Lightning Hunter escrita por LauC


Capítulo 15
Capitulo 15 – Sora – Pain


Notas iniciais do capítulo

Opa demorei mais voltei kkkkkkkk. Em mãos galera do bem, espero que gostem do cap. sanguinário. Hahahaha foi mal pelo susto que dei mais cedo com o anuncio. Enfim, não tenho mais o que falar, to no meio da noite, tentando não fazer barulho pro meu irmão que está dormindo no meu quarto. Então, boa leitura, não me matem pelo o que fiz com a Sora. Leiam, comentem,recomendem, kkkk



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Senti algo em volta dos meus punhos e tentei me mexer, mas minha cabeça latejava fortemente e parei. Tentei colocar minhas mãos na parte que latejava e percebi que estava presa. Abri os olhos e minha visão escureceu, pisquei para tentar ajusta-la, mas não ajudou muita coisa.

As coisas a minha volta ficavam claras e distorcidas repetidamente. Minha cabeça estava me matando, senti algo escorrendo pela minha testa e me inclinei, um liquido quente percorreu pela minha bochecha e caiu no chão, pisquei e notei que era sangue.

Levantei a cabeça e forcei meus olhos e a minha mente a raciocinar. Não reconheci o lugar. Estava em uma sala de concreto fechada, minha cabeça rodava e engoli em seco. Puxei minhas mãos e nada, olhei para baixo.

─ Mas... o quê? ─ Balbuciei olhando para a corrente que me prendia ao chão. Tentei me soltar, mas foi em vão. Estava sem forças e tonta. Caí de lado sobre o concreto e apaguei.

Acordei com os ecos de passos, abri os olhos e percebi que minha visão estava mais clara, mas ainda me sentia fraca e dolorida. notei que meus pés também estavam acorrentados, me sentei com dificuldade no concreto e respirei fundo.

O que diabos estava acontecendo? Onde eu estou?

Havia uma porta de ferro que abria para dentro, esperei alguém entrar por ali, mas quem quer que fosse tinha parado no corredor. Tentei puxar as correntes e nada aconteceu. O que aconteceu para eu estar aqui? Minha camisa estava rasgada e manchada de sangue, provavelmente era meu do jeito que minha cabeça estava doendo.

Nada aconteceu por dois minutos, até que a porta fez um estalo e o meu corpo ficou tenso. Dois caras entraram na sala, os dois vestindo camisetas pretas de manga e calças jeans, se entreolharam quando viram que eu os estava encarando. Um deles tinha o cabelo moicano e o outro era enroladinho. Um terceiro homem entrou na sala. Este já estava mais vestido, usava uma calça preta social, uma camisa branca e um terno por cima, cabelo branco bem penteados para trás, trazia um charuto no bolso do terno. Não parecia ter mais do que 35 anos.

Olhou para mim e deu um sorriso, abriu as duas mãos e percebi que coisa boa não iria vim.

─ Se não é a nossa querida Lightning Hunter que temos aqui! ─ Disse os seus olhos eram negros e indecifráveis. E eu não fazia a mínima ideia de quem era esse cara. ─ é uma honra tê-la em nossa casa.

Encarei-o sem entender nada. Primeiro eu tinha sido capturada por alguém que eu não tinha ideia de quem era. Segundo, o que diabos aconteceu com a minha cabeça? Terceiro onde eu estava e onde estava Rei?

─ Rei ─ Sussurrei. O nome dela ficou ressoando na minha cabeça e olhei em volta desesperadamente. Onde ela estava? Ela estava comigo, eu sei que estava. Forcei minha cabeça a trabalhar e consegui relembrar das coisas que tinham acontecido.

Rei e eu saímos para o nosso encontro, tudo deu errado. Achamos 100 S’s no chão, decidimos ir para um restaurante e.... Pensa, pensa. O que aconteceu depois? O que.... Minha cabeça rangeu e voltei no tempo.

Tudo aconteceu rapidamente depois que entramos naquela rua. Rei que andava um pouco mais a frente que eu, foi atingida por um dardo, ela olhou confusa para aquilo e caiu no chão. E antes que eu pudesse a segura-la, algo atingiu a minha cabeça e eu apaguei. Mas se eu estava presa, provavelmente Rei também estava. Olhei para os caras e definitivamente eles não eram da policia.

─ Quem são vocês? ─ Perguntei tentando soar o mais tranquila possível.

─ Quem somos nós? ─ Disse o homem de terno, deu uma sacudida nos ombros e sorriu. ─ Quem sou eu? Isso importa? ─ Cerrei minhas sobrancelhas, aquilo estava ficando complicado. ─ O que importa minha cara fora da lei, é que você não vai sair daqui com vida.

Um arrepio percorreu o meu corpo e engoli em seco.

─ Duvido muito, Acha que quantos já tentaram e não conseguiram? ─ Falei dando um sorrisinho de canto.

─ Nenhum pelo visto, afinal, se tivessem conseguido, você não teria me dado tanto trabalho quanto deu ─ Ele cruzou os braços e me encarou. ─ Você trouxe um belo de um prejuízo para mim.

─ Ah novidade ─ Digo ironicamente, mexi os meus braços na corrente. ─ Quanto foi? 4 milhões, 5 milhões?

─ Foi mais do que isso, minha jovem ─ Disse e caminhou na minha direção, parou a três passos a minha frente. ─ Você matou os meus agentes, o meu general, destruí a minha base e pegou algo que era muito valioso para mim.

─ Agentes? General? Base? Do que você está falando? ─ Falei sem entender, eu não tinha destruído a base de ninguém e muito menos matado um tal de general. Olhei para os seu rosto, ele estava com as sobrancelhas levantadas, esperando que eu descobrisse a resposta. E como se uma lâmpada tivesse sido acessa na minha cabeça, eu entendi o que ele estava falando, apesar de eu torcer para que eu tivesse pensado errado, se não as coisas iriam ficar feias para o meu lado. ─ Não me diga que você é o Rider?

─ Acertou!!! ─ Disse abrindo os braços e dando um enorme sorriso, como se tivesse ganhado na Megasena.

Ah droga, eu estava lascada.

─ Agora que você já sabe quem eu sou. Vamos resolver umas questões ─ Disse me olhando serio.

─ Resolver? Resolver o quê? Onde diabos está Rei? O que você fez com ela? ─ Perguntei ficando com raiva, puxei a corrente com força e ela não entortou nenhum pouquinho. ─ Se você fizer algo á ela pode se considerar um homem morto!

─ Opa, calminha, calminha ─ Rider deu um sorriso nervoso e revirou as mãos. ─ Rei está bem....por enquanto, o quê? 5 minutos até ela não ficar mais bem? ─ Disse olhando no relógio e para o cara de moicano, ele deu de ombros e flexionei o meu maxilar. Eles iriam machucar Rei, puxei meus braços e senti a corrente cortando meus punhos. ─ Se eu fosse você não tentaria, essas correntes não quebram facilmente.

─ O que você quer? ─ Gritei olhando para Rider.

─ Eu? Quero só dar o mesmo fim a vocês como deram as minhas coisas ─ Respondeu colocando a mão sobre o peito. ─ Só que com um pouquinho mais de dor.

─ Um pouquinho? ─ O homem de cabelos enrolados levantou as sobrancelhas e deu um sorriso de canto.

─ Só o suficiente para ela aprender ─ Disse Rider dando um sorriso enorme e colocando a mão na cintura. Deu uma piscadinha para mim e fui tomada por uma fúria.

