Agencia Passio di Reborn escrita por reneev, Abely C


Capítulo 7
Parede e pinceis - parte 2




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Uma viajem nunca foi tão cansativa quanto aquela para Abel, e olha que ele já viajou muito nessa vida, mas carregar uma farsa estava quase lhe sugando a alma, ainda mais na frente da sua família. Estavam já nos últimos dias e nem havia amanhecido na imensa mansão da família Fluer. Todos ainda dormiam já que os jogos do dia anterior acabou muito tarde, logo o jantar acabou tarde, todos foram dormir tarde e lá estava o ex-gerente em seu quarto sem conseguir dormir, talvez fosse a cama gigantesca, ou os lençóis egípcios que não estava mais acostumado a sentir, mas a verdade era que necessitava falar com Wanuki.

Vestiu seu roupão, já que a manhã nos campos da Itália eram frescos demais, quase frio, mesmo na primavera. Calçou as pantufas para que seus pés não entrassem em contato com o mármore do corredor, que devia estar congelado àquela hora da manhã. Saiu pé ante pé e caminhou até o final do corredor, e para não fazer barulho, foi logo abrindo a porta e agradecendo por ela não estar trancada.

Wanuki estava deitado, sem conseguir dormir também, enquanto escutava uma música de rock no MP3... Ao ver Abel, parou o aparelho e sentou, acendendo uma lanterna que tinha deixado ali do lado.

– .... Abel?

Aquele objeto fez o loiro até fazer uma careta sem acreditar naquilo. Até colocou as mãos na cintura para dramatizar.

– Uma lanterna? Sério? Quantos anos você tem? –perguntou indignado tirando o objeto das mãos dele e a desligando enquanto abria uma das pesadas cortinas, deixando o nascer do sol iluminar o ambiente.

– precisamos conversar...

– ... Sim, pode começar. - Indicou a cama, enquanto dava atenção para o loiro. - Estou ouvindo.

O menor sentou-se e tentou começar, mas toda vez parecia que o ar travasse sua garganta, e precisava começar tudo de novo. As mãos balançando no ar como se isso fizesse as palavras saírem, bagunçava os cabelos enquanto grunhia baixo tentando começar.

– Eu... eu sinto como se estivesse sendo sufocado... – E olhou para o maior parecendo perdido, mas logo as esmeraldas pararam nos alvos lençóis e deixou as pantufas no chão enquanto os pés se direcionavam ao colchão e as pernas fossem abraçadas.

– ... Bem, é normal os familiares quererem que os integrantes solteiros arranjem alguém que amam, e que cuide deles... - Disse, apoiando a cabeça nas mãos, olhando o loiro. - Ou está... se sentindo sufocado em relação a mim?

O loiro se deitou na cama deixando os fios espalhados, suspirou e passou a olhar o lustre que estava logo acima da cama. – Acho que eles desconfiam de algo... e Deus! Como você joga mal – acabou rindo ao lembrar-se que o moreno não tinha nem chance contra seus primos, mas dava um desconto por seus parentes serem todos atletas. Seus pensamentos estavam tão confusos que nem conseguia terminar um raciocínio direito.

– Mas eu consegui vencer aqueles... dois gêmeos no xadrez. - Disse, defendendo-se. Nisso, inclinou-se para trás e juntou a mão com a de Abel, enquanto buscava os olhos dele, fazendo um arco com o corpo. - Voltando... você não disse se está se sentindo sufocado só por ser familiares, comigo ou por nós dois...

Abel direcionou seus olhos para a mão dada e de principio estranho, já que ninguém estava olhando, mas aquilo não o incomodava, era até bom. O que estava lhe incomodando eram os sonhos que andava tendo que o faziam acordar molhado e se sentindo como um maldito pré-adolescente. Fugiu novamente da pergunta e dos olhos do outro voltando ao lustre.

– Hoje vai ter só uma partida de vôlei na praia e vão andar de canoa, pode ou não ser uma competição, depende de que horas todos vão acordar e do animo deles... vamos tirar as fotos em família e... várias fotos de nós dois juntos... Fazem isso todo ano... Sabe... várias pessoas achariam besteira o parceiro de alguém estar nas fotos, diriam ‘’e se terminarem’’ sabe? Mas... minha família tem meio que uma maldição... Só conseguir amar uma pessoa em toda sua vida... dai vai ter as nossas fotos e... vão começar as perguntas... dai vão descobrir que é tudo uma farsa – suspirou parecendo derrotado, fechando os olhos.

