Sonhos Roubados escrita por Menina Do Mal


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas, novo post! Uhuu! Aproveitem que hoje está bombástico! Não esqueçam de comentar ao terminarem a leitura, isso me deixa super feliz! Boa leitura :)



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Hoje. Hoje é o pior dia de toda minha vida. Minha história muda aqui. Uma escolha, foi tudo que eu fiz. Porém, foi a escolha certa, ou errada? Não sei, tudo que sei, que foi uma das melhores e insensatas escolhas que fiz.

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Olhei-me no espelho, vi o olhar vazio da garota, o meu olhar. Eu estava vestida com o enorme vestido branco, com perolas contornando minha cintura, mangas até o meio do braço, luvas e um véu, meu cabelo estava trançado e continha um laço azul na ponta, meus olhos verdes estavam contornados de lápis preto, meus lábios com um rosa leve e delicado. Sinceramente, eu estava uma verdadeira princesa.

Já disse que hoje é o pior dia da minha vida? Se sim, vou lhes explicar melhor. É meu casamento. Infelizmente. E meu aniversário também, estou fazendo exatamente 15 anos. Mamãe achou melhor fazer tudo em um único dia, porém eu discordo dela. Já não queria o casamento e agora não vou poder aproveitar meu aniversário, o dia em que eu deveria estar pulando de alegria por estar fazendo mais um ano de vida, mas é o contrário.

Papai já está na porta do quarto, se segurando para não chorar.

– Não chore papai. – Falei, eu mesma queria me debulhar em lágrimas.

– Não posso acreditar que minha filhinha está se casando e ainda ficando mais velha. Isso é emoção demais. – falou, e a costureira nos deixou a sós.

– O senhor sabe o que eu penso sobre isso. – apontei para meu vestido.

– Se fosse por mim Annabel, nunca te deixaria nas mãos de outro homem, porém, é o certo a se fazer.

– Por favor, papai. Não me deixe ir até lá, por favor. – me joguei a seus pés, implorando. – Prefiro morrer a ficar acorrentada a um homem velho que nem conheço. – chorei, não aguentava mais tanta dor e angustia, precisava me libertar.

– Filha, não faça isso comigo. – meu pai me levantou e abraçou-me. – Não sabe como me dói ver você neste estado. Eu faria qualquer coisa para tira-la daqui, mas não posso meu bem.

– Não! – gritei, afastando-o. – Vocês querem me ver sofrer. Por favor, eu te peço de joelhos papai, faço qualquer coisa que o senhor quiser, só não deixe o ato que vai acontecer daqui a poucos minutos se concretizar. – implorei novamente, e mais uma vez ele se retraiu.

– Desculpe meu bem. – me olhou nos olhos e vi que ele não ia fazer nada. Ouvimos passos se aproximando. – Agora se recomponha, quero vê-la feliz.

– Nunca. – respondi com amargura.

Natalie apareceu na porta com seu sorriso inocente.

– Minha irmã, como está linda. – me abraçou tentando não amassar o vestido. – Como estou? – Natalie rodou, seu vestido azul cetim girou numa sincronia impecável, seu cabelo loiro balançou, e ao parar, percebi seu rosto cheio de maquiagem, o que a deixava parecer uma boneca.

– Linda. – respondi seca.

– Ora, anime-se Anna, é seu grande dia. – ela sorriu verdadeiramente. – Papai, não acha Annabel meio triste?

– Natalie, sua irmã está bem, não a encha com suas asneiras. – papai a recriminou por ter dito apenas a verdade. – Volte para baixo e avise a sua mãe que estamos descendo.

– Sim, senhor. – Natalie antes de sair, me lançou um olhar e um sorriso de solidariedade.

– Está pronta querida? – meu pai se pôs ao meu lado e segurou minha mão.

– Se eu disser que não, vai adiantar algo? – tentei pela última vez.

– Sorria Annabel, e seja feliz. – suas últimas palavras antes de descermos as escadas.

No último degrau, viramos e pude ver a igreja cheia, o longo tapete creme nos levava ao verdadeiro inferno. Sr. Hopkins estava todo de preto, olhar para seu rosto me dava repulsa, ele era velho e tinha uma cara pouco amigável. Minha mãe estava do lado dele, ela estava feliz, eu sabia, o verde do seu vestido combinava com o dos olhos e seu cabelo castanho estava em um coque. Me senti um pouco feliz por ela estar feliz, e fiquei triste novamente por lembrar do motivo dela estar feliz.

Chegamos. Meu pai colocou minha mão na dele, era áspera e tinha vontade de joga-la para longe. O padre nos abençoou e soube que meu fim estava perto.

– Caríssimos noivos, viestes à casa da Igreja, para que o vosso propósito de contrair o Matrimônio,seja firmado com o sagrado selo de Deus – parei de ouvir, não consegui acompanha-lo.Deus,é isso que Ele reserva para mim? Não conseguia ouvir o padre, eu estava completamente surda pelo medo, pela tristeza, pelo terror que viria pela frente...

– Samuel Hopkins e Annabel Page, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

– Sim. – respondeu Sr. Hopkins. O padre me olhou esperando a resposta.Olhei para minha mãe, que me observava aflita, meu pai estava suando, e minha irmã, minha doce irmãzinha estava me olhando nervosa.

1,2, 3 contei mentalmente,4 e 5.

Corri, corri em disparada, como nunca tinha corrido antes. Via apenas borrões em minha frente, captei gritos vindo da igreja, mas foram só por alguns segundos.

Joguei meu véu no chão, as luvas e me livrei dos sapatos. Nada me impediria de viver a minha vida, de seguir os meus sonhos....


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Notas finais do capítulo

O que acharam do post de hoje? O que será que vai vir a seguir com a Annabel? Muitas surpresas pela frente posso confirmar. Pessoal, não esqueçam de comentar e marcar como favorito para receberam as notificações de cada capítulo! Beijos e até a próxima!



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