Le Barbe Bleue escrita por akamidori


Capítulo 3
Convite


Notas iniciais do capítulo

Oi,leitores.Se tiver alguém aí, é claro :3



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Entramos em casa, com o homem da barba azul ainda olhando para as duas. Nossa mãe havia saído, e em casa só estavam eu, Anna, os empregados e Filipe, que já havia chegado.

–Onde você estava?-Perguntou Anna.

–Com a Carla, irmãzinha. Você sabe como ela é, não sabe?-Disse ele.

–Hum, nós sabemos.-Falei, interrompendo Anna, que estava prestes a falar.

–E Pedro?

–Ficou resolvendo algumas coisas na cidade, daqui a algumas horas ele chega.

Carla é a noiva de Filipe. Do tipo que só quer ficar grudada no homem onde quer que ele esteja. Muito mimada, por sinal. Mas ele a ama, o que eu posso fazer, não é?

Entrei no meu quarto, sentei-me na cadeira em frente da mesa e me olhei no espelho. Loira,de olhos verdes. Já um pouco magra, mas de espartilho por causa dos padrões. Eu realmente sou bonita, mas será que vai demorar para arranjar um marido? Anna não se preocupa com isso, pelo menos eu acho que não, ela nunca conversa comigo sobre esse assunto. Filipe tem a Carla, que como eu já disse é mimada e pelo menos deixa ele voltar pra casa pra dormir, e ás vezes para comer. Ás vezes porque ele almoça lá quando ela pede. Já Pedro, ele tem os olhos verdes de papai, assim como os cabelos escuros, alto, forte, deve ter várias mulheres que o admiram, mas acho que ele nem percebe.

Parei de pensar sobre essas coisas e desci. Deviam ter passado pelo menos trinta minutos desde que subi. Mamãe já havia chegado.

–Onde estava, mamãe?-Questionei enquanto me sentava ao lado dela.

–Resolvendo coisas do meu interesse. Você sabe aquele homem da barba azul?

–Sim, eu sei.-Respondi com desconfiança.

–Ele nos convidou para almoçar em sua casa de campo. O nome dele é Klaus. Ele deve ser algum amigo de seu pai.

Não era. Eu era muito apegada ao meu pai. Ele está em outra cidade resolvendo negócios de família. Eu conhecia quase todos os seus amigos. Mas se mamãe faz tanta questão de ir almoçar lá, então não posso contrariar.

Eu ainda tinha aulas de música e de dança, e fui me preparar. Eu já tinha chegado em casa. O tal de Klaus ficou olhando para mim mais uma vez na ida e na volta. O que será que ele pensa quando olha para mim? Cheguei em casa, todos estavam jantando. Me convidaram para juntar-me a eles, mas recusei, pois estava sem fome. Fui para meu quarto, tomei um banho, e adormeci mais cedo que o esperado. Tive o mesmo sonho do animal azul, sendo morto por dois feixes de luz. Como no dia anterior, o sol bateu em meu rosto, mas não me impediu de virar para o outro lado e dormir mais um pouco. Dessa vez acordei com Anna tagarelando ao meu lado.

–O que foi?

–O almoço é hoje, Leonora. Vamos se apronte, mamãe não quer se atrasar.

–Onde ela está?

–Foi no alfaiate pegar os vestidos que encomendou para nós

–Está bem então.

Levantei com dificuldade e fui tomar banho. Coloquei o vestido azul bebê que minha mãe trouxe para mim. Penteei os cabelos, e procurei um chapéu que combinasse com o vestido, pois a situação pedia um , nem que fosse simples. Depois desci. Minha mãe já estava pronta, e Anna também. Filipe e Pedro iam também.

–Ele fez questão de mandar uma carruagem para irmos para sua casa. Disse ela.

Quando saímos, vimos uma carruagem lindíssima, detalhada em ouro, com quatro cavalos, e um cocheiro muito bem vestido, que desceu e nos ajudou a subir.

Quando chegamos, fomos muito bem recebidos, Klaus apertou a mão dos meus irmãos, e beijou a mão de Anna e a minha, mostrando muito cavalheirismo. Depois ele nos convidou para entrar. Tudo na sua casa era luxuoso e feito com o mais fino gosto. Cadeiras forradas com luxuosas tapeçarias, móveis lindíssimos e alguns com detalhes em ouro e prata. Seus anéis eram de esmeraldas, rubis, e até diamantes. Eles começaram a conversar, mas eu não ouvia por estar ocupada demais admirando a casa.

–O almoço já está pronto, vamos comer.-Disse ele.

Seguimos ele, pois o almoço seria servido fora da casa. Tinha de tudo. Desde os pratos mais finos, até os mais comuns, todos servidos em baixelas de ouro e prata. Tinha foie gras,que só tinha comido uma vez quando fui para a França com meu pai. Tinha peixe e carne grelhados que já são mais comuns. Tinham saladas de todos os tipos, frutos do mar e tudo que você possa imaginar.

Klaus nos convidou para passear pelo seu jardim, que imensamente grande, com vários lagos, flores e plantas. Só paramos quando estava anoitecendo.

–Nossa, já está anoitecendo, vamos embora.-Disse minha mãe.

–Eu faço questão de mandar uma carruagem levar vocês.-Disse ele em resposta.

Ele realmente mandou, e no caminho eu estava pensando, ele nos tratou com tanta gentileza que nem consigo mais pensar nele como um monstro. Na verdade, isso nem me passa mais pela cabeça. Será...Será que eu estou gostando de Klaus?


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Notas finais do capítulo

E aí?Deixem reviews,ok?



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