Et leo et agnus escrita por DragonMK


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma história bem fraquinha mesmo eu até digo '-' kkk
Talvez eu faça mais um cap, por isso ainda colocarei como não terminada, mas talvez seja apenas um complemento mais fofo.
Amo esse casal e existem poucas fics deles e por isso estou aqui começando um protesto:

MAIS FICS DE AKAFURI POR QUE ELES SÃO SEXUALMENTE SHIPPAVEIS!!!
kkkkkkk bem é isso desculpa essa história fraca



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Et leo et agnus

Meus olhos ainda estavam inertes. Meu mundo parecia girar de uma forma que nunca imaginei, e isso era algo que estava realmente me enfurecendo. Olhar aquele placar, aquele mesmo que eu achei que havia ganhado e com tanto esforço dos meus inimigos, haviam conseguido me vencer... Vencer a mim, o grande imperador.

Meu reinado roendo pouco a pouco...

Os gritos ainda surpresos dos expectadores me traziam para aquela realidade, que mais parecia um maldito sonho ruim, um daqueles que mesmo que as pessoas não pudessem acreditar sempre me perseguiam naquela casa só.

Engoli em seco mais uma vez, vendo Kuroko correr e ser abraçado por Kagami. Felizes pela vitória tão cansativa e quase impossível. Os dois estavam tão felizes, sendo logo abraçados pelos demais jogadores.

E por alguns segundos e eu me lembrei do tempo em que eu prezava essas coisas... Essas besteiras de companheiros e tudo mais. Baixei os meus olhos, tão cansados e surpresos e sai da quadra com os olhares ainda surpresos dos outros jogadores.

Adentrei o vestiário e logo depois de me arrumar e então ver os outros jogadores entrarem ainda surpresos no local, sai a passos largos. Não queria ver ou falar com ninguém, não queria encontrar ninguém, apenas queria me esconder mais uma vez em meu ‘castelo’ e tentar ver se a tempestade sumiria.

O lugar já estava mais vazio. A comemoração da entrega do título estava ainda sendo realizada, e por tal coisa, os jogadores e a plateia ainda estava na quadra que havia ficado boquiaberta com aquele acontecido, onde um mero time havia ganho o grande imperador Rakuzan.

Estava tão distraído em meus pensamentos que mal notei uma pessoa correndo de forma estranha, e quando vi já havia trombado com a mesma e caído no chão. Ouvi um gemido de dor e vi um garoto de cabelos castanhos e pele levemente bronzeada a passar a mão no rosto.

O mesmo balançou a cabeça e então tirou a mão do rosto sorrindo em minha direção.

__Desculpe. Você está... _os olhos alheios se arregalaram em surpresa e o mesmo prendeu o ar.

Era aquele mesmo garoto que havia ficado na minha marcação. O mesmo que tremeu com o meu olhar, mas mesmo assim não desistiu de tentar me parar pelos seus amigos e continuou a tentar de todas as formas, até que nem mesmo seu corpo suportasse.

__Você... _o mesmo se encolheu rapidamente e então sentado sobre suas pernas fez uma reverencia.

__Me desculpe A-Akashi-san-senpai! _o mesmo falou rapidamente, juntando todos os prefixos em nervosismo.

Ele não me encarava, estava tremendo. Nem ao menos parecia aquele fraco, mas insubstituível peão de um tabuleiro, que fora na quadra. Suspirei olhando para o lado, a verdade é que poucas pessoas me olhavam nos olhos sem nunca ficarem assustadas, e isso mesmo que não pareça me aborrecia.

__Está tudo bem _me levantei, limpado minha roupa e estendendo uma de minhas mãos, para o menor que me encarou surpreso, mas sem manter contato visual. O mesmo tremeu ainda encolhido no chão e eu revirei os olhos _Você vai se levantar, ou vai continuar no chão?

Ele olhou finalmente nos meus olhos, ainda surpreso e concordou levantando sua mão de forma tremula e pegando na minha. Uma estranha sensação quente se apossou daquele pequeno toque, e eu o puxei com força, o fazendo vim para perto do meu corpo.

O mesmo engoliu em seco e se afastou, voltando a fazer uma reverencia e pronunciar um obrigado meio gago. Expirei alto e o mais novo me olhou ainda meio medroso.

__Por que você não está na comemoração de entrega do título?

__P-Por que eu... Bem, eu e o time estávamos indo para um restaurante, mas eu esqueci m-minha toalha. A comemoração acabou aqui faz alguns minutos... _o mesmo falou passando a mão nervosamente no braço esquerdo e olhando para o lado.

Por quanto tempo estava perambulado para nem perceber? Fechei os olhos tentando organizar alguns pensamentos e mordi novamente o lábio inferior. Nunca havia me sentindo tão impotente e inútil, mas ao mesmo uma sensação confortável parecia me acolher.

