Destinos Interligados escrita por Risurn


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

OLÁ POVO

Pois então, eu to bem tristinha, porque eu não ganho quase nenhum review e poxa vida, tem quase cinquenta pessoas acompanhando e poucos comentam algo!

Maaas eu adoro quando recebo algum então... Annabeth Jackson e Anita Carneiro vocês tem sido as que mais acompanham pelo o que vi. Então eu to dedicando pra vocês, eu sei que são reviews e não recomendações, mas eu vou dedicar pra vocês porque sim!

P.S.: Eu AMO escrever P.O.V.s da Annie, espero que gostem.
P.S.²: Eu adoro essa música (faz uma semana haha)



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Annabeth III

You had a lot of crooks tryna steal your heart
Never really had luck, couldn't never figure out / How to love

Finalmente entrei no bendito prédio três, sala dezoito.

Todos estavam se cumprimentando e sentando com as suas duplas, não vi novidade nenhuma, fui até o fundo da sala, e me sentei, sozinha como sempre. A única aluna da turma sem dupla. Realmente, eu era super popular.

Peguei minhas coisas enquanto esperava o professor de história, Pã, chegar, mas olhei para a porta da sala e algo se mexeu no meu estomago. O garoto que eu vi no pátio estava ali. Porque nem as minhas preces podem ser atendidas? E porque ele só fica na porta e não entra? E, porque raios ele está me olhando agora? E, finalmente, como eu posso fazer tantas perguntas ao mesmo tempo?

– Senhor Jackson, poderia entrar e sentar? – disse Pã, então eu me assustei, maldita hiperatividade, eu me desliguei quanto tempo que nem vi o professor entrar?

– Mas, professor, parece que todo mundo tem dupla, devo sentar sozinho? – ótimo, agora sou invisível.

– Senhor Jackson, terei que providenciar uma consulta no oculista para você? A senhorita Chase está bem ali sozinha. – Droga de boca grande.

Ele andou em direção a minha carteira enquanto eu tentava manter a respiração instável e não demonstrar nervosismo, afinal, ele não me faria nenhum mal, não é?

– Bom dia – ele disse simpático.

Não respondi, dei um sorriso amarelo. Pã iniciou a aula. Um silêncio levemente tenso se instalou entre nós. Mas ele não parecia satisfeito.

– Ei, você é a garota do pátio, não é?

Senhor Jackson, você não é nada bom em puxar assunto. Respirei fundo e respondi.

– Sim.

– Você fala? – ele arregalou os olhos numa falsa surpresa que me fez rir. – agora sim acho que posso me apresentar enquanto você está com essa risada adorável, meu nome é Percy Jackson. E o seu?

Arregalei os olhos, eu não podia ter tanta sorte, Jackson? Um Jackson? Que destino adorável. Tudo bem que o professor já havia dito o nome dele antes, mas só agora pensei nisso. Ele começou a rir da minha cara, ai eu percebi que desliguei de novo.

– Jackson? Como Sally Jackson? A escritora? Você a conhece?

– Calma loirinha, uma pergunta de cada vez, - os olhos verdes sorriram divertidos – Sim, Jackson, exatamente como Sally Jackson, é, a escritora – ele mostrou certo animo – e eu a conheço mais do que imagina.

– Conhece? – sabia que eu estava entusiasmada de mais com um estranho, mas não prestei atenção a isso.

– Sim, calma, respire fundo, parece que você vai ter um ataque a qualquer momento. – eu ri da sua fala, e fiz um sinal indicando que continuasse – ela é a minha mãe.

Abri os olhos ainda mais se possível.

– Tá brincando comigo Jackson? Você é filho dela? Não acredito. Consegue um autografo dela? Um não, dois... Porque com a sorte que tenho eu vou perder um deles, e... – o professor pigarreou, cortando minha empolgação.

– Senhorita Chase, - me olhou inquisidor – não me faça lhe dar uma advertência, você nunca precisou. – apenas assenti e voltei a olhar para as minhas coisas.

Silêncio. Foi assim que ficamos por alguns minutos, e fiquei tão concentrada que por um minuto esqueci a criatura maravilhosa sentada ao meu lado. Onde mais eu teria tanta sorte?

– Ei – ele sussurrou, será que ele não consegue ficar quietinho um minuto? – com qual nome ela deve assinar a dedicatória? “Senhorita Chase” não parece apropriado.

Sorri, eu ainda não havia falado meu nome.

– Na verdade, Senhorita Chase deve ser suficiente, não sei se devo dizer meu nome para um estranho.

– Estranho? Não sou um estranho, você sabe quem é minha mãe, e somos colegas de história.

– Isso não faz de você um conhecido.

– Então eu preciso dar um jeito nisso.

