Entre Vivos e Mortos escrita por TheBlackWings


Capítulo 11
Capítulo 11 – Assuntos de interesse


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores queridos.
Passando aqui de rotinha percebi que, misteriosamente, a capa de minha historia desapareceu...
Para melhorar a situação, não encontro mais o arquivo dela no meu computador, e agora?

Bom, estou pensando numa solução... Acho que por enquanto retornarei a antiga imagem, e logo resolverei o problema.
Aproveitando a minha crise de inspiração, eis o capitulo, eu sei, esta bem adiantado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/46869/chapter/11

- Agora que todos estão reunidos aqui... – Saori começava a reunião. Na grande sala de estar ricamente decorada, os nove cavaleiros se distribuíam. No maior sofá estavam Saori, que agora se encontrava de pé, no meio, à direita Jabu e a esquerda Shun. Seiya se mantinha em pé atrás do sofá apenas apoiado nele. Do outro lado, em dois sofás menores Ichi, Nachi, Ban e Geki se acomodaram. Hyoga estava na poltrona que ficava mais afastada um pouco. – Gostaria de começar a reunião.

 

Mesmo com a ausência de Ikki, que ninguém esperava mesmo aparecer, todos se reuniram para discutir aquela inesperada situação.

- Bom... não temos muitas informações sobre os nossos inimigos... – A jovem aparentava preocupação, e cansaço mental. – mas sabemos suas pretenções.

- Com certeza, pretendem roubar a armadura de ouro! – Nachi comentou quase levantando-se de seu lugar.

- Sim, exatamente. – A moça retornou ao assunto. – Eu pretendo mandar reforçar a segurança com a armadura e...

- Isso não ira adiantar de nada. – As atenções se voltavam para Hyoga, que interrompeu Saori. – Eles são cavaleiros, homens e armas não os seguram.

- Ele tem razão. – Seiya também falou. – não devemos subestimá-los.

- Eu sei disso... mas é a única proteção que disponhamos no momento... – A jovem aparentava não ter certeza do que fazer ao certo.

- Não deve se preocupar, Saori!! – Jabu se lenabtou do seu lado com um pulo. – Nos somos cavaleiros, e acabaremos com qualquer cavaleiro negro que ousar pisar aqui!! Não é mesmo pessoal?

- É isso ai!! – Ichi, Nachi, Ban e Geki levantaram- se do mesmo jeito. Os outros, ainda sentados não tinham a mesma certeza deles. Seiya se empolgou também.

- Tem razão! Nenhum deles vai conseguir tocar na armadura!!

- E se conseguirem? – A onda de alegria dos cavaleiros foi logo cortada por Hyoga, que os fez voltarem à realidade. – Ninguém aqui conhece o poder desses inimigos. Se ficarem confiantes demais a única coisa que acontecerá é serem humilhados.

 

Todos se sentaram, e Seiya se abaixou e ficou apenas com os braços encolhidos observando por cima do encosto do sofá. Jabu rebateu.

 

- E o que acha que devemos fazer? Nos sentarmos e esperarmos que eles venham e acabem com tudo?

- Não é o que eu quis dizer. Só não devemos ficar muito autoconfiantes! Vocês só irão acabar subestimando eles.- O clima voltou a ficar pesado. Hyoga não tinha dó de dizer a verdade na cara, o que causava muitos conflitos. Todos estavam começando a se exaltar com o jeito que ele falava com Jabu, mas logo as coisas mudariam um pouco.

- Ele tem razão. – Todos os olhares se direcionaram a pessoa sentada do lado esquerdo de Saori. Shun, que até agora se manteve em silencio, finalmente se pronunciou. – Nos temos que ter calma.

- Você esta concordando com ele Shun? – Jabu já estava de pé.

- Mais ou menos. O que ele falou tem fundamento. Vocês tem que concordar que ninguém conhece o poder deles. – Todos continuavam estranhando o fato do cavaleiro de Andrômeda concordar com o Cisne que, por sinal, estava furioso por dentro por ter sido interrompido.

