Licantrope escrita por Lily


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá,
espero que gostem ;D
ps.: se alguém não souber... licantrope é o feminino de lobisomem



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O vento frio passava por mim com tanta força, que me fazia arrepiar e encolher o corpo cada vez mais, numa fracassada tentativa me esquentar. O gosto do meu próprio sangue estava lívido em minha boca, e as lágrimas manchavam a pele pálida do meu rosto.

Meu pai, que sempre fora gentil, carinhoso, agora me puxava com mais força pra dentro da floresta. Minhas pupilas estavam dilatadas, desesperadas por qualquer sinal de luz dentro daquelas trevas, mas não adiantava ter esperanças, eu sentia que meu fim estava próximo.

A causa de tudo isso?! Não sei. A única coisa de que me lembro, é que meu pai chegou bêbado em casa e com um simples puxão, que deixou marcas no meu braço, me arrastou para fora da cama à força. Os gritos de minha mãe ainda ecoavam em minha cabeça, tinha certeza de que esses gritos percorreriam meus pensamentos pelo resto da minha vida, independente da quão longa ela fosse. Cada minuto parecia durar horas, até, que enfim, paramos no meio de uma clareira banhada pela lua cheia.

Algo estava lá no meio, se movimentava de uma maneira estranha, o medo percorreu as minhas veias de uma maneira mais intensa nessa hora. Fui arrastada violentamente até ficar frente a frete com a “coisa”.

- Satisfeito? Está aqui o prêmio de sua aposta. – Meu pai gritou de uma maneira perturbada, com a voz trêmula e descontrolada.

Depois disso todos os acontecimentos poderiam se resumir a uma só palavra: sangue.

A “coisa”, que depois de um tempo descobri ser um lobisomem, atacou meu pai a sangue frio. Cortou-lhe a cabeça com uma só mordida. Desesperada, tentei em vão, correr. Mas aquilo me segurou por trás com uma força descomunal. Fui jogada, como um objeto sobre as folhas em decomposição que preenchiam a superfície do solo. O lobisomem se aproximava devagar, contente em ver o meu desespero.

Quando chegou a centímetros de mim, arreganhou as presas e provocou um profundo corte no ombro esquerdo, bem próximo ao coração. A dor era insuportável, comecei a respirar com mais dificuldade, quando os primeiros raios de sol atingiram a clareira, transformando o lobo em homem novamente.

- Sophie, acorda minha filha.

Levantei-me de supetão na cama. Essa cena se tornou comum nos últimos dias. Eu sempre tinha o mesmo pesadelo, desde aquela noite...

Me descobri devagar, e percebi que todo o meu corpo estava tremendo. Era difícil reviver aquela cena a cada doze horas... como se viver aquilo já não fosse o suficiente...

De repente escutamos algo batendo insistentemente na janela. Minha mãe a abriu e a mesma coruja das Torres que veio entregar as minhas primeiras cartas de Hogwarts apareceu trazendo mais uma.

Se fosse um ano normal, meu pai deixaria que eu lesse a carta, a queimaria e jogaria fora. Minha mãe passaria o dia todo emburrada por meu pai não deixar que eu estudasse magia e eu ficaria lá, no meio do fogo cruzado sem saber o que fazer.

Mas como minha vida mudou completamente em apenas uma noite, eu mesma vou ter que jogar a carta fora. Por quê?! Pelo simples motivo de que eu não posso ir pra Hogwarts sendo uma licantrope.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Continuo ou paro por aqui mesmo? Comentem por favor, não mordo, juro!
ps.: sei que ta pequeno, mas é só o prólogo, prometo fazer capítulos maiores... =]]



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