─ Você é um homem morto Rider! ─ Grite.

─ Ah claro ─ Deu uma gargalhada e se abaixou. Seus olhos negros me encararam, eu queria arranca-los da sua cara. ─ E vai fazer o que, hã?

Cerrei meus olhos e encarei-o, minha raiva só estava aumentando cada vez mais. Mexi minha mão direita e estalei o meu dedo, queria que minha eletricidade atingisse todos os três, porém nada aconteceu. Olhei para baixo confusa e estalei de novo.

─ Mas o quê?

─ Hahaha parece que a experiência deu certo! ─ Rider ficou de pé e olhei para ele confusa.

─ O que você fez?!

─ Apliquei em você uma droga que estava fazendo algum tempo, ela tira os poderes do usuário por um tempo ─ Disse passando a mão no terno. ─ E você minha cara, tem droga o suficiente para ficar 3 dias sem poderes.

─ Apenas o necessário para torturamos ela ─ O cara de moicano deu um sorriso maligno.

─ Exatamente!! ─ Rider estalou o dedo e sorriu, tirou o charuto do seu bolso e o acendeu, deu uma grande tragada e acenou para os dois homens. ─ Tenho assuntos a resolver meninos, cuidem dela, mas não exagerem.

─ Certo chefe ─ Confirmaram os dois, Rider saiu da sala e ficamos sós, encarei os dois caras e fiquei pronta para o que vinha.

─ Então, quem vai primeiro? ─ Disse o de cabelo enrolado.

─ Tanto faz ─ Falou o outro dando de ombros. Olhei de um para o outro, me mexi tentando puxar a corrente, mas ela era realmente muito resistente.

─ Então vai eu ─ Vi o de cabelos enrolados tirar dois socos ingleses do bolso de trás da calça, e engoli em seco. Aquilo iria doer para caramba. Colocou-os na mão e deu um sorriso sombrio para mim, se aproximou rapidamente e consegui desviar do seu primeiro soco, porém o segundo me acertou em cheio.

Minha bochecha se cortou. Seu punho veio novamente e acertou a minha cabeça, sangue escorreu pela minha sobrancelha e eu deixei de enxerga bem. Então fui acertada de novo, minha boca se encheu de sangue e caí no chão de lado. Deixei de ter noção de qual parte da minha cabeça estava doendo, a única coisa que queria era que colocassem uma cabeça nova no lugar dessa, só isso.

─ Vá com calma ─ Escutei um deles dizendo.

─ Ok ─Disse o outro, senti algo me pegando pela camisa e fui colocada de joelhos no chão, minha vista estava péssima, só via dois borrões a minha frente.

─ Sua vadiazinha, você matou o meu primo, sabia disso? ─ Disse o de moicano com o rosto a minha frente, fiz um não com a cabeça.

─ Não tenho...culpa... se ele era igual... a você ─ Sussurrei.

─ Ah, é? Pouco lhe importa quem mata, não é? ─ Seu tom de voz tinha mudado. ─ Vamos ver se você acha isso, depois disso.

Ele começou a se mover, o vi tirando algo das suas costas, olhei para aquilo sem entender, minha cabeça estava rodando. Era uma corda?

─ Se afaste ─ Escutei a voz dele atrás de mim, e o outro deu dois passos para trás. O que diabos ele estava fazendo atrás de mim? Esperei algum barulho, e escutei um estalido no chão, arregalei os meus olhos e tentei em vão me soltar. Aquilo não, por favor.

Fechei os olhos com força, abaixei a cabeça, meus cabelos caíram para frente e rezei para continuar viva e sair dali. Foi então que o chicote bateu nas minhas costas. Minha camisa se rasgou e senti minha pele abrir, soltei um grito de dor e fechei as mãos com força. Minhas costas latejavam.

─ É bom, não é? Vou faze-la pagar!!! ─ Falou ele com alegria. E fui atingida de novo, soltei um ganido e meus olhos se encheram de lágrimas. Sangue escorreu pela minha coluna, e fui atingida de novo.

Caí para frente sem forças e senti as minhas costas rasgadas, sangue quente escorria por toda a parte, meu corpo começou a tremer e fechei minhas mãos com força. Tentei me sentar, mas não tive resposta, não consegui escutar e ver mais nada. Meu campo de visão escureceu e me senti pesada como chumbo.

─ Sora?

Senti alguém me cutucando. Estava deitada na cama do quarto.

─ Sora, vamos. Nós vamos nos atrasar para a escola.

─ Só mais um pouquinho─ Sussurrei puxando o lençol da cama.

─ Sora! ─ Alguém puxou o lençol e abri os olhos, encarei os olhos bravos de Rei. ─ Ei..

─ Ei, acorde! ─ Gritou, abri os olhos rapidamente e o moicano derrubou um balde de água em mim, meus cortes arderam e cerrei os dentes.

─ Que ....

─ Ah finalmente ─ Disse o enroladinho dando um pulo de alegria a minha frente, moicano jogou o balde de agua no chão e parou a minha frente. ─ Pronta para outra?

Olhei para eles sem entender, meus cortes estavam ardendo mais do que minha mente raciocinava. O de cabelos encaracolados deu a volta e parou atrás de mim.

─ Ei, saca só─ O moicano foi se juntar com ele ─ As feriadas dela se curam rápido mesmo.

─ Verdade, e só se passaram quantas horas, quatro? ─ Disse o outro.

─ Aham. É uma pena que as tatuagens não vão ficar as mesmas ─ O enrolado deu um sorriso de canto para mim, e virei o rosto, encarei a porta de ferro a minha frente. Tinha se passado 4 horas desde aquilo? Parecia que eu tinha tirado um cochilo de 2 minutos. Como será que está Rei? Espero que ela não esteja passando por isso também. Olhei para as correntes e respirei devagar, tinha que achar um jeito de sair dali e rápido. Os dois pararam a minha frente e olhei para eles. ─ Acho que devemos continuar o trabalho.

─ Concordo. Eu vou primeiro dessa vez ─ O moicano tirou o chicote das suas costas e deu um estalo no chão, percebi pela primeira vez que o chicote tinha umas pontinhas de ferro. Aquele era o motivo de doer tanto. Deu a volta e eu respirei fundo.

─Você vai ser o primeiro que vou matar ─ Falei dando uma olhada para o moicano, ele deu um sorriso de canto.

─ Quero ver ─ Disse, abaixei a minha cabeça e me preparei psicologicamente. O chicote atingiu as minhas costas e eu ruí, coloquei minhas mãos no chão para me sustentar, sangue escorreu, aumentando ainda mais os meus cortes, pude sentir a pele solta e tremi. Nunca tinha imaginado que aquilo doía tanto. Respirei com dificuldade e o segundo golpe veio, as pontinhas de ferro cortaram o meu ombro e eu chiei, fechei minhas mãos em punhos e tentei ficar acordada.

A dor era grande demais para suportar. Caí sobre o chão de bruços, e uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Sangue escorreu para a minha barriga, um frio me envolveu e por um momento pensei que era Ice que estivesse ali, mas era apenas o meu corpo entrando em colapso.

─ Levante ─ Disse o de moicano. Tentei me mexer e tremi. ─ Levante ou vou dar mais um.

Queria só que terminassem com aquilo logo, ou que algo acontecesse. Eu queria salvar Rei, queria voltar para casa, eliminar esses caras, mas mal estava conseguindo me mexer. Escute o estalo do chicote e engoli em seco. Coloquei minhas mãos no chão e forcei o meu corpo a se levantar. Quando estava quase me sentando, vi o de cabelos enrolado com um taco de baseball de metal. Percebi que tinha sido ele que me atingira no começo de tudo. Segurou o seu taco com as duas mãos e fechei os olhos.

