Vida Adulta - A nova geração escrita por Júlia França


Capítulo 13
Parkinson




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_ Eu gosto desse. – Scorpius sorriu, quando eu mostrei o vestido escolhido para ele. Meu marido estava sentado na cama enquanto eu remexia na mala.

_ E desse? – Perguntei em dúvida.

_ Prefiro o primeiro. – Começou a rir.

_ O que foi?

_ Nunca vi você tão preocupada com vestidos. – Afirmou. Sorri e me sentei no seu colo, largando as peças em cima da cômoda.

_ Quero que você me ache bonita. – Falei sério, fazendo carinho no seu rosto.

_ Eu vou te achar bonita de qualquer jeito. – Ele fechou os olhos, apreciando o carinho. Beijei sua boca demoradamente e depois me levantei, fazendo ele ficar confuso.

_ O que foi? Por que parou?

_ Espere aqui. Vou tomar banho. – Falei brincalhona, levando a minha roupa para o banheiro. Escutei ele gritando um “isso não se faz”, mas logo esqueci de tudo quando senti a água quente caindo gostosamente me mim.

Saí do banho e procurei a escova de cabelo. Penteei rapidamente. Agora com ele mais curto, na altura do ombro, era mas fácil de pentear. Passei a mão na nuca sem querer e senti a cicatriz. As vezes ela me incomodava um pouco, não pela própria marca, mas pelo que ela poderia acarretar, quer dizer... meu tio era uma horcrux por causa dela. Deixei esse pensamento de lado. Ele estava morto, dessa vez de verdade.

_ Voltei. – Falei quase gritando, para o loiro que estava jogado na cama, fingindo cochilar. – Eu não demorei tanto, vai.

_ Eu sei. Só estava te esperando. – Sorriu, dando um beijo no meu rosto. Peguei o sapato e a maleta de maquiagem e me sentei na poltrona, de frente para o espelho, enquanto ele ia tomar banho.

_ Pronta? – Perguntou, me analisando. Sorri e confirmei com a cabeça. – Você está perfeita. – Ele murmurou, olhando nos meus olhos enquanto abraçava a minha cintura.

Vestido Jaqueta Sapato

_ Obrigada loiro.

_ Não tem de quê, Ariel anã. – Fiquei na sua frente, com os braços cruzados. – Tudo bem. ruiva. Não te chamo mais assim. Prometo. – Dei um selinho demorado nele e segurei a sua mão, enquanto íamos para o elevador.

SCORPIUS POV.

_ Você gosta de surpresas? – Perguntei, quando Rose questionou onde iriamos jantar.

_ Mais ou menos.

_ Ótimo. É surpresa. – Dei de ombros, mesmo depois que ela deu um tapa doloroso no meu braço. – Isso doeu, sabia?

_ Ótimo. – Ela cruzou os braços. A abracei por trás. E beijei a sua nuca, inalando o cheiro de mel do seu perfume.

_ Para com isso. Ainda estou de mal. – Ouvi ela disse, meio insegura, agora.

_ Não paro. – Sussurrei no seu ouvido.

_ Tudo bem. – Suspirou. – Não estou mais de mal.

_ Vamos logo. – Sorri, passando os braços pelos seus ombros.

_ Sério. Onde vamos?

_ Em um restaurante de comida japonesa. É sua favorita, lembra? – Perguntei, quando vi seus olhos brilharem. – Cuidado. Vai me cegar. – Brinquei.

_ Engraçadinho. – Fez uma careta. – VAMOS LOGO! – Ouvi a ruiva gritando no meu ouvido. Abracei minha esposa, pensando em como eu era sortudo de me casar com ela, mesmo correndo muitos riscos de ficar surdo.

_ Estamos indo minha ruiva. – Beijei o seu rosto.

ROSE POV.

Scorpius me levou a um restaurante que tinha toda a decoração japonesa. Nos sentamos em uma mesa perto da janela e pedimos sushi. Ficamos conversando até a comida chegar.

_ Vamos voltar para o parque amanhã, não vamos? – Perguntei, pegando um pedaço de salmão do prato.

_ Vamos sim. – Respondeu sorrindo. – Estava pensando em te levar para outro lugar da cidade depois.

_ Onde?

_ Ainda não pensei. – Admitiu. – Estava pensando em uma boate. – Olhei confusa para ele. – É um lugar onde os trouxas dançam a noite. É uma festa.

_ Entendi. E é divertido?

_ Eu fui só uma vez com uns amigos enquanto estava na França. Em um dia que não tinha aula, mas eles não deixaram a gente sair da cidade, então não dava para eu te ver.

_ E você ficou com alguém lá? – Perguntei divertida, mas sentindo ciúmes.

