Em Busca da Espada de Judite Spark escrita por Vancovysk
Notas iniciais do capítulo
Aqui é o Gabriel de novo.Me diverti bastante ao fazer esse capítulo,mas também foi bem trabalhoso.Espero que gostem o/
Já haviam duas semanas desde que tinham iniciado sua busca.E dentro dessas duas semanas,as coisas não foram muito fáceis para eles.
“Eu estou ficando cansada.” – Julia reclamava.
“Só você?” – Gabriel dizia sentando no chão.
“Parem de ser molengas e levantem logo.” – Maryana dizia enquanto apressava o passo.
“Nha,não sei por que não podermos descansar um pouquinho.” – Rhayssa estava reclamando mais do que nunca. – “Faz três dias que estamos caminhando.”
“Quanto menos descanso,mais rápido chegaremos ao colar de Sefalópode.” – Maryana estava se irritando.
“Mary,não acha que está nos pressionando muito?” – Celso comentou.
“Não,não acho.Mas,já que querem,vamos descansar então.” – Maryana estava ficando cansada também.
“Roaaaarr”
“Mas bem agora?” – Gabriel reclamou,enquanto pegava um galho de uma árvore pra se defender.
Era um monstro bem grande,em todos os lados,com olhos amarelos,e ele tinha um pelo azulado.
“Estamos sem nossas armas.” – Julia dizia preocupada.
“Sério,só agora percebeu isso?” – Eduardo dizia enquanto se escondia atrás de uma árvore.
“Vocês não tem armas.” –Maryana disse enquanto tirava uma espada da mochila.
“Só agora ela pega essa espada?” – Gabriel disse irritado.
“Só agora foi necessário.” – Ela retrucou.
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“Galera,o que é essa chama roxa?” – Celso comentou parando no meio do caminho,depois de derrotarem o monstro.
“Que chama roxa?” – Eduardo disse sem entender nada.
“Essa aqui,flutuando na minha frente.” – Celso também estava confuso.
“Celso...Acho que o sol na cabeça ta te deixando meio lélé.” – Gabriel disse estranhando o comportamento do amigo.
“Gente,vocês não estão vendo nada?” – Celso disse,enquanto encostava na chama,o que não o queimou.
“Celso,acho melhor você descansar.” – Rhayssa disse sentando em uma pedra.
“Alá,agora ta se espalhando por essa pedra aqui na frente.” – Celso estava surpreso. – “Ta formando uma palavra.Uma frase.Você foi o escolhido.Agora enxergará as dificuldades pelo caminho.”
“Celso,por favor,senta um pouquinho.” – Julia disse sentando também.
“Gente,vocês não estão vendo nada?” – Celso estava cada vez mais sem entender as coisas. – “Ta aqui,bem na minha frente”
“Desculpa aí,mas ninguém aqui ta entendendo nada.” – Maryana disse chegando de longe.
“Você aparece de repente,sabendo de tudo que ta acontecendo.” – Gabriel dizia mais confuso ainda. – “Onde você tava?”
“Fui pegar comida.” – Ela disse espalhando várias frutas pelo chão.
“Olha,se você estava com fome,era só pegar mais frutas,ao invés de comer tudo pelo caminho.” – Eduardo disse bravo.
“Mas eu não comi nada e...” – Um silêncio se fez quando ela percebeu que a comida não estava lá.
“Olha,eu estava desconfiando de que você tinha roubado nossas coisas,me desculpe.” – Celso dizia se acalmando – “Mas depois disso,não tenho mais nenhuma dúvida de que não é você.”
“Eu...” – Gabriel dizia gaguejando. – “Eu estou ficando com medo...”
“Isso está ficando perigoso.” – Rhayssa dizia preocupada. – “Acho melhor irmos embora.”
“E desistir?” – Gabriel se enchia de coragem. – “Desistir?Essa palavra não consta no meu vocabulário.”
“Iééé” – Um coro novamente.
“Nós vamos pegar a espada.”
“Iééé”
“E salvar nossa cidade.”
“Iééé”
“E eu vou comer muito pastel.”
“É?” – Todos diziam rindo.
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“Eles são muito burros mesmos,agora,iram todos morrer.” – Um gargalhada do mal bem longe dali.
