, talvez porque eu era superficial e egoísta. Quem sabe se eu tivesse nascido com um rosto e um corpo comum, eu teria sido mais feliz. Mais isso era impossível de se provar, e a minha beleza era algo com que eu podia sempre contar.

 

Alarguei mais o sorriso.

 

O telefone tocou, e involuntariamente eu fechei a mão em punho, embora o som tenha vindo da cozinha e não do meu pulso.

 

E eu soube que era Edward, querendo checar a informação que eu tinha dado. Ele não confiava em mim? Ele achava que eu era capaz de fazer piada de algo como isso? Eu fiz uma careta de raiva, decepcionada com o que eu estava pensado sobre Edward. E voei em direção a cozinha para atender o telefone de Tanya.

 

Peguei o parelho que estava em cima de uma bancada com um vaso de flores ao lado.

 

- Sim. – eu perguntei.

 

- Rose, eu preciso falar com o Carlisle agora – Alice disse ríspida.

 

-Ah, Alice! Calisle está caçando. O quê –

 

-Ótimo, assim que ele voltar, então.

 

- O que é? Eu vou atrás dele agora mesmo e peço para ele ligar para você –

 

- Não – Alice interrompeu de novo. – Estarei em um avião. Olha, você teve notícias do Edward?

 

Meu estomago se revirou, de uma forma meio esquisita, fazendo com que a expressão de culpa voltasse, e trazendo um estranho déjà vu de uma memória humana há muito tempo perdida. Náusea...

 

- Bem, sim, Alice. Verdade. Eu falei sim com o Edward. Há alguns minutos – por alguns segundos brinquei imaginado se eu deveria fingir contando a Alice que foi Edward quem me ligou, mas a idéia se afastou subitamente, eu não tinha o porquê mentir a Alice, de um jeito ou de outro ela descobriria a verdade e eu teria de enfrentar as conseqüências.

 

Meu estomago, continuou a se mexer estranhamente, e decidi ignorar, Alice não deveria falar assim comigo, e alem do mais Edward iria-me agradecer verdadeiramente por eu ter dito a verdade a ele.

 

- Você e Carlisle estavam errados – eu disse. – Edward não gostaria que mentissem para ele. Ele iria querer a verdade. Ele quis. Então eu dei a ele. Eu liguei para ele… Eu liguei para ele muitas vezes – eu admiti. – Até que ele atendesse. Uma mensagem teria sido… errado.

 

- Por quê? – Alice ofegou. – Por quê você fez isso, Rosalie?

 

- Porque o quanto antes ele esquecer isso, quanto antes as coisas voltarão ao normal. Não teria ficado mais fácil com o tempo, então por que adiar? Tempo não vai mudar nada. Bella está morta. Edward vai ficar de luto e então superar. Melhor que ele comece agora do que depois.

 

- Bem, você está errada nos dois casos, Rosalie, então isso seria um problema, não acha? – Alice perguntou um tom feroz, cruel.

 

Errada nos dois casos? Eu pisquei tentando entender o que eu tinha deixado passar.

 

- Bella ainda esta viva? –eu sussurrei, as palavras pareciam ter sido ditas erradas.

 

- Sim, é isso mesmo. Ela está absolutamente bem –

 

- Mas você não disse que ela pulou de um penhasco?!

 

- Eu estava errada.

 

A frase soou muito estranha na voz de Alice, ela nunca tinha sido enganada...

 

-O quê?

 

- É uma longa história.

 

Bella ainda estava viva. Alice estava errada. Eu tinha dito...

 

- Você causou uma linda bagunça Alice – eu resmunguei a acusando – Edward ficara furioso quando voltar pra casa.

 

- Mas você está errada sobre essa parte também – Alice disse. Eu podia dizer que ela estava falando por entre os dentes. – É por isso que eu estou ligando…

 

- Errada sobre o quê? Sobre Edward voltar pra casa? É claro que ele vai voltar – eu ri zombando, ele não era tão estúpido - O quê? Você acha que ele vai dar uma de Romeu? Há! Como algum estúpido e romântico –

 

- Sim – Alice sibilou, a voz como gelo. – É exatamente isso que eu vi.

 

A convicção na voz de Alice, me fez arrepiar e deixou meus joelhos bizarramente bambos. E me segurei no estande do telefone, um apoio que eu não precisava. Ele não poderia ser tão burro assim, ele deve perceber que...

 

Eu não consegui terminar a frase, por que de algum jeito eu consegui ter essa visão, uma visão própria, algo como seria minha vida se Emmett deixasse de existir. Eu tremi e tive se me sustentar de novo na estante.

 

Mas isso não tinha comparação, Bella era só humana, e Edward não queria que ele fosse imortal, essa era uma das conseqüências, Edward não podia sentir a mesma coisa.

 

- Eu – eu não tive a intenção, só queria que as coisas voltassem a ser como antes – eu despejei isso num jato, as palavras pareciam rosnados.

 

- É um pouco tarde demais para isso, Rose – Alice disse, mais grossa e fria que antes. – Guarde seu remorso para alguém que acredite nele.

 

Ouve um estalo, e o barulho da linha sendo cortada.

 

- Não – eu gritei, balançando a cabeça freneticamente – Edward tem de voltar para casa – eu disse essa frase apenas como um sussurro, mal saindo de meus lábios.

 

Eu encarei meu rosto na mesma janela em que eu estava mais cedo, meu reflexo de culpa mal passando de um borrão. Corri ao longe na floresta, tentando encontrar algo, que pudesse me ajudar.

 

Um estrondo ao longe fez com que eu corresse em sua direção, Emmett.

 

Um galho quase cai em cima de mim, eu desvio rapidamente, e paro a uns 30 metros de Emmett.

 

- Emmett – eu grite, alto demais – Emmett, ajuda.


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Notas finais do capítulo

ACABO MEU POVO, É IÇÂE ACABO A FIC, sim eu estou desolada aqui, foi a minha 1° fic, e ela ficou tãããããão pequena, mas era pra ela ser menor, então nao reclamem, espero que você gostem desse ultimo cap com o pov da Rose que foi baseado em um extra da tia Meyer ok então FELIZ NATAL, FELIZ ANO NOVO, E BOAS FESTAS MEUS AMORES. e adorei escrever essa fic pra vocês de verdade e bom eu vou continuar postando, só que só one-shoot, vou postar uma hoje bgsbgsbgs:* até a proxima.



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