─ Home Run!

E fui jogada para trás, batendo minha cabeça com força no chão.

Minha mente começou a funcionar, e me impressionei com o fato de que ainda estava viva. Tentei mexer os dedos da minha mão e o meu indicador se mexeu, depois os outros responderam. Fiz o mesmo com a outra mão e respirei pesadamente, abri os olhos lentamente e a primeira coisa que vejo é sangue manchado no chão de concreto. Minha vista já não estava tão embaçada como antes, mas sangue continuava a escorrer da minha cabeça. Estava quebrada e exausta, não tinha a mínima ideia de como poderia me soltar das correntes. Olhei em volta e não vi os dois ali.

Coloquei minhas mão nos chão, e notei que as correntes estavam maiores, tinha mais espaço para se mexer, olhei para as que estava no meu tornozelo. Eles tinham aumentado o tamanho da corrente para que eu pudesse me deitar melhor. Realmente eles estavam gostando de me torturar. Soltei um chiado quando consegui ficar sentada, minhas costas doeram e eu tremi.

Não havia nada que pudesse usar como arma ali. Escutei passos vindo de trás da porta e fiquei atenta.

─ Cara, sua vez de ficar com a chave.

─ Tá ─ Disse alguém com hesitação.

Chave? Chave de quê? Escutei a porta se destrancando e abaixei a minha cabeça. Era da porta? Das correntes? De onde? Olhei para a porta e vi o moicano guardando algo no bolso da calça, o enrolado entrou com o taco de baseball nas mãos. Os dois olharam pra mim e ficaram surpresos.

─ Ela está de pé!

─ Ela realmente gosta de apanhar ─ Disse o moicano dando um sorriso de canto. ─ Pronta para mais?

─ Nam, que tal fazermos uma brincadeira? ─ Sugeri, os dois se entreolharam. ─ Vai ser divertido. Eu respondo uma pergunta e se eu acertar, vocês não me batem, se eu errar vocês podem me bater com o que quiserem.

─ Que tipos de perguntas vão ser? ─ O moicano pareceu interessado e eu dei um sorriso torto.

─ O que você quiser ─ Respondi dando de ombros, e uma dor percorreu o meu corpo. ─ Que acha?

─ Por mim beleza ─ Disse o enrolado, olhou para o outro que deu um sim com a cabeça. ─ Eu começo. Que tipo de arma você acha que eu gosto mais?

Olhei pra ele em duvida, ele tinha usado duas coisas para me bater até agora, o taco e os socos ingleses. Suspirei, iria errar de qualquer jeito.

─ O soco inglês ─ Respondi, ele deu um sorrisinho e me deu um chute no rosto, sangue encheu a minha boca e me apoiei com as mãos no chão.

─ É um machado ─ Disse dando a resposta certa.

─ Minha vez ─ O moicano cruzou os braços e olhou para mim ─ Qual a minha cor favorita?

Olhei para as roupas dele, calças pretas, camisa regata preta, botas pretas. Tudo preto, em exceção de seus cabelos que eram uma mistura de azul escuro com preto.

─ Azul ─ Respondi. E ele fez cara feia.

─ Tá certo ─ Disse.

─ Que dia você acha que é hoje? ─ Perguntou o enrolado. Olhei para o concreto e calculei um tempo.

─ Domingo ─ Respondi, ele fez um sim com a cabeça. ─ Sua vez.

─ Como era a o cabelo do meu primo? ─ Perguntou o moicano parando a minha frente. Seus olhos estavam sedentos por sangue. Eu não fazia a mínima ideia de quem era o primo dele, lutei com tantos aquela noite. Pensei em algo e suspirei.

─ Azul curto?

─ Ah não ─ Girou sobre os seus pés e me deu um chute certeiro no rosto, caí de lado e me levantei com o rosto sangrando ainda mais. ─ Era castanho.

Passei a mão pelos meus cabelos, os tirando do rosto e me preparei para o que iria fazer em seguida.

─ Quer saber como o seu primo morreu? ─ Falei levantando o olhar para o moicano, ele flexionou o maxilar com força e veio na minha direção. Na hora que seu punho veio na minha direção, pus o meu corpo para funcionar. Era agora ou nunca. E eu não queria morrer ali, não sem antes salvar Rei. Então iria mostrar para eles que sabia lutar sem os meus poderes.

Segurei o seu pulso com uma das mãos e chutei a sua perna, ele caiu no chão, o enrolado rapidamente veio para cima de mim e me abaixei quando o seu taco veio na direção da minha cabeça. Chutei a sua barriga e ele foi lançado para frente, uma dor percorreu todo o meu corpo e voltei a minha atenção para o moicano que estava se mexendo. O pior erro deles foi ter aumentado as minhas correntes. Aproveitei o espaço que tinha e o derrubei no chão, coloquei as correntes na frente do seu pescoço e as puxei para trás, o enforcando, ele lutou o quanto podia. Entretanto, a adrenalina e a raiva que tomavam o meu corpo eram mais fortes.

Quando parou de se mexer, segurei a sua cabeça e quebrei o seu pescoço.

─ Eu disse que seria o primeiro ─ Falei empurrando o corpo dele para frente, tive só o tempo de piscar e o taco me acertou, caí de costas no chão.

─ Você vai pagar por isso! ─ Gritou o enrolado pulando em cima de mim, colocou o taco no meu pescoço e começou a me sufocar, segurei o taco também e comecei a empurra-lo, ficamos nesse cabo de guerra, até que desisti e soltei o taco. Fiquei sem ar por um momento e levei minhas mãos ao seu rosto, enfiei meus polegares nos seus olhos com força, ele parou de me sufocar e segurou os meus braços.

Levantei o meu joelho e atingi as suas costas, seu corpo caiu contra o meu e o empurrei para o lado rapidamente. Peguei o taco que ele tinha soltado e usei a ponta para bater na sua cabeça.

─ Ora sua... ─ Bati com mais força dessa vez, ele ficou quieto e bati novamente, sangue escorria da sua cabeça. Olhei para o corpo do moicano e enfiei minha mão no seu bolso, procurei pela chave até que a achei. Tentei abrir as correntes, só que elas não eram dali. Virei o seu corpo de costa, e levantei a sua camisa. Lá estava o chicote, com as suas pontinhas de ferro. Tentei usar as pontas, mas eram grandes demais.

─ Droga! ─ Puxei o corpo do de cabelos enrolados e vasculhei os seus bolsos, achei os seus socos ingleses, 20 S’s e uma carta, senti um clipe dentro da carta e a abri, peguei o clipe e joguei a carta no chão. Puxei a ponta do clipe e enfiei no buraco da corrente. Fiquei muito feliz por ter um dia aprendido a abrir cadeados com clipes e grampos. Demorei um minuto para conseguir soltar minhas mãos e mais outro para os meus pés. Olhei para o meu corpo e tremi, minhas roupas estavam só os farrapos, peguei os socos ingleses e fui para a porta.

Iria achar Rei, acabar com Rider e sair o mais rápido dali. Parei na frente da porta e tentei abri-la, mas estava trancada, olhei para a chave na mão e coloquei na tranca, a porta deu um estalo e a abri com cuidado, olhei para fora e vi um cara de preto parado no meio do corredor mexendo em um celular. Voltei alguns passos e peguei o taco de baseball, segurei firme na mão e respirei fundo.

