Era uma vez... de novo. escrita por Black Cat, Skuld


Capítulo 10
Eu já disse que odeio feijões?


Notas iniciais do capítulo

Então, oi!
~desviando das pedradas
Quero muito me desculpar pela demora.
Mas eu vou fazer isso lá embaixo por que eu sei que ces querem é ler o capítulo,
Aproveitem:



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A manhã no dia seguinte começou do pior jeito possível.

Lá estava eu, dormindo como um anjo, quando a porcaria de um travesseiro acertou a minha cara. E como eu sou muito sortuda e meu organismo resolveu me fazer ter sonos leves, acordei de um jeito não muito bonito. Rapidamente me sentei na cama, em posição de defesa, enquanto gritava algo parecido com “Megan Fox”.

Quando a tonteira ( resultado de me levantar tão rápido ) se dissipou, pude ver quem havia me dado a travesseirada. Não havia sido Rachel, como eu estava imaginando, e sim Henry.

Você está muito folgado esses dias, sabe?! – Reclamei, jogando o meu travesseiro nele enquanto o mesmo quase caía no chão de tanto rir. Olhei para a cama ao meu lado, esperando ver a loira rindo tanto quanto ele. Mas para minha surpresa ela ainda estava dormindo, coisa que tirou um belo palavrão de minha boca. Me levantei, sem nem me importar de estar apenas de pijama na frente de Henry. Dei um passo até a cama de Rachel e agarrei seu travesseiro.

Vai me ajudar puxando a coberta dela ou só vai ficar aqui morfando?- Perguntei a Henry, que segurou outra risada ( acho que para que ele não desmaiasse de tanto rir ) e ele agarrou a coberta. Com minha mão livre, fiz o número um com meu dedo indicador, aumentando o número de dedos levantados até chegar no três. Nesse exato momento, eu puxei o travesseiro de Rachel enquanto Henry puxou sua coberta.

Eu juro, todo o mau-humor que tomava conta de mim naquela hora se foi ao ver a cara de Rachel. Eu ri tanto que eu acabei por cair sentada em minha cama pois não conseguia ficar em pé.

Rachel, é claro, ficou muito irritada. O que não é muita coisa, pois essa garota irritada faz tanto efeito nas pessoas quanto uma formiga doceira no chão do quarto. Depois que Henry acalmara Rachel, ele falou o porque de nos ter acordado daquele jeito.

– Eu e minha mãe vamos jogar basquete. Querem vir? – Perguntou. Eu não desconfiei de que aquilo era uma mentira esfarrapada para nos tirar do quarto por que o garoto estava usando uma camisa de mangas curtas e uma bermuda. Acredite em mim, desde o dia em que chegamos Henry só usou camisa social xadrez.

Cinco minutos depois, eu estava pronta: usando aquele short preto de malha que a maioria das mulheres normais usam para jogar algum esporte, uma blusa regata verde escura e meus cabelos presos em um rabo de cavalo alto. Ah, e obviamente, o vans vermelho nem sequer saiu de meus pés. Saímos na mesma hora da hospedaria, e eu quase tropecei no cabelo da loira enquanto descíamos as escadas.

Faltavam apenas alguns metros para alcançarmos a quadra que eu nem sabia que existia quando decidi reparar ao meu redor ao invés de prestar atenção apenas ao picolé de morango que eu consumia.

Ei, Henry, como conseguiu entrar no nosso quarto sem que nenhuma de nós acordássemos? – Perguntei, enquanto mordia o picolé. Percebi que Henry adquirira uma expressão desconfiada.

Ahn... estava aberta.- Ele disse, com uma risada nervosa.

Eu e Rachel o encaramos com o olhar que pode ser traduzido para “ conte a verdade “.

Henry, conte a verdade. Se tivesse sido a Doroteia quem se responsabilizara por trancar a porta, eu até acreditaria, mas não foi ela.

– Ei! – Gritei, irritada.

Henry deu uma risada nervosa, mas apenas continuou andando. Num movimento rápido, enfiei minha mão no bolso da calça do garoto, tirando de lá um desses negócios que você usa para arrombar portas. Arregalei os olhos ao ver aquilo em minhas mãos e Rachel acabou tendo que entrar na minha frente para que eu não desferisse um soco no queixo do moreno.

Você arrombou nosso quarto de hotel? – Rachel disse, tentando, ao mesmo tempo, manter a calma e me segurar.

Henry se afastou um pouco de nós para que não morresse por minhas mãos.

