Licantrope escrita por Lily


Capítulo 3
Expresso Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Oooie gente,
Apareci pela segunda vez hoje porque estou bem inspirada... mas não se acostumem... rss
Agradeço quem comentou, e que não comentou por favor, vai lá e faça uma pessoa feliz... hehe'
Espero que gostem...



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O fantasma do dia 1º de setembro pairava sobre mim. Se eu estava nervosa?! Nem um pouco... imagina...

Contando a partir deste dia eu teria uma semana até a primeira transformação, e eu não estava nem um pouco confortável com esses pensamentos. Recebi uma carta da diretora poucos dias atrás me intimando para uma visita em seu escritório um dia depois de minha chegada, para tratar de assuntos que me diferenciam do resto dos estudantes, dizia ela. No fim da carta tinha uma observação um tanto quanto inusitada

ps.: varinha de alcaçuz

Depois de muito pensar sobre o que era aquilo desisti. Com certeza a bruxa já estava velha e começando dar os primeiros sinais de loucura.

Levantei-me devagar, verificando que ainda eram nove e meia da manhã, tomei um demorado banho, penteei e deixei com que meus cabelos se secassem naturalmente e ficassem com algumas ondas nas pontas. Escolhi minhas roupas preferidas: calça jeans escura, uma blusa rendada e um sobretudo por cima, com certeza estaria frio em Londres.

Com muita dificuldade, ergui meu malão e o levei até a sala de estar, pronto para partir. De repente senti um cheiro delicioso vindo da cozinha: ovos com bacon. Corri até lá e a minha mãe preparava tudo muito animada. Fiz meu desjejum em silêncio, enquanto a minha mãe buscava algo que tinha se esquecido de me entregar.

– Filha, preste atenção, aqui tem dinheiro bruxo se você quiser comprar alguma coisa no vilarejo próximo à escola ou doces durante o caminho.

Abri o saquinho e vi várias moedas de prata, ouro e bronze.

– Mas, como... Como você tem todo esse dinheiro mãe?!

– Foi herança de seus avós, estava guardando justamente para esta ocasião. Olha só: As moedas de ouro são galeões. Dezessete sicles de prata fazem um galeão e vinte e nove nuques fazem um sicle. Entendeu? – balancei afirmativamente com a cabeça e ela continuou num ritmo frenético – então vamos, se não você vai se atrasar.

Aparatamos direto na estação, quinze minutos antes de o expresso Hogwarts partir. O nervosismo me consumiu de tal forma que eu nem conseguia escutar as ultimas recomendações de minha mãe. Senti seu abraço pela última vez e um beijo em cada bochecha. Ela me conduziu por meio da multidão e me ajudou a embarcar o malão, e, com um simples aceno ela se virou e aparatou.

Com certa dificuldade, fui arrastando a mala até a última cabine, que estava deserta. Assentei-me perto da janela, e peguei um romance pra ler durante o caminho. Certa de que ninguém me incomodaria ali, coloquei os pés no banco procurando uma posição confortável. Passados quinze minutos, eu consegui finalmente me entreter, até que um desprezível ser teve a idéia de abrir a porta da cabine de supetão. Levei um susto tão grande, que acabei estilhaçada no chão em uma posição bem... comprometedora, se estivesse de saia com certeza me mataria ali mesmo.

– Olha só o que temos aqui! Como é mesmo seu nome bonitinha?! Ahn, é isso não é?! E o que faz aí no chão?! Se nunca te ensinaram, isso aqui se chama bancos - ele disse já se assentando. – E você fica em cima deles, é mais macio e confortável que o chão, tente!

Milhares de xingamentos vieram à minha boa, mas consegui contar até cem e ficar calada. Já era de se esperar um comportamento assim por parte dos veteranos.

Sentei-me novamente, dessa vez com mais postura e continuei com o meu livro.

E de repente a porta da cabine se abre mais uma vez. O que essa gente pensa que esse trem é?! A casa da mãe Joana pra sair abrindo portas e se assentando sem ser convidado?!

– Ahh, até que enfim te achei Scorp, a Rose está uma fera atrás de você, tome cuidado... – Ele disse entrando. Não desviei os olhos do livro por nem um segundo e continuei ignorando esses dois mal educados. – Oh, desculpa, não vi que tinha mais gente aqui, olá... – hum... talvez esse não fosse tão mal educado assim...

– Alvo – então esse era o nome dele – essa é Ahm. A conheci na loja da Madame Malkin, enquanto fazia as compras. – Aquele loiro aguado respondeu por mim.

– Meu nome não é Ahn – disse exprimindo a minha raiva interior – Me chamo Sophie, você que nem deu um tempo para que eu te respondesse aquele dia. – Falei com a cara ainda enfiada no livro.

– Sei que ficou sem fala aquele dia só por ver a minha beleza, é por isso que está se escondendo atrás desse romance trouxa? Pra tentar não babar por mim?

