Memento escrita por setchan


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/46766/chapter/1

Numa das várias noites em que Mana passava a noite em claro, trancado no seu quarto com seu sequenciador, teclado, guitarra, uma barra de chocolate e café, compondo, seu celular tocou. Aquilo era algo muito incômodo, pois qualquer um que tivesse seu número sabia que aquele horário era sagrado para ele.

 

- Alô? – Ele atende, sem olhar no visor quem seria.

- Há quanto tempo, Mana-chan.

 

Existia apenas uma pessoa que tinha a ousadia e coragem de chamá-lo daquele jeito, sem que Mana não desligasse o telefone no mesmo momento.

 

Ele respira fundo, voltando para o aparelho.

 

- O que foi, Közi?

- Sabe que dia é amanhã?

- Domingo. – Respondeu Mana, indiferente.

- Eu quis dizer dia do mês.

- 21 de Junho.

- Irão se completar dez longos anos da morte do Kami. – Completa Közi. Mana não havia esquecido essa data, mas não era um dia em que ele e Közi costumavam sair juntos.

- Nossa, você se lembrou. Pra alguém que não se lembra do dia do próprio aniversário...

- Isso foi só uma vez. – Disse Közi. – Bem, eu e Yu~ki combinamos de ir até o túmulo de Kami de manhã e depois almoçar na casa dos pais dele. Queremos que você venha junto. Que tal?

 

Não era uma má idéia. Fazia um bom tempo desde que Mana havia ido até o túmulo de Kami, “conversar” com ele. E talvez fosse agradável reunir Közi e Yu~ki para se lembrarem dos velhos tempos e almoçar com os simpáticos pais do querido baterista.

 

- Como vamos? – Pergunta Mana.

- Metrô. Daqui a poucas horas, já que estamos no meio da madrugada. Mas eu não sei o qual linha que passa naquele finzinho de mundo onde eles moram.

- K sabe.

- Você vai querer levar aquele seu guitarrista mal-encarado? Os pais de Kami estão meio velhinhos, eles podem morrer do coração ao vê-lo...

- Seu senso de humor não muda mesmo, Közi. – O ruivo ri do outro lado da linha. – É melhor levar K do que nos perdermos em outro fim de mundo.

- Ah, que seja. – Desiste Közi.

- Onde nos encontraremos?

- Naquela estação perto do escritório da Midi:Nette.

- Nossa, que nostálgico. Bem, tenho que ligar para K.

- E se ele tiver algum compromisso para amanhã?

- Ele não terá. – Diz Mana, com toda certeza.

- Mana-chan e seus escravos. Bem, até amanhã!

- Até. – Mana começa a discar o número de K.

 

~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~

 

- Eles estão três minutos e quarenta e sete segundos atrasados, K. – Diz Mana, olhando para o relógio.

- Aquele ali seria Közi-san, Mana? – K aponta para um homem acenando freneticamente na direção de Mana e K. Sem dúvida, era ele.

- Mana-chan! – Közi o puxa e dá um abraço bem apertado, não sendo muito do agrado do menor, que rapidamente o empurra. – Quanto tempo!

- Quanto tempo mesmo. Ah, K, esse é Közi. Közi, lhe apresento K.

- Prazer. – K estende a mão para o guitarrista, que o cumprimenta formalmente de forma bem ocidental.

 

- Então... Alguém viu o nosso vampirão? – Pergunta Közi, olhando ao seu redor.

- Nem sinal. – Afirmou Mana. – Talvez ainda esteja tomando café...

- Mana-san, aquele homem já está nos olhando faz um tempo... – K aponta para um rapaz de aparência jovem, com uma touca escura e jaqueta preta.

- E agora ele está se aproximando... – Completa Közi.

 

Já bem perto deles, o tal rapaz sorri para eles. O medo dos três era que fosse um fã, que pudesse atrair outros fãs, e mais fãs, e repórteres...

 

- Não estão me reconhecendo? – Ele tira os óculos escuros. Rapidamente, Közi também sorri.

- Yu~ki? – Pergunta Közi, abraçando-o. – Há quanto tempo!