– ... - Apertou as mãos com Abel, puxando o queixo dele. - Apesar de não termos tantos anos de relacionamento "amoroso" juntos, temos anos de trabalho juntos... Podemos usar isso ao nosso favor. - Inclinou, beijando a testa de Abel. - Acho muito bonito o que sua família faz. Mas, se tivesse dito a verdade para o seu pai, que apenas estava se hospedando na casa de um amigo porque pediu demissão, ele iria aceitar, creio. Mas disse que éramos namorados... Mesmo se fosse para fazer seu pai feliz, acho que você sabe que dizer que estava solteiro ainda, iria ser melhor do que simplesmente mentir. Então... - Tomou fôlego. - Posso entender que falou que éramos namorados... Porque você quer que sejamos namorados de verdade, Abel? - Apertou ainda mais as mãos do menor.

O coração do menor já batia rápido pelo simples fato de ter seu queixo puxado pelo mais velho, e só de pensar que seria beijado ficou completamente vermelho. Ouvia o que o outro de forma meio abafada, seus olhos grudados nos lábios dele, seu coração batendo tão alto que era difícil escutar outra coisa, mas ele tinha seu orgulho e isso era do tamanho do mundo.

– n-não seja convencido, idiota! – chutou o outro e saiu da cama ainda vermelho ajeitando seu roupão – eu aqui abrindo meu coração e esse idiota pensando idiotices, vê se pode uma coisa dessas – falava rápido consigo mesmo e andava de um lado para o outro. – quem iria querer ser namorado? Idiota – mostrou a língua para ele e se retirou do quarto.

Wanuki no entanto segurou Abel e o puxou de volta, apoiando-o contra a porta e olhando nos olhos dele. - ... Bem, esse idiota aqui quer ser o seu namorado... então, se não está disposto a ouvir o resto... posso te dar mais uma prova. - Murmurou, encostando os rostos. - Se não gostar do beijo, pode dizer... - Em seguida, o moreno colou as bocas de um jeito carinhoso, para em seguida ir aprofundando-o e trazendo para seus braços o corpo do loiro, envolvendo-o também naquele contato íntimo.

Aquilo foi o bastante para que o loiro desse o braço a torcer e correspondesse o beijo de maneira urgente, se colando no maior e já lhe arranhando as costas, estava louco para fazer aquilo há muito tempo e agora era como um sonho tornando-se realidade, podia soar meloso, mas seu corpo estava tão quente que não conseguia pensar em mais nada que não fosse naquela língua serpenteado dentro de sua boca.

Wanuki correspondeu com a mesma vontade, enquanto erguia o corpo de Abel, trazendo-o para os braços e indo para a cama. O moreno deitou o loiro branco como leite nos lençóis, sem desfazer o beijo, enquanto cobria-o com o corpo maior. Passados alguns minutos, descolou as bocas para respirar, enquanto sorria, contente também. - ... Ei... - Acariciou Abel no rosto. - Parece que gostou... quer repetir?

– por que ainda esta falando? – aquilo não foi uma pergunta, foi quase uma ameaça, assim como sua boca, mesmo estando ofegante, voltou logo a se grudar na do mais velho arranhando sua nuca e envolvendo sua cintura com as pernas, para fazer com que o corpo do maior se colasse ao seu, mesmo que com aquele puxão fizesse apenas os quadris se colassem...

Rindo, contente, Wanuki voltou a beijar Abel com gosto, enquanto seguia com o que namorados faziam.... beijar.

X-Y-X-Y-X-Y-X-Y-X

Estava uma correria... e gritos por todos os lados. Vozes chamando pelas enfermeiras trazerem tal coisa ou outra, e também a voz de Abel, cheia de dor. Wanuki estava ao lado do loiro, segurando a mão do menor enquanto estava em trabalho de parto. O médico gritava para Abel fazer mais e mais força, Wanuki prometendo que tudo iria terminar bem, que Abel tinha que ter paciência. Após segundos de tensão, um chorinho básico foi ouvido, enquanto o médico gritava que era um menino que tinha nascido... Após as enfermeiras limparem e enrolarem o bebê, Wanuki foi o primeiro a pegar... E quando viu, notou que era o Reborn, com um cabelinho ruivo pra cima, falando "Ciaossu".

– GASP...!!! - Sentando na cama, o moreno acordou espantado, enquanto a mente processava o que tinha visto em sonhos... Suando frio, olhou em volta e encontrou ao lado um CD e a caixa vermelha que Abel tinha-lhe dado no aniversário, com a marca do bebê.... Preservativos... Seria aquilo um alerta?! Não, ele queria uma menininha morena e ruiva, como a Rosso!! E não tinha nenhuma ligação de sangue com Reborn, nem o Abel, então, claro que o bebê não iria sair assim...! Aliás, o que estava pensando?!!

– .... Acho que tive um pesadelo...

