O Anjo Negro escrita por Annie Bianchi


Capítulo 1
Primeiro Capítulo – Sou seu anjo


Notas iniciais do capítulo

A garota fria... Linda como a neve. Sozinha... como sempre.



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Dizem que anjos são seres de coração puro e mente limpa. Porem as pessoas vivem falando de coisas que nunca viram ou tocaram.

Apreciando a beleza de Londres, Charlotte Evans, encarava toda a paisagem de cima de seu telhado. Era uma garota de quinze anos. Media um metro e sessenta. Tinha cabelos extremamente compridos, eles chegavam a passar de seu quadril, além de lisos e sedosos. Olhos e cabelos castanhos escuros. Suas medidas eram setenta de busto, cinquenta e cinco de cintura e sessenta e cinco de quadril. Cílios grandes e bonitos. Boca carnuda e vermelha. Roupas delicadas e clássicas. Trajava um vestido de alças finas, branco com babados rosa na borda, um bolero branco com babados rosa nas pontas também, meias e sapatos de salto, brancos.

Porém era alguém sofrida. Não costumava sorrir de verdade. Apenas sorria para que os outros não se preocupassem. Era realmente alguém misteriosa, verdadeiramente triste e solitária.

Poucos minutos depois ela já estava andando pela mansão. Morava em uma linda mansão, cheia de detalhes delicados. Mas para ela era algo normal, já que era da nobreza.

Estou tão sozinha... De novo.

Seu celular começava a tocar.

Olá?

...

Quem é? E porque não diz nada?

A ligação cai. Um de seus empregados se aproxima, faz uma reverencia.

Desculpe se interrompi, a senhorita lembra que pediu um mordomo?

Oh... Sim, lembro-me muito bem. Por quê?

Já fiz a seleção, se me acompanhar te levo a sala que os deixei esperando. Então poderá escolher um.

Certo, vamos...

Ele a levou a uma sala muito bonita, com moveis delicados. Lá estavam três mordomos. Um de pele mais escura, alto. Um mais gordo, e mais de idade. Outro de pele mais clara e de olhos claros e um com aparência muito jovem, era bonito, alto, magro e forte.

Eles se impressionavam com a beleza da doce jovem. Tentavam manter a postura diante dela.

Você... – Ela apontava para o mais jovem. – Qual seu nome?

Sou Sebastian Edric, senhorita.

Diga-me, tem que idade?

Tenho dezoito anos.

Eu o quero...! – Ela se levantava e logo se retirava da sala.

Eles se surpreendiam em ela ter escolhido alguém com tão pouca experiência. Iam embora um tanto frustrados.

Já na hora que Charlotte costumava ir dormir, ela chama Sebastian ao seu quarto.

Me fale qual seu objetivo comigo. – Ela estava sentada confortavelmente em sua grande e macia cama.

Como assim, senhorita Evans.

Não se finja de desentendido. Eu sei que você é um anjo negro. Realmente achou que poderia se infiltrar e eu não perceber nada...

Sim eu sou. Porem não vim me infiltrar. – Ele ficava de olhos arregalados por um momento.

Então me conte... O que você quer comigo...? Quero saber dos detalhes, por favor, sente-se. – Ela apontava para os pés da cama.

Ele se senta aos pés dela e começava:

Bem, tudo começa quando eu ainda habitava o céu. Estava tudo bem, pelo principio. Porem certo dia eu estava a observar os humanos, como de costume, eu acabei me levando pela maldade, e fiz algo muito errado. Assim que os anjos da guarda descobriram meu pecado já decidiram na certa minha punição. Ser expulso do céu. Não me conformei com a ideia. E fiquei vagando pelo inferno, totalmente sem rumo.

Minhas asas logo escureceram. Automaticamente eu não era mais uma criatura angelical, e sim uma criatura infernal. Porem, eu ainda tinha meu lado bom.

Eu sempre via e me fascinava com os humanos, logo decidi conhecer a terra melhor. Senti uma energia muito positiva vinda daqui. Achei estranho.

Estava no centro de Londres e um bom homem me perguntou se eu trabalhava como mordomo. No momento não entendi, mas como eu usava roupas formais, com smoke era compreensivo ele pensar algo do gênero. E depois dele me explicar o porquê de procurar um mordomo eu acabei dando-lhe a resposta sim. Porque como anjos, anjos negros (demônios) são seres perfeitos, podem fazer qualquer coisa. Quando a vi, fiquei simplesmente encantado. Pensei comigo naquele momento: Como poderia existir tal criatura tão bela?

Desde daquele momento eu estava torcendo para ser o escolhido. E consequentemente fui. Estava tão nervoso quanto agora. Mas nunca imaginei que você soubesse de algo do tipo.”

Simples, sou um anjo, por isso notei sua presença. Mas me diga... O que você fez para ser expulso?

Matei um ser.

Entendo. Então você realmente será de alguma utilidade para mim. Seria bom ter alguém que pode matar, já que eu não posso perder meu lado puro.

Ficarei feliz em servi-la.

Quanto aos elogios... Obrigada, foi gentil da sua parte.

Ah! Desculpe por isso, apenas achei que devia ser sincero.

As bochechas de Charlotte ficavam levemente coradas. De certo modo ela se sentia tão bem ao lado dele. Mesmo sendo um ser das trevas. Não que ele fosse muito mau, mas pelo que fez automaticamente ele não era mais um ser puro.

Sou rigorosa com sua profissão nesta mansão, não pense que porque sei sobre você que eu não irei exigir que cumprisse suas tarefas como mordomo.

Estou ciente disso.

Charlotte se deitava a cama. E com o corpo um tanto descoberto.

Me cubra, por favor!

Sebastian o fazia. Não entendia ao certo porque ela queria que fizesse algo simples, pelo que ele tinha visto sobre humanos eles na verdade achavam desagradável esse tipo de comportamento. Mas então voltava a se lembrar de que ela não era humana.

Ela colocava a coberta até em cima do nariz. Tapando a boca. Ele rapidamente ficava sem graça, não entendia ao certo o porquê de fazer assim.

...

Ele se aproximava de seu rosto, levando seus lábios à testa de Charlotte. Dando um leve e carinhoso beijo.

Boa noite, Charlotte. – Murmurava.

Ela sentia certo arrepio ao ouvi-lo murmurar. E olhava séria com o rosto corado para ele.

Por que fez isso?

Desculpe, não consegui me segurar.

Está bem então... Eu quero fazer um contrato com você.

Você sabe que eu não poderia ficar com sua alma, então, por quê?

Porque preciso de você, seria útil. O conselho angelical até poderia me perseguir por abrigar um demônio, e se eu fizer o contrato então, eles se irritaram, mas não ligo, posso enrola-los.

Porque se sacrificar por mim? Mas sou um anjo negro...

Já disse, preciso de você. E você sabe que anjo negro e demônio tem os mesmos significados. Boa noite.

Boa noite.


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