- Conde? – Mana não acreditava nos próprios olhos. – Nossa, você parece tão jovem...

- Não parece com o que ele estava no final do MALICE MIZER, um velho completo.

- Ah, não fiz nada de mais. Só uns tratamentos aí...

- Você vai me ensinar isso! – Ordena Mana.

- Andou tomando muito sangue de virgens, não? – Diz Közi, fazendo com que eles rissem.

 

~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~

 

Já no cemitério, eles se encaminhavam para o túmulo de Kami. Eles tinham que ser cuidadosos, pois pelo fato de estarem se completando 10 anos, era provável que houvesse muitos fãs ali.

 

Mas não era como eles haviam esperado. Já no túmulo, apenas três flores haviam sido deixadas para Kami. Talvez por que já fizesse 10 anos, era um tempo bem grande, o suficiente para esquecerem Kami. Pensar aquilo era doloroso para Mana e os outros.

 

- Veja, Mana. – Közi apontava para as flores ali deixadas.

- Talvez sejam de pessoas bem próximas, como nós...

- Bem, que seja. – Yu~ki se levanta do chão, onde já havia feito suas preces e conversado com Kami. – Estou com fome!

- Próxima parada, casa dos Kamimura! – Dizia Közi, apontando para o lado de fora do cemitério.

 

Mana apenas riu com o comentário dos amigos. Ele sabia que, no fundo, era apenas uma maneira de descontrair aquele momento tão doloroso para eles. Mas, eles lembravam-se que, se Kami estivesse vivo ali com eles, ele com certeza iria querê-los sorrindo, por mais que fosse difícil.

 

~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~

 

A casa dos pais de Kami sim, estava cheia de repórteres, fãs e todo tipo de pessoa curiosa. Escondidos atrás de um arbusto, os quatro planejavam como conseguir entrar na casa sem chamar atenção.

 

- Mana-san – K chamava-lhe a atenção. – Eu posso dar um jeito neles...

- Seus métodos não são muito adequados, K. – Responde o menor, fazendo com que Közi e Yu~ki se sentissem aliviados por não ter que presenciar uma cena violenta do monstruoso guitarrista de Mana. – Se pelo menos existisse outra entrada...

- Manabu-san!

 

Ao ouvir seu nome chamado, Mana rapidamente olha para trás. Faziam décadas desde a última vez que haviam lhe chamado pelo seu nome real.

 

Era um rapaz, num buraco no chão onde segundos atrás estava um pedaço do chão com uma pequena planta. Ele olhava frequentemente para os lados, se certificando que ninguém além dos quatro lhe visse ali. Fez um breve sinal para os outros chegarem mais perto, entrando de volta no buraco.

 

- Vamos. – Disse Mana, entrando no buraco, logo seguido por K.

- Eu não vou. – Disse Közi, enquanto Yu~ki se preparava para entrar.

- Você ainda não sacou? É uma passagem secreta!

 

Vendo que Közi nem lhe deu ouvidos, Yu~ki puxa-o para dentro, encontrando os outros, num caminho escuro.

 

- Mana-chan – Perguntava Közi, com o tom de voz baixo. – Você conhece o garotão?

- Közi, sua memória é fraca mesmo. Quando chegarmos lá, provavelmente encontraremos com nosso... Ah, deixa a surpresa pra depois.

 

Não entendendo o que o amigo quis dizer, Közi continua caminhando por aquele corredor escuro, até enxergar o rapaz levantar os braços e abrir outro buraco.

 

Eles se encontravam num quarto tipicamente japonês, limpo, mas vazio. Parecia não ser tocado há anos. A maior surpresa foi quando Közi saiu do buraco e deu de cara com seu antigo companheiro de brincadeiras e piadas do MALICE MIZER.

 

- Gackt! – Közi abraça o vocalista.

- Közi-san. – Diz Gackt, sem nenhuma reação especial.

- O que você faz aqui? – Pergunta Yu~ki.

- Ele vem aqui todo ano. – Responde Mana, limpando a areia que havia em sua roupa.

- E quem é ele? – Közi aponta para o rapaz que havia lhes trazido.