Abel olhava para o maior o estranhando, estava vestindo só a camisa do maior e carregando duas xicaras de café na mão. Foi caminhando até o outro e lhe entregou a caneca que era destinada a ele sentando-se na cama e mordendo o pescoço do moreno marcando levemente a pele dele, deixando o loiro um pouco frustrado, já que as marcas nunca ficavam evidentes na pele do outro.

– Chegou hoje de manhã pelo correio... Acho que isso significa que foi demitido...

– ... Hum, ou um aviso... - Murmurou, coçando a cabeça e tomando um gole do café. - Aliás, você faz um café muito bom... Já te disse isso? - Sorriu, beijando o loiro em seguida, com gostinho da bebida.

– admita... É o seu café que é terrível – deu de ombros continuando a tomar sua bebida quente. – mas essa caixa chegou em boa hora... –sorriu de maneira safada olhando o outro. – mas agora nós dois estamos desempregados... vou ter que vender meu corpinho – dramatizou o loiro jogando a cabeça para trás.

– Hum, eu tenho uma poupança... Posso comprar todas as suas horas com ela. - Riu, beijando o pescoço de Abel. - Mas, ele enviou um Cd... Melhor ver o que tem ai, antes de tomar qualquer conclusão.

O menor acabou rindo deixando a xicara no criado mudo se deitando sobre o peito nu do maior o beijando de leve lembrando do cd. – É o presente que eu te dei de aniversario... bem... o verdadeiro –acabou rindo. – coloquei no seu armário... mas já que faz tempo que não pisamos lá...

– ... Na verdade, no dia, nem tive tempo de ver mais nada... - Murmurou, acariciando a cabeça do loiro. - Vamos ver o cd agora, juntos...? E.... mais tarde, vamos dar uma passada na agência também... Quem sabe, ainda podemos voltar. - Disse, vendo uma nota do bebê, dizendo para comparecerem no horário marcado lá.

– eu estava pensando... por que não se foca na sua música? você é muito bom e... eu tenho alguns contatos... - O menor voltou a se sentar normalmente na cama.

– Hum, mas... acabei me apegando a agência. Cinco anos é muito tempo... - Murmurou, arrumando a franja do namorado. - Sinto que só me focar na minha banda, não me faria completo... Me acostumei a ajudar as pessoas. Ao meu trabalho. E quanto a você...? - Sorriu, já sabendo o que o loiro diria.

Abel acabou sorrindo e corando um pouco – eu não sou aquele tipo de romântico que diria: ‘’eu vou te seguir aonde você for’’ e... mesmo que eu goste muito de trabalhar lá... eu tinha minha filosofia para fazer um trabalho bem feito... e você bagunçou tudo, não sei se conseguiria fazer um bom trabalho... eu...eu meio que acredito no amor agora...

– Oh, desculpe por ter bagunçado, Abel... - Deu um selinho nele. - Mas deixe que eu arrumo tudo agora. - Então, levantou-se e foi colocar o cd para funcionar. Tinha um leve pressentimento que... sabia o que Reborn tinha em mente. O mais novo ficou na cama e se ajeitou nos travesseiros para ver o que o hitman havia aprontado daquela vez.

Nisso, mostrou que o cd não era bem o presente de Abel... Mas sim a fachada da agência, com o bebê vestido de vendedor de cachorro-quente na frente, fazendo propaganda.

– ... O quê?

No final, Reborn apontava o dedo na tela e dizia que esse seria o destino da empresa, caso os dois não fossem naquele dia para lá... ou melhor dizendo, para a agência de cachorros-quentes.

– ... Assustador, como sempre. - Suspirou o maior de cabelos roxos.

–pelo menos não é d hambúrguer, se não a Yui estaria em perigo -Abel não conseguia não sentir ciúmes da morena, nem de jogar seu veneno

O mais velho suspirou, tirando o cd do aparelho. - Bem... vamos nos aprontar? Antes de dar o horário, podemos passar em alguma sorveteria. O que acha?

–me mimando assim tão cedo... Ou querendo m engordar? -sorriu para o maios pulando neste

– Eu só disse que podemos ir à sorveteria! - Pegou Abel no ar, girando ele, como um casal recém-casado. - Estou com vontade de um sorvete de creme com chocolate com o meu namorado antes de tratarmos de um assunto sério... Só isso. - Deu um selinho.

–certo... Vou fingir que é só isso...-saiu do colo do outro tirando a única peça que vestia caminhando como um felino para o armário e olhando para trás as vezes, sorrindo de canto, como esperasse ser seguido

Wanuki andou atrás de Abel, abrindo o armário para ambos e vendo o que poderia usar. Acabou tirando uma camiseta vermelha e preta, junto a uma calça jeans, para si.

–você é tão chato às vezes Watanuki...-suspirou mordendo bem próximo do mamilo do maior e se virou para o armário pegando uma regata e uma calça justa ,ambas pretas. Levou muitas roupas suas que estavam na Itália, por isso o armário estava quase abarrotado só com coisas suas.

