Licantrope escrita por Lily


Capítulo 7
Perdida...


Notas iniciais do capítulo

Hello divas e divos do meu coração. Tudo bem?!
Descobri esses dias que terei seis semanas seguidas de provas, então só poderei postar no sábado mesmo... =((
Mas, assim que acabar a tortura, tentarei postar mais okay?!
Enjoy...



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Bom, eu sabia que Hogwarts era uma escola, mas nunca pensei que uma escola poderia dar tantos deveres e trabalhos só em um dia de aula. Tinha dois rolos de pergaminhos de transfiguração pra fazer para o dia seguinte, um rolo pra aula de herbologia, teria que fazer de novo a poção que o Potter estragou... Nunca tive vida social, e agora acho que não vou ter mesmo com esse tanto de coisas pra fazer.

Estava acabando o dever de herbologia, quando a bibliotecária cutucou o meu braço, avisando que eles já iriam fechar. Juntei os pergaminhos, penas e tinteiros e coloquei tudo dentro da mochila, a caminho do salão comunal.

Andei alguns corredores, subi algumas escadas e me descobri totalmente perdida. Olhei para os lados, e percebi que nunca havia estado naquele corredor. Me virei, para voltar pelo caminho de onde vim,entretanto a escada não estava mais lá. Maldito seja o ser que enfeitiçou essas escadas!

Segui em frente, com um pouco de receio, e escutei um barulho de passos vindos do fim do corredor. Olhei para os lados e não achei um lugar descente para me esconder. Me falaram que eu levaria uma detenção se fosse vista fora da cama após o toque de recolher, mas acho que me liberariam dessa se soubessem que eu simplesmente estava perdida.

Os passos foram ecoando cada vez mais alto pelo corredor, um arrepio passou pelo meu corpo, e não foi um fantasma dessa vez. O vulto se apresenta devagar, tomando forma de uma pessoa um pouco mais alta que eu, e, de repente reconheço aqueles olhos. Brilhantes. Verdes. Arrogantes. Os olhos de um Potter. Não consigo ver muita coisa de seu corpo no escuro, mas os olhos já são o suficiente.

– Quem ta aí? A voz dele soa forte, desafiadora.

– Nossa, quanta sensibilidade... Você me vê seminua, me deixa toda lambuzada de uma mistura verde nojenta e não é capaz de me reconhecer... – Falei ironicamente

– Sophie.

– Não... Merlin, que voltou do céu pra puxar seu pé enquanto você dorme... Claro que sou eu!

– E o que é que você faz no meio do corredor do sétimo andar, sozinha, e a essa hora da noite?

– hum... é que – eu nunca admitiria que estava perdida, meu orgulho sempre fala mais alto. Mas nunca consigo inventar uma boa desculpa sobre pressão, é de mais para o meu cérebro.

– Você está perdida não está? – Falou debochadamente, passando as mãos pelo cabelo, assanhando-os um pouco mais.

– Não. Não estou. – disse com convicção.

– Então o que... Madame Nor-ra II – Seus olhos se arregalaram e as pupilas se dilataram de repente.

– Quê? – perguntei

– Corre. – O garoto disse e saiu correndo, escondendo-se nas sombras do corredor.

E aí eu vi uma gata vindo em nossa direção, seu rabo balançava num ritmo frenético. Por mais que eu não goste de gatos, essa era muito fofa! Não entendo o porquê de o Potter ter saído correndo daquela forma, só por causa de um gato.

Me abaixei na tentativa de acariciar o bicho, e, assim que encostei em seu pelo, as garras dele foram direto pra minha mão arranhando-as com força. Reprimi um grito e me levantei depressa, estancando o sangue com o meu cachecol.

– Quem está aí? Apareça. – escutei a voz da Rose. Amem! Merlin existe!

– Eu, Sophie.

– Porque está aqui numa hora dessas? E o que é isso na sua mão? – Perguntou autoritária

– Porque todos que eu encontro perguntam o que eu estou fazendo? Nada de oi... boa noite... E isso foi o que a sua linda gatinha fez comigo quando fui acariciá-la. – Falei mostrando minha irritação.

– Olá querida, quanto tempo, como vai? – Ironizou - Agora, o que está fazendo aqui e com quem mais você encontrou? E me dê logo a sua mão para que eu poça te curar.

Retirei o cachecol com cuidado e estendi a mão.

– Estava na biblioteca e me perdi quando estava voltando pro salão comunal. E eu encontrei o Potter, aquele inútil, que assim que viu essa gata saiu correndo feito louco.

A Rose murmurou um feitiço e a minha pele começou a formigar, e o que antes eram três grandes arranhões, virou três pequenas cicatrizes.

– Vem, vou te levar até o salão da Grifinória. E você deu sorte de o zelador estar doente. Ele me pediu pra fazer o serviço hoje e insistiu para que essa coisa peluda viesse comigo. Se ele tivesse te encontrado, você ganharia uma linda detenção e logo no primeiro dia de aula. Meus tios ficariam orgulhosos. – Ela riu.

– Tios? Que tios? – Perguntei curiosa.

– Fred e Jorge. Eram gêmeos, e, pelas histórias que me contam, levavam detenções todos os dias por pregar peças, nos alunos e professores... Fugiram da escola no sexto ano, montados em vassouras e explodindo foguetes por toda a escola. Entretanto, acho que nunca conseguiram uma detenção logo no primeiro dia... – Rimos juntas.

Andamos um pouco em silêncio, percebi que a ruiva estava um pouco triste, mas não quis ser invasiva e perguntar o que aconteceu.

