Unintentionally you loved ♥ escrita por GiovannaMendes28


Capítulo 23
23 de Setembro de 2013 - Parte 2




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(...)

(Nick narrando)

– O que aconteceu por aqui? – ouvi a voz asquerosa de David e fingi ainda estar dormindo. – Onde está Max?

Abri meus olhos devagar e vi David com um olhar raivoso.

– Você que deixa seus bichinhos de estimação aqui, não os adestra direito e eu que tenho que saber? – respondi irônica e ele voou na grade da cela.

– Eu vou acabar com você sua vadia! – ele falou irritado e tentou encontrar Max em todos os cantos, até que foi uma ótima idéia escondê-lo no banheiro do andar debaixo. Sorri de canto e fechei meus olhos novamente. Eu estava bem cansada, precisava sair dali logo, já faziam horas e mais horas que eu estava ali.

(...)

(Ross narrando)

Fui chegando até perto de onde Nick havia dito que estava da última vez, disquei o número do celular dela e logo vi Megan sair de trás de uma árvore um pouco assustada.

Abri a porta do carro e fui em direção a ela, tirei meu distintivo e a mesma me abraçou caindo em lágrimas. Estava assustada e completamente confusa.

Lee veio na direção dela e a cobriu com seu casaco.

– Venha comigo Megan, já está tudo bem. Fique tranquila – Lee falava enquanto tentava fazer Megan me soltar. Aos poucos ela foi me soltando devagar e se acalmando.

– Onde estão meus pais? – ela falava em meio aos soluções. Collins pegou uma garrafa de água dentro do carro e entregou a ela, sentando-a na calçada junto com Lee.

– Fique calma, seus pais já foram avisados estão vindo te buscar, vão encontrar conosco no hospital. – Megan arregalou os olhos assustada.- Fica tranquila, só pra fazer alguns exames de rotina . Agora preciso que você se acalme e nos fale onde está Nick?

Ela voltou a chorar e eu respirei alterado, eu sabia que a culpa não era dela, mas me agoniava não saber onde Nick estava, se estava bem e se aquele verme não havia encostado um só dedo nela.

– Eu... eu só lembro do galpão por dentro, não sei em que rua fica, andei muito pra conseguir chegar aqui. Ela disse que quando encontrasse vocês, saberiam como encontra-la.

Foi ai que um estalo surgiu em minha mente. O chip que eu havia dado a Nick, como eu havia esquecido daquilo? Peguei meu celular e ativei o código do chip nele, em alguns minutos ele identificou a localização do mesmo.

– Encontrei – falei com esperança e um sorriso surgiu em meio ao meu rosto. Era um misto de esperança e medo, o relógio estava andando cada vez mais rápido, logo amanheceria e eu precisava encontra-la o mais rápido possível.

– O chip – Collins falou lembrando-se do Chip que eu havia entregue a Nick antes dela sair para ir atrás de David e Megan.

– Ross..temos que esperar a polícia, não podemos ir até lá com Megan, podemos cair em uma emboscada e provocar o rapto dela novamente. – Lee me falou preocupada e eu neguei com a cabeça. Ela realmente tinha razão, mas, eu não deixaria de ir atrás de Nick, não agora que sabia sua localização.

– Eu vou e vocês ficam fazendo a escolta de Megan até os outros chegarem . – falei determinado e pronto para sair dali o mais rápido possível.

– Detetive – ouvi a voz fraca de Megan e voltei meu olhar para a menina abatida a minha frente. – David, disse a Nick que a manteria lá para esperar o namorado dela, disse que mandaria os dois para o inferno juntos e que a história se repetiria mais uma vez. – ela falou tudo aquilo e o sangue me subiu a cabeça. Eu fiquei cego de ódio ao ouvir aquilo, ele iria mata-la, ele queria me ferir de qualquer maneira. Dei um grito alto e fui em direção ao carro. Só vi o vulto de Lee parar em minha frente me impedindo de passar.

– Ross espera, só me ouve. – Lee falava e eu não queria ouvir, queria só trazer Nick de volta e matar David, manda-lo para o inferno onde era o verdadeiro lugar dele.

– Ross, espera! Lembra o que Nick falou? Você não pode agir com a raiva, você precisa agir com a razão, ela está com ele, ele tem ela nas mãos, você ir com raiva não vai traze-la com vida até nós, não é isso o que você quer é? Então haja com a inteligência, vá busca-la mas, não coloque jamais em risco a segurança da vítima. – Lee falou e fechei meus olhos com força. Só me via a imagem de Nick feliz e de minha irmã morta, as duas imagens se misturavam e o mesmo sentimento daquela noite maldita ressurgiu em meu peito. Abri lentamente meus olhos e dei um beijo na testa de Lee.

– Vou trazer Nick de volta, assim que a polícia chegar os mande para lá, precisamos prende-lo o mais rápido possível.

(...)

(Nick narrando)

Meu corpo estava dolorido, minha boca estava seca, e tinha um formigamento horrível nas pernas devido a ficar tanto tempo deitada naquela posição. Eu precisava agir o mais rápido possível. Não poderia esperar mais muito tempo. Ao mesmo tempo que pensava nisso, Megan me vinha na cabeça, será que ela havia conseguido? Será que Ross já sabia de tudo e estava vindo me buscar? Eu precisava saber, eu precisava sair dali.