– Desculpe, mas posso compensar mais tarde. - Beijou o topo da cabeça do namorado, arrumando-se.

–promessa é divida -sorriu e terminou de se arrumar, calcando suas botas ao fim e foi se retirando, não sem antes dar uma palmadinha no bumbum de Wanuki e sair rindo dali

– Isso também vai ter volta, mais tarde! - Disse, pegando as chaves e uma mochila, seguindo o loiro e trancando o apartamento... Logo, depois de andarem um pouco, Wanuki pediu os sorvetes e pagou por eles, enquanto desfilavam pelo pátio, brincando um pouco e comentando uma coisa ou outra. Em frente à agência, notaram que alguns banners tinham mudado.

– ... É, Reborn sempre leva as coisas longe demais.

–ate que ficaram fofos...-o menor observava de perto se divertindo com a situação

– Bem... - Lambeu o último pedaço do sorvete e fez o mesmo com o rosto do namorado, brincando e gelando o local. - Vamos entrar para ver o que o bebê aprontou?

Abel corou com aquele movimento, ele andava bem vermelho nos últimos dias e tudo por culpa de um certo dono de madeixas roxas. - vamos -pulou nas costas do outro para ser carregado, fazendo questão de colocar seu peso em cima para faze-lo sofrer um pouquinho

– Uff, certo... vamos. - Riu, correndo para fazer Abel ter medinho. Assim que chegaram dentro da agência, foram recebidos principalmente pelos times, vestindo uniformes de cachorro-quente. Um fator mais estranho ainda era que estava muito vazio aquele lugar...

– Wanuki-senpai!! - Selian apareceu, fazendo cosplay de... cachorro-quente e orelhas de gatinho, um tanto esquisito. (N/Abely: Desculpaaaa ç.ç)

– Wanukii-kun! - Yui-Tsuki se aproximou, cheia de esperança.

– ... Bem-vindos a agência de cachorros-quentes Passio di Reborn. - Harper disse, calma como sempre.

– Ciaossu! - Nisso, apareceu cachorro-quente menor, usando o Leon na cabeça.

Abel literalmente caiu no chão de tanto rir. Rolava de tanto que sua barriga doía e mesmo que a queda tivesse lhe machucado, a cena era hilária de mais para ligar para qualquer outra coisa e bem... Ele ficou bem fofo fazendo aquilo. E falando em quem fica fofo rindo, Kaiwan apareceu vestido de tubo de ketchup e olhando seu antigo gerente enquanto Yuki estava vestido de tubo de mostarda e aproveitou para tirar uma foto do ex-ruivo.

– É... - Cruzou os braços, tentando não rir. Fez carinho e tentou acalmar Selian e Harper, olhando depois para Reborn. - Então, é isso?

– Estou pensando em mudar a agência e fazê-la ficar assim! Bem mais animada, não acha? - Riu o bebê.

– Oh, claro... e será tão igual a todos os outros... Fora que, isso é apenas uma brincadeira.

– ... Hum, você é esperto, Wanuki... Mas também é verdade que eu não irei desistir da ideia até você e Abel se vestirem também! - Estralou os dedos e duas roupas de salsichas foram iluminadas.

Nesse momento o loiro parou imediatamente de rir se levantando com a ajuda de seus antigos pupilos

–sinto muito Reborn, esse rostinho fica bem em todo... Mas eu tenho uma imagem a zelar -defendeu-se o italiano -mas... Cadê o resto do pessoal?

– ... Isso não importa agora. - Fez o Leon virar uma arminha.

– Abel, só dessa vez... - Wanuki pediu, pegando as fantasias e entregando a menor para o loiro. - Por favor.

Nisso, todos do time Grace também pediram para o loiro colocar.

–eles sabem que não tem poder nenhum sobre mim, certo?-olhou para o time grace, mas quando seus olhos miraram o tem rubi, quase morreu de fofura agarrando seus ex-funcionários -aaa vocês estão tão fofos! Quero leva-los para casa e os morder todinhos-Abel disse sonhador com os olhos brilhantes

O ruivo acabou corando com o comentário, mas acabou retribuindo o abraço reclamando com o loiro, por outro lado, o moreno achou o momento perfeito para se aproveitar da situação e mexer com o moreno que roubou-lhe o menor

–pode me levar a hora que quiser Abel... -soprou no ouvido do loiro que acabou se arrepiando com o ato, deixando um sorriso malicioso brotar nos lábios do de olhos vermelhos.

Wanuki não sentiu ciúmes, achando a cena bonita entre amigos, gerente e funcionários. Então, foi para uma sala vazia, junto com Abel e as fantasias. Após alguns minutos, voltaram todos vermelhos, de salsichas.

