Closed your Eyes escrita por Noona


Capítulo 2
Capítulo 1




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Estados Unidos, 2001 - 2012

Choi Ma-Ru não era mais que uma criança quando cruzou o oceano rumo à América do Norte. Parecia incrível que o mundo fosse tão grande quando olhou pela janela do avião, junto de seus pais e de seu irmão mais velho.

Seu pai, Choi Dae-Hyun era extremamente severo e rígido com cada detalhe de sua vida, e por muitas vezes, cruel com o filho mais novo. Era o oposto de sua mãe, pequena e delicada. Ainda que sempre obedecesse seu marido, por muitas vezes havia protegido Ma-Ru dos rigorosos castigos aos quais fora submetido. Seu pai parecia incapaz de perceber os efeitos de todas aquelas mudanças em seu filho mais novo, o choque das diferenças culturais e a dificuldade do novo idioma. Ainda que fossem obstáculos extremamente difíceis, não importava o quanto se esforçasse, Ma-Ru parecia não se adaptar ao novo lar.

Seu maior desejo, ainda que não pronunciasse em voz alta, era voltar a Seul, o lar de seus ancestrais. A última lembrança de sua vida em Seul, era justamente o jantar especial onde todos os familiares haviam se reunido em comemoração à mudança para o ocidente, em razão do trabalho de seu pai. Se esforçasse um pouco mais a memória, poderia até mesmo se recordar do gosto do kimchi preparado por sua carinhosa halmeoni.

Os anos que se seguiram enfraqueceram essa ideia, ainda que a relação de Ma-Ru fosse boa com sua querida mãe e seu irmão, sua convivência com o pai, era difícil e tensa. Não importava o que acontecesse, jamais seria diante dos olhos de seu pai o que Tae Joon era, o filho exemplar, ótimo estudante, bom nos esportes e muito popular entre seus amigos.

Ma-Ru era seu completo oposto, o que acabou tornando-o cada vez mais dependente de seu irmão. Não podia dizer ao certo o número de vezes que havia sido defendido por ele, as vezes em que havia feito curativos em seus machucados e o protegido nas brigas quando os garotos maiores do bairro queriam bater-lhe. Tae Joon era mais que um irmão, era seu ídolo. Ainda que sua impossibilidade de se misturar aos outros representasse um grande obstáculo, Tae Joon sempre estava a seu lado, apoiando-o incondicionalmente.

Durante o colegial, Tae Joon havia tomado a iniciativa de lhe ensinar a se defender, e com esse propósito, os irmãos se aproximaram ainda mais, compartilhando o gosto pelas artes marciais.

Ambos se tornaram exímios lutadores, porém, nem sempre Ma-Ru conseguia controlar seu temperamento difícil, e com o passar do tempo, suas habilidades de luta haviam lhe metido em uma série de confusões.

Embora Tae Joon sempre conseguisse controlar as coisas, não conseguiu evitar que a situação piorasse no final do semestre, quando estava a ponto de se formar. Ocupado entre as provas do SAT (Scholastic Assesment Test), tentando seu melhor para ingressar em Georgia Institute of Technology, não havia se dado conta da gravidade do problema até que fosse tarde demais, quando um telefonema por parte da escola lhe avisou que Ma-Ru havia sido expulso, depois de uma briga que terminou por levar três jovens para a enfermaria, sem que nada pudesse ser feito para amenizar a situação.

Os dias que se seguiram a aquele incidente transformaram a casa em um verdadeiro campo de guerra, onde o menor movimento resultaria em uma grande briga. Choi Dae-Hyun simplesmente se recusava a estar perto do filho, e naquela noite, a formatura de Tae Joon, Ma-Ru foi o único a permanecer em casa.

Os acontecimentos daquela noite jamais sairiam de sua mente. De sua janela, havia acompanhado com o olhar as luzes escarlates das lanternas traseiras sumindo no final da rua, enquanto encostava a testa na janela de seu quarto.

