Flames at night (chamas na noite) escrita por Ad


Capítulo 11
Capítulo 11: somethimes goodbye is Second chance...


Notas iniciais do capítulo

oi pessoal, estao ansiosos?
sim aposto que estao, me disseram que o capitulo 11 foi o melhor, hoje eu tentei me superar, e eu mesmo chorei nesse capitulo, sinceramente esse e lindo, se preparem... (desculpa os erros)



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“Eu fiz o melhor que pude

Para fazê-los perceber

Esta é a minha vida

Espero que compreendam

Não estou zangado

Estou apenas dizendo

Às vezes o adeus

É uma segunda chance... "Shinedown

KAYLE... 1970

“—Tia Ka, eu ficarei bem? - Marry uma garotinha doente do centro de recuperação de crianças me fitava preocupada com minha resposta, olhei para Alice que estava ajudando outra garotinha em seu leito, com um sorriso encorajador olhei a , sabia a verdade talvez o inevitável, mas naquele momento me agarrei na vontade de lutar que a menina mostrava.

—Mas e claro que você ficará bem. - minha voz era carinhosa e carregada de esperança, — Você e uma lutadora pequena Marry, — pus a mao em seu peitinho, —Sinta seu coração, esse e o som de uma campeã.

A garotinha sorriu, sua força de vontade era admirável, ela queria sobreviver isso se mostrava lívido, Marry abraçou sua bonequinha velha que ela chamava de Vitória e sorriu.

Sai da Ala hospitalar infantil e fui em direção ao almoxarifado, faltava pouco pra nosso expediente acabar, estava organizando alguns itens quando Alice entrou, seus olhos azuis pareciam cansados, ela sorriu, um sorriso simples que mostrava que ela iria continuar.

—So verificarei a Annie e poderemos ir. — sorri pra ela, Alice era minha família, eu havia conhecido quando estávamos na escola e ela me deu apoio, meus pais haviam morrido quando eu tinha apenas doze anos, perambulei sozinha até que encontrei Alice e sua família, eles me ajudaram, mas a morte era inevitável e os pais dela também morreram, ficamos juntas desde então.

—Como Annie esta? Já descobriram o que ela tem? —Annie era uma paciente do hospital que estava em quarentena, não haviam detectado sua doença ainda.

—Não ainda nada. Espere-me na entrada do hospital. —Alice sempre fora uma lutadora como Marry, como Annie ou qualquer criança que estivesse ali no hospital...

O parque que visitávamos quase todo dia tinha algumas árvores que circulavam um pequeno rio, era um pequeno paraíso no meio da grande cidade de Atlanta.

—Sabe às vezes queria poder fazer mais por aquelas pessoas. —Alice disse ao meu lado olhando o lago que corria.

—Você faz tudo que esta ao seu alcance Al, às vezes ate mais. —Sorri e a cutuquei no braço. - Você e uma lutadora, pois mesmo sabendo que para aquelas pessoas o inevitável esta sendo apenas desacelerado mesmo assim luta por elas. —Alice sorriu.

—Somos lutadoras. —ela gargalhou.

O tempo passou, era rejuvenescedor ficar naquele parque...

Voltamos para casa e Alice foi se deitar, aquele poderia ter sido um bom dia, mas as coisas perderam seu rumo, e conseqüentemente muito aconteceu. Acordei com as tosses de Alice, me assustei , a tosse não cessava, fui ate ela, e sua roupa estava ensangüentada, ela expelia sangue, ela tentava dizer que estava bem, mas tudo comprovava o contrário, pedi ajuda a um vizinho para levá-la ao hospital em que trabalhávamos, e ela foi internada imediatamente, os médicos não reconheciam sua doença, ela agora ficaria de quarentena como sua paciente Annie estava.

Minha melhor amiga, minha família agora lutava por sua vida também, e o pior eu não podia fazer nada, estava incapaz como era com as pequenas crianças. Minhas lagrimas não cessavam, naquela noite me obriguei a acreditar que minha fé a ajudaria.

Meus colegas me fizeram ir para casa, e La chegando desmoronei, não sabia o que fazer, pra onde ir ou no que pensar, então me agarrei na esperança de Marry, na sua força de vontade, me levantei de onde havia desmoronado e me lavei, organizei minha roupa, iria passar aquilo tudo com Alice, eu seria seu pilar de força. Arrumei toda a casa e tentei deixar como se nada houvesse acontecido, como se tudo não passasse de um pesadelo, lavei as roupas ensangüentadas e limpei o chão, organizei nossas roupas.