Se eu apenas batesse na porta, vocês não iriam acordar. – Ele disse, na defensiva.

Sabendo que eu poderia a machucar ( ou até machucar a mim mesma ), Rachel tomou o instrumento de minha mão e o guardou no bolso, provavelmente decidida que devolveria à Emma depois.

Henry Mills, você nunca mais vai fazer isso.- Eu disse após me acalmar, apontando o indicador para ele com sinal de superioridade.

Mas... – Ele não conseguiu terminar a frase, por que eu ameacei avançar nele.- OK, OK! – O moreno levantou as mãos em sinal de rendição.

Bufei e voltei a andar.

Dois minutos depois, nos encontrávamos em uma quadra que eu nunca havia visto nessa cidade onde estavam Emma, Neal, Regina ( que estava sentada em uma arquibancada lendo algum tipo de livro ), David, Mary Margaret ( que também estava sentada na arquibancada ) e Killian. Rachel e Henry deram acenos alegres para eles enquanto eu esbocei um sorriso um pouco arrogante ( o que eu posso fazer se a travesseirada me deixara de mau-humor? ).

Demoraram muito.- Regina disse, um pouco irritada. Henry ia falar alguma coisa, mas eu resolvi não deixar.

Seu filho me acordou com a porcaria de um travesseiro na cara. – Eu disse, colocando uma mão na cintura. Henry me olhou, com medo, enquanto eu lhe mandava um sorriso sarcástico. Regina, mais uma vez para o meu espanto, deu uma risadinha.

E aí, vamos jogar ou não? – Neal disse, com um sorriso. Me virei e concordei com a cabeça.

Esperem, e os times? – Perguntou Rachel, me fazendo bufar em irritação. Sempre querendo seguir as regras ( mesmo que dessa vez eu não pudesse discordar ).

( Ei, cala a boca, isso não representa que eu ainda concordo com tudo o que você fala. Ei, você já comprou outro chocolate?! Ah, óbvio, Henry comprou. Eu quero. )

Voltando para o que interessa, os times ficaram assim:

Emma, Neal, Henry e Rachel no primeiro ( Regina fez questão de marcar o pulso de cada um com uma marca azul brilhante com magia para que pudéssemos nos diferenciar ) e Killian, David e Eu no segundo ( no caso, a marquinha de Regina era vermelha ).

As primeiras cestas aconteceram normalmente, do mesmo jeito que aconteceriam se fosse um jogo de basquete normal. Mas, tudo ficou uma bagunça quando Rachel e Killian resolveram jogar de verdade. Primeiro foi Rachel, que resolveu sair do lado da cesta e começar a correr pela quadra. Resultado? Eu, que sou muito desastrada, por sinal ( e o porte baixo não ajuda ), praticamente toda hora tropeçava no cabelo de Rachel ( que por alguma razão resolvera crescer o dobro do normal nesse dia ) e caía de cara no chão. Após duas cestas, meu nariz estava sangrando e vermelho, e minhas mãos e joelhos estavam todos ralados. Eu já estava cansada de dar de cara com o chão quando tropecei mais uma vez nos fios loiros da garota e minha testa se chocou contra o concreto, ralando-a. Como o ódio falava mais do que a dor, eu lancei-a um olhar mortal e olhei para Regina, que esboçava um sorriso. Como se tivesse lido minha mente, a prefeita fez um movimento com a mão, gerando uma fumaça roxa que quando se dissipou, revelou uma faquinha de caça. Andei, nervosa, até ela e peguei a faca, voltando até Rachel e, numa fração de segundo, agarrando o cabelo que eu mais queria era queimar e o cortando na altura do ombro com a faquinha. Ignorando os xingamentos irritantes da loira, observei o resto do cabelo no chão e bati meus tênis vermelhos uma vez, queimando os fios.

Segundamente, Killian começou a entender e a apreciar o jogo e acabou por tentar cooperar e pediu para que eu jogasse a bola para ele. A única coisa que ouvi foi o som da bola estourando, e quando abri os olhos – que se fecharam por causa do susto – eu vi o que antes era a bola preso no gancho do pirata. A quadra toda ficou parada e eu um silêncio cômico por uns 40 segundos, até que eu resolvi reagir.

– Muito obrigada, Killian. – E essa foi a deixa para que Rachel e Henry começassem a rir que nem doidos, seguidos de Emma, Neal e David, depois Killian e por último, eu.

Eu – pelo menos – já estava parecendo um porco suado ( sim, suado, por que eu já pareço um porco sem estar suada ), enquanto Henry estava na média e Rachel estava apenas vermelha.