Ma-Ru passou a noite em vigília, esperando e desejando ver o diploma que o honorável Orador da Turma Choi Tae Joon havia lhe prometido lhe mostrar quando voltassem, como uma esperança de que os ânimos entre a família melhorassem com aquela conquista.

Estados Unidos, 2012.

Ainda podia se lembrar com uma clareza quase doentia daquela noite em especial, quando em vez dos esperados faróis do carro da família, as luzes da radiopatrulha do departamento de policia cintilaram no final da rua, espalhando reflexos das luzes azuis e vermelhas e percorrendo o caminho oposto ao de seus pais, até parar diante de sua casa.

Sua mente estava em branco quando a campainha estridente ecoou pela casa vazia, seguido de seus passos apressados pela escada e o ruido metálico quando sua mão abriu a porta de entrada. Demorou algum tempo para que a voz arrastada do policial fizesse algum sentido, e quando o fez, a dor que sentiu não podia ser comparada com nenhuma que já tivesse sentido alguma vez em sua vida.

Vitimados por um motorista bêbado, Choi Ma-Ru jamais voltou a ver sua querida mãe e seu amado irmão. Os dias que se seguiram foram permeados pela dor e a tristeza daquela tragédia. Seu pai se encontrava internado na unidade de terapia intensiva em estado bastante delicado, ainda desacordado e inconsciente da tragédia que viria mudar suas vidas para sempre. Pela primeira vez em sua vida, estava completamente desamparado, sem ter o apoio de alguém a seu lado.

Sozinho, Ma-Ru recolheu para dentro de si toda sua dor, seu luto e cuidou dos detalhes do funeral, avisando o restante dos familiares e reservando a sala do memorial. Ainda que lhe rasgasse a alma, de terno e gravata negros e uma camisa branca, Ma-Ru recebeu as poucas pessoas que seguiram até a sala do memorial para prestar sua solene condolências à família.

Solitário na sala bem iluminada a maior parte do tempo, machucou-lhe imensamente as fotografias de sua mãe e de seu irmão emolduradas por flores brancas em seu serviço memorial.

Da moldura de flores brancas, o sorriso delicado e suave de sua mãe lhe trazia doces lembranças de tempos felizes, dos abraços carinhosos e dos maravilhosos momentos compartilhados.

Tae Joon exibia aquele olhar conhecido de bondade cujo brilho parecia afetuoso e seu melhor sorriso, aquele que conseguia cativar a todos sem exceção, a marca registrada de seu carisma. Ambos sorriam docemente, em um tempo feliz que jamais retornaria.

Estava completamente só.

Os dias que se seguiram ao funeral viraram meses e dali em diante, aquela sensação jamais desapareceu. Seu pai, que até então estava ausente em estado grave no hospital, aos poucos se recuperou do acidente, e embora as marcas físicas houvessem sido levadas pelo tempo, não sumiram de sua mente e de seu coração.

Embora Choi Dae-Hyun continuasse vivo e, depois de algum tempo houvesse retornado para casa, não deixou de se culpar duramente pelo acidente, se desesperando dia após dia. Demorou bastante tempo até que tivesse coragem suficiente de encarar Ma-Ru e aceitar todas as acusações que sabia ele que viria quando se enfrentassem. E embora menos endurecido e mais humilde depois de sua perda, Dae-Hyun não reconhecia mais aquele rapaz estranho que exibia as feições de seu filho mais jovem. As acusações jamais vieram, o rapaz parecia incapaz de notar sua presença.

A dor e o ressentimento transformaram Ma-Ru de forma a torná-lo simplesmente irreconhecível. Não havia uma vez sequer nas raras vezes que o havia encontrado que estivesse sem os inúmeros hematomas por seu rosto. Tatuagens pareciam brotar em sua pele, formando um intrincado desenho que se estendia por toda região de seu braço esquerdo. Em seu peito, um imponente leão estava tatuado com os dizeres “Coração de Leão, Espírito Inquebrável”.