“Chefe,não acha que está indo longe demais?Eles são só crianças.”
“Criança não procura a minha espada,a espada que me pertence por direito.”
“A espada que você roubou certo?”
“Não precisamos entrar em detalhes.Eles não vão conseguir a espada,não vão.Pode escrever as minhas palavras.” – Outra gargalhada saiu.
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“Vocês viram isso?” – Celso disse com certo medo.
“Isso o que?” – Gabriel estava estranhando aquela situação.
“Isso,bem na nossa frente.Olhem!”
“Celso,o que está acontecendo com você?” – Julia dizia preocupada.
“Gente,mas está aqui,na minha frente.” – Celso estava muito confuso. – “Eu até posso toca – lo.”
“Celso,você ta maluco?” – Maryana disse.
“Ele ta doido de pedra.” – Eduardo disse após perceber que devia ter ficado quieto,após levar seu oitavo tapa na cara da mesma pessoa.
“Gente,está aqui.” – Celso dizia apontando para sua frente. – “É um cara,com uma capa preta.Agora ele está indo embora.”
“Ele nunca esteve aqui.” – Gabriel disse.
“Mas ,gente...” – Celso começava a gaguejar. – “Estava bem aqui,e...”
“Vamos gente.” – Maryana dizia tomando a frente do caminho. – “Temos uma longa caminhada pela frente.”
“Agora,chegamos nas cachoeiras duplas.” – Maryana dizia observando o mapa. – “Então devemos ir para a direita.”
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“Mas que garota burra,ela estava lendo o mapa de cabeça pra baixo.” – Uma risada vinha,daquela mesma voz.
“Chefe,deixem as crianças em paz.” – Uma coisa que podia ser chamada de “assistente” dizia. – “Elas não vão conseguir a espada.”
“Tenho que me garantir.” – A voz passou de novo. – “Ou elas param,ou elas morrem.”
“Mas são só crianças.”
“Crianças abusadas pra falar a verdade.”
“Mas...”
“Mas nada,cala essa boca e vai pegar um copo de água pra mim.”
“Sim,mestre...”
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“Eu nunca,nunca mais,como aquela fruta.” – Gabriel dissejogando água na boca,tentando tirar aquele gosto horrível.
“Eu avisei que eram ruins.” – Maryana disse com tom de superioridade.
“E quem aceita conselhos de garotinhas mimadas?” – Gabriel dizia como quem não estava de bom humor.
“Acontece que a “garotinha mimada” aqui,te salvou do monstro,ok?”
“Eu estava sem armas,você queria o que?”
“Gente,olha ali.” – Eduardo disse apontando pra uma pedra.
“Ahhhh,uma joaninha.” – Julia dizia encantada. – “Uma joaninha bonitinha.”
“Eu disse.” – Gabriel estava se irritando. – “Garotinhas mimadas.”
“Repete quem é a garotinha mimada e ganha um olho roxo.”
“Parei,parei.” – Gabriel disse rindo.
“Quem são vocês?” – Celso disse parando em frente a três garotas.
“Nós estamos procurando as frutas encantadas de gengibre.” – Disse a garota loira,com trancinhas.
“Vai por mim.” – Gabriel dizia ainda tentando tirar aquele gosto ruim da boca. – “Não coma aquela porcaria.”
“Não é pra comer,é pra uma poção” – Disse a morena com cabelo comprido e cacheado.
“Ah,bom.” – Gabriel disse sem ter tido bom resultado em relação ao gosto das frutinhas. – “Sendo assim,sim.”
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“Isso garotinhas,enrolem eles.”
“Foi o senhor que as enviou até lá?”
“Não,mas você devia ter pensado nisso,seu idiota.” – A voz disse gritando.
“Mas...”
“Já disse pra calar a boca seu babaca.”
“Sim,mestre.”
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“Gente,vocês não vão acreditar no que descobri.” – Maryana dizia desesperada. – “O mapa estava de cabeça pra baixo.”
“Ah,que legal.” – Gabriel estava azedo aquele dia. – “Mas é uma tonta mesmo.”
“Ah,eu não tenho culpa.” – Ela dizia envergonhada.
“Bom,de um jeito ou de outro vamos ter que voltar.” – Rhayssa disse já dando meia volta.
