Brincando com o Desconhecido escrita por GabyhMCR


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiro, escrevi esta one-shot apenas para poder postar no Halloween e aniversário do Frank! Nosso querido baixinho faz 28 anos hoje, então merece uma one-shot pra comemorar! Happy B-day Frank (L)
ps: me desculpem pelos erros... não encontrei uma beta a tempo.



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Frank Iero se sentia infeliz. Aquela noite chuvosa de 31 de outubro estragara seus planos de sair á rua pedindo doces com Gerard, Ray, Bob e Michael. Ele queria fazer algo divertido na noite de seu aniversário de 17 anos, mas infelizmente as opções já limitadas da pequena cidade em New Jersey se tornavam nulas com esta noite de chuva.

Bufou, irritado. Não era justo. Todos os dias do ano para chover, e escolhiam justo o seu dia? Seus pais até tinham viajado e dado permissão para chamar seus amigos (que, é bom ressaltar, não eram mais que os quatro presentes) para passarem a noite. Mas é claro, a maldita chuva tinha que vir e arruinar seus planos. Qual era a graça de fazer aniversário no halloween, se a chuva o impedia de aproveitar a data?

- Estou entediado...- suspirou Gerard, o mais velho e bonito (pelo menos, na opinião de Frank) dos cinco, tirando os outros de seus devaneios- Você não tem nenhum filme de terror aqui, boneca?

- Sinto muito- Frank murmurou, se chutando mentalmente por não ter lembrado de ir a locadora enquanto era dia- Eu esqueci de ir alugar alguns, e eles fecham quando chove.

- Não tem importância, não conseguiríamos ir a pé com essa chuva, de qualquer forma- ressaltou Mikey, o irmão mais novo de Gerard- Podemos encontrar outra coisa para fazer.

- O que, por exemplo?- Ray, o mais alto de todos, perguntou revirando os olhos- ver os especiais sem graça de halloween na TV? Não, obrigado.

- Podemos... só colocar um CD do The Cure no sistema de som super foda do Frank e ficar ouvindo- Bob sugeriu- É o melhor a fazer.

- Tem razão- Gerard disse, examinando a pilha de CDs de Frank- eu voto pelo 4:13 Dream.

- É a que tem Freakshow?- Ray perguntou, sorrindo- cara, adoro essa musica.

- É sim.

- Então vamos!

Os cinco desceram a escada, satisfeitos por finalmente terem encontrado o que fazer. Gerard, que tinha ficado por ultimo, segurou delicadamente a mão de Frank e a acariciou de forma discreta, causando sorrisos no menor. Esperaram os outros irem até a sala onde estava o sistema de som, e juntaram seus lábios em uma caricia intima, um segredo.

- Feliz aniversário- o maior disse se curvando para colar a testa na do outro- sinto muito por não ter te dado os parabéns da forma correta.

- Eu entendo- Frank respondeu compreensivo- Não podemos nos beijar na frente deles, ou coisa do tipo. E ainda tem o Mikey, que é o seu irmão.

- Algum dia eles vão acabar descobrindo, se é que ainda não sabem...

- Por ai...

Voltaram a colar os lábios, mas de forma mais brusca, desesperada. Um provando o sabor adocicado do outro, as línguas se tocando de forma intima e exclusiva, enquanto mãos tateavam todas as partes possíveis do corpo do outro. Se separaram, ofegantes, sorridentes.

E então acaba a energia.

- Porra!- ouviram Ray exclamar- Gerard? Anão? Onde vocês estão?

- Na sala- Frank gritou de volta, tentando disfarçar a respiração ofegante- eu e Gerard vamos pegar velas na cozinha.

- Certo- os três que estavam na sala de televisão concordaram.

De mãos dadas e, guiados pela fraca luz azulada do celular de Gerard, conseguiram chegar até a cozinha e acender algumas velas. Depois de trocarem um rápido selinho, foram até onde os outros estavam esperando.

- E agora?- Mikey perguntou baixinho- o que fazemos?