Depois de expulso da escola onde estudava, jamais havia se inscrito em outra instituição, sempre entrando em uma briga atrás da outra, seus sentidos entorpecidos pelo soju entornado a cada noite. Seu olhar frio exibia uma indiferença quase arrepiante, que o tornava ainda mais intimidante.

Choi Ma-Ru estava sem limites, Dae-Hyun não podia se permitir perder a última parte de sua família que ainda lhe restava, parte esta que ele não soubera ser agradecido aos céus por lhe pertencer. A todo momento, esperava a ligação fatal do departamento de polícia lhe avisando que o pior lhe acontecera e sua vida fora ceifada, assim como a de seu irmão e sua mãe.

Estando completamente sozinho em Atlanta com Ma-Ru, não poderia fazer muita coisa, sua única escolha foi deixar para trás a vida nos Estados Unidos e retornar à Coreia do Sul, livrando seu filho das más companhias e do terrível passado que tanto lhes fazia mal. Seu único pensamento era mais que um desejo, era sua missão de vida. Tinha, a todo custo, que salvar a vida de seu filho e não lhe importava o quão difícil fosse fazer aquilo.

Era apenas um pai tentando salvar seu único filho de um horrível destino, e embora não tivesse sido um pai muito presente ou flexível, ainda assim o amava, seu único herdeiro e sangue de seu sangue. Jamais se sentiria culpado pelas circunstancias que o levaram a colocar uma erva calmante no soju de Ma-Ru, quando ambos chegaram em segurança ao Aeroporto Internacional de Incheon, depois das mais de vinte horas de voo.

A primeira iniciativa de Ma-Ru foi a de retornar a Atlanta, de onde jamais deveria ter saído, porém, com seu passaporte confiscado, aquilo não era possível. A única alternativa que restara a ele, era garantir que se arrependessem amargamente daquele absurdo todo.

Os primeiros dias, onde a cultura e o modo de vida sul-coreano se chocaram com seus costumes norte-americanos só reforçaram a clara ideia de que devia retornar e o quanto antes. Ainda que aquela fosse a cultura de seus antepassados, não lhe era mais familiar. Não pertencia mais à aquele lugar.

Embora tivesse nascido ali, uma vez em Seul, os problemas apenas mudaram de endereço. Furioso e decidido como estava, tanto a primeira quanto a segunda escola trataram de expulsá-lo em menos de uma semana, depois do estrago causado por suas brigas com os outros alunos. Ma-Ru era um excelente lutador, sabia exatamente onde atacar a qualquer ponto fraco de seu oponente em uma luta. Os anos de treino o haviam colocado em ótima forma física e ao contrário da maioria de seus colegas, seus braços exibiam músculos sólidos que sabia muito bem como usar.

Estava empenhado nesse objetivo, e até aquele momento, tivera êxito completo. Embora Seul tivesse muitas outras escolas, se certificaria de que a situação não fosse diferente. Não lhe interessava em nada suas regras idiotas, o uniforme cafona, ou o conteúdo repassado pelos professores e muito menos seus colegas enfadonhos. Os olhares de medo lançados furtivamente pelos outros alunos, a princípio haviam sido engraçados, para posteriormente se tornarem aborrecidos e irritantes.

Assustados, seus professores evitavam ao máximo dirigir-lhe a palavra, confortados com o fato de que o estudante Ma-Ru havia saído do país em sua mais tenra idade e portanto não conhecia muito bem seu idioma nativo e não compreenderia.

Ledo engano. Dentro de casa, a mãe de Ma-Ru impusera uma regra que os obrigava a conversar somente em coreano, em uma tentativa de preservar os modos e os costumes de seus ancestrais. Bem a verdade, era algo bom que acreditassem naquilo, assim não precisaria argumentar sobre as tarefas de casa que não fazia e que não tinha o menor interesse em fazer, tampouco se misturar aos outros.

