She's my favorite drug escrita por Karin


Capítulo 3
Uma intrusa no paraíso dos perdidos.


Notas iniciais do capítulo

Hellooo!Quero pedir desculpas a vocês porque disse que o capitulo sairia ontem,mas não sei porque o Nyah bugou ai e resolveu não disponibilizar o capitulo que eu tinha programado, mas agora estou aqui e espero do fundo do meu coração que gostem desse capitulo assim como eu gosto de ler os reviews de vocês.



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Valentina Borelli

–O que acha?-Pergunta Alice,parando em frente a porta do meu quarto,girando em cima dos seus imensos saltos Prada para que eu pudesse analisar seu look.

–Ahn...muito rosa,mas em você ficou bonito.

Ela bate palminhas e dá um pulinho de alegria,me fazendo rir.

–E você?Vai assim?-Indaga,me olhando da cabeça aos pés e torcendo o nariz para minha cueca box (que eu furtei de um amigo) e a blusa colada com estampa de oncinha.

–Claro que não,né anta.Vou me arrumar ainda.-Respondo,fechando o notebook com um baque e me levantando da cama.

–Ajuda?

–Sempre bem-vinda.-Respondo,para depois pensar no que havia dito.-Na verdade nem sempre,gosto de me virar sozinha,mas nesse caso,eu aceito.

–Tá,era só responder se queria ou não,mas tudo bem.

–Ai grossa.

–É a convivência contigo.

Mostro a lingua pra ela e entro no banheiro,tomando provavelmente o banho mais rápido da minha vida.

–E ai,tá bom?-Pergunto,vestindo uma blusa de estampa étnica que deixa a mostra uma pequena parte de minha tatuagem nas costas,um short todo retalhado,dois dedos acima da caveira mexicana tatuada em uma das minhas coxas e calçando um salto de 20 centimetros,ressaltando minha tatuagem no peito do pé.

–Perfeito.Caramba,como eu amo suas tatuagens.

–Você também tem,né?

–Você esqueceu?3 simbólos do infinito,um na nuca,um no pulso e outro no dedo,ah e uma nota musical no dorso do pulso.

–Ah é!Por que você tem tantos simbolos do infinito?

–O do pulso representa a familia,tipo "familia na veia"sabe?O do dedo,na verdade é o número 8,meu número da sorte e ...

A explicação de Alice é interrompida pelo meu celular,que começa a berrar Bangarang de Skrillex.

–Deve ser a galera perguntando por mim já,bora logo.-Digo,deixando o telefone tocar.

–Hum...e nessa galera tem gato?

–Tem sim,lilica porém hoje nada de pegação ok?Você vai ter muito tempo pra isso,hoje vamos nos divertir,eu e você,você e eu,e muita cachaça também.

Ela ri e me dá um selinho de amizade,para logo depois tirar uma foto de nós duas abraçadas.Para postar no instagram,provavelmente.

Alice Zimmermann

Devo dizer que toda minha ansiedade se esvaiu no exato momento em que Tina estacionou a Ferrari em frente a um prédio abandonado e todo pichado,em rua escura e muito suspeita.

–Aqui que é o lugar onde rola as festas mais fodas,exclusivas e liberais de São Paulo?-Debocho,descendo do carro.

–Pode debochar querida,você vai se surpreender.-Retruca Tina,me acompanhando.-Depois que entrar no casarão,nunca mais vai querer sair.

–Aham,Tina eu estou aqui rezando para eu que eu tenha a chance de sair,bem capaz desse prédio desem cima da gente.

Ela apenas ri,me guiando até uma imensa porta de metal sem fechadura,ou nada do tipo,apenas um painel eletrônico ao lado.

–Vira pra lá.-Pede,digitando alguma coisa no painel.

–Ah fala sério Tina,agora vai dizer que não posso saber a senha?!

–Allie,se senha fosse pra todo mundo saber,nem exisitiria.-Retruca,me fazendo revirar os olhos.

Assim que a porta se abra,batidas eletrônicas que eu não tinha ouvido antes,invadem meus ouvidos.O "salão" a nossa frente está escuro e totalmente vazio,o que me deixa um pouco confusa.De onde está vindo esse barulho?

Tina me puxa para dentro,me guiando no escuro até um elevador antigo e enferrujado que me dá a impressão que irá despencar a qualquer momento durante nosso caminho até o ultimo andar do prédio.