– ... Espero que esteja feliz, Reborn-sama.

Do alto, o bebê parecia contente, tirando fotos de todos.

Abel estava contente em provocar seus pupilos, até sentiu um clima nascendo entre aqueles dois.

–podemos tirar agora?

– Huhuhuhu~ Tudo bem. E como prometido, a agência vai voltar à ativa na segunda-feira.

– ... Como assim? Não irá mudar? - Wanuki ergueu a sobrancelha.

– Os funcionários estão de férias. E os banners eram apenas ilusões, feitos por profissionais da máfia. - Retirou a roupa de hot-dog também, com um puxão.

– AH... Nos enganou bem, Reborn-sama! - Selian disse, mais calmo, no entanto.

– E... - Enquanto o bebê fazia um balão para sair dali, disse: - Quanto à história da bala... ela era falsa. Por isso, nada de férias prolongadas por causa de gestação, se ainda quiser voltar, Abel. - O hitman sorriu.

–eu nunca achei que estava e... Estou pensando em levar minha banda a serio, mas obrigado pela oferta.

Yuki ergueu a sombrancelha ao ver a reação de Watanuki e comentou baixo -serio que ele acreditou?

–estou com dó agora...-disse o de tapa olho, já sem a fantasia

– Hum... Mas se tem uma falsa, quer dizer que deve ter uma verdadeira... - Recebeu uma bala no rosto e caiu, junto com uma luva de boxe que tinha saído da bala. Nisso, o bebê desapareceu.

– Oh nossa...! Wanuki-kun? - Yui-Tsuki se aproximou, enquanto Selian estava ajoelhado ao lado do moreno, vendo se estava tudo bem. Já Harper, também estava sem a fantasia.

Abel pareceu o demônio naquele momento, por pouco não cuspiu fogo. Como assim aqueles assanhados ficam tão próximos do SEU homem?

Ate Yuki deu um passo para trás, se escondendo atrás do ruivo.

– ... - Assim que o moreno recobrou a consciência, sorriu e disse para seus amigos que estava bem, enquanto levantava por si mesmo. Depois, ao ver Abel irritado, o puxou para um abraço. - Eles só ficaram preocupados... não se preocupe, okay? Quer uma prova?

Abel ainda parecia um gato irritado, só faltava rosnar, mas acabou retribuindo o abraço -quero....-respondeu baixo escondendo o rosto no peito do maior

Assim, o moreno trouxe o rosto de Abel para um beijo, enquanto Harper apareceu, jogando confete em cima dos dois, como um casamento improvisado.

Abel quebrou o olhando com uma cara de "serio mesmo?" e foi andando levando seus pupilos.

–vamos beber....

Quando Abel escorregou por conta da fantasia que Harper tinha deixado no chão, Wanuki segurou o loiro e mostrou uma caixinha para ele. - Nem esperou eu terminar... Abel Fluer, quer casar comigo? - Sorria, calmo.

Os olhos azuis se encheram de lagrimas e beijou o maior centenas de vezes na mesma proporção que dizia que aceitava e ouvia os aplausos.

X-Y-X-Y-X-Y-X-Y-X-Y-X-Y

Apesar de todos os outros estarem de férias, os gerentes e seus times foram incumbidos para aproveitar esse estado parado e pintar a fachada principal com a cor salmão-avermelhado. Enfim, tudo para economizar o tempo que estavam afastados e não descontar dos salários de todos. (Embora assim fosse mais fácil)

– Ahhh, isso vai durar o dia todo...! - Selian resmungou, não podendo usar um de seus cosplays ou orelhinhas, pelo perigo de cair tinta. No entanto, estava usando um macacão de pintor e uma touca no cabelo; afinal, seria uma tragédia para um host ficar com tinta de parede no cabelo.

– ... - Harper fazia movimentos curtos, mas pelo menos estava pintando, e não se distraindo com algum livro.

– Mas se todos nos dedicarmos, vamos acabar logo...! - Yui-Tsuki sorria, com o cabelo preso e usando uma touca também, apesar de cansada.

Yuki estava olhando todos trabalhando e quando viu a tinta sorriu diabólico, já começando a por um de seus planos em ação. Foi andando e recolocando a posição dos galões de tinta atrás dos mais distraídos, logo prevendo um tropeçar e tudo o mais. E é claro que sua vitima era o que mais parecia preocupado em se sujar, o garoto moreno do time adversário. Foi voltando ao seu posto pintando a sua parte com um sorriso muito suspeito nos lábios.

– o que esta aprontando? –perguntou baixo Kaiwan desconfiado daquele sorriso tomando uma água por estar muito calor e eles estarem pintando a um bom tempo já.