Tudo, absolutamente tudo em Ma-Ru era feito para repelir as pessoas, desde sua postura, seu modo de ser e agir, bem como sua aparência era pensada de modo que o evitavam a todo custo. Muito diferente de Atlanta, sabia que os coreanos prezavam pela ordem e por seus costumes, e aquele detalhe em particular fez com que tomasse certas escolhas em especial que acabaram por torná-lo ainda mais intimidante.

Choi Ma-Ru era um rapaz alto e bonito, cujo corpo era bastante desenvolvido pelos anos de prática com a natação e os frequentes treinos que fazia com seu irmão. Ninguém o havia visto sorrir uma vez sequer, era um estudante calado que falava somente o indispensável, ainda que tivesse um timbre de voz bastante agradável. Embora fosse alguém com uma presença marcante, seu olhar intenso era encoberto por um misto de frieza e indiferença, constante em seus olhos. Sua postura era sempre agressiva em cada pequeno detalhe, se adotasse um aspecto distinto, naturalmente muitas garotas confessariam seu amor a ele.

Jamais havia vestido o uniforme da escola como os demais alunos, optando por descartar os sapatos sociais em razão de seu velho par de tênis marcado pelos anos de uso e que pareciam combinar com a camisa amarrotada, cujas mangas sempre estavam arregaçadas, deixando à mostra as tatuagens em seu braço esquerdo. Os cabelos revoltos estavam ajeitados em um moicano baixo, cujas laterais estavam raspadas. Em suas orelhas, os fones de ouvido criavam uma barreira que o tornava alheio a todas as conversas ao seu redor, ninguém se atrevia a chegar perto dele e ele mesmo jamais se aproximava de alguém.

Um pigarrear irritante tirou Ma-Ru de seus pensamentos, e imediatamente o trouxe de volta para o momento presente, onde o diretor o encarava, como se decidisse o que fazer com ele. Um brilho estranho passou pelos olhos do garoto, talvez houvesse finalmente um terceiro carimbo em sua ficha. Ficou em expectativa, no aguardo do tão desejado anuncio de expulsão.

Talvez o diretor pudesse ler mentes, ou seus muitos anos de profissão o tivessem tornado sábio, pois adivinhou cada pensamento que ia pela cabeça do estudante ajoelhado em sua sala. Seus olhos se estreitaram por um momento e quando falou com sua vozinha irritante, nada do que lhe disse foi o que esperava ouvir.

— Você deve ir à enfermaria, estudante Choi. Vá, vá, saia depressa.

Ma-Ru piscou e encarou o diretor como se não houvesse entendido. Afinal, por que não estava sendo expulso, de acordo com seus planos? Para seu total descontentamento, o diretor se dirigiu até a porta de sua sala e a escancarou, indicando que ele deveria sair naquele momento.

Erguendo-se com certa dificuldade, os passos vacilantes do rapaz o levaram dali em direção à enfermaria, onde poderia ficar sozinho por algum tempo. Aquilo tudo não fazia o menor sentido, refletiu ele em seus pensamentos, não podia entender que diabos havia acontecido.

Andando disperso, ergueu o olhar e não reconheceu nada à sua volta, o que significava que mais uma vez, havia se perdido dentro das dependências da escola. Estava prestes a fazer o retorno pelo caminho que já havia percorrido quando o som de risadas chegou a seus ouvidos.

Ma-Ru não tinha o costume de se aproximar de grupos de alunos, mas o som daqueles risos jamais sairia de sua mente, era o mesmo de quando os garotos mais velhos o encurralavam em Atlanta, planejando quem lhe bateria primeiro. Seus passos se tornaram inaudíveis, o som parecia ainda mais perto. Virando o corredor, olhou com cuidado e enfim descobriu a fonte das risadas.

Cinco meninas e dois garotos cercavam uma aluna, que naquela altura, estava encolhida no chão, com o rosto escondido sobre os joelhos. A mais velha entre as garotas segurava uma haste metálica, que usava para cutucar a garota ao chão, como se fosse algum animal mal cheiroso. Do canto, os garotos riam entre si, parecendo achar tudo muito engraçado.