- É You, o cãozinho do Gackt. – Mana responde novamente, interrompendo Gackt.

- Parece que alguém aqui leu o Jihaku¹, não? – Pergunta Gackt, sorrindo na direção do guitarrista.

- Deve ter sido porque o autor foi até a minha casa e me entregou um exemplar. Aliás, nós temos que conversar sobre aquele capítulo, “A Verdade sobre o meu afastamento do MALICE MIZER”.

- Nossa, você até decorou o nome dos capítulos! Parece um livro bem útil pra você, não?

- Sempre me é útil quando falta papel higiênico em casa.

- Você não muda mesmo, Mana. – Diz seu ex-vocalista, cumprimentando com um firme aperto de mão, em que os dois sorriem.

- Não entendo esses dois. – Közi vasculhava o quarto.

- Bem, vamos para a sala de jantar? – Gackt apontava para a saída do quarto. – Os Kamimura e mais certas pessoas estão nos esperando.

 

Mana e os outros queriam muito saber quem eram essas pessoas além dos Kamimura.

 

~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~

 

Mas uma surpresa para Mana, Közi e Yu~ki ao chegarem à sala de jantar. Além do pai e mãe de Kami, como esperado, aquela figura sentada ao lado deles era muito familiar. Inclusive para Mana, que passou um bom tempo tomando remédios para dor de cabeça por causa dele.

 

- O que ele faz aqui? – Mana aponta para o ex-bandmate.

- Ele também era amigo de Ukyo. – Diz a senhora Kamimura, meio sem jeito por estar se intrometendo na ira do antigo líder do MALICE MIZER. – Alguns anos ele também vem até aqui...

- Tetsu-san! – Közi cumprimentava-o, com o costumeiro abraço caloroso. – Cara, quanto tempo! E esses vocais, mega-afinados como sempre?

 

Közi não perdia tempo para contar uma piada. Mana deu um leve sorriso de canto de boca, mas Yu~ki não aguentou e riu de modo que chegou a sentir falta de ar.

 

Realmente era uma piada dizer que Tetsu tinha vocais afinados. Pode ser que, depois de sua saída do MALICE MIZER seus vocais tenham melhorado, mas a principal razão dele ter saído era por sua voz. Por sorte ele não havia ouvido isso da boca dos outros quatro, já que ele saiu antes disso.

 

- Ainda tem mais alguém? – Pergunta Közi, ajudando Yu~ki a respirar com massagem no peito.

- Por favor, deixe os legumes naquele lado da mesa! – O pai de Kami saia da cozinha, segurando alguns alimentos, seguido de um belo homem loiro, ajudando-o.

- Isso tá errado. – Mana coçava a cabeça, tentando raciocinar. – Até ele?

- Kami tinha um carisma único. – Começou K com um discurso. Até o próprio Mana havia se esquecido que o guitarrista estava ali. – Qualquer um que vivia a sua volta era atraído pela sua simpatia. Até mesmo os roadies.

- Agora ele falou como se tivesse sido da banda. – Diz Tetsu, estranhando o bizarro guitarrista de Mana.

- Bem, de qualquer jeito, há quanto tempo, Kamijo. – Mana estendia a mão para o agora vocalista do Versailles.

- Mana-sama... Por que está sendo tão gentil comigo? – Pergunta Kamijo, apertando a mão do outro.

- Tem razão. Kamijo, guarde o meu casaco e dos outros rapazes.

- Sim! – Como por instinto, Kamijo obedeceu-o.

- Mana-chan... Ele era nosso roadie. Agora ele tem até a própria gravadora!

- Uma vez roadie, sempre roadie. – Mana verificava o estado das unhas. – Kamijo, volte antes que o almoço esfrie!

- Sim senhor, Mana-sama! – Gritava Kamijo, da sala.

 

~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~

 

- Bem, todas as caras aqui são repetidas pra mim – A mãe de Kami falava, quebrando o silêncio do almoço. – Menos você.

 

Ela aponta para K, que fica sem jeito. Apesar de grande e tenebroso, ele também era humano. E muito tímido, pelo que Mana sabia.