Abri a porta e o cara olhou na minha direção, ficou um segundo parado e então eu corri, ignorei todas as dores do meu corpo e chutei a sua barriga, seu corpo bateu contra a parede e eu girei a cintura, bati com o taco com toda a força na sua cabeça e ele caiu no chão. Ainda consciente, chutou a minha perna e eu me desequilibrei, segurei na parede e desci o taco na sua barriga. Ele parou de se mexer, procurei algo nos seus bolsos e não achei nada, além do celular que não era meu. Tirei a camisa dele, arranquei o resto da que sobrava da minha e vesti a camisa preta, que ficou grande.

Olhei para trás e depois para frente, o corredor se estendia mais alguns metros e depois era cortado por outro corredor. Caminhei rapidamente até onde acaba o corredor e parei, olhei para a esquerda e depois para a direita, não havia ninguém. Mas para qual lado estava Rei?

─ Já assistiu aquele filme? The raid? ─ Ouvi alguém falar a minha direita.

─ Não ─ Respondeu outra voz.

─ Cara é massa, tem um cara que usa um bastão de baseball que nem o Tunder daqui─ Disse o primeiro. Tunder? Esse era o nome do desgraçado? Escutei o passo deles se aproximando e suspirei. Iria perguntar de um deles onde estava Rei. Os passos ficaram mais altos e sai de onde eu estava, os dois se moveram rapidamente com o susto. Derrubei um deles no chão e bati com o taco no braço do outro, que deixou a arma cair.

Desviei de um soco e um chute, minhas mãos tocaram o chão e chutei o joelho de um, escutei um estalido e o mesmo soltou um grito. Levantei-me rapidamente e bati com o taco nas costas do outro, girei e chutei o outro na cabeça, bateu com força contra a parede e me voltei para o que sobrava. Apontei o bastão para ele e cerrei os olhos.

─ Onde está Rei? ─ Perguntei, ele fez uma cara confusa e eu chutei o seu joelho, ele caiu no chão e o puxei pela camisa. Cerrei os meus dentes ─ Onde está a outra que vocês trouxeram? Onde?

─ Outra, que outra? Eu não sei de nada! ─ Disse entrando em pânico. Soltei a sua camisa e o empurrei para frente.

─ Tudo bem. ─ Ele me olhou com um alivio e trinquei os dentes, bati com o taco com toda a força na sua cabeça, sangue jorrou e bati novamente. Seu corpo caiu sobre o concreto e ficou lá, sangrando. Peguei as suas armas e coloquei no bolso da calça. Olhei para a esquerda e fui para lá, contei os passos até que quando deram 15, um cara entrou no corredor.

Esse era mais ágil, sacou a sua arma e atirou em mim, antes que eu atacasse, me joguei no chão e rolei. Joguei meus pés para frente e fiquei de pé, consegui bater com o taco na sua cintura e ele deu dois passos para trás. Segurei o taco com força e tentei bater nele, porém ele se abaixou e o taco acertou a parede. Recebi um chute na barriga e fui jogada para trás.

Apontou sua arma para mim e atirou, estalei o meu dedo, e percebi tarde demais que estava sem poderes, a bala acertou o meu ombro direito em cheio e caí de costas.

─ Como conseguiu sair, hein? ─ Perguntou apontando agora para a minha testa. Olhou para o taco no chão e levantou a sobrancelha. ─ Ah, você matou aqueles idiotas.

─ Como vou matar você ─ Falei encarando ele, eu não sabia se meus olhos estavam azuis, só sei que cheios de raiva estavam. Levantei o meu pé e o chutei para trás, levantei e puxei a pistola da cintura, apontei diretamente para sua cabeça e apertei o gatilho. A bala atingiu a sua testa e ele caiu no chão. Observei o sangue escorrendo e peguei a sua arma.

─Os tiros estão vindo daquela direção! ─ Disse alguém, olhei para a direita e segurei as duas armas, três caras apareceram com as armas em mãos e atirei sem nem pensar duas vezes. Um deles foi atingido no peito, outro no ombro e outro no pescoço. Guardei as armas, peguei o taco e fui na direção do que tinha levado o tiro no ombro. Levantou a arma para mim e chutei o seu punho.

─ Onde está a outra prisioneira? ─ Perguntei encarando ele, engoliu em seco e apontou para frente, onde o corredor continuava. ─ Ótimo.

Levantei o joelho e bati na sua garganta, ele tossi em seco e atirei na sua cabeça. Caiu de lado no chão e respirei devagar, peguei a sua arma, e chequei o seus bolsos, encontrei uma faca e a prendi na cintura. Peguei o taco e olhei para o sangue nele. Nunca tinha andado tão armada até hoje. Três pistolas, uma faca, dois socos ingleses e um taco de baseball.

Corri pelo corredor em frente e uma porta apareceu. Encostei-me nela e coloquei o meu ouvido contra a superfície. Escutei passos ligeiros e armas se destravando. Quantos caras tinham aqui por acaso? Respirei fundo, senti meu corpo ruir e minha raiva aumentando ainda mais. Coloquei o taco no chão e peguei as duas pistolas, abri a porta e comecei a atirar nos caras que estavam ali, contei 3 caídos no chão. Apontei as duas pistolas para a cabeça de dois e puxei o gatilho, atirei neles até as balas acabarem.

Joguei as armas no chão e olhei para as armas deles. Pistola, pistola, espingarda, pistola, pistola. Voltei o olhar para a espingarda e a peguei do chão, verifiquei a sua munição e voltei a andar. Aquele lugar era bem grande, portas começaram a surgir pelo corredor e parei na mais próxima, tentei abri-la, mas estava trancada. Andei até a outra e estava trancada também, fui adiante e a porta da direita se abriu, um cara de preto saiu, me olhou sem entender enquanto fechava o zíper da sua calça.

Atirei no seu peito, sangue manchou toda a parede. Olhei surpresa para o poder de fogo da espingarda e sorri. Verifiquei as outras portas e todas trancadas, o corredor se dividiu em dois e escutei passos vindo das duas direções. Virei para a direita e andei devagar, um grupo de 5 homens atiraram contra mim e eu me joguei no chão, puxei o gatilho da espingarda e dois deles caíram. Rolei no chão e senti as minhas costas sangrarem, desviei de um tiro e puxei o gatilho novamente, acertei um no ombro. Fiquei de pé rapidamente e corri, rodei para o lado e peguei a faca na cintura, soltei a espingarda no chão e avancei contra o mais próximo.

Me coloquei a suas costas e cortei a sua garganta, olhei para os dois que sobravam, e o que estava de pé atirou contra mim, coloquei o corpo do que cortei a garganta a minha frente, e as balas o acertaram, peguei a pistola na cintura e atirei na sua cabeça, apontei para o que estava com o ombro sangrando e joguei o corpo que tinha usado como escudo no chão.

─ Para que lado está a garota de cabelos vermelhos?

Ele ficou calado, seu queixo batia rapidamente, seu ombro estava aberto e o osso exposto, ele já estava entrando em choque. Suspirei e atirei na sua cabeça, o som do tiro ecoou no corredor e escutei passos se aproximando. Peguei a espingarda e outras duas pistolas no chão, guardei a faca e me preparei.