O desgosto tomou conta de Ma-Ru, que quando deu por si mesmo, já havia puxado a garota do chão e a colocado sob sua proteção, atrás de si.

— O que, diabos, vocês pensam que estão fazendo?

O som das risadas morreu na mesma hora e os garotos se postaram ao lado da líder do bando, como se fossem seus guarda-costas. Ambos encararam Ma-Ru em desafio, atiçando-o.

— Você é louco? O que está fazendo, nos interrompendo assim? Ya, quer morrer? — A voz estridente da garota ecoou alta pelo corredor, num inconfundível tom de ordem.

Ma-Ru podia sentir o corpo da garota tremendo atrás dele, entre assustada e nervosa. Aquilo adicionou um ódio extra ao seu temperamento já explosivo, não havia nada que odiasse mais do que os valentões que ameaçavam aos mais fracos apenas por diversão.

— E quem você acha que é, para fazer isso com alguém? — Seu tom de voz era firme, porém frio, e pareceu que os garotos prostrados ao lado da líder do bando a reconheceram, por que logo o olharam com um alerta no olhar, como em reconhecimento.

— Han-Yeon! Esse é o punk, vamos embora! — Retrocedendo os passos, puxaram-na consigo, batendo em retirada o mais depressa que podia e junto das outras garotas do grupo, sumiram pelo labirinto que eram os corredores daquela escola.

Satisfeito com a reação do grupo, que havia sumido em questão de segundos, Ma-Ru se virou novamente e encontrou a garota novamente abaixada, tateando o chão, à procura de algo.

— Você está bem? Perdeu alguma coisa?
Não sabia onde estava com a cabeça quando havia se metido nos assuntos dos outros. Mas se havia algo que jamais poderia tolerar, era a injustiça. De alguma forma ela o fazia lembrar de si mesmo. Pela primeira vez, parou e se abaixou logo à frente dela, prestando atenção na garota que havia ajudado.

Olhando com cuidado, observou-a, notando seu uniforme antiquado todo amassado. A garota fez que sim com o rosto, ainda respirando ofegante dos momentos ruins que havia acabado de passar e endireitou o corpo, sentando-se no chão.

Ela era linda. Por um momento se deixou ficar ali, admirando-a como se estivesse encantado. Seus cabelos tinham um tom de castanho e estavam presos no topo da cabeça. Com o movimento, pequenas mechas haviam se soltado do prendedor que atava seus cabelos, graciosamente emoldurando seu rosto delicado com mechas que pareciam sedosas ao toque e embora tivesse a pele pálida e perfeita, seu rosto delicado tinha as bochechas avermelhadas do exercício forçado.

Ainda que seu rosto fosse encantador, seus olhos chamaram a atenção de Ma-Ru. Eram escuros e impenetráveis, estranhamente opacos e sem brilho. Ela olhava em sua direção e o jovem prendeu a respiração, esperando que ela corresse também. Sua aparência desleixada na certa a faria correr depressa na direção oposta. Esperou por aquela reação que não aconteceu. Intrigado, pensou no que havia dado errado naquele dia, onde nada estava correndo conforme seus planos.

— Você viu minha bengala? — Ela tinha uma voz bonita, doce e delicada, assim como sua aparência. Por um momento, não entendeu o que ela quis dizer, e estupidamente, repetiu o que ela disse, como um papagaio bem ensinado.

— Bengala?

— Sim, uma haste de metal, prateada. Han-Yeon já deve ter roubado pelo menos umas seis nesse semestre.

Ma-Ru olhou ao redor dela e viu o objeto prateado que a líder da gangue havia usado para cutucá-la, estava a um palmo de distância de onde ela estava sentada. Aquilo também não fazia o menor sentido. Por que ela queria algo que fora usado para machucá-la? E como não havia visto, se estava tão perto? Algo na postura cautelosa da garota finalmente lhe deu a resposta que procurava.

Ela era cega.


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