- Eu acho que, antes de nos empolgarmos demais numa luta, devemos descobrir mais sobre eles.- Os cavaleiros pareciam estar pensando nas palavras de Shun, eles se olhavam e depois de um período de silencio Jabu voltou a falar.

- Eu acho que esta certo. Mas como vamos descobrir mais sobre eles?

- Acho que primeiro temos que descobrir o esconderijo deles. – Seiya se levantou novamente, agora mais motivado.

- Exato. – Geki concordou. – Vamos procurar onde eles estão e depois podemos ataca-los.

- Mas a cidade é enorme. – Saori continuava preocupada.

- Não se preocupe Saori! – A jovem virou o rosto para olhar Seiya. – Nós vamos conseguir!

- Mas tem outro problema. – Novamente, a empolgação dos outros foi cortada por Hyoga. – Eles podem não estar no Japão.

 

Outra vez os cavaleiros se sentaram. Aquela reunião iria demorar.

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Aquele estranho homem continuava segurando a mão de Ikki, com o mesmo sorriso irritante no rosto e a fumaça do seu cigarro se espalhando pelo local.

- É um prazer conhecer o cavaleiro de... Fênix, não é?

- Sim... E você, é um cavaleiro? – Após dizer isso, Youma começou a rir alto e soltou a mão do jovem.

- HAhahaha... Rapaz, eu tenho cara de ser um cavaleiro? – De repende Fênix se sentiu um idiota fazendo tal pergunta. O homem não tinha a mínima postura para um guerreiro, e nem sequer sentia um cosmo vindo dele.

- Er... realmente.

- Não se preocupe rapaz, eu não me ofendi! – O Homem andou um pouco, ainda observando o local. Ikki não entendeu o sentido da frase dele.

- Como entrou aqui?

- Odeio quando me perguntam isso. Por que está tão preocupado? Eu só estou aqui para ver a tal Armadura de Ouro, oras.

- Não importa. – Ikki cruzou os braços. Mesmo com tudo aquilo, ainda não estava confortável. – Tem que ir embora.

 

O cavaleiro observou o homem andejar pela arena olhando para cima. Por um momento mergulhou nos pensamentos, se lembrando de quando viu seu irmão e ele conversando. Segundo Seiya, eles se conheceram durante o treinamento, por isso imaginava que ele era um cavaleiro, mas agora estava questionando essa idéia. De repente, sentiu algo prender seu pescoço e voltou à consciência. Imediatamente entrou em guarda novamente, quando percebeu que era Youma que havia passado o braço por trás de seu pescoço e o arrastava pelo lugar.

 

- Pare de ficar viajando ai rapaz, e me mostre o lugar! O que é aquela coisa quadrada suspensa ali encima?

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Uma hora depois a reunião entre os cavaleiros finalmente terminou com um clima inóspito. De um lado Jabu, Seiya e os cavaleiros decidiram começar uma procura pelos inimigos, do outro Hyoga era contra isso, e no meio Shun se mantinha neutro. Saori apenas ouviu tudo.

- Esta decidido e ponto final!!! – Jabu concluiu o assunto. – Amanhã iremos começara procurá-los.

- Isso mesmo! – Seiya e Jabu pela primeira vez concordavam em algo.

- Certo, agora que decidimos – Saori se levantou finalmente. – O jantar já deve estar servido, quem quiser pode jantar.

 

A maioria dos cavaleiros se levantou e foi até a sala de jantar, menos Hyoga que subiu direto para seu quarto.

 

- Hey Shun! – Seiya foi até o amigo. – Não vai jantar conosco?

- Não, hoje não. Estou cansado e não estou com fome. – Sorriu e continuou subindo as escadas. – Até amanha!

 

- Que chato, ele não vai jantar. – Seiya ficou um pouco chateado por não ter ninguém para conversar. Jabu passou perto dele e completou.

- E por acaso você já viu ele comer alguma coisa?

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Depois de se livrar do homem chamado Youma, Ikki conseguiu voltar para casa. Quando chegou a mansão todos estavam na sala de jantar e passou despercebido. Enquanto entrava no quarto lembrava das palavras dele.