Três homens apareceram, estes eram bem mais altos e musculosos dos que os outros, traziam nas mãos armas, olharam para mim e ficaram sérios. Atiraram e consegui desviar da maioria ao fazer zigue- zague, atirei neles também, e o máximo que consegui foi acertar um deles na perna, e fazer os outros largarem as armas. Puxei a faca e fiquei em posição, cortei o braço de um e desviei de um chute, quando ia voltar a posição normal, um deles, o moreno me deu um soco em cheio no rosto, bati de costas contra a parede, um choque percorreu todo o meu corpo e sangue escorreu pelo meu rosto.

Forcei o meu corpo a se mexer e desviei de um chute, peguei a espingarda no chão, levei um chute na barriga e fui lançada para trás, puxei o gatilho e acertei um deles no peito. Que se abriu com a bala. Os outros dois avançaram contra mim e tive dificuldade para desviar de seus golpes rápidos. Quando escapava de um o outro me acertava, já estava cansada daquilo.

Um deles me agarrou por trás, e o outro me deu um murro em cheio na barriga. Uma dor percorreu minhas costelas e fiquei sem ar, minha visão começou a escurecer e fui jogada contra o chão com força, senti o sangue quente escorrendo pelas minhas costas e cabeça. Tentei respirar fundo, mas não conseguia. Escutei um deles se aproximando e coloquei minhas mãos no chão, não iria perder ali.

Fiquei de pé e encarei os dois, um era moreno e o outro tinha cabelos castanhos cumpridos. Minha raiva começou a aumentar ainda mais e trinquei os dentes, tirei os dois socos ingleses do bolso e os coloquei na mão. Os dois deram um risinho para mim e eu parti para cima, desviei de um e chutei o outro na barriga, girei e chutei o joelho do outro. Abaixei-me rapidamente, desviando de um soco, segurei o braço do mesmo e levantei o joelho com força, o osso se quebrou e o seu braço se abriu, deu um grito de dor.

Virei para o de cabelos cumpridos e ele veio para cima, dei um passo para trás e me esquivei de seus socos, me movi de um lado para o outro e passei por ele, dei um chute nas suas costas, e antes que ele fosse para frente puxei os seus cabelos para trás e o derrubei no chão. Chutei a sua barriga duas vezes e desci a porrada no seu rosto. O soco inglês fazia bem o seu trabalho, minhas mãos ficaram cheias de sangue e vi um movimento a minha frente. Inclinei o rosto para o lado e vi o moreno começando a se afastar.

Sai de cima do outro, e peguei a minha faca do chão, segurei-a pela lâmina e apontei na direção da sua perna esquerda. Ele estava andando muito devagar, afastei as minhas pernas e lancei a faca, que o acertou em cheio e ele caiu no chão. Peguei as armas no chão e fui até ele. Peguei-o pela camisa e o fiz olhar para mim.

─ Onde...está...a minha...namorada?!!! ─ Gritei com raiva e puxei ainda mais a sua camisa. Ele deu uma tossida e acertei-o com um soco, um corte surgiu na sua bochecha e ele revirou os olhos. ─ Onde?!

Sacudi o corpo dele e levantou a sua mão, apontou para trás, por onde eles tinham vindo. Larguei a sua camisa e ele caiu no chão, escutei-o respirando profundamente. Não iria deixar ninguém escapar com vida daqui, saquei minha pistola e atirei contra a sua cabeça. Comecei a ir na direção que ele indicou, não me encontrei com nenhuma outra pessoa por alguns minutos, até que um rapaz de cabelos ruivos entrou no mesmo corredor, e por um momento pensei que era Grey, mas ele era mais alto e musculoso que ele. Atirei contra ele, e o mesmo caiu no chão, caminhei até ele e o levantei.

Olhei para o seu rosto manchado de sangue e ele tossiu, eu tinha acertado as suas costas. Vasculhei os seus bolsos e não encontrei nada que prestasse, peguei a arma da sua cintura e o joguei no chão.

Continuei o meu caminho até quando o corredor fazia uma curva para a esquerda. Dei um passo entrando na curva do corredor e levei uma coronhada no rosto, me fazendo cair de costas no concreto frio. Minha visão escureceu por um momento e alguém sentou sobre o meu corpo, fiquei sem ar e levei um soco no rosto, senti a minha bochecha se cortar e a minha boca se encher de sangue, levei outro soco e empurrei quem quer que seja para o lado.

Cuspi no chão e me levantei devagar, fui jogada contra a parede e minha vista voltou ao normal, e vi um homem careca a minha frente, seus punhos estavam manchados de sangue. Saquei a minha arma e ele deu um chute no meu pulso, a arma caiu no chão à alguns passos.

─ Agora sim.... você me irritou ─ Falei cerrando os dentes, afastei os meus pés e levantei os meus punhos. Ele deu um sorriso debochado e veio para cima de mim, esquivei de seu soco, mas não da sua joelhada nas costelas e depois de seu chute. Caí de frente, coloquei minhas mãos no chão e dei um rugido de raiva.

Fiquei de pé em um pulo e virei na sua direção, desviei de seu golpe rapidamente e chutei o seu joelho, ele se abaixou por um momento e segurei a sua cabeça com as duas mãos, levantei o meu joelho com força e ele se defendeu, bati o meu cotovelo nas suas costas e o empurrei para trás. Enquanto ele se afastava, me movi rapidamente e atingi o seu rosto com o meu pé, sua cabeça virou para o lado, mas continuou de pé. Levantei os meus punhos e acertei o seu rosto, seu nariz se partiu e sua boca se encheu de sangue. Segurei a sua cabeça e atingi o seu maxilar com o meu joelho esquerdo.

Então caiu no chão, peguei a pistola e atirei contra a sua cabeça, então respirei lentamente. Meu coração batia rapidamente, meu corpo doía e sangrava, passei a mão no rosto e tirei o sangue dos meus olhos. Olhei para frente e o corredor se alongava mais um pouco. Caminhei mais devagar, e depois de um tempo, comecei a suspeitar que tinha matado todos, mas foi um pensamento equivocado.

Dois deles apareceram e eu suspirei, já estava ficando cansada. Atiraram contra mim e eu me abaixei, rodei e fique de pé, corri na sua direção e os derrubei rapidamente no chão, segurei a cabeça de um e quebrei o seu pescoço, apontei minha arma para a cabeça do que estava vivo, e ele soltou a pistola.

─ Me leve até a sala da prisioneira ─ Ele fez que sim com a cabeça, peguei a sua arma e coloquei-a na cintura, segurei-o pela camisa e empurrei-o para frente. ─ Anda.

Andamos rapidamente pelos corredores, no meio do caminho eliminei três ameaças e finalmente chegamos ao fim do corredor, onde tinha uma grande porta de ferro, muito parecida com a que era da minha “cela”.

─ Chegamos ─ Disse ele olhando para mim. Seu queixo bateu nervoso. ─ Agora, me....deixe ir.

─ Claro, mas antes ─ Falei olhando para a porta. ─ Destranque a porta

─ Eu não tenho a chave ─ Respondeu rapidamente, dei um balançar de ombros e acenei para ele ir. Ele deu as costas e começou a correr. Senti um sorriso surgir em meu rosto e atirei na sua direção, e parei apenas quando vi o seu corpo caindo no chão e quando a arma fez um “clique”, avisando que estava sem balas. Joguei-a no chão e olhei para a porta. Enfiei a mão no bolso da calça e tirei de lá a mesma chave que abriu a minha cela. Coloquei-a na fechadura e a porta se destrancou.