“Vamos então.” – Eduardo disse querendo encurtar ao máximo aquela viagem.
“Deixe que dessa vez,eu fico com o mapa.” – Julia dizia impaciente.
“Olha,vamos embora logo,não importa quem fique com o mapa.” – Celso dizia dando meia volta também.
“Contando que não seja a Mary,eu topo.” – Gabriel estava mesmo irritado.
“O que a gente pode fazer,errar é humano não é?” – Eduardo dizia tentando manter a paz no grupo.
“Claro,claro.” – Gabriel já tomava frente do grupo,atrás de Julia,apenas.
“Ju,e se a gente encurtar caminho,e for por esse matagal aqui.” – Gabriel dizia apontando para um atalho no mapa.
“Vamos tentar esse caminho então.” – Celso dizia respondendo por todos do grupo.
“Eu posso cortar o mato com minha espada.” – Mary comentou uma única vez,depois do erro que cometera.
“Pelo menos pra isso,você serve.” – Gabriel nem olhava para a cara dela.
“Cara,chega.” – Eduardo dizia se irritando também. – “Deixa a garota em paz,ela errou pronto.Agora vamos voltar e uma hora ou outra conseguiremos a espada.”
“Se não tivéssemos aceitado ajudar ela,nada disso estaria acontecendo.” – Gabriel dizia virando a cara para Rhayssa.
“Se não quer ela aqui,podem ir embora,eu fico.” – Rhayssa dizia dando a mão pra Maryana.
“Eu também fico.” – Celso se juntou as outras duas.
“Eu vou ficar também.” – Eduardo disse dando a mão aos outros três.
“Ótimo. ” – Gabriel estava muito irritado. – “Então,vamos Julia.”
“Eu...” – Julia levantou a voz. – “Eu vou ficar também.”
“Ótimo então,sua...” – Gabriel estava vermelho de tanta raiva. – “...Sua,sua traidora.”
Julia ficou chocada depois disso.
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“Ótimo.” – Gabriel dizia enquanto ia arrancando o mato do caminho,com as mãos. – “Todos me abandonaram.Todos são uns traidores.”
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“Há.” – Aquele cara novamente. – “Que garoto burro.Ele será o primeiro a ser atacado.”
“Por que ele?”
“Porque ele está sozinho.É o mais fraco.”
“Ah,então o mestre não tem poder pra atacar todos juntos?” – O assistente dizia rindo.
“Cale a boca.” – Ele estava gritando. – “Eu tenho mais poder que todos eles juntos.”
Ele pegou um pedaço de bambu e começou a dar em seu assistente,que já estava até sangrando.
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“Como será que o Gabriel está se virando?” – Julia dizia com remorso.
“Para de se preocupar com ele.” – Rhayssa já estava irritada. – “Foi ele que nos abandonou.”
“Eu...” – Julia abaixava a cabeça. – “Eu não fui uma boa melhor amiga.”
“Ele também não.” – Eduardo estava cansado de Julia lamentando. – “Ele nos abandonou,então ele não foi um bom melhor amigo.”
“Gente,vamos nos concentrar.” – Celso dizia tomando a frente do caminho,após Julia lhe entregar o mapa.
“Temos uma longa caminhada pela frente.” – Maryana dizia observando o mapa.
“E também temos que achar o Gabriel.” – Celso dizia olhando pros lados.
“Mesmo que ele não mereça.” – Eduardo disse.
“Mesmo que não mereça.” – Celso concordou.
“Vamos nos dividir.” – Rhayssa comentou uma certa hora. – “Eu e Julia vamos atrás do Gabriel,e vocês três vão atrás do colar.Nos encontramos na colina onde está a espada.”
“Certo.” – Celso dividiu o mapa ao meio. – “Já decorei o caminho da espada.Nós ficamos com o pedaço do colar,e vocês com o pedaço da espada.”
“Certo!” – As garotas concordaram também.
“Então...” – Rhayssa dizia a Julia – “Vamos?”
“Vamos!”
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“Hahaha” – A voz ria bastante. – “Mas um grupinho se separou?Agora,as garotas estão mais fracas,pois são umas mimadas.”
“Mimadas,e chatas.”
“Te perguntei alguma coisa?” – A voz gritou.