 

- Ele é o guitarrista do meu projeto solo. – Responde Mana. – Seu nome é K.

- Mana, diga o nome real dele, por favor... – Insiste Gackt.

- Não posso. Está no contrato. – Mana toma um pouco de seu refresco.

- Geralmente é o K que fala pelo Mana-chan. Mas Mana superando a timidez dos outros é nova pra mim...

- Közi, de Mana nós podemos esperar de tudo. – Yu~ki também tomava um pouco de chá.

- Ah, tudo bem. – A senhora Kamimura era muito simpática. – Não temos nenhum problema em te chamar de K. Bem vindo, K-kun.

- O... Obrigado. – Agradece K, gaguejando.

- Gackt-kun, e sua carreira, como anda? – Pergunta o senhor Kamimura.

- É algo bem agitado. São muitas gravações, muitos shows, turnês internacionais, e tirando o fato de que sou muito solicitado pelas fãs...

- Pra alguém que canta pop, tudo deve ficar mais fácil. – Diz Mana, olhando para cima.

- E você, Mana-kun? – Pergunta o pai de Kami. – Como anda a carreira?

- Bem... O Moi dix Mois continua dando o que falar aqui no Japão. Agora, quando não estamos em turnê internacional, fazemos shows mensais, por que nós sim somos muito solicitados pelos fãs.

- Você também faz turnês internacionais? – Pergunta a mãe de Kami. – Alguma vez você e Gackt-kun já se encontraram acidentalmente?

 

~Flashback~

 

- Tudo aqui em Paris é tão lindo, Mana-sama! – Dizia Sugiya, sorridente, tirando fotos aleatoriamente de cada canto daquela cidade.

- Aqui é minha segunda casa. – Mana olha para trás, onde seus companheiros andavam em passos lentos, exceto Sugiya. – Seth, onde você deixou--

 

Mana é interrompido pelo próprio Seth, que aponta para a sua frente. Mana vira novamente, dando de cara com um grande homem de jaqueta azul, acompanhado mais quatro rapazes.

 

- Bonjour. – Cumprimenta o homem. Mana não hesita em passar direto, sem olhar para seus olhos, mesmo que os seus músicos continuassem imóveis.

- Mana-sama, é Gackt-san e o GacktJob! – Sugiya tira foto deles também, aproveitando a câmera já engatilhada. – Podemos ficar um pouco com eles--

- Vamos. Agora.

 

Eles o seguem, como zumbis.

 

~Fim do Flashback~

 

- Uma ou duas vezes. – Afirma Gackt.

- E vocês, Közi e Yu~ki-san?

- Nós? – Pergunta Közi, recebendo como resposta o sorriso da senhora Kamimura. – Bem, eu comecei carreira solo desde o final do MALICE MIZER, enquanto Yu~ki preferiu parar um pouco.

- Um pouco? – Questionou Mana. – 8 anos não é pouco, certo?

- Mas... Eu compus Memento para Közi! – Yu~ki se defende.

- Já faz um bom tempo!

- Senhores, por favor. – Diz Gackt.

 

Mana preferiu manter-se calado ao revidar “malcriadamente” o pedido de ordem de Gackt, já que seria falta de educação sua discutir na casa dos pais de Kami.

 

- Kamijo, me passe o açúcar. – Exigia Mana.

- Mas Mana-chan, o açúcar está perto de mim, e Kamijo está no outro lado da mesa...

 

Antes que Mana pudesse se justificar, Kamijo já havia lhe trazido o açúcar e colocado em seu chá.

 

- Como anda a carreira, Kamijo? – Pergunta Gackt, enquanto o loiro sentava de volta.

- Bem, o Versailles é uma banda muito bem aceita aqui no Japão, inclusive no exterior. Eu e os rapazes estamos dando o nosso melhor!

- Que bom. – Sorri a senhora mãe de Kami. – E você... Qual seu nome mesmo?

 

Ela apontava para Tetsu. Közi e Yu~ki começaram a rir com as mãos na boca, tentando ser educados, o que não deu muito certo, pois Gackt já lhes lançava um olhar repreensivo.

 

- Tetsu... – Respondeu ele, um pouco sem jeito.

