Lies escrita por esa


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

bem, eu espero que a) alguém leia b) alguém goste e c) alguém comente



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-- Toir... – Louis me cutucou nas costelas. Era sábado, estávamos na ‘Toca, sentados no gramado encarando o horizonte. Sempre tivemos uma forte ligação, coisa que eu visivelmente não tinha com Dominique.

-- Que é? – perguntei distraída, encarando o por do Sol que tornava o céu róseo. Ele deitou a cabeça em meu colo, um sorriso doce nos lábios. Eu sabia o que ele ia me pedir, mesmo assim me fingi de desentendida.

-- Canta pra mim? – ele pediu com os olhos azuis brilhando. Fez um beicinho bobo, mania que ele desenvolvera desde pequeno. Nunca conseguia negar nada à ele, principalmente quando ele fazia aquela cara, e ele sabia disso.

Revirei os olhos e cantarolei um pedaço de uma música antiga que minha mãe costumava cantar para mim à noite, antes que eu pegasse no sono quando ainda era bem pequena. Louis fechou os olhos e eu mexi em seu cabelo, distraída.

E então as lembranças me atingiram, tão rápido quanto a neve encobre as pegadas em uma noite de muito vento. Lá estava eu, ou melhor, uma versão mais nova de mim, as mãos agarradas com força e vontade aos cabelos azuis.

-- Toir, Toir. – acordei do transe, me sentindo meio tonta. Louis estava sentado, me encarando preocupado. Sorri para ele, para demonstrar que estava bem, o que não era verdade. – Você parou de cantar do nada...

-- Me desculpe. Me desculpe, mesmo. Eu estou bem. – o puxei com carinho para meu colo novamente. – Deite, vamos continuar aqui. Ainda quer que eu cante? – ele moveu a cabeça em positivo, e eu voltei a cantar, o Sol quase desaparecendo nos campos verdes à frente.

A minha história... Bem, ela é meio complicada. Não complicada do tipo que envolve drogas, bebidas, sexo e rock’n roll. Não, pior que isso, ela envolve amor. Envolve uma irmã perfeita, um garoto problema e é claro, envolve à mim.

Desde pequena eu e Dominique éramos comparadas. Não que aquilo me perturbasse no começo, afinal eu era a irmã mais velha, eu chegara primeiro. Mas conforme o tempo fora passando, eu percebi que éramos extremamente diferentes, e meus pais também.

Dominique era linda. Não que eu não fosse bonita, afinal eu também havia herdado o sangue de minha mãe, a beleza inconfundível dos cabelos e olhos claros de uma Veela, mas Dominique sempre se destacava. Dominique era a filha perfeita, adoradora do rosa e das maquiagens, dos produtos para cabelo e esmaltes. Eu era a filha que preferia os livros, os estudos, ironicamente a cor azul e a inteligência à aparência.

As brigas começaram quatro anos depois de todos terem reparado que fora os cabelos loiros e os olhos azuis, eu e Dominique não tínhamos mais nada em comum. Ela era, com todas as letras, uma garotinha mimada. Quando nossos pais perceberam que não viveríamos em harmonia dividindo um quarto nos separaram.

Não era como se eu a odiasse, nem nada do gênero. Ela era minha irmã, e eu a amava, só não nos dávamos bem. Os quartos separados foram uma ótima ideia. Era muito difícil conversarmos por mais de trinta minutos sem acabar discordando das coisas e fazendo cara feia, então chegamos à um ponto onde simplesmente desistimos de tentar.

Com Louis as coisas eram completamente opostas. Nunca me dera tão bem com nenhuma outra pessoa no mundo. Éramos inseparáveis, dividíamos segredos e sonhos, e contávamos tudo um ao outro. E mesmo sendo mais novo, ele me protegia, na maioria das vezes, de Teddy.

-- Toir. – ele chamou, me tirando de mais devaneios.

-- Hm? – murmurei deitando na grama, ao seu lado. Ele estava sentado, encarando a casa de aparência tortuosa que me dava agonia às vezes. Tinha muito medo de que aquele lugar tombasse com os ventos.

-- Teddy. – ele falou, e eu me sentei apressada. Olhei na mesma direção que ele, e lá estava Teddy, os cabelos azuis esvoaçando no vento, a vassoura sobre o ombro, se dirigindo para o gramado com Alvo e James.

Meu coração deu um salto. Ele caminhava despreocupado, a mão livre em um dos bolsos frontais da calça jeans escura. A camisa de mangas curtas azul combinando tanto com seus cabelos que quase eram da mesma cor. Tudo bem, Victoire, está na hora de encarar as consequências, a voz em minha cabeça dizia, e eu sabia que estava.


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Notas finais do capítulo

eu mereço reviews? (sim, eu to chorando reviews no prólogo, se acostumem)
até o próximo, eu espero ♡



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