__A-Akashi-san... O-O seu r-rosto... _o moreno falou e eu abri os olhos para ver os olhos castanhos presos em mim.

__O que tem?

__N-Não está doendo? _ele falou baixando o olhar novamente e eu ergui uma sobrancelha e levei a mão ao rosto.

__Por que deveria?

__Bem, a sua b-bochecha está arranhada... _ele sussurrou e eu levei a mão para a área sem sentir nada. O mesmo me olhou meio medroso ainda e depois de eu escorregar a mão por todo o lado direito do meu rosto, apenas senti um toque quente dos dedos alheios sobre a minha bochecha esquerda.

E então a leve ardência se fez presente, e as pontas dos dedos finos sobre a ferida deslizaram sobre uma breve caricia, que fez o meu corpo todo se surpreender. E assim que o mesmo olhou em meus olhos, seu rosto corou e ele tirou a mão abaixando a cabeça.

__D-Desculpe, eu não quis machuca-lo...

Aquele garoto, ele era tão simplório, mas aquele toque. Era tão diferente, acolhedor e carinhoso. Meus olhos examinaram aquele ser que parecia está se escondendo de algo, como uma criança. Seu corpo todo demonstrava o nervosismo que ele continha, mas aqueles olhos, tão diferentes dos meus, pareciam tão... Especiais.

__Espero que se responsabilize por seus atos _Falei e o mesmo me encarou _Você me machucou, e você terá que arcar com as consequências! _o menor abriu a boca, nervoso e se encolheu.

__E-Eu sinto muito mesmo, eu nunca quis machucar o Akashi-san, eu juro! _ele falou apertando o punho contra o peito e assim que se afastou a um passo, uma expressão de dor se apossou da face medrosa e um pequeno gemido saiu dos lábios meio fartos.

E então lembranças do mesmo praticamente cair na quadra me vieram à cabeça e eu o segurei pelo ombro, fazendo aquela sensação quente voltar e trazer os olhos tão diferentes até os meus. O rosto alheio ganhando uma expressão medrosa e corada...

Aquilo era tão agradável de ver...

__Vamos, o meu motorista deve está aqui... _falei desviando olhar do mesmo e ele engoliu em seco.

__S-Seu o que?

__Meu motorista, não precisa gaguejar toda vez que falar comigo. E como você me machucou, não vejo como irá fazer um curativo por aqui...

O mesmo se surpreendeu e começou a andar enquanto eu o puxava. El estava ainda nervoso e eu percebia isso pelo modo que o seu corpo parecia tenso ao meu lado. Isto era realmente interessante. Chegamos à frente da arena e uma limusine pequena parou enfrente a mim.

Um homem de terno abriu a porta para mim e o garoto e adentramos o carro que logo deu partida. Suspirei me acomodando no estofado macio e então meus olhos se voltaram para o garoto que apertava suas mãos contra a calça do uniforme.

__Você pode pegar um Kit que está dentro daquele compartimento ali, o carro irá lhe levar depois para onde o seu time está _Falei e o mesmo concordou pegando o Kit como falei.

Ele abriu uma caixinha branca, vendo vários anti-inflamatórios, gazes, algodão e outras coisas que não via. O mesmo tocou com as mãos trêmulas no algodão e então no soro fisiológico e depois de molhar o pedaço branco entre os dedos se virou para mim.

Seu rosto estava meio vermelho e seus lábios franzidos. Os olhos com um brilho estranho me encarando, eu examinei todo aquele rosto tão simples, mas tão... Belo? Ele realmente tinha uma beleza estranha, meio medrosa, mas ainda assim bela.

O mesmo se inclinou para mais perto de mim. Seus dedos trêmulos tocaram o meu rosto levemente, fazendo aquela sensação quente voltar. Os olhos castanhos se grudaram aos meus e um rubor se passou pelo rosto alheio.

__D-Desculpe se doer...

Ele passou o algodão lentamente pelo meu ferimento. A verdade é que nem sentia o mesmo, mas por algum motivo aquele rosto me deixava tão curioso. Seus dedos passavam com cuidado sobre a minha pele, olhando atentamente o que fazia.

Era tão estranho... Mesmo que ele sentisse medo, estava cuidando de mim como alguém normal, e sem todas aquelas bajulações que estava acostumado. E o toque não era meramente por ter que ser feito, parecia mais atencioso e carinhoso, coisas que quase nunca havia experimentado.

Talvez por isso ele fosse algo tão novo aos meus olhos... Ele era um garoto estranhamente com feições carinhosas e além de ser gentil. Talvez por este motivo ele tenha aceitado me ajudar com este ferimento, ou talvez por medo também.

__Esta ardendo Akashi-san? _ele perguntou olhando nos meus olhos de forma tão simples e preocupada. Nem parecia aquele medroso, seus olhos curiosos me fitaram por alguns segundos e então ele se afastou.

__Não, continue..

Ele concordou e abriu um pequeno sorriso, pegando alguma outra coisa e voltando para perto do meu rosto. Senti sua respiração próxima a minha, enquanto novamente seus dedos deslizavam pelo meu rosto, em um toque singelo e eu cerrei os olhos de forma cansada.