– Não, não precisa. - Outro olhar de Pã sobre mim. – Vamos lá Jackson, não me faça levar uma advertência por sua causa. – sei que fui grossa, mas ao menos ele ficou em silêncio, a última coisa que preciso é que o novo membro da elite se aproxime de mim e perca o cargo de “novo popular”. Eu já conseguia ver as outras garotas suspirando na direção dele, e ri com isso, como elas podem ficar caidinhas por um cara que nunca conversaram? Parece tão ilógico. Um sinal cortou meus pensamentos, maldita hiperatividade me desligou outra vez.

Enquanto arrumava minhas coisas Percy não se moveu, continuou sentado como se nada fosse nada. Quando levantei o moreno continuava na mesma posição, só quando passei pela porta ele pareceu acordar e vir atrás de mim, ótimo, pensei revirando os olhos. Andei até meu armário para pegar o livro de francês.

Troquei os livros, devolvendo o de história e pegando o da língua do amor, quando fechei o armário quase dei um grito.

– Você me assustou! – Percy estava atrás da porta, esperando, pelo jeito. – Quer me matar do coração?

– Me desculpe, mas eu não sei onde é a minha sala agora. – minha expressão suavizou, eu sabia como era ficar perdida na Goode.

– Ah, tudo bem, me deixe ver a sua folha de horários. – ele a passou pra mim – a propósito, sabe onde é seu armário? – ele negou com a cabeça – bem, você só precisa olhar aqui – apontei para o topo da folha – C 73, então você precisa olha qual é o corredor C – apontei para a nossa parede – que por acaso é esse, e ver o numero no topo nos armário, o 73 é cinco armários à esquerda do meu. A combinação é essa aqui em cima. E a sua aula... – olhei o papel, só pode ser brincadeira – você está me seguindo ou algo assim?

Ele sorriu feliz, por achar seu armário.

– Te seguindo? Não, se bem que não é uma má ideia.

Corei fortemente.

– Muito bem, sua aula é de francês, vou te mostrar onde é.

– Ei, Chase, ainda não sei seu nome.

– Nem vai saber – sussurrei.

Seguimos até a sala, me sentei em um lugar qualquer, e ele se sentou próximo a mim.

– Isso está virando perseguição.

Ele apenas sorriu de lado, o que o deixava ainda mais bonito e prestou atenção ao professor.

Quando eu relaxei um pouco pelo silêncio, uma garota vestida de preto da cabeça aos pés que eu havia encontrado mais cedo resmungou em minha direção, eu não havia acordado de bom humor, então pensei em retrucar, mas quando fui fazê-lo fui cortada pelo professor.

Ele falava sobre fazer uma dinâmica digna de jardim de infância, à qual não prestei muita atenção, mas Percy parecia interessado, eu soltava sorrisos aqui e ali da testa que ele franzia quando ouvia algo que estranhava, ou quando sorria da estupidez que outra pessoa disse, até a hora que o professor apontou para mim, indicando que era minha vez. Engoli em seco. Lembrar meu leve pânico de público não seria uma boa agora.

– Certo, meu nome é Annabeth Chase, tenho 16 anos, o meu futuro eu não sei bem ao certo, mas sei que um bom emprego, uma faculdade, está nele. Gosto de ler, ouvir, música sair. Não gosto de... – vacilei, tinha tanta coisa que eu não gostava, não gostava da minha maldita falta de sorte, da minha estupida vida, onde nem poder dormir direito eu podia, tudo parecia conspirar contra mim, então falei algo para tapear - Mentiras. – abaixei a cabeça e sentei, sentindo que corava, por ter falado em publico sobre mim, na frente de tantas pessoas.

– Meu deus, - o professor falou – ninguém consegue falar algo verdadeiro?

Eu não sabia se me sentia ofendida, ou aliviada por não ter falado nada suspeito, até que Percy levantou-se.

– Meu nome é Percy Jackson – e sorriu maldosamente para mim, merda, agora ele sabia meu nome, por algum motivo eu não achei isso muito ruim, mas não admitiria – tenho 18 anos, gosto de surfar, e de tocar violão, piano, ou qualquer instrumento, acabei de me mudar, e, acho que é só.

Ele se sentou ao meu lado e não olhou para mim, pude ver que ele estava sorrindo no momento que pegou uma folha e começou a escrever, e escrever sem parar. Para então pegar outra folha e escrever novamente, mas essa última ele entregou a mim. Fiquei levemente perdida por estar recebendo um bilhete em sala, e fiquei mais surpresa ainda quando li. Foi o primeiro em meses que não continha xingamento de nenhum tipo para mim. Dizia pouca coisa, mas me fez sorrir.

Annabeth é um nome muito bonito. Porque não me disse logo?
Ele combina perfeitamente com você, mas é muito longo, que tal um apelido?
Você tem algum? Se tiver, não tem problema, mas eu vou te chamar de Annie, tudo bem por você?