_ Você sabe que eu só enxergo você Rose. – Piscou.

_ Ainda não me respondeu.

_ Não. Não fiquei com ninguém na França. – Sorri, fazendo carinho na sua mão com o polegar.

_ Uma coisa que eu realmente não entendo. – Toquei no assunto, quando ele me olhou atento. – O que você viu na Parkinson, quer dizer... enquanto namorou com ela em Hogwarts.

_ Não sei. – Admitiu. – Ela gostava de mim e eu gostava de você. Acho que foi um jeito de tentar te esquecer. – Deu de ombros. – Não funcionou. Percebi que não conseguiria ficar sem te ver todos os dias na festa de Natal. Você estava tão linda no vestido azul! Tão mais decente do que a Parkinson, mas ao mesmo tempo muito mais bonita. Fiquei com raiva por ela estar usando uma coisa tão indecente. E então vi o primeiranista dando em cima de você. Terminei com ela, porque sabia que não conseguiria mais te esquecer. – Senti uma lágrima escorrendo pelo meu olho direito. Ele delicadamente a coletou com o polegar.

_ Isso foi tão romântico. – Admiti, apertando a sua mão. – Eu te amo.

_ Também te amo. – Sorriu. - Ainda bem que no fim deu todo certo. Nossos pais nos aceitaram juntos e você ressuscitou. Sabe uma coisa que eu não entendo?

_ O que?

_ Eu sabia que quando o matasse, você voltaria, mas não consigo entender como você começou a andar de novo.

_ Isso? – Perguntei, apontando para as minhas pernas. Ele assentiu. – Acho que meio que a energia vital dele passou para mim. – Dei de ombros. – Tudo que eu tinha de ruim que ele tinha de bom passaram para mim. No caso ela conseguia andar, e eu não. Você sabe o que aconteceu com a Pedra da Ressurreição?

_ Foi colocada no Departamento de Mistérios. – Fiz uma careta. – Não posso fazer nada em relação a isso. – Suspirou. – Eu também preferia que fosse destruída.

_ Pelo menos colocaram escolta naquele lugar? – Scorpius concordou. – Melhor.

_ E então? Está gostando de ser medibruxa? – Perguntou, sem assunto.

_ Muito. Na verdade acho que não seria tão bom se eu fosse auror, como pretendia.

_ Rose... – Ele começou, mas achou que não era bom continuar.

_ Fala.

_ Não é nada. É bobagem.

_ Se não pode falar alguma bobagem para a sua esposa, para quem vai falar?

_ Do nada isso veio na minha cabeça. E se tivéssemos um filho? – Perguntou. Eu não esperava por essa, na verdade.

_ Um filho? Nossa. Isso parece muita responsabilidade. – Eu estava gostando da ideia, mas fiquei com medo de não ser uma boa mãe.

_ Eu... esqueça. É besteira. Só veio na minha cabeça. Se não estiver pronta eu vou entender.

_ Não! Eu gostei. De verdade. – Completei, quando vi seus olhos brilhando. – Acha que eu seria uma boa mãe?

_ Acho que não existiria mãe melhor.

_ Não sabia que gostava tanto assim de crianças.

_ E não gosto. Mas com um filho é diferente. Muito diferente. De uns tempos para cá eu venho pensando nisso. – Admitiu.

_ E como chamaríamos o nosso filho? – Perguntei, divertida. A ideia tinha me afetando de um jeito bom.

_ Não sei. Acho que teríamos que pensar no assunto. Mas eu gosto de Isaak.

_ Isaak é legal. Nicolas? – Saboreei a palavra na minha boca. – Isaak é melhor.

_ Verdade. E se for menina?

_ Lúcia.

_ O feminino do nome do meu avô?

_ Na verdade não pensei nisso. Eu realmente gosto de Lúcia. – Ele olhou nos meus olhos e sorriu.

– É bonito. Eu gosto de Lúcia. – Admitiu. Então se tivermos um filho homem ele vai se chamar Isaak e se tivermos uma filha ela vai se chamar Lúcia. Gostei.

_ Não acredito nisso Scorpius. Você está fazendo planos com essa mulher? – Ouvi uma voz conhecida e odiada atrás de mim. Scorpius ficou com uma cara enojada, mas isso não diminuiu o ódio que eu senti naquele momento. – Sou eu meu amor. Não me diga que se esqueceu de tudo o que passamos juntos. – Parkinson disse com aquela voz esganiçada que eu tanto odiava.


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Notas finais do capítulo

Eu sei. Também fiquei com raiva. Só não tentem me acertar com um Avada, porque senão não tem mais capítulo.



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