I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 25
Capítulo 25-O Sedutor


Notas iniciais do capítulo

quanto teeeempo! o Nyah ficou off por um bom tempo e eu prometi postar, mas a escola está me matando. como está chegando as férias, estou entregando vários trabalhos e além disso, todos os sábados do ano eu tenho duas provas! então, a soma disso tudo é igual a mim sem tempo...
quero agradecer ás fofas de sempre que comentam aqui, Nymeria, Belatriix, Cerejinha, Emmy Salvatore e Raphaela Rogers! obrigada gente pelos comentários e os sorrisos que me causaram. aqui está o que vocês esperam (menos a Belatriix que vai me matar):



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Klaus tinha um jipe, tatuagem tribal no braço -que eu não havia percebido- e gostava de música eletrônica, mas também de rock. Ele era totalmente diferente do que imaginei nas fotos, mas ainda assim estava me encantando.

–Hoje esta um bom dia para a gente andar, não acha? -sorriu atraentemente.

–Eu espero que sim. Vamos andar?

–Eu iria levar você a um lugar, mas como a dona Mozorov mencionou o mercado tive uma ótima ideia. É um lugar novo, para ser um novo ponto turístico.-explicou.

Me perguntei se estava adequada a ir ao mercado. Ele estacionou em um local coberto e descemos. Pude ver o tamanho do mercado. Não era bem um mercado, era uma feira aberta próxima da praia. E também não havia apenas frutas, tinha pulseiras, CDs, blusas, vestidos, biquínis e lembranças. Era tudo tão iluminado, mesmo de manhã e não me senti tão bem arrumada, já que havia muitos turistas vestidos igual a mim.

–Aqui é incrível.

–Então... -ele colocou a mão no bolso da calça e tirou um papel. -Sua mãe pediu milho, trigo e mel.

–Você realmente mudou nosso roteiro para agradar minha mãe? -estranhei. Era uma atitude fofa, mas suspeita.

Klaus, no carro, pareceu ser durão. Mas ele é realmente agradável e fofo. Como um cara como esse ficou quatro meses solteiro?

–Sim. -falou com tom obvio. -Eu gosto da sua mãe. Você esqueceu como as coisas funcionam aqui?

Ok. Não entendi o que ele quis dizer com coisas que funcionam aqui. Porém fingi entender.

–Claro que não. Vamos as compras.

Compramos tudo que havia na lista e inclusive experimentamos. Segundo Klaus, os produtos da feira eram os melhores. O mel era perfeito, fiquei curiosa com o que minha mãe faria com aquilo. O milho divino. O trigo não experimentei, ela faria pão? Depois deixamos as compras no carro.

–Olhe, é a Kate. -ele sussurrou e indicou com a cabeça uma menina de cabelos loiros, blusa tomara que caia olhando umas pulseiras.

–É...Quanto tempo. Ela está diferente.

–É realmente estranho ver ela sem uniforme ou constrangida por você. -concordou.

–Por mim? -estranhei. -O que eu fazia com ela?

–Sim. Você enchia o saco dela por ser estadunidense. Dizia que ela estava aqui apenas para procurar o Osama Bin Laden. Não lembra? -ele riu pelo nariz se divertindo com o pensamento.

–Não. Minha memória está muito ruim esses dias...

Klaus deu de ombros me levou a uma tenda de coisas chinesas. Pediu dois chás e inclusive, comprou as xícaras que nos serviram. Era um blooming tea, ou seja, quando uma flor entra em contato com o chá e floresce.

–Você coloca o chá e... -ele ensinou como se eu fosse uma criança.

–Meu deus!

–Como foi nos Estados Unidos? –ele perguntou, mas eu não conseguia tirar os olhos da flor se abrindo sozinha!

–Nova York é bonita, mas muito aglomerada. Nada se compara aqui.

–E os terremotos que tiveram lá? Foram por sua causa não é? Eles te trataram mau? A perda de peso tem algo a ver com isso? -seus olhos eram preocupantes e aquele tanto de pergunta disparada me deixou confusa. -Desculpa.