- Ah se eu tivesse carregado meu amplificador do ipod...- Frank suspirou

- Podemos simplesmente conversar- sugeriu Gerard, que parecia mais pálido á luz de velas

- Hey- Bob interrompeu, olhando curiosamente para uma gaveta semi-aberta de um antigo movel de madeira gasta que jazia no canto do aposento. Frank nunca tivera curiosidade de abrir aquela gaveta. Tudo lá gritava “não abra, é perigoso” então sempre se mantivera afastado. Mas Bob olhava com tal interesse enquanto iluminava o local com a vela que estava em suas mãos, que se aproximar foi inevitável- Vejam isto aqui. Frank, oque é?

Frank definitivamente não sabia o que era. A luz da vela de Bob e dos outros que estavam atrás iluminavam uma tabua de madeira escura, com algumas letras aleatórias gravadas em preto. A tirou completamente da gaveta, mostrando aos outros.

- Algum de vocês sabe o que é?- perguntou confuso, ainda olhando a coisa que parecia um tabuleiro.

- Não faço idéia- disse Ray- mas parece algum tipo de jogo.

- Não é um jogo- Gerard disse, com o maxilar trincado. Parecia mais pálido que o normal- é um tabuleiro ouija.

- Um tabuleiro o que?!

- Ouija- foi a vez do Mikey- a vovó já falou sobre isso antes. Serve para falar com os espíritos.

- Tipo o jogo do copo?- Bob perguntou inseguro- é isso?

- Funciona de forma similar- Gerard explicou ainda sério- mas não é um jogo, de forma alguma.

- Vamos experimentar?- Ray sugeriu, com os olhos brilhando- teremos algo para fazer!

- Não!- rosnou Mikey- É perigoso se não for feito da forma apropriada.

- Alguém sabe fazer da forma apropriada?- Frank perguntou, ainda encarando o tabuleiro em suas mãos. Sabia que era perigoso, mas mesmo assim a curiosidade falava mais alto, da mesma forma que acontece quando um adolescente experimenta nicotina ou álcool pela primeira vez. A adrenalina pulsava junto com a curiosidade nas veias dos cinco garotos.

- Só sei a parte teórica- Gerard confessou- Nunca fiz nada do tipo.

- É o suficiente- Ray disse, animado- vamos, por favor.

- Acho que...- Mikey tentou formar uma frase coerente. Estava com medo, mas ao mesmo tempo curioso- acho que o Gerard tem conhecimento suficiente para fazermos uma seção de ouija de forma segura.

- Certo então- Frank suspirou, tremendo de medo e ansiedade- Gerard, do que precisamos?

- De uma mesa redonda- o mais velho disse, determinado- e um copo de vidro virgem e liso.

- O que seria um copo virgem?

- Um copo que nunca foi usado.

- Acho que tem alguns aqui. Mais alguma coisa?

- Uma vela branca, nova. Não pode ser das que estamos usando.

- Entendi.

Os cinco foram até a ampla cozinha, onde no canto havia uma pequena mesa redonda que acomodava os cinco mas ao mesmo tempo mantendo-os próximos, o que era ideal para a ocasião. Enquanto os quatro se sentavam, Gerard arrumava o tabuleiro, o copo e a vela, de forma que tudo ficasse harmônico e o copo exatamente no centro da mesa e do tabuleiro. Com tudo em seu devido lugar, Gerard se sentou exatamente em frente ao tabuleiro, onde havia uma cadeira vazia.

- Prontos?- perguntou, recebendo respostas afirmativas de todos- certo, só algumas instruções. Em hipótese alguma tirem o dedo do copo sem a permissão do espírito. Nunca devemos permitir que o espírito leve o copo para alguma extremidade do tabuleiro. Não o ofendam nem sejam irônicos, e devemos guardar o tabuleiro de forma correta depois da utilização. Não há como alguém tentar mover o copo, pois isso exigiria que todos fizessem pressão para a mesma direção, então sim, se trata de espíritos mesmo. Frank, houve algum assassinato brutal nesta casa?

- Não que eu saiba.

- Ótimo, então isso elimina um pouco as chances de nos comunicarmos com um espírito maligno. Nunca acreditem inteiramente no que um espírito diz, ele pode mentir assim como nós. Ele ocasionalmente pode falar algo grotesco, ou pedir para algum de nós fazer algo obsceno, nesse caso não riam ou fiquem ofendidos. Fui claro? Vou acender a vela, e nós vamos dar as mãos e orar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Credo sem o Amem em latim antes de começar. Tudo bem para vocês? Alguém quer desistir?

