How to survive escrita por Hayley Deschannell


Capítulo 26
É a sua vez


Notas iniciais do capítulo

OLARRRR
Me desculpem, sou uma idiota sem coração, que não merece nenhuma desculpa por essa demora...

Mas eu não esqueci, isso que importa heheheheh...
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/468524/chapter/26

Ellie.

Acabou? Logo agora que tudo iria ficar bem? Talvez seja apena minha mania de achar que tudo vai dar certo, mas justo dessa vez tinha que acabar?

Não! Eu queria gritar mas não ouvia minha voz. Não pode acabar assim! NÃO VAI ACABAR DESSE JEITO!

William.

– ELLIEEEEEE!!!!!!!! – Ouvi Trent gritar.

Eu estava no controle do barco, mas olhei para trás.

Ellie estava caída na água, ainda na altura dos joelhos, coberta de sangue. Pulei do barco e corri na direção dela.

Então, do meu lado, o outro garoto imune caiu morto, com um tiro na cabeça. Olhei para cima e vi um ultimo guarda, mesmo quase morto, ainda atirando. E então ele caiu de lá de cima, e um cara apareceu atrás dele, xingando em italiano. Eu ignorei tudo a minha volta. Poderia ter um exercito inteiro mirando em mim. Mas eu não iria parar.

– Ellie! ELLIE! – Ela não se movia. Eu estava travado, não sabia o que fazer – Não faz isso comigo, não faz isso...ELLIEEEE!!!!! – Eu não sabia fazer nada além de gritar e chorar. Eu não iria sair dali até ela se levantar e caminhar comigo.

Então ouvi mais tiros, balas passaram a centímetros acima de minha cabeça. Mais barcos lotados de vaga-lumes chegaram. Estava tudo acabado. Eu me deitei e protegi Ellie. Ela levou um tiro na parte de trás da coxa direita, e outro nas costas.

Eu estava tão nervoso e desesperado, que demorei para perceber. Se passaram uns segundos de trocas de tiros, eu no meio do fogo cruzado, com a certeza que tudo estava acabado. É claro, Ellie estava morta, não tinha mais nada que me motivasse a continuar tentando. Como sou egoísta, você deve pensar. Mas era apenas isso que se passava na minha cabeça. Eu me deitei, exausto e encostei minha cabeça no peito dela. E então ouvi algo além dos tiros. Batimentos cardíacos. E não eram só os meus. O coração dela estava batendo.

Então quase involuntariamente, saí de cima dela, e olhei para os lados. Caramba ela tava viva! Quando olhei na direção de Trent, vi ele se protegendo atrás do nosso barco, e outros barcos diferentes haviam chegado. Era de lá que vinham a maioria dos tiros contra os vaga-lumes. Todos que estavam nos barcos usavam jaquetas e casacos pretos com uma letra R vermelha nas costas. Faziam parte do mesmo grupo que vimos lutando contra os vaga-lumes antes de chegarmos.

– Você conseguiu Ellie... Só aguenta mais um pouquinho...

18 meses depois.

Joel.

– Joel! Joel acorda!!

– Mas o que que foi moleque? O natal tá longe, volta a dormir.

O meu sobrinho irritante estava buzinando no meu ouvido, com a ajuda dos latidos irritantes daquele cachorro delinquente.

– É a Ellie! Ela conseguiu!!

– Mas o que..?

Levantei, saí correndo, com a roupa do corpo, para a casa do velho Peter. Era bem cedo, seis da manhã, e as luzes estavam todas acesas.

Quase destruí a porta da frente, e quando entrei dei de cara com ela. Em pé.

– Ellie... Você..

– Eu te disse que não é fácil me derrubar. Eu te disse! – Ela veio cambaleando na minha direção. Eu a envolvi nos meus braços.

Eu não sabia o que dizer. 18 meses atrás ela arriscou a vida, para conseguir um remédio que me salvasse de uma pneumonia, ou algo do tipo. Levou um tiro nas costas e ficou sem andar por muito tempo. Depois de todo esse tratamento, ela finalmente conseguiu se levantar sozinha. Se exercitando e treinando todos os dias, logo que o sol nasce. Eu não tive vergonha de chorar.

Tommy e Maria chegaram, e pouco a pouco foram chegando os outros. Aquele dia foi um dia de festa. Nossa heroína estava bem, todos estavam bem. William estava sempre por perto cuidando dela, eu finalmente decidi que não ia mais pegar no pé dos dois.

Como de costume, em dias de festa, todos almoçávamos no salão principal. A quantidade de pessoas aumentava cada vez mais depois que Ellie voltou. Eles ajudaram e foram ajudados por um grupo chamado Resistência, eram como os vaga-lumes, mas não eram inimigos de ninguém, e só visavam a própria sobrevivência.

Eu saí um pouco do salão, com Tommy, e percebemos uma movimentação nos portões.

– O que será que é? – Perguntei.

– Acho que é mais um grupo de famílias da Resistência chegando...

– É verdade, ainda não veio ninguém esse mês...

– Vem – Eu e Tommy fomos recepcionar o grupo.

Bem, não era exatamente um grupo. Eram membros da resistência, mas eram muitos mais do que o de costume. E tinha alguém familiar com eles.

– Dave? O que o líder da resistência está fazendo aqui? – Tommy perguntou.

O líder Dave deu um grande sorriso e apertou nossas mãos. O Cabelo e barba pretos e compridos, um pouco grisalhos, e ambos os braços tatuados. Nunca tinha visto ele de perto, e apesar de termos a mesma idade, ele parecia uns 20 anos mais novo, graças a sua animação. Ellie disse que ele é sempre assim. Ter uma banda de rock realmente rejuvenesce.