 

- Eu já te incomodei o suficiente por enquanto! Vou indo, e ... Ah! Não fale nada para o seu irmão que eu estive aqui ein! Hahaha... – O sorriso do estranho sumindo na escuridão do coliseu ainda o incomodava, e cada frase estranha dele martelava em sua cabeça. Por um lado achava estranho ter conhecido aquele home, e em condições tão absurdas, mas por outro achou que seria uma oportunidade para se aproximar do irmão.

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Mais um dia que acabava. A lua já iluminava o céu da cidade japonesa. Shun olhava pela janela o céu estrelado da cidade. Seus pensamentos pareciam bem distantes, uma brisa logo o fez retornar de seus devaneios. Fechou a janela e se sentou na poltrona perto dela.

- Já estou aqui há três dias... Só tenho mais quatro. -Inclinado para frente, pensava sobre essa interferência dos cavaleiros negros. Por um lado poderia ser um infortúnio, mas por outro poderia acabar acelerando as coisas. Seria uma questão de tempo até tudo se resolver.

 

Imaginando que sua missão poderia ser encurtada, sentiu uma ponta de animo. Logo tudo iria acabar e poderia retornar a sua casa. Pensar isso lhe fez bem. Com um sorriso se levantou e foi para sua cama.

 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Um novo dia, novos ânimos na mansão Kido. Os cavaleiros estavam muito empolgados com a idéia de procurar os cavaleiros negros pela cidade. Só precisariam esperar até decidir quem iria e quem ficaria na mansão. De manha cedo, Seiya já estava na mansão, junto com todos os cavaleiros. Até Ikki estava lá.

 

Todos estavam reunidos na porta de entrada da mansão, com as urnas de suas respectivas armaduras nas costas, menos Hyoga, Shun e Ikki. O dia estava bonito, tirando o fato do céu nublado. Em um canto afastado, encostado a parede da casa, Hyoga ainda não concordava com o acontecia, mas se conformou que pelo menos eles levariam uma lição merecida. Na frente da porta aberta, Shun observava a baderna que os cavaleiros faziam. Na sua cabeça, analisava as possibilidades e mantinha algo definido para qualquer situação que fosse acontecer. Saori estava do seu lado, preocupada com o que aconteceria. Ikki estava a metros de distancia de todos.

 

- E então? – Jabu falou, chamando a atenção de todos. – Quem vai e quem fica?

- Eu vou com certeza!!! – Seiya gritou. Todos os outros cavaleiros que estavam juntos também. – Todos os cavaleiros tem que vir!

- Espera, alguém tem que ficar na mansão para cuidar das coisas aqui. – Nachi foi o único do grupo a pensar nesse detalhe.

- É mesmo... – Seiya olhou em volta. – Alguém quer ficar?

 

Os cavaleiros se entre olharam.

- Eu fico. – Shun foi o único a falar. – Faz tempo que não luto, só iria atrapalhar.

- É, se me lembro bem de você quando éramos pequenos, com certeza iria atrapalhar. – Jabu não perdeu a chance, sendo fuzilado por Seiya, Saori e Ikki. Shun só deu um sorrisinho amarelo.

- Eu também vou ficar. – Hyoga foi rápido na resposta.

- Ótimo então, vamos nós seis. – Ichi concordou, e todos começaram a ir embora.

- Mais tarde voltaremos com resultados!! – Jabu gritou acenando para Saori. Ikki não se mexeu de onde estava. Seiya berrou para ele mas foi ignorado e desistiu. Logo depois, Ikki deu meia volta e desapareceu.

 

Saori, Shun e Hyoga observavam os cavaleiros se afastarem. A jovem herdeira da família Kido parecia bastante nervosa enquanto abanava timidamente para eles. Os outros dois observavam os jovens cavaleiros que andavam até os portões da residência. Logo após, os três entraram mansão a dentro. Saori continuava séria.

- Algum problema Senhorita? – Shun andava do seu lado. Hyoga estava mais longe por isso andava agora mais distanciado dos dois.

