Ilusões Da Minha Vida escrita por ColdPrincess, Juno


Capítulo 14
Capitulo XIV


Notas iniciais do capítulo

desculpa pela demora, boa leitura.



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POV Leo

Estava ouvindo música e mexendo no computador em meu quarto, não que eu esteja prestando muita atenção no que estava vendo no computador, estava pensando nela, não parava de pensar nela á dias, e isso é meio idiota da minha parte, afinal eu estou parecendo um idiota apaixonado. Mas era inevitável, sério, eu nunca tinha visto uma garota daquela, normalmente todas as garotas se preocupam demais com coisas totalmente fúteis. Ela é verdadeira, e bem desastrada e isso com certeza faz parte do seu charme. É como se ela fosse a única que me entende a também a única que me dera um pouco de atenção, afinal que garota quer um cara magrelo, de cabelo cacheado? Pois é, uma louca. E sim, ela era louca, logo... MINHA louca. Enquanto estava pensando nela, o meu celular toca, olho no visor e literalmente jogo meu computador do outro lado.

– Alô? Juh? – perguntei animado.

– Oi, Leo... – perguntou ela com uma voz fina, como se estivesse com vergonha de algo.

– A que devo a honra dessa ligação? – perguntei.

– Bom, é que... Eu não tenho nada pra fazer então resolvi ligar.

– E, então eu presumo, que você queira fazer alguma coisa, né?

– Presumiu certo! Você tem alguma ideia?

– Sabe que não? Sei lá, deixa eu pensar... Você gosta de sorvete, certo? – falei em tom de brincadeira, afinal quem não gosta?

– Nããããão, imagina!! É claro que gosto, né o alien? – Eu só dei risada.

Okay, então eu te pego em cinco ou dez minutos se eu achar sua casa. – e ela riu no telefone e assentiu. Desligamos e eu fui pegar meu casaco. Fui para o carro e dei partida, estava ansioso pra encontrá-la.

Fui Para casa dela, quando cheguei, ela estava sentada no degrau em frente sua casa. Eu sai do carro e ela se levantou e eu fui em sua direção e a abracei, era uma sensação tão boa de estar com uma pessoa que te faz sentir especial.

– Oi, seu “risador” da desgraça alheia!!! – Disse Julia, rindo uma risada perfeita, igual a dona.

– Oi, sua completa desastrada!! – disse me desfazendo daquele abraço aconchegante.

– Bom, então que sorveteria a gente vai, moço?

– Moço? Sério? Enfim, nós vamos em uma perto daqui é muito boa!!

– Okay, então vamos, hehe moçoooo! – Disse dando uma gargalhada.

– É vamos, moça! – Então puxei sua mão e fomos para o carro. Em poucos minutos já estávamos na sorveteria. Entramos e fomos escolher o sorvete. Ela pegou o de menta flocada e eu peguei de doce de leite, sim escolhas bem diferentes. Pegamos uma mesa e sentamos.

– Então, Jubs, O que você ficou fazendo esses dias? – perguntei.

– Você não vai acreditar, no que eu fiz!! – Fiquei entusiasmado, afinal os dias dela teriam sido mais produtivos que os meus.

– O que?

–... NADA!!! – E do nada, senti uma gosma de sorvete em minha blusa e a cara da Ju, fazendo um perfeito “O” com os olhos esbugalhados.

– M-M- Me desculpe! Foi sem quere, eu juro!! Oops...

– Calma, não precisa ficar desesperada! Foi só a colher que escapou da sua mão! Isso acontece! – falei pegando algo para me limpar da sujeira.

– No, no! Foi sem querer, e eu sou uma completa desastrada e a causadora dos maiores acidentes com sorvete! – falou vindo em minha direção e tentando limpar minha blusa. Então afaguei seu rosto com as mãos.

– Ei, ei. Dá pra parar? Podemos fazer algo melhor. – Falei, e fui em direção aos seus lábios perfeitos e lhe dei um beijo, definitivamente e sem dúvida o melhor beijo da minha vida.