– Sophie, porque está com todas essas olheiras? E está pálida...

Merda, merda, merda, merda, meda. Eu sabia que não poderia ter amigos, com certeza eles iriam notar... Infelizmente, esses são alguns dos sintomas que anunciavam que a lua cheia estava próxima.

– Não é nada... As olheiras são porque não estou acostumada a acordar tão cedo e estudar o dia todo, e a palidez, provavelmente é por causa do sangue dos arranhões. Não se preocupe. – menti descaradamente. Eu sei. Não me orgulho disso, mas o que posso fazer?

– Hum... – E voltamos ao bom e velho silêncio.

Depois de andar alguns minutos, percebo que eu estava muito longe do salão comunal da Grifinória. Nunca conseguiria achar sozinha. Ao menos não ainda. Viramos um corredor e vejo uma cena um tanto quanto... hum... não consigo achar um adjetivo à altura, então tirem suas próprias conclusões.

O loiro aguado, sim, o Scorpius, estava prensando uma garota na parede. Estavam tão grudados, que eu só conseguia ver os cabelos da garota. Olhei pro lado e vi os olhos da Rose se enxerem de lágrimas. Mais uma sofrendo por amor... Acho que o mundo vai acabar assim: Todos sofrendo por alguém que não gosta de você.

– Com licença, - a ruiva pigarreou – mas já passa da hora de dormir, e infelizmente vou ter que dar uma detenção aos dois.

A blusa da garota, que percebi ser uma lufana, estava com os quatro primeiros botões abertos e com muitas marcas pelo corpo. Com certeza teria algum trabalho para escondê-las amanhã de manhã. Seu cabelo estava totalmente desarrumado, o batom borrado, e a saia levantada.

O Malfoy estava sem a camisa, que repousava em cima de uma estátua a poucos metros do casal. Suas costas e peitoral tinham marcas profundas de unhas... Ao menos eu não fui a única que levou um arranhão hoje.

– Ruiva, se esqueceu que eu também sou monitor chefe e que não pode me dar detenções? – Sorriu com o canto da boca, o sorriso mais cafajeste que eu já vi.

– Tudo bem então Malfoy, mas a sua querida namorada vai levar detenção sim. E, menos dez pontos para as duas casas.

– Primeiro, ela não é minha namorada. Segundo, dez pontos? Como assim? Esta pegando pesado Ruiva...

– Como assim não sou sua namorada? Você... você falou... - E a coitada da garota saiu correndo e chorando pelo castelo em direção ao seu próprio salão comunal... Mais uma desilusão amorosa pra essa noite...

– Primeiro não me chame de Ruiva, não temos intimidade para isso. Só meus amigos podem me chamar assim – A Rose começou sarcástica – Segundo, não vou voltar atrás, acho melhor você ir para o dormitório se não quiser que eu te “denuncie” pra Minerva.

O loiro bufou e saiu andando, um tanto contrariado. Enquanto isso a Ruiva (sim, eu posso chamá-la assim) ficou mantendo a pose de durona até o garoto sumir pelo corredor. Logo depois caiu em prantos.

Tentei acalmá-la, mas as tentativas foram em vão. Estava perdida pela segunda vez na noite. O que eu tinha que fazer? Ninguém nunca chorou no meu ombro antes.

Ficamos algum tempo ali, preferi ficar calada, pra não correr o risco de falar besteiras e ela ficar pior. Depois, com um suspiro, a garota limpou as lágrimas, pegou a camisa esquecida em cima da estátua e me levou até a porta do meu dormitório. Logo depois se despediu e foi embora, ainda um pouco arrasada, segurando firmemente o pedaço de pano. Precisava fazer alguma coisa, mas sozinha não iria conseguir.

Abri a porta do quarto e vi todas as garotas dormindo. Inclusive Amy. Hora de dar o troco!

Peguei o despertador da morena no criado ao lado de sua cama, modifiquei o relógio, fechei todas as cortinas e comecei a cutucar a garota.

– Amy, acorda, você está atrasada. Anda, vai tomar m banho e trocar o uniforme.

Ela se levantou assustada, e olhou o relógio despertador. Um segundo depois já estava na porta do banheiro com uma toalha dizendo que já viria logo.

Esperei por cinco minutos e descemos juntas as escadas até o salão comunal, agora vazio. Assim que a morena viu o luar pela janela se virou para mim com um olhar assassino.

– Eu não acredito que você fez isso.

– Sim, eu fiz e você mereceu, e isso nem de perto foi o que você fez comigo, então pode esperar o segundo round. – Dei uma piscadinha.

– Você está bem? Está pálida, e com as maiores olheiras que eu já vi.

A frase me lembrou a Rose, e eu me lembrei de seu problema.

– Sim, estou, mas a Ruiva está mal... bem mal.

– O que?! O que aconteceu? – A garota se desesperou

– Eu me perdi no castelo e a Rose estava fazendo a ronda. Quando estávamos chegando aqui nó vimos o Malfoy quase comendo uma lufana no meio do corredor. Ela se fingiu de forte até ele ir embora, depois desabou.

Não precisou falar mais nada. A garota saiu correndo pelo quadro da mulher gorda que reclamou de ser acordada no meio da noite. Percebi então, o que significava ter uma amiga.


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Notas finais do capítulo

Comentários?! Por favor... nem que seja só uma palavrinha! Pode ser crítica elogio, qualquer coisa.
Até logo... Beijoks!
ps.: Próximo capítulo teremos lua cheia s2



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