- Só estou nervosa. Não queria que eles se arriscassem assim... – A jovem apertava as mãos, imaginando o que poderia acontecer.

- Eu entendo seu sentimento, mas como cavaleiros eles saberão se cuidar. Tenho certeza.

- Obrigado Shun. – A jovem sorriu para o cavaleiro e foi retribuída.

 

A jovem voltou à situação, percebendo a ironia do destino. Os dois únicos cavaleiros presentes na mansão eram Shun e Hyoga. Isso fez ela se lembrar de tudo que havia visto e ouvido até agora relacionado a esses dois cavaleiros, sem falar no péssimo clima instaurado entre ela e o cavaleiro de Cisne.Após pensar isso foi um pouco a frente para falar com os dois, sem se virar. – Espero que me perdoem por tudo isso. Por causa desse imprevisto vocês acabaram tendo que ficar aqui para protegerem a mansão.

- Não precisa pedir desculpas. Nós nos oferecemos. – Hyoga continuava seco como sempre.

- Estamos aqui por vontade própria. – Shun tinha um tom mais calmo e tranqüilizador. Saori olhou para ele com um sorriso.

- Obrigado aos dois. Bom, creio que não poderão se ausentar da mansão, mas espero que possam se entreter aqui mesmo, se precisarem de algo é só falar. – Ambos se mantiveram em silencio e acenaram com a cabeça concordando.

Todos tomaram um rumo, menos Hyoga e permaneceu na sala principal da mansão.

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Já fazia algumas horas que eles estavam procurando os inimigos pela cidade. Separados e espalhados pelo amontoado de prédios e ruas, cada um procurava algum vestígio de um cavaleiro negro. Seiya procurava pelo litoral, enquanto os outros se dividiram proporcionalmente pela cidade. Pégaso corria olhando para todos os lados pela praia. Às vezes parando, para observar melhor, mas logo seguia. Do outro lado, no inicio do bosque, um homem encostado numa arvore fumava um cigarro enquanto o observava.

- É assim que eles estão procurando esses tais cavaleiros negros? – Youma parecia observar cada passo do cavaleiro de pégaso. – Seria mais fácil achar uma agulha em um palheiro desse jeito...

 

Aparentemente sozinho, o estranho homem seguia pela floresta acompanhando o cavaleiro, sem muita dificuldade. Com pés rápidos, ele sempre acabava a frente do próprio, e sem que esse percebesse um movimento dele. Depois de um tempo, parou e encostou-se em outra arvore, desanimadamente, deixando o cavaleiro seguir com seu trajeto. Soltou à fumaça dos pulmões e suspirou.

- Eu esperava mais do cavaleiro de Pégasus... – Observou enquanto o cavaleiro seguia seu rumo.

- Esta esperando demais de m cavaleiro de bronze... – A voz veio da sombra disforme que surgiu atrás dele.

- Você finalmente apareceu! Afinal onde estava? – Com um pulo o homem se virou e mudou logo sua face desanimada.

- Como se eu devesse a você satisfações... – Youma fez uma careta com a resposta.

- Mal educado! Bom, o que eu poderia esperar de um inseto como você? – Deu uma risadinha sarcástica que fez o outro se irritar.

- Queria lembrá-lo que não sou eu que estou aqui ilicitamente. - Youma voltou a fechar a cara. – O que há com você afinal, esta cada vez pior.

- Estou com falta de ação, minha cara borboleta Myu! – O outro, ao ouvir isso, chegou a tremer.

- Ficou louco? Se esqueceu que as regras são...

- Você que é louco de ficar seguindo a risca essas regras idiotas. – Myu ficou encarando o homem, cuja face era sinistra e irritante. Havia se esquecido do quanto perturbador ele podia ser. – Não gosto de seguir regras! Foi por isso que sai do Japão.

- Então, o que faz conosco? Nós seguimos regras. – O Homem de terno antiquado agora andava em roda do homem com aparência estranha. Este parecia nervoso.

- E quem disse que não sigo regras? - Parou de repente, e ficou o encarando. – ... Mas, eu me entedio facilmente hehehehe....