– Tommy... Acho que perceberam que viemos em maior número dessa vez.

– Não tem problema, temos espaço pra todas as famílias aqui... Mas por que vieram todos com mudança e tudo? To até preocupado...

– AAHAHAH, Relaaaxa amigo! Eu trouxe ótimas notícias! Onde está a Ellie?

Ellie.

– O QUE? TA DE BRINCADEIRA?! – Dave gritou – TAYLOR! EU TE FALEI QUE ESSA MENINA É MUTANTE!

Um outro membro da Resistência veio correndo, cabelo loiro e regata, com uma cara assustada.

– É SERIO ELLIEEE? Que ótimo que você já esta bem!

Rimos e nos cumprimentamos, Willy chegou com Trent e Maria. Tommy me explicou que o líder tinha uma notícia ótima para nós.

– Bem, meus queridos. Como vocês sabem, temos vários pesquisadores científicos na nossa organização. E depois de todos esses meses de pesquisas, e vários testes também, eles descobriram o que faltava.

– Isso quer dizer que, o antídoto imune está pronto? – Will perguntou.

–Na verdade, pronto ainda não está. Vai demorar até que possa ser aplicado em humanos... Mas agora nós ja sabemos o caminho, a parte mais difícil já passou!

Era um silencio. Todos estavam em choque. Lagrimas caíram do meu rosto, eu me levantei e olhei para Joel. Conseguimos.

7 anos depois.

Joel.

– AH EU DESISTO! Ellie, não consigo acompanhar essa garota! To velho demais para o furacão Alice... HAHAHAHAHAH...

Ela apareceu com os cabelos soltos e piscou para mim.

– Nisso ela puxou para mim, heheh – Disse Ellie, com uma cara de esperta, pegando a filha no colo – Vamos Alice, já tá na sua vez de tomar a injeção.

A garotinha ruiva fechou a cara e desceu do colo da mãe.

– Eu vou sozinha! – Saiu pisando duro – Não tenho medo de uma agulhinha babaca.

– Hahahah, tá bom, tá bom... Fala tchau pro seu avô então.

– Tchau! – E saiu correndo.

– Vocês duas... Parece que estou vendo dobrado...

Quem diria, né? Ela cresceu, e fez o que eu tentei impedir que fizesse. Quase morreu umas 500 vezes, mas se tornou a heroína que tanto queria ser.

William apareceu e interrompeu meus pensamentos.

– E ai vovô.

– O que você quer, moleque?

– Ia perguntar se já tomou o antídoto na injeção... As crianças e idosos têm prioridade..

– Nossa, que engraçadinho você.

– Hahahahah, vocês nunca vão mudar não é? – Ellie estava vermelha de tanto rir – Espero que não mudem.. Hahahahaha.

– No fundo eles se amam... Hahaha..– Trent disse trazendo Alice de volta.

Esse garoto, Trent, que aplicava as injeções, também era imune, e se tornou um dos principais pesquisadores e fundamental para o andamento do projeto do antídoto. Ellie também foi fundamental, mas ela não se tornou pesquisadora, pois foi eleita a líder da nossa comunidade, com os vices Tommy e Dave. E eu virei o seu fiel conselheiro, pai e melhor amigo. E também, junto com o super-engraçado William, o marido dela, formávamos uma dupla de combate, que era uma dupla de comandantes do exercito. Fazíamos estrategias de exploração, caça em grande escala, ataque, defesa, proteção, vigilância e etc. Mas é claro que Ellie não ficava de fora da ação. Maria ficou encarregada da educação das novas gerações. Estávamos crescendo muito bem.

– Paiê! – Alice correu para o colo do Will.

– E aí, doeu?

– Beeeeem pouquinho, heheh.

Todos rimos. Alice tinha acabado de se tornar imune, assim como muitos outros na nossa comunidade. Estávamos crescendo, vivendo normalmente de novo. Poucos como eu, sabiam o que era uma vida normal antes de tudo isso acontecer. O furacão ruivo fazia parte da segunda geração pós apocalíptica, filha de Ellie e William, que já nasceram nesse inferno.

Humanos podem destruir tudo, destruir o mundo e até a propria raça. Mas nem todos são assim. Chegamos tão perto da inexistência, mas vamos renascer. Essa família é a prova disso.

– Joel?

– Sim, Trent?

– Vem, é sua vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

NÃAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOO!!! ACABOUUUUUUUUUUUUU!!!!
CHOREI ;-;
Sério, fiquei feliz por ter terminado essa historia, mas também fiquei triste D:
Tipo quando acaba um livro tão legal que você quer que seja eterno :/
Mas é melhor acabar do que nunca terminar heheheheheheheehheh
Quero dizer que, desde o começo a história continuou a mesma que eu planejei, me desculpem se fugi um pouco dos aspecto do jogo, mas fiz as mudanças necessárias para a história se encaixar na dlc (que foi lançada depois de alguns capitulos que eu postei), e se encaixar nos comics, que falam um pouco do passado da Ellie e tal...
MUUUUUITO OBRIGADA A TODOS QUE FAVORITARAM, COMENTARAM, RECOMENDARAM, E APENAS VISUALIZARAM, POR QUE EU NÃO PAREI DE ESCREVER, GRAÇAS A VOCÊS, LINDOS MARAVILHOSOS! (também né, dpois de eu encher o saco de todo mundo todo final de capítulo pra fazer alguma coisa KKKKKKKKKKK)
E sim, em breve estarei com histórias novas, a proxima que irei postar, provavelmente será original e não fic.
Obrigado por td
Até a proxima! :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How to survive" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.