- Não- disse Frank, determinado. As ações de Gerard lhe restauravam a confiança

- To de boa- disse Bob, sorrindo

- Não sou medroso.- Ray disse

- Confio em suas habilidades- Mikey sussurrou

Acendeu a vela, e as palavras já familiares das orações saíram da boca dos cinco de forma natural.

Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum: Advéniat regnum tuum: Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra.Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie : Et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris.Et ne nos indúcas in tentatiónem. Sed líbera nos a malo

 

 

Ave, María, grátia plena: Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedictus fructus ventris tui Jesus.

 


Credo in Deum, Patrem omnipoténtem, Creatórem caeli et terrae. Et in Jesum Christum, Filium eius únicum, Dóminùm nostrum : qui concéptus est de Spíritu Sancto, natus ex María Virgine, passus sub Pontio Piláto, crucifíxus, mórtuus, et sepúltus : descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad caelos; sedet ad déxteram Dei Patris omnipoténtis: inde ventúrus est judicare vivos et mórtuos. Credo in Spiritum Sanctum, sanctam Ecclésiam Cathólicam, Sanctórum communionem, remissiónem peccatórum carnis resurrectiónem, vitam aetérnam.

 

- Estão prontos?- Gerard perguntou, só recebendo respostas positivas- Coloquem os dedos no fundo do copo (que estava de cabeça para baixo) e a partir deste momento, não o tirem de lá em hipótese alguma.

Todos o fizeram. Os cinco pareciam serenos, tranqüilos, mas por dentro tremiam de ansiedade e por medo do desconhecido.

- Tem algum espírito aqui?- Gerard sussurrou- Por favor, se manifeste.

Lentamente, o copo deslizou para onde estava gravado a palavra sim.

- Você poderia nos dizer seu nome?- foi a vez de Mikey sussurrar

O copo deslizou novamente, indo em direção as palavras. K-a-t-r-i-n

- Você é um espírito bom ou mal?- Ray perguntou

B-o-m

- Como você morreu?- Bob, hesitante, perguntou

I-n-c-e-n-d-i-o

- Onde?- Gerard, alarmado, perguntou

A-q-u-i

- Aqui?!- Frank exclamou, pego de surpresa- Eu não... eu não sabia!

- Isso não é bom- Gerard suspirou- Katrin, há algo que te prende neste mundo? Algum assunto inacabado?

M-i-n-h-a-*-b-o-n-e-c-a

Todos encararam o tabuleiro, tensos. Quantos anos a menina teria quando morreu? E seria ela mesmo um espírito bom? Ou estaria ela mentindo?O foco dos olhares mudou para Gerard, em busca de respostas. O mediador tinha os olhos desfocados e a pele alva ainda mais pálida. A chama da vela branca acesa passou de azulada (que indicava a presença de um espírito no circulo) para avermelhada, o que fez os olhos verdes se arregalarem mais e mais a cada segundo.

- Gee- Mikey falou, relutante- O que isso significa?

- Isso significa... que não estamos falando com um espírito bom.

Uma brisa soprou repentinamente, causando fortes arrepios e esfriando ainda mais a pele dos presentes que suavam frio de medo e nervosismo, apagando a chama da vela branca que já tinha derretido pela metade.

- Podemos acabar a seção?- Gerard perguntou com a voz tremula- Por favor, Katrin, você pode nos libertar?

N-ã-o

- Isso é ridículo- Ray disse, tirando o dedo sem permissão- Qual de vocês estava mexendo o copo?

- Ray!- Todos os outros gritaram- Você tem problemas mentais?

Esperaram. Alguma reação, alguma voz... Qualquer coisa. Nada aconteceu. O silencio deixava Gerard tenso, pois Ray tinha retirado o dedo sem permissão e isso significava irritar o espirito, o que deixava o grupo mais vulnerável para uma...

A linha de raciocínio do mediador foi interrompida por um barulho de algo... quebrando? Seguido por um estrondoso urro de dor vindo de Frank. O copo tinha trincado, fazendo um corte enorme no dedo do aniversáriante que jorrava sangue de uma forma preocupante.

