Another Mrs. Smith ? escrita por Juno


Capítulo 1
" Saudades Johnny . . . "


Notas iniciais do capítulo

Eu passei um tempo sem vontade postar fanfics, com medo de que a minha adorável diversão se tornasse uma obrigação.
Se você estiver lendo isso aqui, muito obrigada.
Peço apenas que comente, seja só com um "continua" ou "gostei"... Não me importo com a quantidade de caractéres.
E já peço desculpas antecipadas pois eu posso postar sem muita frequência, mas lhe garanto que abandonar uma fic não "faz meu estilo".

Boa leitura!



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Jane Smith P.O.V.

Ainda teríamos muito pela frente, muitas verdades que nunca foram ditas, muitas máscaras que cairiam sem que percebessemos. Mas isso não é nada de mais, isso é o mínimo que devemos enfrentar.
Afinal de contas, isso é um casamento, não é ? Não sei exatamente o que é um casamento "perfeito". Mas a nossa maneira, minha e de John, esse casamento é perfeito.
Após todos os acontecimentos da última semana, e também a terapia de casal, era hora de remendarmos nossos corpos e procurar o que fazer.
Não estariamos livres por muito tempo, disso eu tinha certeza.




Estamos em um pequeno chalé nas montanhas. Não é clichê? É extremamente clichê.
John sai durante o dia para verificar que ninguém esteja na nossa cola, enquanto eu fico em casa como a boa dona de casa que sou.
Eu limpo, lavo, passo, cozinho e também dou uma olhada na correspondencia.
E não me julgue mal por abrir todo o tipo de carta que chega até aqui, é meu trabalho.
E se chega até aqui, significa que também diz respeito a mim, afinal, apenas aquele amigo de John (que mora com a mãe) e uma das garotas da minha ex-agência sabem onde estamos no momento.
A primeira coisa que me chamou a atenção na carta que eu peguei esta manhã foi seu cheiro.
Era uma carta perfumada. Minha curiosidade foi tão aguçada que eu simplesmente ignorei o fato de aquele pacote ter sido endereçado apenas a John.
Era perfumado pesado e não tinha remetente.
Que tipo de mulher deixaria passar um estranho pacote tão bem feito assim? Quem não leria antes de entregá-lo a seu marido.
Entrei e preparei um bom café, depois fui para a sala, e separando as demais cartas em um canto, puxei o pacote para a mesinha de centro.
A faca deslizou pelo papel quando finalmente me convencia de que não estava fazendo nada de errado e entao pude contemplar o conteúdo misterioso que aquele perfume enfeitava.
Era um livro. História da Arte.
John havia dito que fez História da Arte, ele deve ter pedido o livro para se lembrar dos velhos tempos ou então para me dar umas aulas. Eu amo quando ele parece esperto, é sedutor. Se o assunto for sobre arte então, não consigo imaginar um final melhor para isso do que uma cama.
Ri um pouco aliviada. E dei uma revistada no interior do livro.
As páginas estavam amareladas e havia também algumas gravuras.
Ler é algo que simplesmente faz qualquer pessoa viajar para um mundo distante, para um lugar onde a história comanda tudo e tudo pode acontecer. Você pode rir, ou pode apenas chorar.
Pode chorar ao descobrir uma foto de um jovem casal que parece feliz um ao lado do outro, como amantes.
Deixo a lágrima solitária correr pelo meu rosto. Isso não demonstra que estou sensível, ou até mesmo fraca. É apenas uma lágrima daquelas que exprimem raiva. Essa é a palavra: raiva.
Ou como um homem diria a uma mulher , "ciúmes".

Ninguém nunca me testou assim, nunca fui tão posta a prova.
Seja lá quem foi o desgraçado que mandou essa foto, está prestes a descobrir que uma mulher com ciúmes, digo, raiva pode ser capaz de qualquer coisa quando o assunto diz respeito a seu marido. Porque ninguém tem a liberdade de tentar , ou se atrever a tentar, destruir um casamento que tem sido muito bem conservado devido a dedicação de uma esposa, como eu.

Então vou preparar um bom jantar e esperar John com um bom vinho. E uma boa conversa vai ser esclarecida.
Repetir uma palavras várias vezes me faz acreditar que ela vá se concretizar.

Penso em tudo isso enquanto dou um gole no meu café e analiso a foto meticulosamente.
Não me parece uma montagem, não me parece nada falsa.
O que me deixa superficialmente aliviada é o fato de a foto não ser recente. Ela deve estar morta, a mulher que está sorrindo ao lado de John, é claro.
E ele está lindo como sempre foi. O cabelo levemente comprido, dando a ele um ar de garotão.
Tento reconhecê-la, loira, o rosto não é bonito, magra, sem atributos e sem graça.
Não devo me considerar injusta com as avaliações que faço a ela, eu sou uma mulher, não tenho a obrigação de dizer que ela é bonita se eu não penso isso.
Estou sendo sincera.
Levo certo tempo para sair desse "transe" e finalmente pego a foto. É como se ela fosse parte do livro (algo não-real) e que se eu a tirasse dali, ela iria se tornar real.
É bem real, um pouco antiga, mas real.
Estou repetindo a palavra,mas não quero aceitá-la.

Olho o verso e ali, numa caligafia bastante feminina, estão gravadas as palavras:
" Sinto sua falta Johnny
com amor, Janneth."

- Ah, Janneth é ? - Solto um riso de escárnio. - Janneth Smith, querida?

Solto tudo em cima da mesinha de centro e avanço para o resto da correspondência, como uma louca desvairada.
Não há sinal de qualquer outra carta da tal de Janneth. Eu rezo (pelo bem dela) que não haja mais sinal dela na face da terra.
Junto o livro e vou para a cozinha.

Hoje tenho que por em prática minhas habilidades culinárias (não usadas anteriormente), e espero que John fique satisfeito com o belo jantar que o aguarda quando ele chegar.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Então comente aí! Pode favoritar, acompanhar que eu não mordo! :3

Obrigada, até mais !



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