Peguei a minha ultima pistola e abri a porta. A primeira coisa que meus olhos encontraram foi o corpo de Rei preso a correntes no teto. Seu corpo estava encharcado de sangue, o seu ferimento na barriga tinha sido aberto, e havia hematomas em toda a parte. Senti um ódio profundo me enchendo e foi então que notei que tinha duas pessoas ali dentro, junto com ela.

Uma mulher de cabelos curtos pretos, que carregava um facão negro, e outro era um cara não muito alto, que segurava dois tomahawk. Encarei os dois e respirei lentamente, iria mata-los por terem ferido Rei.

─ Finalmente apareceu ─ Disse a mulher, cerrei os olhos para ela.─ Estávamos a sua espera. Torturar ela não foi tão divertido quanto pensávamos.

Inclinei o meu rosto para a direita e meu corpo tremeu, atirei contra os dois, que desviaram sem problemas. A arma fez um clique e a joguei no chão. Os dois se aproximaram de mim e desviei do tomahawk, chutei a barriga do homem e pulei para trás, me afastando do golpe do facão, a garota deu um sorriso maligno para mim e desviei dos seus golpes, o Homem não perdeu tempo e veio para cima de mim também.

Olhei em volta rapidamente, não havia nada que eu pudesse usar contra eles, mas cheguei até aqui e não iria deixar de salvar Rei agora, olhei na sua direção. Aguente mais um pouco. Me joguei no concreto, bem a tempo de desviar do tomahawk e chutei a perna da mulher que vinha para cima de mim, rodei para o lado e me pus de pé, o cara surgiu a minha frente e me abaixei, que nem o cara de matrix, senti o vento passar pela minha barriga e minha costa ruiu.

Engoli em seco e dei uma cambalhota para trás, me afastando dos dois. Eles olharam para mim e avançaram, dei um passo para direita, desviando do facão, segurei o punho da mulher e joguei o seu corpo para cima do cara, os dois caíram no chão e eu avancei. Chutei a cabeça da mulher e ela caiu de lado, o homem deu um salto ligeiro e deu um chute na minha barriga, dei alguns passos para trás e segurei o seus punhos, bem na hora que ele abaixou os tomahawk na minha direção.

Olhei para os seus olhos verdes assassinos e deu um rugido de raiva, atingi o seu joelho com toda a força e escutei um Track vindo de lá, cerrei os olhos e dei um soco na sua garganta, ele tossiu e dei a volta, ficando atrás dele, puxei o seu braço e coloquei o tomahawk na sua garganta, a mulher que estava se levantando olhou para mim com os olhos enormes. E dei um sorriso de canto, puxei o braço dele com força e o tomahawk rasgou a sua garganta.

─ Não!!!! ─ Escutei a mulher gritando. Peguei os tomahawk e empurrei o corpo do cara para o lado. Ela veio correndo e abaixou o facão na minha direção, desviei do seu golpe e bati com o tomahawk no seu braço, ela soltou um ruído e girou, me dando um chute no joelho, me desequilibrei e o facão veio na direção da minha barriga, movi minha perna para trás, mas não foi o suficiente.

A lâmina cortou a minha coxa direita, bem acima da minha cicatriz e eu cai de joelhos, não consegui sentir a minha perna por um momento, que foi o que ela precisava. Levei um soco no rosto e ela desceu o facão na direção do meu pescoço. Levantei o tomahawk bem a tempo, e consegui evitar o golpe. Ela colocou o peso do seu corpo no golpe e o facão estava a centímetros da minha garganta.

Nem pensar! Senti a adrenalina no meu corpo aumentar e comecei a empurra-la para trás, até que ela ficou longe o suficiente e a joguei para o lado, antes de qualquer reação, sentei sobre o seu corpo e bati com o tomahawk na sua cabeça, ela não reagiu por um momento e puxei o facão das suas mãos. Olhei para o seu corpo abaixo do meu e tremi, uma energia negativa e maléfica me encheu, e um sorriso tomou os meus lábios.

O tomahawk atingiu a sua cabeça com força, sangue respingou no meu rosto e continuei batendo até que o tomahawk ficou preso no seu crânio. Escutei um chiado e olhei em volta rapidamente a procura de um outro inimigo, mas não tinha ninguém. Olhei para Rei, e engoli em seco, vasculhei os bolsos da garota e achei uma chave de cadeado.

Corri até onde estava Rei e testei a chave, as correntes se abriram e eu segurei Rei nos braços com cuidado. Ela estava mais leve que o normal, seu sangue terminou de manchar as minhas roupas e eu tremi. Ela estava tão machucada. Coloquei-a em uma posição confortável, peguei o facão e saí dali.

Tinha que achar a saída daquele lugar agora. Entrei no corredor e escutei o barulho de algo sendo remexido de trás de uma porta. Segurei a faca com a mão mais livre e abri a porta devagar, dois jovens conversavam nervosamente, se entreolharam quando viram eu entrando e um deles sacou uma arma. Fiz que não com a cabeça e joguei o facão na sua direção, a lamina acertou o seu peito e ele caiu ao lado do outro.

─ Ai...meu Deus ─ O rapaz começou a tremer, percebi que ele não era muito mais velho que eu.

─ Não se mexa ─ Alertei-o, andei devagar até o seu lado e puxei a faca do peito do seu amigo. Apontei a lamina na sua direção. ─ Sabe como sair?

─S—si—sim.

─ Ótimo, me dê as suas armas ─ Ele entregou a sua pistola e a do amigo, olhei mais para trás e notei que tinha um balcão, e nele estavam o celular de Rei e o meu. ─ Os celulares.

Ele pegou e me entregou, coloquei-os no bolso da calça que estava inteiro e acenei para ele ir na frente. Caminhamos pelo corredor rapidamente e dobramos em uma esquina, aquele lugar era um labirinto, perdi as contas de quantas vezes dobramos e entramos em algum corredor. No meio do caminho escutamos outras pessoas correndo e falando alto.

─ Para onde eles estão indo? ─ Perguntei para o garoto.

─ Provavelmente estão indo embora junto com Rider ─ Respondeu olhando para frente.

─ Ele não vai escapar de mim ─ Falei, então tirei o meu celular do bolso e disquei o numero de Grey. Ele atendeu no segundo toque. ─ Grey? Estou precisando que venha onde estou.

“Minha nossa Sora, por onde vocês estão? Vocês sumiram por dois dias? O quê como assim?”, Grey estava começando a ficar nervoso do outro lado da linha.

─ Escute, você consegue rastrear essa ligação?

“Sim”

─ Otimo, você tem que vim aqui onde estou, de carro de preferencia e o mais rápido que puder ─ Olhei para Rei nos meus braços, ela precisava ir urgentemente para o hospital. ─ Rei precisa ir para um hospital o quanto antes.

“Deuses, o que aconteceu?”

─ Rider. Venha. Agora! ─ Ordenei e desliguei o celular. O garoto começou a andar mais rapidamente, entramos em um corredor e escutei passo vindo a nossa frente, olhei para uma porta aberta e o puxei para lá, não sabia se aguentava mais outra luta.

─ Vamos, Rider está nos esperando no estacionamento ─ Escutei alguém dizer. Eles passaram pela porta e fiquei ouvindo a conversa. ─ Temos que carregar o material para a venda.

Material? Venda? Olhei para o rapaz que estava respirando rapidamente e empurrei ele para o corredor. Eu entendi o que Rider estava tramando, mas não poderia fazer nada enquanto Grey não pegasse Rei.

─ Estamos longe? ─ Perguntei andando atrás dele.