– nada... tão desconfiado...

– Claro... eu sou o desconfiado – o dono dos olhos amarelos deu de ombros e voltou a pintar começando a sentir falta de alguém ali.

– Você viu o Abel? Ele sumiu já faz tempo...

O moreno só havia reparado naquilo agora, olhou em volta e reparou que alguns estranhos estavam pintando a fachada e se assustou com aquilo, ao olhar mais adiante viu seu senpai deitado no capo de um carro lendo uma revista e parecendo tomar um bronzeado, claro que o loiro estava muito pecaminoso naquela posição, até ficou meio bobo olhando, ainda mais quando um certo gerente usava shorts tão curtos e uma regata larguinha e mais cavadas dos lados podendo ver mais do que se devia quando este fazia qualquer movimento que afastasse o tecido de sua pele pálida.

Em seguida, chegando como nuvens de tempestades roxas, o moreno apareceu atrás do distraído loiro e pegou-o no colo, enquanto segurava uma roupa rápida de pintura e toquinhas também, enquanto caminhava para a parede. Tinha ido se vestir com os outros e quando voltou, encontrou Abel matando o tempo...

– Nem a Harper está distraída, e é só pintar a parede. - Deu sermão o mais velho, olhando para os times e alertando para tomarem cuidado com as tintas.

Todos do time Grace olharam para trás e ficaram curiosos como aquilo foi parar ali, enquanto ajeitavam para nada acontecer.

– Obrigado Wanuki-senpai! Wow, essa foi por pouco... - Selian disse, aliviado.

– O que foi? Além de um só estar pintando eu arrumei quatro, acredite... eles são mais altos, mais fortes... fazem um trabalho bem melhor que eu... e eu não tenho mais cabelo longo, seu sádico!

Aquelas palavras deixaram os times um tanto confusos e curiosos, o que o gerente mais novo quis dizer com aquilo? O que o cabelo dele tinha haver com aquela historia?

– Salvem seus cabelos queridos, ele tem inveja que o cabelo dele é assim e vai tentar destruir o de vocês! –dramatizava o ruivo enquanto se debatia nos braços do maior, e isso fazia com que o short levantasse um pouco mais mostrando a polpa do bumbum, para delírio dos que estavam ali justamente por aquilo.

– O que aconteceu uma vez foi um acidente! Não faça parecer ao contrário! E eu gosto do meu cabelo assim. E no final, você bem que gostou, tanto que ficou ruivo todos esses anos...! - Wanuki logo depositou Abel no lugar entre os times, enquanto ajudava o outro a colocar a roupa e a touca.

– Hum? Uma vez... acidente? - Selian olhava para os dois, curioso, já distraído.

– ... - Harper foi a primeira a parar, aproximando-se de Wanuki como se pedindo para ele contar uma história antes de dormir.

– Oh nossa, de novo...? - Yui-Tsuki, a mais experiente de tempo do que todos os novatos que estavam ali, riu.

– de novo? –perguntou um curioso moreno de olhos vermelhos já próximo do grupo, vendo seu gerente brigar, parecia mais um gato querendo fugir do banho, para não colocar a roupa.

– aaa eu fico feio com essas roupas Nuki! – tentava escapar o loiro sendo impedido pelo outro.

Kaiwan ao ver que todos pararam de pintar suspirou e se juntou aos demais, como se esperasse uma historia de ninar a ser contada, ou quem sabe aquelas que eram faladas em volta das fogueiras quando se acampava. É... talvez eles devessem fazer aquele tipo de programa qualquer dia.

– Hum... - Assim que conseguiu colocar a roupa em Abel, Wanuki pegou o pincel e ... olhou em volta, vendo que estavam cercados. Suspirou, notando que não tinha volta. - Bem... - Molhou o pincel na tinta, começando a pintar. - Isso é uma longa história... da primeira vez que pintamos o prédio da agência dessa mesma cor.

Ao ver o pincel nas mãos de Wanuki, o loiro ficou arrepiado se escondendo atrás dos seus pupilos parecendo com medo e começou a falar. – Ele quase me matou! Eu perdi meu cabelo pro culpa dele – falou manhoso abraçando ‘seus meninos’’.

Kaiwan fazia carinho na cabeça do choroso gerente tentando o acalmar, e Yuki se divertia com a situação, também fazendo carinho nele sem entender o que eles estavam falando.

– Foi porque você não estava ajudando daquela vez! - Apontou o pincel para Abel. - E não arruinei o seu cabelo, tanto que você só perdeu as pontas que viviam dando nós, mas o tamanho continuou o mesmo! - Voltou a mergulhar o pincel na tinta.

– Mas como foi? Como foi? - Harper puxou a manga de Wanuki, que ao olhar para a mais nova, relaxou e se controlou.