- Podem tirar o dedo- Gerard disse, preocupado com o estado de Frank- Ela não está mais no copo.

- Gerard...- Mikey sussurrou- a vovó disse que quando o copo quebra e alguem se corta nele...

- Eu sei- respondeu, rude- Michael, me ajuda aqui.

Frank estava paralisado. Sua pele, normalmente rosada e saudável, estava em um tom preocupante de branco que se assemelhava ao tom de pele de um cadáver. Seus olhos amendoados agora estavam completamente virados, deixando a mostra apenas a esclera. Sangue escorria pela bochecha do mais novo, em forma de lágrimas.

- Katrin, por favor- a voz de Gerard soou autoritária- deixe o corpo do Frank imediatamente.

- Por que eu faria isso?- Katrin respondeu pelo corpo do pequeno, soltando uma gargalhada aguda- A mãe de vocês nunca ensinou que não deveriam brincar com o que não conhecem crianças? E até parece que algumas palavras em latim afastariam espíritos como eu.

O mais velho não pensou duas vezes antes de reagir. Devida a fraca iluminação, as imagens não passavam de meras silhuetas. Apenas o vermelho do liquido viscoso que saía da feriada aberta na mão de Frank se distinguia dos outros vultos que eram seus amigos, congelados de medo por estarem presenciando uma possessão. Mas algo mais estava em jogo, não poderia deixar Katrin no corpo de seu amado por muito tempo: o espirito estava sugando a energia vital de Frank, roubando para si própria. Em outras palavras, o estava matando para voltar a vida. As cegas, Gerard segurou a mão machucada do parceiro e com cuidado levou o corte á boca, sentindo o gosto salgado do sangue, parecendo ferrugem.

Um grito de agonia saiu da boca do mais novo, que caiu no chão frio de madeira, inconsciente. Gerard deu um suspiro de alivio, e as luzes voltaram.

- Acabou- sussurrou, acariciando levemente o rosto do que jazia em seus braços- tudo acabou.

- Hum...- Mikey foi o primeiro a se recuperar do choque, piscando algumas vezes antes de conseguir fazer o foco de seus olhos voltar ao normal- Gerard, não acha melhor queimar este tabuleiro?

O mais velho apenas assentiu, ainda fitando o rosto do mais novo que ganhava cor novamente. Lentamente, sua respiração antes fraca e quase existente foi voltando ao normal, enquanto o calor voltava a irradiar de sua pele agora não mais tão branca.

- Não Mikey- Frank falou em um tom baixo, impedindo o outro de aproximar a chama do fósforo do tabuleiro- assim não.

- Frank tem razão- Gerard interferiu, sentindo o nó de sua garganta afrouxar conforme os olhos amendoados se abriam- quebre em sete pedaços, misture álcool e água benta, jogue por cima e por fim queime.

Acariciou levemente a mão do menor, levantando-a para examinar menor o corte provocado pelo vidro. Não era fundo, o que certamente era estranho devido ao tento de sangue que jorrou naquela hora. Ferimentos tornam uma pessoa mais vulnerável, o que facilita ainda mais a possessão. Este era o plano de Katrin, afinal. Ninguém deve participar de uma sessão dessas estando com fome, doente ou ferido. Como pode se esquecer desta regra? Observou o machucado mais uma vez. Aquilo deixaria marcas tanto físicas, na forma de uma cicatriz, quanto psicológicas no baixinho.

 

 

(Dez anos depois...)

 

Frank encarou, melancólico, sua antiga casa. Lembranças terríveis daquela noite de halloween voltavam a sua mente com força total, causando-lhe a familiar sensação de pânico e medo que já estava acostumado a ter, mesmo tendo se passado dez anos do infeliz ocorrido. Não queria ter deixado Gerard, mas na época era necessário.

No dias que se seguiram após aquela noite, se sentia perseguido. Passos o seguia por todos os cômodos daquela casa. Ouvia respirações, suspiros, ofegos. Não havia descanso, não havia paz em lugar algum. No final das contas, tivera que se mudar para Califórina onde recebera tratamento psicológico especial em uma clinica especializada.

Agora, dez anos depois, se sentia pronto para voltar. Poderia encontrar Gerard novamente e sentir o calor de seus braços ao seu redor, o protegendo de Katrin e de qualquer outro espírito ou ser vivo que possa causar-lhe algum mal.