– Vou procurar o inútil de Max, vou tentar descobrir onde ele se meteu e você nem pense em fugir estarei por perto e posso mata-la a hora que eu bem entender – ouvi a voz de David e dei um sorriso irônico fraco.

– Que bom pra você, pode me matar agora se quiser, assim acaba com essa história mais rápido. – falei e ele deu uma risada alta.

– Até parece, o prato principal logo mais vem lhe salvar e aí sim poderei mata-la. Fique bem quietinha, eu já volto – David falou e se retirou da minha frente. Respirei fundo tentando manter o controle, se algo que eu aprendi quando era apenas uma mera recruta era que eu deveria manter o controle independente da situação, deixar a razão agir e não o emocional.

(...)

(Ross narrando)

Cheguei em frente ao galpão onde Nick estava, o celular indicava aquele lugar. Meu coração estava a mil, mas, eu tinha que manter o controle. Por mais, que o ódio me dominasse, precisava salva-la antes de tudo.

Entrei lentamente pelo corredor devagar e fui andando lentamente. Tudo estava bem escuro e eu estava sozinho, precisava saber onde eu estava pisando e o que eu encontraria pela frente.

Peguei minha arma e a deixei armada perto de meu rosto. Recostei em uma parede e observei a passagem vazia. Fui caminhando mais ao fundo e vi as escadas. Desci elas lentamente. O prédio parecia vazio, bom demais para ser verdade na realidade.

Assim que caminhei mais um pouco vi uma mesa, com duas cadeiras e o que parecia ser uma cela. O lugar era nojento, terrivelmente com cara de cativeiro, algo tenebroso. Andei até lá e para minha surpresa meu coração ficou apertado e aliviado.

– Nick – falei e a vi abrir os olhos lentamente, uma onda me invadiu eu só não conseguia explicar o que era. Pode até soar estranho para um cara falar mas, meu a agonia parecia querer transbordar por meus olhos. Só havia ficado assim quando tentei encontrar minha irmã, isso fazia tanto tempo.

Me agaxei em frente a cela e passei meus dedos por entre o rosto dela, dei um beijo leve porém demorado em seus lábios. Nick estava viva, minha Nick estava ali, era isso o que importava.

(...)

(Nick narrando)

Estava recostada fazia frio devido as horas que se estendiam mais e mais madrugada adentro. Eu estava realmente fraca, mas, me mantinha firme eu sabia que a qualquer momento alguém poderia ir me buscar, me tirar dali, por isso precisava manter minhas forças focadas.

Ouvi uma voz rouca bem de longe e abri meus olhos lentamente. Vi Ross parado do outro lado da cela e meu coração bateu fortemente, eu não podia acreditar. Engatinhei rápido em direção as grades e senti os lábios de Ross nos meus, a sensação de paz, o paraíso estava de volta sob os meus pés. Eu nem poderia acreditar naquilo.

– Ross – falei com nossos lábios colados em um sussurro. Senti os dedos dele por meu rosto e sorri mais ainda.

– Você está abatida. Ele te machucou? – ele perguntou preocupado. Neguei com a cabeça.

– Não, ele não me fez nada, apenas estou com fome, cansada e com frio. – falei e ele sorriu com a minha manha.

– Vou te tirar daqui, te dar comida, carinho e minha companhia – ele falou metido e eu ri mais. – Onde estão as chaves?

– Na gaveta – ele correu em direção a mesa e chutou novamente a gaveta emperrada. Pegou as chaves e foi em direção a cela, abriu a mesma e antes que eu pudesse pensar em algo, Ross me levantou me dando um abraço apertado. Aquilo pareceu renovar minhas forças, apesar de me sentir fraca ainda, me sentia recarregada a enfrentar o que fosse preciso.

– Senti tanto sua falta – falei com a voz embargada. Senti algumas lágrimas escorrerem por meu rosto. Qual foi, sou uma detetive durona, mas até eu tenho um pouco de lágrimas às vezes.

– Shiu, fica calma. Já acabou eu estou aqui, vai ficar tudo bem – ouvi a voz dele em meu ouvido e senti seu carinho em meus cabelos. Fiquei quieta por alguns segundos e senti ele afastar lentamente o corpo, segurando meu rosto para que eu o olhasse. Ai que saudades desses olhos avelãs, eles me deixavam entorpecida, era indescritível a sensação. – Vamos sair daqui – eu afirmei com a cabeça, porém uma sombra nos rodeou.

– Olha só, quanto tempo Detetive Ross – a voz de David ecoou pelo imenso corredor.

(...)


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Notas finais do capítulo

Meninas! Fic bombando, estou tão feliz com os comentários de todas! Ahhhh umas das minhas leitoras que tem acompanhado desde o começo toda a história chamou o nosso casal favorito de Ronick (Créditos Eponine) Supeeeeeeeeer curti *-* bem eu escrevi bastante hoje, to vendo se vou postar tudo ou vou deixar um pouco para amanhã, mas estou postando viu? Beijo grande para vocês!