Assim que as grades enferrujadas se abrem,meu queixo cai.Por trás da imensa de cortina de fumaça de cheiro excêntrico está uma espécie de barboate dos melhores.As luzes fortes me cegam,a música agitada perturba e desperta meus sentidos,me dando vontade de dançar até o dia seguinte.

Um homem de cabelo colorido de olhos injetados e nariz tão vermelho quanto sua franja,surge em nossa frente magicamente,pulando em cima de Tina.

Leo!Que saudade!Não sabia que você já tinha voltado de Amsterdã!-Cumprimenta Tina,abraçando o cara.

–Voltei ontem,honey!E você,o que faz por aqui?

–O que acha,Leo?É sexta a noite,meu querido,já viu Valentina Borelli em casa sexta a noite? -Responde outra garota,se intrometendo na conversa e oferecendo um copo a Tina.
–Isso mesmo Ilai,dia de chapar.Na verdade,todo dia é dia.-Responde Valentina,piscando para a garota coberta de tatuagens que aparentemente se chamava Ilai.

–Então...quem é a sua amiga?Foi aceita na facção?Onde é a...

–Não Ilai,ela acabou de se mudar de BH e tá morando comigo agora,trouxe pra conhecer a galera mesmo.-Responde Tina,interrompendo-a.

–Que facção?-Pergunto curiosa,já que Tina nunca mencionou que participava de nenhuma facção. -É tipo essas coisas de irmandade de universidade?Ai,adoro!Quero participar também.

–É....tipo isso,pode deixar querida,você vai participar.-Responde a tal Ilai,com um olhar esquisito enfeitando o rosto.

–Mas e ai...aceita um cigarro?Cerveja?Não seja timida.-Pede Leo,me dando um tapinha no braço.

–Ela vai querer uma dose de tequila,Leo.Uma não,várias!Para comemorar sua nova fase de vida!-Berra Tina,me abraçando pela nuca e me fazendo rir.

–Opaaaaa,então vou buscar logo uma garrafa pra gente!

–Aquí está mi hermosa, una verdadera reserva de la familia!-Tina improvisa no espanhol,enquanto enche um tipico copo para shot.-Vai,quero ver virar tudo!

–Tá bom,tá bom,eu vou virar,mas primeiro eu quero fazer um brinde....um brinde a esse mundo cheio de pessoas boas como vocês,um brinde a você Tina,por ser uma grande e incrivel amiga e também ao futuro maravilhoso que eu sei que terei.

–Arriiibaaa!-Gritamos todos juntos,antes de virar a dose de tequila pura.
E depois mais uma....e mais uma....e outra,e outra....enfim,quando me dou conta,estou dançando com Tina em cima da mesa.

–I got this feeling on the summer day when you were gone! crashed my car into the bridge. I watched, I let it burn.-Canta Tina,a plenos pulmões.-I threw your shit into a bag and pushed it down the stairs!I crashed my car into the bridge!

–I dont´t care,i love it!-Completo,fazendo minha mão de microfone e cantando junto com ela.

Começamos a pular em cima da mesa,mas mesmo depois que ela quebrou e nos espatifamos no chão,nos levantamos e continuamos a dançar com as mãos para cima e os dedos entrelaçados.Unidas.

–Posso fazeeeer una cosita contigo?-Pergunta,ainda insistindo naquele espanhol fajuto.

Aceno com a cabeça e dou liberdade para ela afastar meu cabelo do e despejar um pó branco em meu pescoço.Tina se debruça sobre mim,me segurando pela nuca cheirando todo o pó.

–Isso é coca?

–Não....é a personificação da felicidade.-Responde,com um sorriso bobo no rosto.

–Todo mundo tá feliz? Tá feliz!Todo mundo quer dançar?Quer dançar!Todo mundo pede bis,todo mundo pede bis quando para de tocar,mais um,mais um!
.....

–Eu vou morrer,ai meu deus,eu vou morrer!Tomara que tenha muito anjo gostoso no céu.-Berro,enquanto Tina praticamente voa pelas ruas,de volta para casa.

–Eu quero ir pro inferno só pra pegar a gostosa da Amy Winehouse!-Grita Tina,sem tirar o pé do acelerador um segundo sequer.

–Tina,agora é sério,presta atenção,preciso te falar uma coisa muito séria...

–O quê?Você tem herpes?Sempre desconfiei.

–Não,não!É pior,muito pior...

–Que foi?

–Não briga comigo,por favor,é muito importante...-Digo,já chorando.