POV Max

Estava sentado no sofá assistindo TV, depois que levei Lara em casa. Estava com muito sono, mas queria esperar Leka chegar, mas provavelmente ela não chegaria mais, pois já era muito tarde, então cochilei ali mesmo. Acordei com a luz da janela bem no meu rosto e estava tentando enxergar alguma coisa, mas a luz era muito forte então só peguei o cobertor e coloquei em cima de mim. Levantei para me desviar da luz, mas acabei caindo do sofá. Depois que acordei completamente, escovei meus dentes e fui tomar um banho. Saí do banho e minha vó estava na sala.

– Bom dia, Max – falou ela.

– Bom dia, vó. Cadê a Leka?

– Ela dormiu na casa da Katherine, depois da festa.

– Sério? Eu pensei que ela estivesse com o.... A esquece.

– O que você vai fazer hoje? – perguntou minha vó.

– Eu não sei, porque?

– Porque, aquele seu amigo ligou, o.... Riley.

– E o que ele queria?

– Dar um “rolê” – disse dando aspas e eu ri.

– Ata, sei lá. Talvez eu faça isso.

Peguei meu celular e liguei para ele. Ele disse que estava sem fazer nada, então como eu também estava nós iriamos andar de skate.

Fui até a praça onde tem uma pista de Skate. Riley já estava subindo e descendo as rampas.

– Eai, cara? – falei pegando a skate e indo até ele.

– Oi, Max! – falou me cumprimentando. – Então, cara, novidades?

– Não, bom, mais ou menos. Não sei se você quer ouvir mas, eu conheci uma garota... extremamente gata.

– Jura? Como é o nome dela?

– Lara. Riley, você não tem ideia do quanto incrível ela é. Só que minha irmã me pegou aos beijos com ela, e provavelmente vai me matar.

– Do jeito que eu conheço sua irmã.... Mas, espera porque ela iria querer te matar?

– Porque a Lara, ela ainda está no ensino médio e é uma das melhores amigas da minha irmã.

– Max! Você pegou uma garota do colegial? Você está na faculdade, lembra? Por favor, me diga, que vocês só se beijaram, certo?

– Riley, eu não peguei ela! E sim, só foi beijo, eu não sou tão idiota! Eu não iria abusar de ninguém, muito menos dela! E eu acho que, e-eu estou gostando mesmo dela.

– Wow, Isso é sério mesmo? Eu preciso conhece-la! Mas ela tipo... também gosta de você?

– Sim, bom, pelo menos eu acho que sim. Sim, ela gosta, e há uma super pequena diferença de idade, ela tem 18 e eu 20. Não é tão grave assim, conheço gente que namorou com 10 anos de diferença, então eu não estou fazendo nada de errado!

– É, pode ser. Fico feliz que esteja gostando dela, cara, sério mesmo. – Então depois disso nós encontramos uns amigos nossos e ficamos jogando futebol e então como já estava escurecendo eu voltei para a casa. Fiquei assistindo TV, mexendo no computador e etc. Já era tarde, e a Leka ainda não tinha chego. Bem quando pensei nisso a porta de casa se abriu e a Leka entrou, nesse momento tenho que admitir meu coração entrou a mil, eu não sabia o que ela iria falar ou fazer. Ela entrou guardou a bolsa e lançou um olhar fulminante e perturbador para mim.

– Eu quero falar com você, e tenho certeza que você sabe qual é o assunto, não? – disse, cruzando os braços.

– Sim. Leka eu...

– Max, qual é o seu problema? Eu juro que eu não queria acreditar no que vi! Você estava agarrando uma das minhas melhores amigas? E o pior, ela ainda está no colegial.

– Eu não estava agarrando ela, Leka eu só estava... – dei uma pausa.

– O que? Vai me dizer que você estava só dando um beijinho inocente e sem outro pensamento na cabeça? Porque eu vou te matar se você falar isso!

– Leka, olha só, nós nos beijamos sim, mas eu não queria... outra coisa com ela. Você sabe eu não sou tão desse tipo!

– É eu sei exatamente de que tipo você é, o do tipo irresponsável e problemático! Escuta aqui, é claro que eu Não posso proibir você de ver a Lara, mas eu quero que você saiba que mesmo você sendo o meu irmão, eu não vou facilitar as coisas para você, então, tudo o que eu peço é que não machuque ela, e não a descarte.

