As vezes eu queria entender como que as pessoas conseguem viver depois da morte de alguém tão próximo, afinal é tão difícil que dá vontade de desistir, desistir de tudo. Jogar tudo para o alto e sumir... Mas as coisas não são bem assim, na verdade elas são totalmente diferentes, ao contrario disso.

Mas apesar de toda essa desgraça que vem acontecendo na minha vida eu ainda tenho esperanças de que a minha vida vai melhorar, eu tenho esperança de que alguma coisa boa ainda pode acontecer mesmo com essa mare de azar.

Vou explicar exatamente como tudo isso aconteceu....

12 de Agosto. (Inici do flash back)

Era uma bela manhã, haviam vários pássaros cantando, um sol tão brilhante e claro que só de olhar parecia que você poderia queimar, mas era o contrario que acontecia. As nuvens brancas espalhadas no céu azul bebê.

Eu acabará de acordar, levantei-me da cama, fui direto para o meu closet, peguei a primeira roupa que eu havia visto e coloquei-a. Hoje era o dia mais esperado do ano, minha mãe estava fazendo quimioterapia e hoje seria o ultimo dia dela lá, todos estavam muito contentes e ansiosos para que ela saísse logo de lá e fosse para a casa conosco. Eu fui com a minha avó busca-lá.

Tudo ocorreu muito bem, pegamos ela e nos direcionamos até o carro parar irmos embora para casa, mas infelizmente algo muito horrível iria acontecer no caminho.

Eu abracei a minha mãe bem forte e disse:

Mãe, eu estou muito feliz e orgulhosa de você. Agora vamos para casa. – eu disse isso com o sorriso mais sincero que eu pude formar no rosto.

Sim, minha querida. Tudo irá voltar ao normal agora. – ela respondeu depositando um beijo na minha testa.

Eu então deitei em seu colo e ela ficou acariciando os meus cabelos no caminho para a casa, eu fiquei ali apreciando aquele momento como se jamais fosse possível ele acabar, mas para a minha infelicidade ele estava prestes a acabar para sempre.

Eu então deitei em seu colo e ela ficou acariciando os meus cabelos no caminho para a casa, eu fiquei ali apreciando aquele momento como se jamais fosse possível ele acabar, mas para a minha infelicidade ele estava prestes a acabar para sempre.

Quando eu olhei para a janela direita tinha um caminhão vindo de frente e não tinha como a minha avó desviar, rapidamente eu segurei forte a mão da minha mãe e logo desmaiei com aquela batida. Acredito eu, que o carro tenha capotado, eu não me recordo direito. Muitas horas depois eu acordo em um lugar muito claro, logo pensei..“Eu morri..?”

Então eu esfreguei meus olhos, tentei abri-los o máximo que eu podia e comecei a averiguar o lugar, olhei para todos os lados e tudo indicava que era um hospital.. Então eu comecei a pensar o porque de eu estar ali, o que diabos euestava fazendo num hospital? Porque eu estava lá? Eu não conseguia me lembrar de ter estado em um acidente ou coisa do tipo. Eu tentei me levantar e meu corpo parecia tão pesado e tão dolorido, eu não obtive sucesso, dai resolvi continuar deitada até alguma pessoa aparecer e me explicar o que estava acontecendo e porque eu estaria em um hospital. Eu acabei caindo no sono.

3 horas depois.

Eu acordei novamente, olhei para o lado e tinha uma pessoa estranha no meu quarto fazendo anotações em uma prancheta. Logo eu pensei que ela deveria ser a enfermeira, resolvi fazer uma pergunta a ela, quem sabe ela poderia me responder né? Não custava tentar.

Oi? Moça, por favor.. – eu disse, encarando-a.

Bom dia Joan.. eu sou Marie, sou a sua enfermeira, você teve um acidente e está sob meus cuidados nesse hospital. – ela disse sorrindo.

Olá Marie, eu sofri um acidente? Onde? Quando?? Onde estão minha mãe e minha avó? – eu disse num ar totalmente confuso, como se não lembrasse de nada do que a Marie tinha me falado.

Como eu poderia ter sofrido um acidente e não lembrar? Isso é impossível, eu acho pelo menos... Eu estou tão confusa, alguém precisa esclarecer tudo isso para mim antes que eu enlouqueça.

Ah... bom... O seu médico já vai vir aqui e ele lhe explicará tudo isso, não tem com o que se preocupar Joan. Já vou indo, se precisar de alguma coisa, aperte a campainha. – disse Marie, se retirando da sala e fechando a porta.

Exatamente depois de uns 25 minutos, alguém adentrará no meu quarto, era um homem mais velho, ele aparentava ter uns 40 anos no máximo. Deveria ser o médico, eu pensei. Só poderia ser ele, né?!

Bom dia Joan, eu sou o John, seu médico. Como você está se sentindo? – ele disse, olhando a prancheta.

Bom.. dia.. Eu estou bem eu acho, mas parece que aconteceu algo grave comigo e eu não consigo me lembrar de nada. Eu só queria saber onde minha mãe e minha avó estão, você poderia me dizer? – eu disse preocupada.

Sim.. bom, vocês sofreram um acidente muito grave e elas não resistiram e morreram no local do acidente. Eu sinto muito mesmo, Joan. – John respondeu-me.

Nãaaaaao! Isso não pode ter acontecido, não hoje. Meu deus... eu não posso acreditar nisso. – eu disse em meio a muitas lagrimas que rolavam sob meu rosto.

Sinto muito, querida. Mas infelizmente isso é verdade. Eu não queria ter que ser chato mas qual é o seu parente mais próximo? – ele disse, me fitando.

Meu pai.. – eu disse em um sussurro.

Fim do flash back.

E foi por isso que eu tive de vir para Londres para morar com meu pai e sua família que no caso, viraria minha nova família. Mas eu não estava nem um pouco preparada para isso, até porque eu não via ou me relacionava com meu pai desde o meu um ano de idade e eu não tinha sequer uma lembrança dele, eu estava totalmente apavorada e irritada com tudo isso.

Mas no fundo eu esperava que tudo desse certo no final, já que não tinha como as coisas voltarem ao normal né?!