“Não,senhor.” – Ele abaixou a cabeça.
“Então,pronto.” – “Ou quer apanhar de novo?”
“Não,senhor.” – Ele repetiu.
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“O que as traidoras estão fazendo aqui?” – Disse Gabriel quando as meninas o encontraram.
“Viemos te ajudar,seu mal agradecido.” – Rhayssa reclamou,pensando seriamente em voltar para trás.
“Pois eu não pedi ajuda de ninguém.” – Gabriel virou as costas e saiu andando.
As garotas correram atrás dele.
“Eu disse,que não pedi ajuda de ninguém.Vão embora daqui.”
“Talvez seja melhor irmos mesmo.” – Rhayssa queria xingar Gabriel.Julia estava quieta.
“O gato comeu sua língua traidora?” – Gabriel perguntou pra Julia.
“Foi você que nos abandonou.”
“Não vamos começar uma briga.Temos que chegar na espada logo.” – Rhayssa olhava as horas em seu relógio de pulso.
“Eu vou achar a espada sozinho.” – Gabriel disse pensando em arrancar o mapa da mão de Rhayssa.
“Pois iremos atrás de você,querendo ou não.” – Rhayssa percebeu o que Gabriel queria,e guardou o mapa em sua mochila.
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“Será que as garotas acharam Gabriel?” – Celso estava preocupado.
“Acho que não.” – Eduardo também estava preocupado. – “Da hora que ele saiu,ele deve estar bem longe.”
Mas não.As garotas tinham o encontrado sentado em uma pedra.
“Bom,temos que continuar o caminho não é?” – Maryana tinha dito algo pela primeira vez,desde que as meninas saíram.
“Claro” – Celso já apressava o passo. – “Se não chegarmos lá,não saberemos se eles conseguiram não é?”
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“Pra que pressa crianças?Podem descansar o tempo que quiserem,pois será difícil derrotar o meu monstro.” – Outra gargalhada.
“Mestre,não acha melhor apenas mudarmos o mapa,para eles tomarem o caminho de casa?”
“Eu já não disse pra calar a boca?”
“Sim,mestre.”
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“Eu realmente,acho desnecessário vocês virem atrás de mim.” – Gabriel estava mais chato do que nunca.
“Necessário ou não,não sairemos daqui.”
“Gente,vocês ouviram isso?” – Maryana estava com medo.
“Isso o que?” – Eduardo disse olhando a sua volta.
“Isso nas árvores.” – Ela continuou.Seu cabelo voou para frente,após o bravo rugido de um monstro de três cabeça.
Um grito alto e desesperado saiu pela boca dos três.
“Eu acho melhor irmos por ali.” – Julia apontou para a direção de uma pedra.
“Vamos,então.” – Gabriel estava se acalmando.
“Como será que os outros estão se virando?” – Rhayssa disse depois de uma longa caminhada.
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“AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH” – Os gritos continuaram.
“Isso me lembra uma vez que” – Celso se desviou. – “Eu estava jogando queimada e...”
“O que isso tem a ver com queimada?” – Eduardo dizia sentado atrás de uma pedra.
“É que a diretora da escola tinha a cara desse monstro.” – Celso se descuidou e rio,seguido por um grande arranho do monstro.
“Ai.” – Celso gritou.
“Machucou?” – Eduardo perguntou?
“Não,claro que não.” – Celso estava com apertando a mão contra o arranhão,tentando aliviar a dor. – “CLARO QUE MACHUCOU SEU IDIOTA”
“Ei,não precisa ser grosso.”
“Gente,poderiam dar uma ajudinha aqui?” – Maryana dizia quando caiu no chão.Sua espada voou longe.
“Eu pego!” – Eduardo exclamou correndo atrás da espada.
Um barulho se ecoou por toda a floresta,quando a cabeça do monstro caiu no chão,após uma espadada de Eduardo.
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“Droga!” – “Ninguém vence meu monstro.Ninguém.”
“Bom,eles venceram.”
“Não precisa narrar,eu não sou cego.”
“Sim,mestre.”
“Agora,prepare o outro monstro.O outro grupo contem mais meninas,eles não irão escapar.”
“Claro,mestre.”
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“Gente,estou com um péssimo pressentimento.” – Gabriel estava incomodado com alguma coisa.