- Tetsu, claro! – A Senhora ria, tentando descontrair a falha de sua memória. – Você já veio tantas vezes aqui, mas eu e meu marido estamos ficando velhos, se é que você me entende... Bem, você ainda trabalha como músico como os outros rapazes?

- Bem... Eu passei por algumas bandas depois que saí do MALICE MIZER, mas resolvi ficar em carreira solo. Acho que nenhuma daquelas bandas combinou comigo.

- Você deu quase a mesma desculpa quando quis sair da banda, Tetsu. – Diz Mana, lembrando-se do passado. – Se não existir essa banda que combine com você, a carreira solo deve te fazer muito feliz.

 

Desde sempre, Mana nunca hesitou em falar o que pensa. Às vezes ele parecia um grosso demais, mas era a sua opinião, e ninguém ousava enfrentá-lo. Se fosse outra pessoa, Tetsu revidava, mas era Mana. Se ele fizesse o mesmo, com certeza receberia palavras que o deixariam calado, sem reação.

 

- Bem... – O Senhor Kamimura quebra o silêncio formado após Mana ter dito aquilo para Tetsu. – Vocês, que conviveram profissionalmente com Ukyo, devem ter boas lembranças dele, não?

- E como! – Responde Közi, rindo. – Seu filho tinha um ótimo senso de humor. Era simpático, e tinha um jeito único de tocar bateria. Ele é alguém que realmente nos faz falta.

- Bem, ele era meu melhor amigo. – Começou Gackt. – Éramos bem próximos, então foi algo bem doloroso perdê-lo.

- Não tenho palavras para descrevê-lo. – Disse Mana.

 

Palavras talvez Mana realmente não tivesse. Mas seu conceito sobre Kami era como um excelente músico, amigo excepcional e melhor piadista existente, ficando no páreo de Közi. Kami era o único que conseguia, mesmo com um grande esforço, fazer o líder rir!

 

No final da tarde, todos foram até um pequeno altar montado naquele quarto por onde eles entraram, onde descobriram que era o quarto do baterista. Aquele buraco, nada mais era do que uma maneira que Kami encontrava de fugir de casa durante as noites ou quando seus pais lhe proibiam de sair. Aquela “rota de fuga” só foi descoberta depois de sua morte, segundo os seus pais.

 

Eles fizeram suas preces, sempre desejando que Ukyo estivesse em paz, num bom lugar. Apesar de parecer repetitivo, era o desejo sincero de todos por ele, que lhes fazia tanta falta.

 

Agora eles não eram apenas dez naquela casa. Eram onze. Sem dúvida, Kami estava ali, recebendo todos os bons sentimentos de seus amigos, ao mesmo tempo em que eles sentiam o calor do amigo, aquela boa sensação que ele transmitia quando ainda era vivo.

 

Por mais que inacreditável parecesse, até seu cheiro era exalado pelo quarto. Talvez pelo fato daquele quarto ser seu, e ainda conservar seu aroma. Mas pensar daquela maneira “não era divertido”, como ele diria.

 

E, como não poderia faltar, uma bela criatura voadora de asas azuis adentrou a casa, como se as preces a atraíssem.

 

Era divertido pensar que aquele pequeno animal reconhecia o amor que Kami tinha por toda aquela espécie e estaria ali para agradecê-lo por esse amor. Ou quem sabe poderia ser ele, na forma de seu ser-vivo favorito?

 

Não importava. O fato era de que, todos naquele dia haviam se lembrado do amado Ukyo Kamimura, que deixou este mundo tão precocemente. Que ele fazia falta, era verdade. Mas ninguém ali ficaria triste naquele dia. Este dia foi marcado para lembrar-se dos bons momentos que o baterista lhes proporcionou e até hoje lhes faz feliz, oras!

 

Com certeza, em algum lugar, Kami sorri alegremente, desejando a felicidade dos amigos.

 

E também desejando que Közi contasse piadas mais decentes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como já disse, foi feita de coração! o/
Kami faz falta para todos nós, certo? Ele merecia pelo menos uma fic, vai :,D
Mereço reviews? ;3;



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.