– Hum... Naquela época, tínhamos bem menos gente na agência... Não é, Abel?

– É mentira! Meu cabelo era lindo, super macio, tinha acabado de fazer uma hidratação e você arruinou ele –fingiu estar chorando escondendo o rosto no ombro do ruivo de tapa olhos que tentava o acalmar. – mas é... acho que só tinha umas 5 pessoas, contando comigo, o Nuki e a vaca ali –apontou para Yui, ainda morria de ciúmes dela.

– Abel... - Advertiu Wanuki.

– Calma, Wanuki-kun... Isso não me afeta mais. - Disse a mais velha, voltando a pintar também. Já tinha ouvido aquela história, mas ver a reação dos novatos era interessante.

– Oh... Senpai pode pintar o meu cabelo a hora que quiser! - Selian retirou a touca que usava, no entanto, Wanuki usou a mão limpa para colocar no outro de volta.

– Nada disso! Já disse que foi um acidente! - Suspirou. - Bem, terminando e esclarecendo as coisas... Eu fui atrás de Abel, e segurei ele, mas naquela época não era tão forte assim e ele esperneava demais, então... acabei perdendo o equilíbrio, e fomos contra a parede... Não doeu, porém, boa parte do cabelo dele ficou colada por causa da tinta fresca... E foi isso o que aconteceu.

– ... Então, Abel realmente foi usado como um pincel... - Todos olharam para o loiro.

– mentiroso, você ainda teve coragem de mergulhar meu cabelo na tinta! E ele caiu quase na hora!

– ... por causa da hidratação que fez antes? –perguntou o de tapa olhos prestando atenção aos detalhes.

– É! Deve ter acontecido alguma reação química e adeus cabelo –choramingou – ele batia quase na cintura, depois daquilo ficou quase na altura dos meus ombros

E os olhares voltaram ao gerente mais velho.

– Bem, se você tivesse se juntado a equipe antes, nada disso teria acontecido... - Murmurou, ficando constrangido, mesmo sendo a culpa de Abel, e voltou a pintar. Aliás, todos que estavam olhando a reação atípica do gerente notaram que... ele era muito, muito lindo quando ficava vermelho e sem graça. Tanto que Harper e Selian praticamente grudaram no gerente deles.

Bem, aquilo foi a gota d’água para um dos seres mais ciumentos da face da Terra, é claro que ele achou seu namorado encantador, mas não era para o moreno ficar mostrando aquela expressão na frente dos outros, ainda mais de alguém que o loiro já sentia ciúmes. Jogou a touca no chão com raiva e foi andando retirando a roupa que o outro lhe havia colocado, e foi andando muito nervoso. Muito mesmo.

Wanuki tomou cuidado, muito cuidado para não pintar os novatos. Então, disse que era para continuarem, enquanto ia atrás do loiro revoltado.

– Oh nossa... - Yui-Tsuki disse, notando que os olhares tinham voltado para ela. - Parece que é a minha vez. - Riu um pouco. - Bem, depois disso... Wanuki ajudou Abel a tirar a tinta com a água da mangueira do pequeno jardim do prédio, e acabamos todos terminando de pintar a agência. Abel acabou ficando resfriado, e pelo que me lembro... Ah, Wanuki ajudou a tomar conta dele, nesse período. Hum... me lembro que, alguns dias depois, foi uma surpresa para todos do escritório ao ver Abel com o cabelo pintado de ruivo; ele realmente fica muito diferente de uma cor para a outra, não é? E, acabou por ficar assim... até recentemente.

– Que história bonita. - Harper disse, encantada, apesar de não demonstrar isso muito bem.

– Então... se você pintar seu cabelo com tinta de parede, e esse alguém aparecer com o cabelo pintado da mesma cor... isso significa que o flerte deu certo? - Selian anotou isso mentalmente. Mas talvez não funcionasse no Host Club em que frequentava.

– Então... ele voltou a ser loiro depois daquela confusão porque ele havia desistido? –Yuki comentou e Kaiwan teve que concordar com o raciocínio.

– Mas agora eles estão juntos... Bem provável que Abel pinte o cabelo dele de novo. - Harper disse, imaginando o outro gerente versão roxo. - Ou, o importante é que estejam bem...

Todos tiveram que concordar e voltar ao trabalho, não sem antes escutarem, mesmo de longe, o escândalo dos gerentes. Mais um dia normal na melhor agencia de relacionamentos.

Flashback

3 anos atrás, era verão e o calor estava terrível, só havia quatro pessoas no escritório e Reborn chamou a todos para uma reunião e naquele dia todos conheceram o novo funcionário da agencia. Ele era muito loiro, com imensos olhos azuis e por volta de 1,60 de altura, bem magro e... idêntico a uma garota colegial, ou menos ainda, já que a aparência delicada forçava o novo funcionário a aparentar ser mais jovem do que já era.