Como se materializados pelo seus pensamentos, braços quentes o envolveram como uma brisa. Era Gerard, conhecia a textura única de seda da pele alva do mais velho, coisa que nem dez anos mudariam. Virou-se, tentando pressionar o rosto contra o peito de Gerard e aspirar seu cheiro inebriante, adocicado, único.

Mas não havia nada lá.

A brisa quente que o envolvia como braços der repente se tornou fria, tirando a sensação de conforto de Frank e substituindo por um arrepio. As lágrimas vieram junto com a compreensão. Gerard estava morto. Inconformado, correu para dentro de casa, sentindo o cheiro de poeira e de queimado, o mesmo que sentiu quando Mikey queimou o tabuleiro. Parou na frente da porta da cozinha, espantado com sua própria intuição.

Lá estava o tabuleiro. Intacto, com os materiais dispostos da mesma forma que Gerard havia feito naquela noite. Sentou-se na cadeira do mediador, orando as preces em latim como Gerard havia dito que deveria ser feito antes de uma sessão. Acendeu a vela, e colocou o dedo em cima do copo.

- Se há algum espírito aqui- falou, com a voz tremula pelo choro- por favor, se manifeste.

Como o esperado, a chama da vela ficou azul. Sinal para Frank continuar com as perguntas.

- Qual é o seu nome?- sussurrou, sentindo um fio de esperança.

G-e-r-a-r-d-*-W-a-y

- Gee, é mesmo você?

S-i-m-*-F-r-a-n-k-*-e-s-t-i-v-e-*-t-e-*-e-s-p-e-r-a-n-d-o-*-p-o-r-*-c-i-n-c-o-*-a-n-o-s

- Como você morreu? Droga, Gerard- gritou, sentindo as lágrimas fluírem com mais rapidez- Eu não... posso viver sem você.

E-r-a-*-n-e-c-e-s-s-á-r-i-o-*-e-u-*-o-*-f-i-z-*-p-o-r-q-u-e-*-s-e-r-i-a-*-o-*-m-e-l-h-o-r-*-p-a-r-a-*-v-o-c-ê

- Como a sua morte poderia me trazer algum beneficio? Como ousou pensar nisso?

V-o-c-ê-*-n-ã-o-*-t-e-r-i-a-*-d-e-s-c-a-n-s-o-*-a-t-é-*-a-l-g-u-e-m-*-f-a-z-e-l-o-

- Gerard...

e-u-*-t-e-*-a-m-o-*-m-e-u-*-b-a-i-x-i-n-h-o

 

A chama se apagou com uma brisa fria. Frank sentia seu coração mais leve. Gerard estava lá, afinal, e não demoraria para reencontrá-lo. Com um movimento rápido, jogou o copo no chão, pegando apenas um pedaço maior e mais afiado do que os outros.

Pressionou o caco de vidro contra a pele fina do pulso, sorrindo. Estaria de volta aos braços da pessoa que ama em breve, muito em breve. Movimentou o caco de vidro afiado de um lado para o outro do pulso, fazendo cortes em lugares estratégicos para que sua morte não demorasse muito. Não sentia dor, apenas, ansiedade.

 

A história poderia ter tido outro desfecho. Ambos estavam predestinados a ter uma vida feliz e sadia, juntos. Mas é o preço que se paga ao brincar com o desconhecido.

 

Pelo menos, estariam juntos pela eternidade.

 

 

"It was night, and the rain fell; and falling, it was rain, but, having fallen, it was blood."

 

Edgar Allan Poe

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Não é grande coisa, mas foi o que consegui fazer com esse tema de halloween. Ano que vem faço uma melhor... wellz, thanks thamy, maria e byh, que aguentaram meus surtos suicidas quando não conseguia escrever nada, e pessoal que me segue no twitter que tbm tiveram que aguentar meus surtos.
Fiz isso de coração para comemorar o aniversário do nosso baixinho lindo, sexy, diva e sensual seduction Franks, e mesmo que esteja um lixo, o que vale é tentar. Feliz 28 anos, Franks, e vida longa ao Frerard!
Aproveitem o Ieroween, guys!



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