─ Não, virando esse corredor ─ Disse, olhou para os dois lados e dobrou o corredor, uma porta de alumínio surgiu a nossa frente e corremos até lá. Segurei Rei com força e saímos daquele lugar. Percebi que já era de noite, uma lua cheia brilhava no céu, não vi nenhum capanga ali na frente, olhei para trás e percebi que aquele lugar era uma mistura de depósito com uma fabrica de brinquedos velha. Estávamos na periferia da periferia. Tirei o celular do bolso e olhei as horas.

Tinham se passado 3 minutos desde que liguei para Grey, escutei um barulho de carro se aproximando, e não demorou um minuto para que um carro preto parece bruscamente a nossa frente. Grey abriu a porta e eu levantei as minhas sobrancelhas. Não fazia ideia de como ou quem ele tinha pegado aquele carro.

─ Minhas nossa.... o quê diabos aconteceu? ─Perguntou correndo na minha direção.

─ Depois eu explico ─ Fui até a porta de trás e deitei Rei com cuidado no banco. ─ Leve-a para o hospital, para a mesma médica que você levou antes, a Anne.

─ Tá ─ Começou a ir para banco do motorista e parou, olhou para mim ─ E você?

─ Eu tenho um assunto pendente ainda ─ Respondi, ele fez que sim com a cabeça , deu partida no carro e saiu em disparada. Olhei para o rapaz que tinha ficado quieto ao meu lado. ─ Me leve até ao estacionamento.

─ Ok ─ Disse rapidamente, e começamos a correr, dobramos em vários corredores, e ninguém apareceu, sem contar com os corpos no chão. No meio do caminho achei mais uma arma e me senti mais segura agora com duas armas em mãos. O garoto acenou para se aproximar, e entramos em uma sala, descemos alguns degraus e o teto se expandiu. Estávamos agora em um estacionamento, duas vans brancas estavam paradas à alguns metros, puxei o rapaz para de trás de uma coluna, ele olhou para mim com os olhos esbugalhados.

─ Quantos anos você tem?

─ 18 ─ Respondeu, olhei para ele incrédula.

─ Quanto tempo está envolvido com gangues?

─ Dois meses, entrei... para ganhar uma grana extra ─ Levantei minhas sobrancelhas e dei um soco no peito dele.

─ Já matou alguém? ─ Ele negou com a cabeça. ─ Roubou? Bateu? ─ Ele negou com a cabeça, bem, ele ainda tinha salvação. ─ Seu nome?

─ O quê?

─ Nome ─ Pedi.

─ David.

─ Certo. Agora escute David ─ Apontei a arma para o seu peito. ─ Eu poderia mata-lo aqui, porém resolvi dar uma segunda chance para você, levando em conta que ainda não fez nada de mal. ─ Ele engoliu em seco e balançou a cabeça. ─ Você está livre para ir. Mas.... Se eu o ver ou achar que está envolvido com gangues de novo, não terei tanta misericórdia, entendeu?

─S—sim ─ Engoliu em seco e eu o empurrei na direção das escadas, ele subiu correndo e sumiu de vista. Escutei o barulho do motor ligando e as duas vans começaram a andar. Droga. Sai de trás da coluna e apontei as duas pistolas na direção da van mais próxima. Atirei nos pneus até que um deles estourou, mirei para o outro carro e atirei quatro vezes, o pneu de trás estourou e a van bateu na parede.

Verifiquei a munição das armas enquanto corria e parei na frente da porta traseira da van mais próxima. Ainda tinha balas. Puxei a trave e destranquei a porta, meus olhos percorreram o local rapidamente, tinha 3 capangas e muitas caixas. Eles fizeram o movimento de pegarem suas armas, e apertei o gatilho, meu dedo apernas relaxou quando os três tombaram no chão do carro. Entrei rapidamente onde estavam e peguei as suas armas, duas pistolas e uma escopeta.

Dei uma boa olhada na escopeta e sorri, aquela ali sim, tinha um poder de destruição. Desci do carro e fui até a porta do motorista, havia um homem ao seu lado, os dois olharam para mim e eu puxei o gatilho da escopeta, que fez um buraco enorme na janela e atingiu os dois.

Escutei um barulho de arma destravando e me escondi atrás da van, tiros choveram na minha direção e me abaixei, deitei no chão e apontei a espeta na perna de um cara, e atirei. Bem, a cena foi até divertida, a perna do cara simplesmente se abriu. Recarreguei a arma e apontei para o próximo, derrubei outro, então os tiros vieram na minha direção fiquei de pé e me protegi.

Tinha contado três pessoas. Dei a volta na van lentamente e os tiros cessaram, olhei para frente e os vi recarregando as armas, Rider estava no meio de dois e em suas mãos uma Uzi. Fiz uma cara de surpresa com o tipo de arma e sai de trás do carro. Dei dois tiros um no peito de cada cara, deixando apenas Rider de pé, joguei a escopeta no chão e saquei a pistola. Ele colocou o clipe de balas na Uzi e virou para mim.

Apertei o gatilho e ele caiu no chão, corri na sua direção e chutei a Uzi para longe. Olhei para onde o tiro tinha acertado e fiquei feliz ao ver que tinha acertado o seu ombro. Iria ter como faze-lo pagar por tudo o que fez.

─ Ora sua... ─ Começou a dizer e meu punho acertou o seu rosto, sua cabeça tombou para trás e bati de novo.

─ Seu maldito! Você vai pagar por tudo o que você fez ─ Dei outro soco com a mão direita. Segurei a sua camisa e dei outro soco. ─ Eu disse que iria mata-lo, eu disse!

Soltei sua camisa e dei um soco com a mão esquerda, pois minha mão já estava doendo de tanto bater. Rider não respondia mais. Olhei para o ferimento de bala no seu ombro e enfiei um dedo ali. Um grito ecoou no estacionamento e eu sorri.

─ Pare, sua maldita!

─ Isso ─ Enfiei o dedo com mais força ─ é por ter prendido Grey por vários anos. ─ Tirei meu dedo e dei mais um soco no seu rosto. Fiquei de pé e dei um chute nas suas costelas, ele deu um rangido. Puxei-o e sentei em cima do seu corpo, olhei para o seu terno bem arrumado e inclinei o rosto para direita. Olhei para minhas mãos cortadas e cheias de sangue, tirei o facão da cintura e rasguei as suas roupas ao meio. Seu peito ficou exposto. Rider olhou para mim em pânico, seus olhos negros estavam suplicando que eu parasse, tentou sair debaixo de mim e sua mão veio na direção do meu rosto.

Com um reflexo surpreendente, segurei o seu braço e o prendi no chão, e antes que eu me desse conta do que estava fazendo, eu tinha cortado a sua mão esquerda do seu braço. Rider soltou um grito de dor ensurdecedor e dei um soco na sua boca o fazendo ficar quieto. Olhei para o seu peito e tremi, eu queria quebra-lo, despedaça-lo e faze-lo sofrer o máximo que podia.

Dei um soco com toda a força no seu peito e depois outra vez.

─ Isso é por ter me torturado ─ Então bati novamente. Meu coração batia rapidamente, tudo a minha volta estava turvo, só consegui ver o corpo de Rider abaixo de mim, e o meu ódio por ele aumentava cada vez mais. Segurei o facão e abaixei na direção do seu peito, sangue respingou em meu rosto, joguei a arma para longe e olhei para o peito dele sangrando. Enfiei a minha mão no corte e senti a caixa torácica. Dei um sorriso de canto e meu punho atravessou o que quer que fosse e senti o coração dele pulsando em minha mão. ─ Isso é por ter mexido com a namorada errada.