– Wanuki, esse é Abel, por favor cuide dele a partir de hoje

O bebê deu um sorrisinho de canto e se retirou com Leon transformado em uma nova arma. O recém chegado fez uma leve reverencia, costume dos japoneses e quando os olhos claros se encontraram com os escuros, podia-se ver toda a ansiedade que o mais novo sentia naquele momento.

– Prazer em te conhecer, Abel. - Inclinou também. - Meu nome é Aoname Wanuki, e... Infelizmente, hoje não vamos nos focar em papeladas.

Apesar de novo, com vinte e um anos de idade, o moreno não era muito diferente do presente. Apenas alguns centímetros mais baixo, sem tatuagens e um roxo mais escuro, sendo menos radical. Então, ele pegou um pincel e uma lata pequena de tinta. Salmão-alaranjado.

– Toda a agência deve cuidar da aparência do estabelecimento, para atrair clientes novos. Então, é isso o que vamos fazer hoje. - Segurou a mão do mais novo, enquanto o guiava para a parte a ser pintada.

O japonês do mais novo não era dos melhores, ainda mais porque havia acabado de chegar ao Japão, e foi meio difícil compreendeu o que o outro falava em um ritmo tão rápido quanto o que foi usado pelo moreno. Olhava sua mão ser puxada e a lata de tinta nas mãos alheias e foi como uma luz em sua mente, e não era uma boa luz. Logo começou a fazer manha, sem perceber foi falando em italiano, parecendo um adolescente que realmente era.

– [ Oh... não sabe falar muito bem japonês? Italiano, é? Desculpe-me. ] - Disse Nuki, também em italiano. Por alguma razão, a família dele tinha insistido em curso de língua italiana para ele a vida toda, além do usual inglês. Talvez Reborn tivesse feito algo para isso. - [ Eu sei que é chato, mas isso o ajudará a conhecer os outros da agência. ]

O loiro suspirou pegando o pincel e a tinta a olhando, o cheiro era forte e irritava tanto seu nariz quanto seus olhos azuis. Olhou suas roupas, curtas por sinal, e a parede a sua frente. Retirou o tênis branco e deixou em um local onde não pudessem se sujar e ao se ver sozinho novamente, olhou ao redor vendo alguns homens lhe encarando com certo interesse. Sorriu e foi se aproximando deles. Pedir ajuda nunca era demais, certo? E foi assim que conseguiu três homens para pintar em seu lugar enquanto olhava a cena mais afastado.

Quando Wanuki voltou com mais tintas, e viu aquela cena... imediatamente dispensou os homens com maestria e se voltou para o mais novo, pedindo explicações.

– Ajuda – tentou falar em japonês, Reborn falou para ele falar naquela língua se quisesse aprender mais rápido, mas é claro que o sotaque italiano era muito evidente, e era um charme ver o loirinho se esforçar tanto para falar. – melhor pintar do que eu – gesticulava para ver se o outro lhe entendia melhor.

– [ Pode falar em italiano comi-- Ei, não chacoalhe assim! ] - E depois de rodopiarem, quase tropeçando, Wanuki sentiu o contato com a parede... ou melhor, o corpo do outro em contato com a parede... que tinham acabado de pintar. - Ah, droga...

Abel parou de respirar, os olhos arregalados e a boca aberta sentindo algo molhado nas suas costas e o outro lhe empurrando contra a parede com tinta fresca. Levantou um pouco o braço e ao ver que este estava colorido acabou gritando. Não um grito qualquer. Um senhor grito. Foi tão alto e agudo, que os cachorros da vizinhança começaram a latir e muitas pessoas apareceram para ver o que aconteceu. Quando se viu livre outra vez começou a bater no peito do maior ainda gritando e fazendo chilique.

Wanuki tentava pedir desculpas, porém estava difícil. Em vez de só usar palavras, suspirou e puxou o outro para ajudar a tirar aquela tinta, com água.

E essa foi a primeira vez que se encontraram... E também o episódio da tinta, como ficou conhecido por todos.

OoOoOoOoOoO

Reneev: Acabou LOL bem, não tecnicamente. Decidimos fazer um extra focada nos outros personagens já que esse ultimo capitulo tamanho monstro foi focada no Wanuki e no Abel e.e sorry por isso

Abely- Yeah, nos desculpe por isso! Mas acompanhem o extra sim!~ Obrigada por todos que comentaram!

Reneev: e atendendo pedidos, essa é a imagem de Abel~~
http://reneevero.deviantart.com/art/970544-520234618057472-1369912740-N-Copia-435553316?ga_submit_new=10%253A1392941561


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