 

Youma se afastou a passos lentos, e Myu só observou ele se afastar. Ainda não entendia o que aquele homem estranho fazia ali, e sinceramente não gostaria de saber a resposta. Antes que o homem sumisse, lembrou se de uma coisa.

- O que pretende fazer?? – O outro parou, e olhou para trás como se não tivesse ouvido o que ele disse. – O que esta pretendendo fazer?

- Nada, oras. Regras são regras não é? – Começou a rir e desapareceu nas arvores. O homem de estranha aparência apenas ficou parado pensando naquilo, e imaginando os problemas que ele poderia lhe trazer.

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A brisa daquele inicio de tarde era agradável, mesmo prevendo que o tempo se revoltaria novamente. Perto do bosque artificial da mansão, Saori Kido andava vagarosamente, como se apreciando cada som daquele lugar. Mesmo numa situação de crise como aquela, pela qual jamais havia passado ou pensado que passaria se sentia em paz naquele momento. Lembrava-se das recomendações de Tatsumi para que não saísse da mansão, gostava de andar por ali. Entrando por uma trilha bem cuidada e com belas flores que seguia por dentro do bosque, seguia uma linha reta. Depois de alguns metros andando avistou uma pessoa, sentada em um banco de pedra em uma trilha secundaria do bosque, e se aproximou.

- É realmente um lugar muito agradável, não é Ikki? – O cavaleiro sentado se surpreendeu com a voz da jovem.

- O que faz aqui? Devia estar na mansão. É perigoso aqui. – Continuou sem olhar para ela enquanto falava. A jovem não se importou, andou um pouco e ficou em pé, do lado do banco onde ele estava sentado.

- Eu sei... Mas me deu vontade de vir aqui. E mesmo sendo perigoso não estou me sentindo desprotegida. – O cavaleiro não era de demonstrar sentimentos com os outros. Saori sabia que ele era de poucas palavras então não se preocupou. Alguns minutos se passaram em silencio.

- Como me achou aqui? – Saori foi pega de surpresa com a pergunta.

- Não sei... Deu-me vontade de andar aqui. Estava me sentindo tão bem que segui andando sem um rumo definidamente. Não sei, mas algo me diz que as coisas irão mudar drasticamente de uma hora pra outra... – Ikki olhou para ela, um tanto surpreso com tal previsão. – Senti uma vontade repentina de aproveitar tudo isso aqui.

 

A jovem continuava olhando o céu, e Ikki tentavam entender tais palavras. Às vezes, sentia como se ela não fosse uma pessoa comum.

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

A luz do sol entrava pelas grandes janelas daquele local, e nem as cortinhas vermelhas e pesadas à continha. O cômodo não era tão absurdamente grande, mas tinha sua magia especial. A biblioteca pessoal da mansão Kido tinha algumas estantes altas em madeira nobre, que formavam um pequeno corredor até uma área, com uma grande mesa algumas poltronas perto da janela, com algumas mesas menores. Em frente à primeira estante perto da grande mesa, Shun passava os olhos pelos títulos dos livros, sem muito interesse em seus conteúdos. Parecia mais que aquilo lhe fazia voltar ao passado. Enquanto andava vagarosamente, passando uma de suas mãos pelas laterais dos livros, o jovem às vezes olhava pela janela para a luz do sol que agora aparecia melhor que há algumas horas atrás. Tão distraído, que nem viu que não estava mais sozinho. 

- Não fazia idéia que um cavaleiro treinado numa ilha inóspita como Andrômeda fosse apreciar uma biblioteca. – A voz do cavaleiro de Cisne, que se encontrava logo no final do corredor formado pelas estantes. Shun parou surpreso ao ouvir aquela voz, e logo virou o rosto de leve para observar o recém-chegado. Este continuou o encarando, de forma fria como sempre. – Se importa que eu fique aqui também?

 

Shun voltou à postura de sempre, se virou e, com um sorriso simpático, confirmou.

 

- É claro que não. Sente-se, seria interessante conversar com você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!