Ele sabia de tudo e ainda tentava relacionar com o fato de eu ter perdido 12 quilos. Minha antiga eu devia desabafar totalmente a Klaus. Não é pra qualquer um que você confia seu maior segredo, ainda mais um tão especial como esse.

–Foram. Eu estou bem. Eles não teriam me deixado voltar se estivesse tudo bem. -tentei fugir do assunto.

–Eles quem? A SHIELD? -questionou.

–O que você sabe sobre a SHIELD?

–Você disse que é a organização dos Vingadores, os mesmos que lutaram em Nova York. Mas é simplesmente golpe de marketing, para os Estados Unidos demonstrarem o tamanho do poder deles. -ele parou para pensar sobre mais o que eu havia falado. -E que o Hulk não existe, nem o Thor. O homem de ferro é um programa de computador, o Capitão América é um ator, Gavião Arqueiro um instrutor de arco e flecha e a Viúva Negra professora de luta.

Klaus respirou fundo fingindo cansar de tanto falar e eu ri. Eu realmente pensava tudo isso? E como ele conseguia lembrar de tudo isso? Coloquei minha xícara ao meu lado, no chão.

–Eles são bons e reais. Não há o que lutar contra.

–Então não vai mais ficar na ALRS? -perguntou com esperança.

–Você pergunta muito! -digo surpreendida e ele sorri sem graça.

–Mudando de assunto. Trouxe a câmera?

Ele percorre o olho em mim. Viu que a minha bolsa era pequena demais para caber uma câmera. E eu fui burra. Esqueci totalmente que a antiga Flyer era louca com fotografia, a prova disso era que no meu quarto havia uma prateleira apenas de câmeras.

–Não.

–Como se esqueceu disso Flyer? Você mudou muito. -falou decepcionado. -Tudo bem. Você vai se arrepender.

–É muito ruim?

–Sim. Para sempre. Menos uma foto para sua coleção. -ele sorri convencido e me olhando pelo canto do olho.

Não. Esse olhar não, meu coração não pode resistir. Seus olhos azuis estão cada vez mais próximos e consigo me ver dentro deles. Eu desvio o olhar constrangida. Eu não o beijaria agora. Mesmo meu corpo querendo muito e meu coração disparado, eu não podia.

–Eu não posso.

–Tudo bem. Venha, tenho outro lugar para te levar.

Sorrio culpada para ele. Sentada ali estava tão bom. Mas como tínhamos que seguir a diante, aceitei sua ajuda para levantar tocando em suas mãos quentes. O melhor foi ele não querer soltar. Atravessamos o mercado aberto de mãos dadas. Paramos no caminho em uma venda de lembranças.

–Ei senhor, quanto custa? -perguntou se referindo ao um globo de vidro.

O pequeno globo tinha a Catedral de São Basilico e os flocos se remexiam quando balançava.

–Para a garota que esqueceu a Rússia.

–Eu não esqueci a Rússia. -digo seca brincando.

–Bom, então qual é o nome da sua rua? -pergunta duvidando e eu paro para pensar.

Claro que eu não sabia. E Klaus começou a rir de mim.

–Rua Valsa Esmeralda. -respondeu.

–Ok.

–Sua memória é tão fraca assim? -brinca.

–Sim.

Adentramos a uma construção em U lotado de lojas bonitas. Havia vendedores de pipoca, sorvete lucrando com quem passava ali. O mais bonito era a rua de pedra com aqueles postes antigos. Totalmente diferente de Nova York. Entre duas lojas, havia uma escada escura e íngreme.

–Venha. -Klaus me puxou.

–Onde estamos indo? -estranho hesitando mas acabo subindo e ele ignorando minha pergunta.

–Isso aqui é novo. Mas as placas para a divulgação estão sendo feitas. Por isso, quase ninguém conhece.

Klaus realmente havia me surpreendido. Era maravilhoso! Um andar inteiro sem teto apenas para apreciar a vista. Tinha um canteiro com flores, alguns vasos e a visão da praia e o mercado aberto. Do outro lado, víamos os prédios e casas iluminados a noite.