Puxei a minha mão e joguei o seu coração para o lado. Fiquei de pé e olhei para o corpo irreconhecível de Rider.

─ Agora não vai poder mexer com mais ninguém ─ Falei e dei um ultimo chute no seu rosto. ─ Desgraçado.

Olhei em volta e vi o corpo dos outros caras, peguei Uzi e a pistola que tinham balas e fui até a van. Abri uma daquelas caixas e vi as amostras da droga, ela tinha uma cor azul escura. Tirei-as das caixas e comecei a quebra-las, todas, não deixei uma. Depois disso, fui para a outra van, fiz a mesma coisa com todas as amostras, em exceção de uma, que eu guardei para caso um dia precise.

Me afastei das vans o suficiente e comecei a atirar no tanque de gasolina, até que a primeira van explodiu, protegi o rosto com a mão livre e continuei atirando contra a van que sobrava. Ela explodiu logo em seguida. Fogo envolveu todo o carro e começou a se espalhar pelo estacionamento. Joguei a Uzi no resto do carro, coloquei a pistola na minha cintura, peguei a caixa de amostras e saí dali.

Andei lentamente para fora do local e olhei para cima, a lua já estava começando a ficar mais distante, respirei devagar e senti o meu corpo ruir. Não tinha como ir para o hospital daquele jeito, limpei o sangue da minha testa e continuei andando. Minha perna direita estava doendo muito quando pisava. Minha mente ficava indo em vindo a todo instante. Não sei quanto tempo andei nas ruas daquele bairro que parecia deserto, só sei que minha cabeça voltou ao normal bem na hora que alguém parou a minha frente.

E não tinha como ficar melhor. Olhos dourados e cabelos loiros. Dei um suspiro cansado e puxei a pistola, apontei na direção da sua cabeça.

─ Saía da frente ─ Falei. Dana levantou as mãos lentamente, os seus olhos percorriam todo o meu corpo.

─ Calma, não precisa ser assim, abaixe a arma ─ Falou, senti o seu poder me envolvendo e levantei minhas sobrancelhas.

─ Não use o seu poder em mim! ─ Pressionei a arma na sua testa. Senti a raiva me tomando novamente e cerrei os olhos. Os olhos dourados dela estavam arregalados. ─ E o que você vai fazer, hã?

Dana mexeu seus pés nervosamente, observei os seus movimentos e engoli em seco. Estava cansada, tinha sido torturada, rasgada, jogada no chão, salvei Rei, lutei contra milhares de caras e ainda me aparece uma Agente? Tá de brincadeira?

─ Olha... agente... O meu final de semana foi uma merda, com gente de merda fazendo merda. Acha que estou feliz? ─ Segurei a arma com mais força. ─ Acho que aconteceu o quê com esse povo de merda que inventou de mexer comigo? Esse sangue aqui que está me vendo encharcada você acha que é meu?

Dana engoliu em seco e eu me aproximei dela, pude ver o reflexo dos meus olhos azuis cheios de ódio nos seus. Minha voz estava rouca e rude, inclinei o meu rosto e encarei ela.

─ Você acha que consegue se desviar de uma bala nessa distancia? Ganhar de mim?! ─ Dana se encolheu a minha frente, eu poderia estar sem os poderes, mas ainda tinha garra para lutar. ─ Se não, suma da minha frente ─ Coloquei meu rosto ao lado do seu. ─ Antes que eu puxe esse gatilho.

Dana fez um sim com a cabeça rapidamente e deu um passo para trás, e em questão de segundos ela já não estava no meu campo de vista. Fiz o meu caminho até em casa o mais rapido que pude, não sei quanto tempo levou, só lembro de quando destranquei a porta de casa e deitei na cama.

Estava cansada demais para sequer cuidar dos meus ferimentos, fechei os olhos e tirei um cochilo. Acordei apenas quando meu corpo começou a tremer de frio e tive que me levantar, olhei em volta e percebi que a janela do quarto estava aberta, a cama estava cheia de sangue e o meu corpo doendo. Respirei devagar e me sentei, meu corpo deu um rangido que nem porta velha quando abre.

Fiquei de pé devagar e entrei no banheiro, olhei para o meu reflexo irreconhecível no espelho e tirei as roupas rasgadas, peguei uma toalha limpa, molhei-a e comecei a me limpar. Depois que consegui grande parte do sangue, comecei a fazer os curativos. Peguei agua oxigenada e passei na minha coxa, minha perna ardeu e eu mordi a minha boca nem um pouco cortada por sinal. Passei uma pomada e a enfaixei com gazes e ataduras.

Peguei um bisturi e uma pinça, e procurei a bala no meu ombro, respirei fundo e enfiei o bisturi no ferimento, localizei a bala e puxei-a para cima, peguei a pinça com a outra mão tremendo e a tirei de lá, soltei um suspiro aliviado e fiz o mesmo procedimentos do ferimento da coxa. Eu não queria olhar para as minhas costas, elas estavam horríveis, eu podia sentir. Virei de costa para o espelho e vi o que sobrava das minhas costas.

Havia vários cortes longos e profundos que percorriam toda a minha costa, a pele estava solta e as tatuagens totalmente sem nenhum nexo. Engoli em seco e segurei a água oxigenada com força. Eu tinha que desinfeccionar aquilo. Mas iria doer para caramba.

─ Vamos....você consegue ─ sussurrei para mim mesma. Contei até 3 na minha cabeça e virei o frasco. Minhas costas arderam e eu chiei, lágrimas escorreram pelo meu rosto fazendo os meus ferimentos do rosto arderem também. De forma que eu não sabia se parava de chorar ou chorava ainda mais.

Enxuguei o sangue que escorreu com a toalha molhada e comecei a passar uma pomada cuidadosamente por todo o lugar, e quase sequei o tubo do remédio. Coloquei o máximo de gazes que conseguia e envolvi o meu corpo em ataduras. Olhei para a ultima etapa que era o minha cabeça e suspirei.

Inclinei minha cabeça para o lado e vi um corte transversal no couro cabeludo. Aquilo precisaria de pontos. Peguei agulha e linha, passei água oxigenada e mandei ver no curativo. Depois costurei a minha boca que estava cortada e a minha sobrancelha. Eu estava uma lastima. Olhei para as minhas mãos, haviam cortes nas juntas dos dedos e no punho, de tanto dar socos. Passei o resto de água oxigenada nas mãos e pomada. Peguei um remédio para dor e um anti-inflamatório, coloquei-os na boca e bebi a água da torneira.

Fui para a cama e deitei de bruços, os remédios começaram a fazer efeito e eu apaguei. Para minha sorte.


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Notas finais do capítulo

O que acharam povo meu? Gostaram? Cap. menor do que o de Rei, mas convenhamos pura pancadaria hsuahusah. Desde já peço desculpas por possíveis erros de gramática e concordância, eu li e reli, mas algo pode ter passado batido. Enfim, espero que tenham gosta do capitulo. Sora sofreu pra KCT kkkk. Sou má. Nisso vcs já sabem. kkkkk.Nessa brincadeira, pelos meus calculos, Sora eliminou mais de 40 pessoas kkkk. Dana saiu com rabinho entre as pernas. Até eu Sairia!!!! kkkk. Rider se fodeu. kkk.

P.S: Se os links não abrirem avisem!

Caixa das amostras das drogas -
http://hypescience.com/wp-content/uploads/2014/09/exame-de-sangue-depressao.jpg



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