– Leka, agora é minha vez de falar. A Lara, pelo pouco tempo que a conheci, ela é incrível, linda e totalmente responsável. Eu sei, que eu não sou um exemplo a se seguir mas, eu não sou burro ou idiota. E nem um cara sem coração. Eu gosto muito, muito da Lara, e não seria capaz de magoa – lá. Então por favor, você também não pode ser tão dura comigo. Eu sei, que o que eu fiz, de beijar ela, não foi totalmente certo, mas é que digamos, que eu não consegui resisti. Mas, Leka, eu juro que nunca a magoaria ou a descartaria. – Leka olhou para mim, depois para baixo suspirou alto e olhou para mim de novo.

– Tudo bem, na verdade, agora eu fico feliz que tenha realmente gostado de alguém. E me desculpe por pegar tanto no seu pé é que eu...

– Você está sempre cuidando de mim, né? E é por isso que eu te amo, tá? – ela sorriu e veio me abraçar.

– Eu também te amo, maninho.

POV Katherine

Eu abri os olhos lentamente, esperando ver o teto do meu quarto. Mas não reconheci o ambiente. Olhei para os lados e então me lembrei de onde eu estava. Eu estava na casa do Matheus. Provavelmente havia adormecido durante o filme, e ele trouxera um cobertor e travesseiros para mim.

Aconcheguei-me mais ainda na manta que me cobria. Eu estava morrendo de frio e eu só estava com a blusa dele. Além de frio, eu estava com preguiça. E fome. A coisa estava preta. Estiquei o braço para tentar alcançar o controle, que estava no chão, sem me levantar. A claridade natural que espalhava-se pelo cômodo denunciava que ainda não era tarde, talvez por volta das cinco da tarde.

Escutei um barulho e levantei o braço, olhando em volta.

– Matheus? – eu gritei, e minha voz ecoou pelas paredes. – Matheus? É você?

Nada de resposta. Comecei a ficar tensa. Levantei-me do sofá e então ele apareceu. Lindo como sempre, e carregando várias travessas.

– Ah, oi, Kath... – ele disse, tentando equilibrar todas as travessas.

– Oh, Deus, você vai acabar derrubando tudo isso! – eu exclamei, e corri para ajudá-lo.

Dividimos as travessas entre nós e levamos para a sala. O cheiro era delicioso, mas elas estavam cobertas por papel alumínio, então não reconheci o que continham.

Nos sentamos no tapete da sala e acomodamos as travessas na mesinha de centro.

– Por que você não me chamou? Eu podia ter te ajudado com.... Com o que quer que seja isso! – eu reclamei, apontando para as comidas.

– Não! Eu queria fazer... Algo especial. Além de que gosto de ver você dormindo. Você fica com o rosto tão sereno.

– Sereno? Que palavra é essa? – eu zoei ele. Com certeza, de nós dois, ele era o bom com palavras.

– Sereno. Calmo, pacífico...

– Não, não foi isso que eu quis dizer. Eu sei o significado da palavra. É só que... Ninguém mais usa essa palavra!

– Usam sim. Eu uso. – ele disse, fingindo que estava ressentido.

– Por essa e outras você é único.

Nossos olhares se cruzaram, e ele sustentou-o por algum tempo.

– Mas o que é que você cozinhou, hein? – eu mudei de assunto.

– Tacos! E eu não cozinhei. Bem, na verdade, eu que fiz o recheio e o molinho, mas tive que ir no mercado comprar a massa. Não tenho tantos dotes culinários assim. – ele disse, e soltou uma risada tão perfeita quanto ele. – Aliás, desculpe por ter te deixado sozinha. Mas o mercado é aqui pertinho, achei que não teria problemas deixá-la sozinha por 10 minutos.

– E não tem. Que horas são?

Ele conferiu no relógio e confirmou minhas suspeitas:

– 17:38.

– Ah, ok. Obrigada. Mas daqui a pouco vou ter que voltar pra casa, se não meus pais enlouquecem. – Mas antes...- olhei para mim mesma - Eu acho que preciso me trocar de alguma forma. - ele riu.

– Faz o seguinte, vai lá em cima e veste sua calça e pode continuar com a minha camisa, fica bem em você.

– Okay, vou lá e já volto. – então subi as escadas e encontrei minhas calças jogadas no chão e as pus e voltei correndo.