–Fala logo,despacho de encruzilhada!

–Eu fiz xixi no banco do seu carro.

Valentina Borelli

Abro os olhos e vejo Alice adormecida em cima de minha barriga,com um pouco de baba escorrendo da boca.Com cuidado,me livro de seu peso e saio da cama,procurando avidamente meu celular que não para de tocar.

–Bom dia,Valentina!Como foi a noite?Apresentou o casarão a sua amiga?-Cumprimenta Luige,dono do casarão e que ODIAVA que levasse intrusos ao seu point.

–Sim,sim,ela adoro,por sinal.-Debocho.

–Que ótimo,mas isso não é motivo para me impedir de enfiarem uma bala na cabeça dela.

–Não precisa disso,Luige.Calma.

–Eu realmente espero que você me convença disso,quando chegar ao meu escritório,o que eu espero que faça em 20 minutos,ou senão,a bala vai é pra a sua cabeça.

Desligo o telefone,revirando os olhos para a sua ameça e cato um short jeans no chão e visto um suéter qualquer,notando a ausência do sutiã apenas quando estaciono em frente ao Casarão.Diferente da noite passada,o galpão não está vazio,os "seguranças" mal encarados de Luige estão espalhados por todo o espaço,jogando poker com armas maiores que meu braço penduradas nas costas.Se fosse em tempos diferentes,eu estaria apavorada,mas já havia me adaptado.

–O patrão tá te esperando lá embaixo.-Avisa um dos mal-encarados,me guiando em direção a um elevador na direção oposta do que eu havia pegado com Alice na noite passada.Mas ele não precisava me mostrar o caminho,eu o conhecia muito bem.

A escada levava a um galpão mais embaixo,onde mais pessoas faziam o refino preparo das drogas para serem comercializadas.Em um canto,havia uma enorme porta de madeira maciça,onde o grande lider daquilo tudo repousava,provavelmente fumando seu charuto cubano.

–Valentina,mas que bom te ver!Há quanto não vejo esses lindos cabelos ruivos...-Cumprimenta Luige com sua habitual malicia,ao me ver entrar em sua sala.

–Oi Luige,como vai?-Respondo.

–Muito bem,obrigado,mas ficarei melhor ainda se a senhorita me der uma desculpa espetacular para me impedir de mandar meus colegas darem um jeito na sua amiga intrusa,ou em você também,já que tu é a responsável por esse incidente.

–Eu sei Luige,mas....

–Mas o quê?Você quer me fuder,é isso?-Berra,batendo na mesa.-Já pensou se essa garota acha o galpão aqui debaixo?Já pensou se ela abre a boca?Você vai ser a primeira a rodar,Valentina.

–Relaxa tá?Ela não sabe de nada,só levei ela lá pra cima pra curtir,ela não tem nem ideia que esse galpão existe.Eu sei o que estou fazendo,sério.-Afirmo,olhando-o diretamente nos olhos.

Ele finalmente se acalma,dando mais uma tragada no charuto que havia deixado de lado ao me ver chegar.

–Ok então...mas faço questão de deixar claro que se der alguma merda,eu vou mandarem ir atrás de você e da sua amiguinha,mato ela na sua frente e depois enfio uma bala no meio dessa sua cabeça ruiva.-Ameça,me encarando firmemente.-Estamos entendidos?

–Sim.-Respondo,cerrando os punhos na tentativa de conter o grande "vai se fuder" que está na ponta da lingua,pronto para ser berrado na companhia de um lindo dedo do meio.

–Ótimo,mas tenho outro assunto pra tratar com você.Sente-se.

–Não,prefiro ficar em pé,obrigado.-Respondo,cruzando os pés.

–Senta,porra!-Berra,batendo na mesa novamente.

Me sento na cadeira rapidamente,fazendo-o sorrir de forma maliciosa.

–Melhor assim.Aceita um charuto?Cigarro?Whisky?

–Um whisky tá bom,obrigado.

Luige se levanta de sua poltrona de veludo vermelha estilo "O poderoso chefão" e vai até sua estante,servindo uma dose de Bourbon e trazendo para mim.

–Agora que você já está devidamente servida,vamos aos negócios.


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Notas finais do capítulo

E então?O que acharam?Gostaram?Odiaram?Ficou legal?Ficou chato?Sem graça?Engraçado?Deem a opinião de vocês!Provável que o proximo capitulo saia no sábado,mas nada confirmado.



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