Vem, vamos tomar um banho. – Eu disse para a loira, pegando-a pela mão e a puxando em direção à rua que levava à hospedaria de Granny.

Eu as acompanho. – Surgiu Henry, tentando, em passos rápidos, ficar ao lado de Rachel.

Ah, o amor. – Murmurei os olhos.

Quando entramos na hospedaria, eu não parava de trombar em Rachel de propósito apenas para irritá-la, enquanto ela revidava e Henry ria de nós. Com um pequeno esforço para destrancar a porta do quarto ( posso me considerar culpada por isso ), Rachel começou a rir mais ainda depois que ela conseguiu desviar de um empurrão meu me fazendo cair para o lado.

Maldita! – Gritei, rindo, a empurrando para o lado, fazendo a bater de leve no parapeito da janela ( o que fica de dentro do quarto que serve de criado mudo para os livros da loira ). Mas não percebemos que em cima dele havia um tipo de cristalzinho de forma não identificada.

Henry não parava de rir, o que já estava me irritando. Olhei para Rachel e ela olhou para mim, e demos um sorriso maligno. Rachel puxou Henry para onde estávamos e começamos a empurrá-lo enquanto ele tentava revidar. Acabei trombando no parapeito interno e o cristalzinho caiu no chão, fazendo um barulhinho meio alto. Paramos com a guerrinha e olhamos para o cristal.

Espera, isso é um.... – Henry mal pode terminar de falar, quando, exatamente onde o cristalzinho se encontrava, algo semelhante a um buraco negro se abriu, nos puxando para dentro dele. Eu apenas vi um flash escuro e quando as “luzes se acenderam” novamente, me vi caída em uma praia meio deserta. Olhei confusa para os lados, tentando identificar onde eu estava, e pude perceber que Henry e Rachel faziam o mesmo.Como se as coisas não pudessem ficar mais estranhas, quando olhei para o meu corpo, eu não estava usando a roupa que eu estava. Na verdade, eu me via trajada com o vestido azul-xadrez que eu possuía quando eu fora para Oz pela primeira vez. Meus cabelos estavam presos em duas Maria-chiquinhas baixas, e os cachos no final dos fios que antes eram bagunçados agora caíam graciosamente pelo meu ombro. Todos os meus machucados do jogo sumiram. Havia uma cestinha cheia de maçãs ao meu lado e eu usava os saltos mágicos de rubi junto com uma meia fina azul clara. E para piorar a situação, ouvi um latido atrás de mim.

Desnorteada, me levantei, ficando de costas para o mar. Antes de olhar para frente, olhei para Rachel. Ela usava um vestido estilo medieval que batia em seu tornozelo, e seus cabelos estavam lisos.Espera, não só lisos, mas algo como o décimo do que ele estava antes de eu o cortar no jogo. Ou mais.

Apenas Henry usava roupas normais.

Percebi que minha boca estava aberta em um perfeito O, que aumentou quando eu olhei para frente: uma floresta muito bonita se estendia por quilômetros à nossa frente. Aquele lugar não era a Terra, definitivamente.

Fiquei aliviada ao saber que a loira e Henry estavam tão confusos como eu, alívio que se desfez quando eles se olharam e disseram, em uníssono:

– Feijão mágico. – Fiquei mais confusa ainda, mas pude deduzir que o feijão mágico era o cristalzinho que havíamos derrubado no chão. – Portal. – Franzi o cenho, tentando mais que tudo entender o que estava acontecendo. Apenas quando eles olharam para frente, minha boca já havia se fechado e eu apenas acompanhei o olhar deles, acabando de descobrir onde estávamos, realmente, resultando em duas palavras que saíram de minha boca, acompanhadas de um olhar metade destemido, metade assustado, para a floresta:

– Floresta encantada.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.
Gostaram? Não custa deixar um comentáriozinho DE QUALIDADE, né gente? Eu gosto de conversar com vocês, não fiquem com vergonha.
Agora vamos as coisas importantes:
1- Mil desculpas pela demora, sério. Prometo que o próximo que eu escrever vai sair rapidinho.
2- Eu vou mudar a capa da fanfic logo após postar o capítulo, mas preciso que me falem se preferem a anterior ou a que eu mudar, ok? Please.
3- O número reduzido de leitores está me desanimando a escrever, então, por favor, indiquem a fanfic para amigos oncers!
4- Críticas? Diga nos comentários.

Beijos e rubis,
—Cheshire.



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