Sorri para a cara de apreensivo que ele fez enquanto me via ler, gesticulei um “Ok.” mudo que o fez sorrir me fazendo revirar os olhos. Ficamos em silêncio até o final da aula, quando o professor dividiu a sala em equipes, por um segundo fiquei com receio de que estivesse na equipe de Percy, por sorte ou não, não foi o caso.

– Chase, Grace e McLean – ele falava os trios.

Grace? A Grace que esbarrou em mim? Maravilha. Levantei me arrastando até ela, que me olhava com cara de pouco caso. Respirei fundo.

– Certo, Thalia, não é? Que tal se nos encontrássemos em algum lugar pra fazer o trabalho hoje à noite? – não na minha casa, por favor, implorei em pensamento.

– Olha só queridinha, eu tenho coisas mais importantes pra fazer hoje, então se vire com a bonequinha de luxo. – disse ela, eu fiquei com cara de tacho enquanto ela colocava os fones e ignorava minha existência. Achei melhor sair e falar com Piper antes que eu tentasse esganar Thalia.

– Oi, Piper... – fui impedida de continuar pelo dedo com unhas muito bem feitas que se levantou.

– Espera ai – ela digitava furiosamente no celular, não me lembrava Piper ser assim quando à conheci – Que foi?

– Eu só pensei que a gente podia se reunir para fazer o trabalho hoje, você pode até escolher o lugar, que tal? – ela pareceu pensar um pouco.

– Olha, eu adoraria ajudar você a traduzir esses montes de textos, mas eu vou sair com Jason hoje.

– Mas... E o trabalho? – o sinal finalmente tocou.

– Não sei, tente falar com a morcega gótica ali. – eu até riria do que ela falou se não visse que ela estava falando sério enquanto pegava a sua bolsa e saia, me deixando com cara de tacho pela segunda vez naquela manhã.

Percy veio falar comigo novamente, e por alguma sacanagem do destino tínhamos a terceira aula juntos, decidi pegar o horário dele e analisar bem, só teríamos mais aquela aula juntos e depois apenas a última. Ainda bem.

Fiquei a aula toda em silêncio enquanto Percy tentava em vão puxar assunto comigo, quando o sinal finalmente bateu e eu estava prestes a sair, ele me chamou.

– O que foi agora? – disse ríspida.

– Calma Annie, eu só ia perguntar o que houve. – um arrepio percorreu a minha espinha ao ouvir meu nome sair daquela boca linda de voz rouca que... Annabeth, foco.

– Eu? Estou ótima, não tá vendo? Ande rapidinho, o superman loiro acabou de sair, talvez você consiga alcança-lo e conseguir um lugar com sua turminha no intervalo!

– Superman loi.. – ele olhou por cima do ombro, apenas para não ver ninguém, até que sorriu – espera, o Jason é o Superman loiro? Ele sabe disso?

Arregalei os olhos.

– Provavelmente não, os bajuladores em volta dele não devem falar nada. - Percy franziu a testa. – Olha só Percy... Eu não acho que você vá ganhar muita coisa insistindo em falar comigo. Já percebeu quantas pessoas são meus amigos? Quantos me olham? Quantos falam comigo? Você é da elite, e caso não saiba estou longe de ser um deles, não destrua sua popularidade andando ao meu lado.

Ele abriu a boca para responder, mas a fechou, quando eu estava prestes a sair ele puxou minha mão, não de uma forma rude, mas forte o suficiente para me fazer ficar. Um choque percorreu meu corpo.

– Ei, Annie – outro arrepio – eu não ligo pra eles, quero fazer minha popularidade sem a ajuda do Superman ali, e não vejo nenhum problema em ser seu amigo.

Algo se aqueceu na boca do meu estomago, mas arranjei forças e me desvencilhei de sua mão.

– Você não vê, mas eu vejo. Acredite a visão não é muito boa. Por favor, apenas... Apenas me ouça e vá, é melhor, não sou fácil de lidar.

Ele pareceu decepcionado.

– Se... Se você mudar de ideia...

– Ta bom Percy, pode ir.

Ele saiu, e eu suspirei, que loucura foi essa? Porque ele quis falar comigo? Qual o cabimento dessa história?

O restante do dia pareceu se arrastar, topei varias vezes com Percy nos corredores, sem nenhum de nós dois sabermos o que fazer bem ao certo, apenas abaixávamos a cabeça e continuávamos com nossos caminhos.

A parte mais difícil foi a ultima aula, nós chegamos juntos e desviamos, consegui sentir o peso dos olhos dele sobre mim, mas tentei parecer muito interessada na aula, mas meus pensamentos viajavam para longe, mas especificamente para dentro de olhos verdes que me faziam ter estranhos apertos na boca do estomago, e no seu toque me fazendo ter pequenos choques.

Eu só queria ir pra casa e resolver a pilha de exercícios de Francês que teria de fazer sozinha.


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Notas finais do capítulo

E ai? Reviews? Uma recomendação? Muahahaha
E... Acredito eu que a coisa vá começar a melhorar agora
Beijos ^^



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