Agora aquele filho da puta conseguiu me irritar de verdade. Fechei o livro com uma força, que nem sabia que tinha, e encarei o rapaz. Era bonito sim, mas ele nunca me ouviria admitir isso em voz alta. Usava calças jeans e uma camisa verde, o cabelo perfeitamente alinhado.

– Satisfeito agora? – Falei sem parar de encará-lo

– Sim... Agora sim, muito prazer, Scorpius Malfoy, ao seu dispor. E esse é meu amigo: Alvo Potter.

Virei-me para finalmente observar esse tal amigo, e minha boca se abriu num perfeito O. Ele era moreno, mas tinha os olhos verdes e brilhantes, o cabelo estava totalmente despenteado, o que dava um charme a mais. Trajava uma calça preta, estilo despojado, e uma camisa azul num tom bem escuro. Observei seus lábios rosados se abrirem lentamente num sorriso. Era do tipo que se te falasse “oi” você simplesmente dava pra ele, sem nem pensar duas vezes.

Ele veio se aproximando devagar e me pegou pela cintura, dando um beijinho na minha testa. Quase derreti...

– Muito prazer Sophie.

– Pra-pra-prazer – gaguejei da forma mais sensual que consegui, corando até a raiz dos cabelos

E de repente a porra da porta da cabine se abre novamente e chega uma menina morena, bem gordinha, com metade dos cabelos pretos e a outra metade vermelha, num tom estranho. Já estava com as veste de Hogwarts e usava uma saia com no máximo 15 centímetros, e devo ressaltar que esse também era o tamanho do decote... Será que faltou dinheiro pra comprar pano?!

A menina assenta-se simplesmente no colo do Alvo (como se não tivessem cinco bancos vagos, além do chão pra ela se assentar) e começa a mordiscar levemente a orelha dele. Meu café da manhã voltou de repente pela garganta e senti gosto de bile na boca. Será que esses bruxos não tinham pudor?! Já estava pensando seriamente em me levantar e sair da MINHA cabine...

– Scorpius Malfoy, onde está você?! Saiba que eu vou te caçar até o fim do mundo se necessário – uma voz desconhecida e bem alterada foi ouvida por nós quatro.

– Alvo, pelo amor de Deus, me fala que você está com a capa aí... – O scorp pediu com uma cara de assustado, como se estivesse vendo o seu pior pesadelo.

– Ta aqui... – O Alvo pegou uma capa preta, que antes nem tinha notado, e jogou pro loiro que se vestiu rapidamente e desapareceu.

Essa coisa de ser bruxa estava ficando cada vez mais estranha... E, pela quarta vez na última hora, adivinhem o que aconteceu... Isso mesmo, aquela maldita porta se abriu e apareceram duas garotas dessa vez: Uma ruiva completamente vermelha de raiva e uma morena correndo atrás dela.

– Albus, cadê o Malfoy?! – A ruiva, que reconheci ser a dona da voz completamente irritada que escutamos se pronunciou

– Não sei... nem vi ele hoje. – O garoto mentiu descaradamente e me lançou um olhar que eu compreendi como “fica quieta e não conta nada pra ela”, pena que se esqueceram de contar pra ele que eu sou uma menina muito desobediente e vingativa.

– Olá, com licença, desculpe interromper o seu ataque raivoso, mas se você estava procurando aquele loiro aguado, ele estava aqui há poucos segundos atrás, só que vestiu uma capa e desapareceu...

Alvo olhou pra mim com uma cara descrente enquanto a ruiva sorria contente. Ela caminhou pelo vagão tateando nas paredes e nos bancos, mas parece que o Scorpius tinha conseguido sair sem ser notado...

– Hum... Você tem certeza de que ele estava aqui?! - Ela perguntou pra mim.

– Tenho sim, eu estava na cabine lendo e aquele agouro em forma de gente chegou e começou a me importunar, logo depois chegou esse aqui - apontei pro Alvo – que ficou jogando conversa fora até que ela – apontei pra gordinha – chegou e os dois começaram a se comer na minha frente.

– Hum... E quem é você? – A garota morena, que com certeza parecia ser o ser humano mais normal naquela cabine se pronunciou pela primeira vez

– Sophie White

E depois disso tudo o que vi foram gritos, pulos e uma garota em cima de mim. Retiro o que disse sobre garota normal!

– Você vai ser minha nova colega de quarto! Já que a Rose aqui virou monitora chefe vai ter um salão comunal só pra ela e pro Malfoy. Pensei que ia ficar sozinha, mas a diretora McGonnagal me falou que você viria.

– Ah, hum... que bom te conhecer...?

– Amy,me chamo Amy, venha com agente, não vou deixar minha mais nova colega de quarto numa cabine vendo Alvo Potter comer a Alex... de novo.

Me levantei sobre olhares de reprovação do garoto e um sorriso de aprovação da garota

– Enfim sós Alvito... – foi a última frase que ouvi vindo da cabine. Eca.


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Notas finais do capítulo

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