__Terminei... Coloquei um pequeno curativo, quando chegar pode fazer melhor se quiser _ele falou deslizando o dedo pelo Band-aid. Seus olhos se voltaram para os meus e um sorriso estava em seu rosto _Akashi-san está realmente cansado, não? Todo o time também está exausto...

__O jogo foi... Meio puxado... _ele sorriu encostando a cabeça no estofado e olhando para o teto do carro.

__Bem, talvez o Akashi-san esteja acostumado, já que é um grande jogador, mas eu estou realmente exausto. Foi a primeira vez que fiquei tanto dentro de quadra, e até a ponte de mal conseguir andar...

Eu suspirei e continuei a olhar o garoto que sorria de forma estranha para o teto. Mesmo sendo um ex-inimigo que me derrotou, ele falava de como minhas habilidades eram incríveis. Esse garoto é realmente estranho.

__Mas você me acompanhou até que bem por um tempo. _falei olhando para outro ponto e ouvi um risinho.

__Eu duvido muito, mas mesmo assim muito obrigado Akashi-san...

__Hum...

Ouvi o barulho do vidro do motorista baixar e depois de informar para o mesmo seguir para um restaurante que Furihata havia me dito o endereço, o mesmo voltou a subir. E ali permanecemos ouvindo apenas a respiração um do outro.

Eu queria dizer algo, era estranho mais eu não tinha nada a falar. Era primeira vez em que me via tão aflito por não haver uma conversa, na maioria das vezes eu era curto e grosso para evitar palavras desnecessárias, mas aquele garoto parecia perturbar este meu lado, ou talvez fosse somente o cansaço.

__Para onde o Akashi-san vai depois? _o mesmo perguntou com o rosto levemente corado e então me olhou meio encolhido e eu suspirei.

__Para minha casa.

__Er... O Akashi-san poderia ficar conosco. Ouvir dizer que os seus a-amigos estariam lá... _ele falou não me encarando.

__Que amigos...

__O-o seu time, e alguns membros da Kiseki no Sedai... _o mesmo falou fazendo um biquinho e eu sorri de canto olhando o teto.

__Ah!... Acho que é melhor eu ir para casa.

O moreno sorriu e abaixou o rosto. E então seus olhos se voltaram para mim e um sorriso gentil brotou de seus lábios. O mesmo suspirou e aproximou o seu rosto extremamente vermelho do meu, apenas sorrindo.

__Você é bem gentil Akashi-san... Acho que não tenho mais medo de você... _ele sussurrou docemente para mim, com aquele belo sorriso aberto nos lábios.

Eu o olhei surpreso e então coloquei minhas mãos em sua nuca o puxando ate selar nossos lábios. No começo senti a surpresa do moreno, mas assim que deslizei minha língua pelos seus lábios o mesmo o abriu dando passagem para mim.

Puxei um de seus lábios com os dentes, sugando o mesmo. Mesmo que eu tivesse o consentimento para prosseguir, não poderia beijar um garoto de primeira de língua. Nem mesmo com garotas se era algo bom de fazer.

O beijo continuou por mais alguns minutos e então ele se afastou com os olhos fechados e encostou sua testa na minha. Fiquei a olhar o rosto ruborizado e com um sorriso sincero nos lábios, os olhos alheios se abriram e me encararam meio envergonhados.

__Realmente, muito gentil... _ele sussurrou dando um selinho nos meus lábios, deixando-me surpreso.

Fechei os olhos e logo senti a língua mais atrevida a tentar adentrar a minha boca, e depois e pegá-lo pela nuca, inseri a minha em sua cavidade tão quente, fazendo nossas línguas tocarem-se e um arrepio percorrer nossos corpos, as mesmas dançavam lentamente, aproveitando o sabor tão doce.

Ficamos naquele toque tão íntimo e quente por mais alguns minutos, desfrutando do beijo tão singelo e tão cheio de sensações que nunca havia sentido. Era bom e aquecia o meu coração...

Separamo-nos e eu levei minha mão até os cabelos do moreno que estava corado e sorrindo abertamente para mim.

O carro parou e nós dois ouvimos o motorista falar que havíamos chego. O sorriso do moreno se desfez e o mesmo abaixou o olhar, meio tristonho. Aquilo era estranhamente incomodo, eu me debrucei sobre ele, roubando um beijo e o mesmo me encarou surpreso.

__Akashi-san...

__Acho que eu tenho outros machucados pelo corpo por causa da queda... Se quiser, você poderia dar uma olhada e cuidar deles para mim... _falei me sentando direito e olhando para fora da janela.

Ouvi uma risada do moreno, que aqueceu o meu coração. O mesmo tocou o meu ombro e beijou a minha bochecha concordando. Dei a ordem para o motorista que partiu.

Meu coração tão atormentado e estranho parecia tão calmo.

Não era um imperador, era apenas um simples garoto.

E o sentimento de solidão, sendo preenchido pouco a pouco por sorrisos bobos.

Eu não entendo nada destas coisas, mas eu apenas quero está com ele...

Por que isso me acalma.


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