Um pouco mais à tarde naquele dia fui ate o parque, fui ate nosso lugar favorito, sob uma majestosa arvore de frente para o rio, tentei lembrar todos os dias que eu e Alice passamos juntas, cada sorriso, cada traço de amizade, precisava me recompor, mas tudo que conseguia pensar era na vida injusta que eu tinha, na vida cheia de furos onde pessoas queridas e amadas deviam preencher, mas no fim aqueles buracos eram preenchidos por lapides, por pessoas mortas, não era possível que mais uma daquelas pessoas que tanto amava iria me deixar mais uma vez.

Fui para o hospital vê-la, fui barrada na porta, os médicos disseram que ela estava em um estado critico, e qualquer visita poderia ser infectada, então o máximo que eu tive foi ver atrás de um vidro, Alice deitada sobre uma cama de hospital envolvida por aparelhos, sua expressão era cansada como sempre.

Tudo que queria e que ela ficasse bem.

Duas semanas depois de tudo que aconteceu os médicos me deram autorização para entrar no quarto de Alice, a visão não havia mudado muito, ela estava deitada sobre a cama e parecia que estava dormindo, sua respiração regular e rítmica. Aproxime-me e sentei ao lado dela, deitei minha cabeça perto de seu braço e lagrimas começaram a escorrer, passou um tempo ate que eu senti a mao de Alice se mover, ela estava acordada e tentava falar.

—Shii shii, esta tudo bem, não se esforce. — disse a ela tentando secar as lagrimas.

—Kay... le— sua voz era arrastada e fraca, não a impedi de falar, tentei ser forte naquela hora. — você tem que ser forte... Quero te pedir um favor. — sua expressão continuava cansada, mas ela fazia força pra continuar.

—E claro Al, o que você quiser eu farei. — respondi pondo toda energia que tinha na voz.

—Quero que quando eu morrer, — ela tossiu e continuou. — quero que parta, vá embora, deixe essas lembranças para trás.

—você não vai morre Al, vamos passar por essa. — peguei a mao de Alice tentando passar o pouco de forças para ela, mas era impossível.

—Desculpe minha amiga. — sua voz diminui, — eu não tenho mais forças, seja feliz por mim, tenha fé em si, — ela tossiu e seu braço caiu para o lado, ela tentou sorrir e completou. — Eu te amo minha pequena lutadora.

Então aconteceu, seus olhos focaram o teto e não mexeram mais, sua mao se esfriou e a maquina ao nosso lado fez um som agudo e interrupto, o som do coração que havia parado.

—Enfermeira, enfermeira — gritei para que a socorressem, tentando reverter o inevitável mais uma vez, a morte havia a levado mais uma vez e eu não havia feito nada.

Sai de la, lagrimas escorriam rapidamente e tudo que eu pensei em fazer foi ir ate Marry, que também estava na UTI, iria fazer tudo o que Alice pediu, iria partir, mas me despediria da pequena Marry antes.

Tentei recompor-me o Maximo possível, e entrei no quarto da garotinha que me encarou imediatamente.

—Oi tia Ka, o que faz aqui?— sua voz era fraca, ela segurava a pequena boneca, Vitoria.

—Vim te dar um beijo de boa noite querida. — minha voz era embargada, mas eu tentava me controlar pra não chorar na frente daquele anjinho, me aproximei e a beijei na testa, ela sorriu.

—Tia Ka onde esta a Tia Alice? — a pergunta daquele pequeno anjinho me fez estremecer, ela não devia passar por aquilo tão cedo, ela devia ter uma vida feliz, mas o mundo não era justo.

—Ela foi viajar, mas acho que você sairia antes dela voltar meu pequeno anjinho mandarei o seu abraço a ela. — ela sorriu pra mim novamente, encarou a pequena Vitoria, ergueu-a pra mim.

—Entregue a Vic para Tia Alice quando ela voltar. — peguei a pequena boneca e a pus perto de meu peito. — anh... Tia Ka?

—Sim querida?— aquela garotinha havia me mostrado novamente que não importava o quão ruim tudo aquilo estava, ela iria lutar ate seu ultimo suspiro.

—Eu te amo.

Sorri para ela, apaguei a luz do quarto e disse:

— Eu te amo também meu amor.

Então fui para a casa sem saber o rumo certo a tomar, so sabia que iria cumprir a promessa que fiz a Alice, iria embora da cidade, das lembranças e naquela prometi a mim mesma, não deixaria ninguém se aproximar o bastante de mim, para que o inevitável não viesse ate elas, havia me cansado das mortes.


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Notas finais do capítulo

e ae? o que acharam? comentem por favor.
adoro todos voces.
xoxo. AD.



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