O estranho é que ainda consigo me lembrar da Renesmee que eu era antes de tudo isso acontecer. Uma menina de quinze anos comum. Também consigo lembrar claramente de como eu odiava isso. De comum odiava ser comum, lembro do esforço desumano que eu fazia para ser perfeita.

Sempre a primeira da classe, a melhor esportista, a menina mais popular que namorava o menino mais popular. Líder de torcida. Não consigo acreditar que tudo isso era tão importante pra mim.

Mas eu lembro, principalmente, de como tudo começou.

(...)

De uns dias para cá, eu estava me sentindo anormalmente cansada, se andasse rápido ou subisse escadas, já começava a ofegar. Tinha tirado uma folga dos treinos da torcida e das outras atividades esportivas.

Mas naquele dia, nada disso iria me atrapalhar. Eu marcara de sair com meu namorado, Jacob. Seria um dia muito especial - se é que vocês me entendem -.

Quando saí da escola, fui me arrumar em casa. Jacob passaria para me pegar às seis, então eu teria bastante tempo para me arrumar.

Cinco e meia eu já estava ponta, esperando o Jake sentada no sofá da sala. Estava ao lado do meu pai, que assistia a um jogo qualquer, enquanto minha mãe prepara o jantar na cozinha.

Ouviu-se a campainha tocar.

– Eu atendo disse o meu pai, indo até a porta Boa noite, Jacob.

– Boa noite, Sr. Cullen. A Renesmee está?

– Ela está sim, Jacob. Renesmee?

Eu levantei do sofá e fui até a porta, mas quando me aproximei, Jacob fez cara de espanto.

– Renesmee?!

– O que foi eu olhei para baixo, me certificando de que não havia nada de errado com a minha aparência. Depois levei minhas mãos até o cabelo e rosto. Foi quando senti que havia um líquido escorrendo do meu nariz. Ergui a mão até a altura dos olhos e logo reconheci a substância vermelha. Sangue.

– Chame uma ambulância ouvi meu pai dizer.