–Senhorita já vamos fechar. – A bibliotecária disse assustando Julia que estava concentrada.

–Quantas horas?

–Oito. – A bibliotecária respondeu e saiu.

Logo Julia estava de volta nas ruas da cidade que estavam praticamente vazias.

“Ainda bem que a Jess foi embora ela teria se matado se tivesse perdido doze horas da sua vida na biblioteca.” Pensou rindo.

Julia estava andando quando sentiu passos pesados atrás de si, ao se virar viu um homem bêbado a olhando com um sorriso malicioso.

“Por Morgana era só o que faltava!”

–Princesa vem cá não foge. – O homem berrou e passou a cambalear mais rápido.

Julia continuou andando até que viu dois motoqueiros a frente que pareceram ter os mesmos pensamentos do bêbado.

“Eu mato a Jessika quando chegar em casa.”

Logo a mulher estava cercada pelos três que sorriam maliciosos.

–Saiam da frente antes que se machuquem. – Julia avisou, mas os homens sorriram.

“Eu avisei!” Pensou e quando um dos homens tentou toca-la ela proferiu.

– Dolor, nulla fortuna.

Assim o homem que tentou toca-la caiu ao chão sua cabeça explodia e o fazia berrar.

Os homens se assustaram e olharam para Julia que sem se abalar voltou a dizer.

–Ingredere malorum meminisse dolore excitare

Os três homens desmaiaram ali mesmo, Julia os olhou com nojo.

–Inúteis.

A mulher queria ir embora e descansar e deixa-los ali se lembrando daquele momento para sempre com medo, mas não podia. Humanos que conhecem a magia e ficam sem controle se tornam perigosos.

Julia se concentrou e apertando o colar com o símbolo de sua família recitou o feitiço para apagar as memorias dos homens.

– Oblivisci videre, quod non ...Lorem ipsum quae est, non tibi,

Obliviscividere,quodnon...Lorem ipsumquaeest, non tibi,

***

Depois de uma longa caminhada sem mais incidentes Julia chegou em casa. Ao abrir a porta viu a irmã esticada no sofá assistindo Homeland.

–Finalmente, onde você estava? – Jess perguntou para a irmã que com a cara fechada respondeu:

–Da próxima vez eu fico com o carro.

Enquanto Julia subia as escada Jessika pensou: “Quem será que tentou mata-la agora?”