Um amigo nada discreto escrita por FeDp


Capítulo 1
Um amigo nada discreto




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Em um dos meus dias de correria, certo amigo parou e perguntou:

_ E a Ana, como é que vai?

_Ana? Respondi surpreso.

_Sim, ela mesma. Como ela está?

Não esperava por aquilo, aquele nome desestruturou. Senti uma pontada no coração, comecei a suar frio. Sabia que não estava com ela, havíamos terminado há três meses, resolveu me jogar de lado e sair com o chefe dela. Mas insistiu em perguntar.

_Então, como é que ela vai?

Mas que amigo, ultrapassando os limites. Será mesmo que não sabia? Ou poderia até ser cínico. Será que só estava curioso? Quem sabe só queria a minha vergonha pelo fato de não ser muito chegado meu, ainda mais depois daquela festa onde o fiz passar maior vergonha. Ele sabia que não fiz por mal, mas ele estava impagável depois da terceira dose daquele Martini, falei para não subir na mesa, mas ele teimou. Dizia que ela não ia aguentar, mas subiu mesmo assim. Quando subiu só foi virar as costas e o encontrar desabando no chão. Creio eu que acabou desmaiando. E olha que nem tive tempo de filmar para jogar no Youtube.

Mas resolvi entrar no jogo dele, então respondi.

_ Esta bem sim, saímos ontem à noite. Levei-a no restaurante que mais gosta.

Será que ele acreditou? Será que paro por aqui ou devo fingir algum mal estar, voltar para o trabalho e fingir que nada disso aconteceu?

_Sério cara? Tentando impressionar a garota? Finalmente deixou de ser aquele lerdo nos tempos da faculdade em.

(Risos)

_ Sabe como era a correria da faculdade, trabalhos, estudos, noites sem dormir, provas finais. Nem sei como ela deu bola para mim.

_Também queria saber.

(Mais risos).

_Mas e vocês? Tem planos de casar?

Meu Deus, agora ele foi fundo, será que devo continuar essa conversa? Porque ele simplesmente não vai embora? Será que ele já sabe de toda a verdade? Acho que devo parar por aqui.

_Temos sim, ela é a mulher da minha vida. Parece que meu coração escolher o motivo certo para bater.

_Isso foi à coisa mais linda que ouvi você dizer desde que te conheço.

_Você sabe que eu sempre tive uma veia romântica, bom tempo aquele do teatro.

_Quem sabe foi isso que fez a Ana gamar em você.

Agora é sério. Não posso mais levar isso adiante. Tenho que acabar com isso. Chega de mentir para mim mesmo.

_ Verdade. Ela sempre gostou de teatros. Ela ama Shakespeare, me lembro no primeiro encontro quando recitei para ela, ela quase chorou.

_Imagino você deve ama-la bastante.

_Muito, você nem imagina.

Chega, vou por um fim nisso de uma vez por todas.

_Preciso te contar uma coisa.

_ Fica para a próxima André, estou voltando do almoço agora. Foi bom conversar com você. Mande minhas saudações para Ana.

_Tranquilo, mando sim. Igualmente, muito bom te ver.

Depois dessa prometo para mim mesmo que nunca mais conversar com qualquer um na rua, e prometo também jamais fingir ter uma namorada. O canalha ao menos poderia ter acertado meu nome


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