–Isso é fantástico.

–Eu disse que você se arrependeria de não trazer a câmera. E olha o que eu trouxe... -ele procura nos bolsos e encontra.

Era uma pedra normal, porém com a ponta extremamente afiada. O russo me olha com a esperança de que eu fosse lembrar. Mas é claro, eu não conseguia. Sentamos no banco de madeira.

–Flyer. Você está muito estranha. Nós usamos isto para marcar todo lugar que já fomos juntos. Tem certeza que é você mesma?

–Esta me confundindo com a Gabrielle? -pergunto incrédula, mas brincando.

Quer dizer, ou tentando esconder meu nervosismo.

–Claro que não. Você e sua irmã são muito diferentes. -ele enfatiza sorrindo adoravelmente.

–Você é o único que acha isso.

Seu olhar novamente se perde. Quer dizer, era uma das poucas coisas em que eu enxergava. Havia muita pouca luz. Mas seus olhos azuis brilhavam como nunca. Sua mão toca meu queixo se aproximando lentamente.

–Não posso. -sussurro culpada.

–Você esta namorando?

–Não. -hesito um pouco.

Nos seus olhos vejo Steve e seu uniforme azul, com um sorriso tímido no rosto distraído ao conversar comigo. Steve. O que ele está fazendo agora? Provavelmente me odiando.

–Então porque não posso beijar você? -diz com a voz rouca.

–Não faça isso de novo. -digo irritada e viro o rosto.

Klaus sorriu. Sabia como me provocar muito bem e me olhou pelo canto do olho com o sorriso mais sacana do mundo.

–Se você fosse realmente a Flyer, não estaria sendo tão difícil assim. Ainda mais para mim.

–Você é muito convencido!-tento segurar o riso. - Eu mudei bastante.

–Então não sente mais nada por mim?

–Não é isso. É que foram sete meses fora daqui... Vai me dizer que ficou me esperando esse tempo todo?

Lancei um olhar desafiador e ele ficou sem graça. Claro que ele não me espero. Ainda mais Klaus. Conheci ele em dois dias e já consegui sentir a atmosfera sedutora que o cerca. Era irresistível, mas eu sou mais forte que isso.

–Então você está com alguém.

–Não estou.

–Então está decepcionada comigo? -deduziu.

–Também não. Eu me sinto diferente.

–Então não quer mais sair comigo?

–Não! Eu gosto de você. Pare de tentar deduzir as coisas! -reviro os olhos brincando perder o controle.

–Ok. Eu paro.

Conversamos um longo tempo sobre a Rússia e Nova York. Ele me surpreendia cada vez mais com o que sabia sobre mim e a ALRS. Ele falava sobre uns antigos amigos nossos que eu não conhecia, mas fingia conhecer. O tempo passava tão rápido ao seu lado... Klaus não é somente um cara bonito, mas ele era um ótimo ouvinte e amigo.

–Diga o que mais mudou em mim. -peço e ele me fita por um tempo.

Meu coração derrete. O que é estranho, porque para mim, ele era um conhecido que estava se tornando um amigo, mas o meu coração, o antigo, se descontrolava quando o via.

–Seu sorriso mudou. Agora ele é inocente e surpreso, antes era desafiador e malicioso. O jeito como você fala é mais fofo, antes você se preocupava muito com as coisas e vivia sobrecarregada. Você nem trouxe uma câmera hoje e você sempre levava para qualquer lugar uma. -Klaus parou para pensar e concluiu:- Você está bem parecida com a Gabriella atualmente, na verdade, as duas estão diferentes. Parece que trocaram de "alma".

–Mudei para melhor ou pior?

–Gosto de você de qualquer jeito.


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Notas finais do capítulo

*SUSPIROS* ui. capítulo cheio de imagens só para recompensar o tempo que eu não postei...
o que acharam do Klaus sedutor? ele não é fofo? será que ele vai descobrir o que há de errado com a Flyer?