“Ah,relaxa,o que pode acontecer de mais?”
“Sei lá.Outro monstro aparecer?” – Gabriel estava mesmo incomodado. – E se os outros se machucarem?
“Você não parecia se importar com os outros,quando nos abandonou não é?” – Rhayssa deu lição de moral.
“Ta bom,ta bom.Já disse que eu estava errado.”
“Muito errado.” – Ela concordou.
“Bom,como vamos chegar na espada com isso na nossa frente?” – Julia parou olhando para um muro de pedra,que parecia dar a volta na floresta inteira.
“Por que o boi sobe o morro?” – Gabriel perguntou sem querer resposta,pois já sabia o que fazer.
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“Como aquele muro foi parar lá?” – Ele estava furioso.
Era o monstro que tinha virado um muro.
“Não sei,senhor.” – Ele mentiu.
“Você sabe sim.” – Ele alterou a voz. – “Foi você que botou aquele muro lá?Não foi?NÃO FOI?”
“Sim,mestre!”
Paf;Paf;Paf – Ele apanhou novamente.
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“Gente,como vamos passar por aqui?” – Maryana disse observando um muro de pedra a sua frente,que parecia dar a volta pela floresta inteira. – “Ele parece dar a volta em toda as floresta.Será que os outros conseguiram passar?”
“Não sei.” – Eduardo dizia – “Só sei que o Gabriel estava de muito mau humor,o que não ajuda muito.”
“Por minha culpa,né?” – Maryana dizia muito envergonhada.
“Claro que não,ele é um babaca.” – Eduardo a consolava.
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“Será que os outros conseguirão passar pelo muro?” – Julia estava preocupada.
“Acho que não.” – Gabriel voltava a rir. – “Do jeito que são uns cabeças ocas.”
“Bom,vamos.” – Rhayssa apressava o passo. – “Temos um longo caminho pela frente.”
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“Olhem isso.Pegadas.” – Uma menina dizia a mais 2 dois meninos. – “Tem mais alguém na floresta.”
“Mas o que alguém viria fazer aqui?” - Um dos garotos estava enfezado – “Aqui nem tem sinal.”
“Por que alguém traria um celular para uma floresta?” – Ela parecia acha – lo um burro.
“Eu trouxe.” – Ele se irritou.
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“Ora,ora.Parece que as outras crianças também passaram pelo seu muro não é?” – “Não são tão burros como parecem.”
“Eles são burros sim,mestre.”
“Eu disse que não são” – “Quer apanhar de novo?”
“Não,mestre.”
“Então cale – se.”
“Chegou a minha hora de interferir.”
“Mestre,você vai até lá?”
“Mas é claro que sim.”
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“Ai,ai,ai.” – Celso estava gritando de dor.
“Tá doendo muito?” – Eduardo era um idiota.
“Não muito.Podemos continuar a vontade.” - Ele mentiu.
“Celso,você,não está bem.Para de ser idiota e fique aqui.” – Maryana estava cansada do orgulho de Celso.
“Eu agüento.” – Eles esbravejou.
“Você não agüenta.” – Eduardo tentava mudar a opinião de Celso.”
“Olá,crianças!” – Ele abria um sorriso longo e falso. – “Meu nome é Dijou Tambesford,mas podem me chamar de Tamou.Precisam de ajuda?”
“Não,muito obrigado.” – Celso o reconheceu.Era o cara que tinha “imaginado”.
“Precisamos sim.” – Mary discordou de Celso.
“Não precisa ter medo garotinho.” – Tamou mentiu. – “Eu estou aqui para ajudar.”
“Obrigado,mas eu já disse.Não precisamos de ajuda.”
“Bom,então posso me retirar não é?”
“Vaza.” – Celso estava mais que irritado.
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“Eles foram espertos,não caíram no meu truque.”
“Mestre,deixe os em paz.É a única coisa que te peço.”
“Cale a boca.”
“Sim,mestre.”
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“Gente,estou com fome.” – Julia dizia.
“Eu também.” – A barriga de Gabriel roncava.
“Olhem,pitangas.” – Rhayssa apontou pra uma árvore fina,mas alta.
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“Irei atacar eles.”
“Mas,eles estão fracos.”
“Por isso mesmo.Agora,vai lavar a louça.”
