Vida Adulta - A nova geração escrita por Júlia França


Capítulo 28
Descobrindo a magia




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ASHLEY POV.

_ Venha logo Patrick. Estamos atrasados. – Gritei do andar de baixo da nossa nova casa.

_ Já tô indo mãe! – Ele gritou de volta. – Cadê o papai?

_ Vai encontrar a gente no cinema. Pegue um casaco! Está frio lá fora. – No segundo seguinte, um menino de sete anos desceu as escadas correndo. Ele estava com um dos livros ganhados da tia, e o casaco azul na outra mão.

_ Por que ele está sempre na loja?

_ Prá ganhar dinheiro! Quer morar debaixo da ponte, agora?

_ Não. – Ele riu alto. – Vamos logo! Quero ver o filme!

_ Vamos, então. – respondi enquanto ele me puxava para o carro.

_ Mais rápido, mãe! Não quero me atrasar! – Chegamos no cinema vinte minutos antes da sessão começar. – Cadê eles?

_ Devem estar chegando. Nós viemos muito cedo, porque uma certa pessoa ficou me apressando.

_ Desculpe. – Falou risonho, mostrando os dentinhos que estavam começando a cair. Apertei sua bochecha. – mas eu queria ver a Geórgia.

_ Olha aqui, garoto. Vê se toma cuidado com a Geórgia. Você sabe que o seu tio é muito ciumento.

_ Mas...

_ Mas nada. E você só tem sete anos!

_ Tá bom. PAI! – Gritou, quando viu James entrando no cinema.

_ Oi campeão! – Ele abraçou o filho. Me vi sorrindo involuntariamente. – Oi meu amor. – Sorriu, me abraçando com força e dando um selinho no meu pescoço e depois na boca.

_ Tava com saudade.

_ Eu também. Fiquei pensando no seu cheiro o dia todo.

_ Podem parar de melação? Quero procurar os outros! – Patrick nos puxou. – Lucia! – Correu para abraçar a prima.

Lucia estava mais dourada do que nunca. Os cabelos loiros cacheados e os olhos castanhos dourados iluminavam o rosto corado. Ela estava usando um vestido xadrez com um casaco vermelho e uma sapatilha branca que acolhiam muito bem a cascata dourada que caía pelos ombros.

_ Oi gente. – Rose cumprimentou. Ela e Scorpius estavam de mãos dadas e sorriam enquanto a filha conversava com Patrick.

_ Como está? – James perguntou sorridente.

_ Vai ser um atacante. Ou goleiro. – Ela passou a mão na barriga de seis meses. – Fica me chutando o tempo todo.

_ Com certeza vai ser um Sonserino. Porque a outra já está perdida. Peguei ela lendo um dicionário na semana passada. – Scorpius lamentou.

_ Um dicionário? – Ashley parecia incrédula. – Isso é coisa sua, Rose?

_ Não. Eu vi ela junto com Scorp. – Deu de ombros. – Pelo menos vai ter cultura.

_ Lendo um dicionário? Como alguém consegue entender o mundo lendo um dicionário? Se pelo menos fosse um livro... mas é um dicionário! – James dizia, como se tudo estivesse perdido.

_ Talvez você tem razão. – Rose pareceu pensativa, acariciando a barriga involuntariamente.

_ Qual é o nome do bebê? – Patrick perguntou, quando ele e a prima chegaram rindo.

_ Kevin. Gostou?

_ Gostei. – Riu alto. – Cadê a Geórgia?

_ Ainda não chegou querido. – Rose falou sorridente. Os primos se sentaram em um banco perto dos pais. – acha que eles têm futuro? Geórgia a Patrick, quero dizer.

_ Se Alvo não matá-lo antes, acho que pode até ser que sim.

_ Concordo. Mas acho que Alvo vai acabar aceitando de boa no final das contas.

_ Você não conhece o meu primo. Ele é muito persistente. Tipo muito.

_ Lembra quando ele invocou que queria ficar com a Julie? Não pensava em mais nada. E na Lua-de-Mel deles? Alvo preparou tudo para que fosse perfeito e ela não pudesse esperar nada melhor. – James listou as diversas vezes que o irmão tinha sido persistente.

_ Eu me lembro. – Rose riu. – E no final das contas ele sempre consegue o que quer, sendo desse jeito.

_ Não é? – Ashley sorriu. – Apareceu a margarida! – Ela falou mas alto para a família que vinha caminhando. Os mais velhos seguravam as mãos da garotinha que estava no meio e vez ou outra a balançavam no alto.

_ Olá. – Julie estava renda alto com alguma coisa que Alvo tinha dito. Ela estava famosa agora, e escrevia muitos romances bons. Eu mesma já li muitos deles.

_ Oi! – Dissemos juntos. Alvo a abraçou assim que Geórgia saiu do meio deles e foi correndo cumprimentar os outros pequenos.

_ E então? Vamos assistir esse filme ou não? – Scorpius perguntou.

_ Claro. – Demos de ombro. Os homens foram correndo comprar os ingressos e nós fomos com as crianças comprar pipoca e refrigerante.

_ Mamãe! Me dá um Sapo de Chocolate?

_ Eu quero uma Varinha de Alcaçuz!

_ Quero Feijõezinhos de todos os Sabores!

_ Calma! Falem um de cada vez, pelo amor de Mérlin!

_ É. Assim vamos perder o filme! – Eles falaram tudo de novo, lentamente dessa vez, e o atendente da lanchonete riu, enquanto eles tiravam par ou ímpar para ver quem falava primeiro.

_ Ai meu Deus! Crianças são tão complicadas! – reclamamos, quando eles começaram a atacar o lanche antes de entrarmos na sala.

_ Pronto? – Nossos maridos perguntaram.

_ Na medida do possível. Vamos logo. Antes que eles terminem de devorar a pipoca antes de entrarmos.

_ Quero ficar junto com a Lú e a Géo! – Patrick resmungou.

_ É claro que quer. – Alvo reclamou. Julie somente revirou os olhos e o puxou. – O que foi amor? Falei alguma coisa errada?

_ Não. Na verdade... gosto quando sente ciúmes dela.

_ Sério?

_ Sério. Te amo. – Eles começaram a se beijar assim que se sentaram.

_ Mãe! Isso é nojento! – Geórgia tampou o rosto.

_ Continue pensando assim até os trinta. – Alvo aprovou a atitude da filha.

_ Chega, vocês dois! O filme vai começar e vamos ficar aqui assistindo o seu ciúme obsessivo?

_ Sim. – Alvo deu de ombros, olhando para a tela que começava a ficar colorida e as luzes iam se apagando.

_ Mãe! – Lucia chamou.

_ Fala meu amor. – Rose atendeu, fazendo carinhos no seu cabelo.

_ Tenho medo do escuro. – Ela choramingou. Scorpius pegou a garota no colo e a abraçou, juntamente com Rose, que estava do seu lado.

_ Por que não começa logo? Por quê?

Patrick pulava na cadeira, até que começou a levitar.


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