– Prontinho! Agora, eu quero provar isso!

Ele assentiu e tirou o papel alumínio que cobria as travessas.

Ele serviu um taco para mim e eu provei. Aquele sabor maravilhoso tocou minha língua e um tremor percorreu meu corpo. Era tão bom! Uma das melhores comidas que eu já tinha provado.

– Isso tá divino!

– É... Uma receita da minha mãe. – ele engoliu em seco – Ela... Me ensinou antes de, sabe, ir.

Um silêncio incomodo se instalou no ambiente. Corri os olhos pela estante de DVD’s.

– Então... Você quer refrigerante?

– Quero sim, por favor. – ele me serviu Cherry Coke, e nós comemos em silêncio.

Terminamos de comer e então eu fixei os olhos no tapete da sala, um pouco desconfortável com a situação.

– Ai, tacos são deliciosos, mas não tinha necessidade de serem inventados pra comer de lado, né? Agora tô morrendo de dor no pescoço! – Não estava doendo tanto, mas queria dizer alguma coisa.

– Vem cá... – ele disse, e me virou de costas para ele.

Enquanto Matheus massageava meu pescoço e ombros, fechei os olhos e relaxei. Aquele garoto tinha sido feito pra mim, ele era o meu Matheus. ‏

POV Stella

Eu estava limpando o quarto e então me lembrei da noite da festa, a que eu passara com Murilo. Soltei a vassoura, que caiu com um baque surdo. Deitei-me na cama e fiquei lá, observando as estrelinhas de neon que eu havia pregado no teto e pensando naquela noite.

“Obviamente, ganhei a corrida. É, eu sou bem rápida. Entrei no carro e logo atrás de mim e, se dando conta do quanto eu estava com frio, agarrou um suéter grandão do banco de trás da caminhonete e me entregou.

– Stye, põe logo isso. E tira essa camiseta molhada, senão você vai pegar uma gripe. – ele disse – Vai ali no banco de trás, prometo que não olho!

Fui para o banco de trás e fiz uma “cortininha” entre os bancos, para que ele não visse. Tirei a minha blusa e coloquei o suéter seco. Desmontei a cortininha e voltei para o banco da frente.

– Wow. Acabo de comprovar minha teoria.

– E qual seria ela?

– Você fica bem em qualquer, roupa. - Era impressão minha ou ele estava incomodado? Estava agindo meio estranho, muito... Robótico.

– Murilo, tá tudo bem? Você tá meio travado, sei lá.

– Eu?

– É... Você mesmo! Mas vem cá, acho que posso resolver esse problema...

Beijei-o e me arrependi logo em seguida. Ele estava de olhos abertos.

– Ah, meu Deus, desculpe por isso! Eu devo estar parecendo uma atirada!

– N-não, imagina! É só que você me pegou de surpresa! Vem cá...

Aquela noite foi repleta de beijos apaixonados e cafunés, enquanto observávamos as estrelas pelo teto solar, debaixo daquele cobertor. Ficamos de mãos dadas até que eu adormecesse, e então acordei no outro dia em minha cama.”

Girei entre meus dedos o papelzinho que ele havia deixado junto com a minha blusa molhada.

“Querida Stye, ontem você acabou adormecendo no carro mesmo. Por isso peguei sua chave e te carreguei até o seu quarto. Aqui está sua blusa. Espero nos encontrarmos logo.

Beijos, Murilo”

Lembrei de algo que a Lara havia me dito. A Juh tinha ido embora da festa com um garoto desconhecido. Eu estava morta de curiosidade, por isso eu liguei para ela.

“- Alô? É a Lara?

– Ah, oi, Te... Tudo bem? – ela disse.

– Tudo, mas e aí? Conseguiu descobrir quem é o menino que levou a Ju pra casa? – respondi, meio desesperada.

– Ainda não... Ela não atende o celular! Vou ligar de novo mais tarde.

– Deixa que eu ligo. Se descobrir alguma coisa, dá um toque.

– Ok, beijos...

– Beijos, até depois.”

Eu deite-me novamente, e peguei no sono, esperando sonhar com Murilo.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? próximo capitulo amanhã, com 2 comentários, pelo menos.



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