“Claro,mestre.” – Ele abaixou a cabeça e se foi.
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“Celso,por que não quis aceitar a ajuda daquele homem?” – Maryana estava brava.
“Foi ele.” – Celso tinha certeza. – “Foi ele quem eu vi.”
“Ah,não viaja,você estava imaginando coisas.” – Eduardo debochava.
“Imaginando uma pessoa que eu nunca tinha visto antes.”
“Ah,foi só coincidência.Deixa isso pra lá.” – Eduardo dizia.
“Vocês vão se dar mal.E não digam que eu não avisei.”
“Gente,olhem isso.” – Eduardo apontou pra uma árvore ao longo do horizonte,depois de um longo tempo caminhando. – “Amoras!”
“Ah,que bom,eu estava morrendo de fome.” – Maryana foi correndo até a árvore.
“Gente,o que é isso?” – Celso viu uma pegada no chão.
“Uma pegada ué...Onde a Mary pisou.” – Eduardo completou.
“Ah,deve ser né?” – Celso se acalmou.
“Bom,vamos prosseguir.” – Maryana começou a andar,depois de acabar suas frutinhas.
“Ah,que calor aqui né?” – Celso disse,logo após,avistou um grande rio.Logo foi correndo pra cima dele.
“Será que é seguro nadar aí?” – Maryana estava com medo.
“Ah,relaxa Mary,é só um riozinho qualquer.” – Eduardo disse pulando também,seguido por Maryana.
“Ah,que delicia!” – Celso exclamou.
“Pois é.Parece um sonho.” – Eduardo concordou.
“Será que eu estou dormindo?” – Maryana disse rindo.
“Deixa comigo.” – Eduardo disse beliscando – a logo após.
Uma longa risada saiu dos três.
“Bom,vamos?” – Celso disse depois de um tempo,saindo da água.
“Ah,agora molhei todo meu cabelo.” – Maryana dizia rindo.
“Como será que os outros estão se virando?” – Eduardo dizia saindo do rio também.
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“Galera,já está escurecendo.” – Gabriel dizia olhando para o céu. – “Acho melhor procurarmos abrigo.”
“Olhem,ali parece seco.” – Julia avistou. – “Acho que dá pra acender uma fogueirinha.”
“Vamos.” – Rhayssa os seguiu.
“O velho Mc Donald’s tinha uma fazenda,ia ia o...” – Todos cantavam rindo,em volta de uma fogueira,que tinham acendido.
“Ah,estou cansada,acho melhor dormirmos.” – Rhayssa disse bocejando.
“Pois é...” – Julia disse interrompida por um longo bocejo. – “Vou pegar umas folhas para usarmos de travesseiro.”
“Ali a Ju.” – Gabriel apontou,depois de um tempo.
“Aqui as folhas.” - Julia dizia espalhando folhas de palmeira pelo chão.
“Nhaaa...” – Gabriel disse preguiçoso,se deitando junto as folhas de palmeiras.
Um cinco minutos se passaram,quando o sono foi interrompido por um homem que chegava.Tinha cabelos loiros e bagunçados,uma pele de cor indistinguível,pois uma capa preta o cobria inteiro.
“Olá,crianças!” – Ele abria o mesmo sorriso longo e falso. – “Meu nome é Dijou Tambesford,mas podem me chamar de Tamou.Precisam de ajuda?”
“Não,mas agradecemos.” – Rhayssa não caiu.
“Bom...Já que pergunta...” – Gabriel se aproveitou. – “...Eu preciso de grana pra comprar um game novo e...” – Ele foi interrompido.
“Eu não tenho grana garoto.” – Tamou se enfezou.
“Bom,vamos galera?” – Julia tomou a frente.
“Para que ir tão de pressa?” – Tamou estava se transformando em uma criatura horrenda. – “Estão com medo de uma lutinha?”
“MEUDEUSDOCÉUMEUDEUSDOCÉUMEUDEUSDOCÉU” – Gabriel estava paralizado.
“Corre,Gabriel” – As outras o alertaram.Ele continuava paralizado.
“Não tenho pressa nenhuma.” – Uma voz rouca e aguda saía da boca de um enorme dragão roxo e verde.
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Próximo capitulo em breve o/