Desolado escrita por plizzin


Capítulo 2
Clarisse e Leo


Notas iniciais do capítulo

Bom, sobre a parte da Clarisse eu inventei. Não tem nenhum relato sobre. Eu só fiz isso pois irei utilizar esta informação.
Boa leitura.



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Clarisse sabia exatamente, pelo que Percy estava passando. Já lhe ocorreu a mesma coisa, quando jovem. Sua mãe morrerá em um acidente de carro quando Clarisse ainda era uma criança.

Não tinha sentimentos bons por Percy, e não era amiga de Annabeth, mas sabia que não era fácil, conviver com a morte de alguém.

Percy olhou-a, dor estampada em seu rosto. Não proferiu palavra alguma. Clarisse fechou a porta atrás de si e adentrou o chalé.

Sentou-se na cama.

Percy continuava na mesma cadeira, fitando o nada, sem dar ao trabalho de olhar para ela.

Se fosse a alguns meses atrás, Clarisse ficaria furiosa, mas no momento entendia sua dor.

Molhou os lábios para começar a falar.

– Você está bem?

– Pareço estar bem? - ele disse. A dor era evidente em seu peito. - Você nunca entenderia. Você é apenas uma filha de Ares que só pensa em briga.

Clarisse enraiveceu-se. Como ele ousa? Nunca gostou dele, agora odiava ainda mais.

– Você não sabe nada sobre mim, Jackson.

– Não. E nem quero saber. Agora, me deixa em paz, La Rue.

Clarisse levantou irada e saiu daquele chalé. Soube que cometia um erro, assim que pensou em entrar lá.

Ela nunca teve compaixão, e agora, tudo que mais queria, era que Jackson se afogasse nas próprias lagrimas.

Leo não suportava ver o amigo assim.

Tudo que Percy estava passando, abriu uma ferida que a muito tempo estava fechada. Leo lembrou de sua mãe. Sabia que a dor não era fácil, queria poder dizer alguma coisa, mas nunca fora bom com palavras.

Tentou utilizar seu senso de humor para fazer o amigo sorrir. Tentativa inútil. Leo viu a dor do amigo antes de todos.

Logo após chutar alguns monstros e ver-se livre, foi a procura de Percy e Annabeth.

Ao chegar onde estavam, a cena não era das melhores. Viu Percy ajoelhado, com a cabeça da garota entre as mão. Ele soluçava.

A principio, Leo pensava que ela estava ferida, mas ao se aproximar, viu que a menina jazia morta.

Aquelas eram lembranças que ele tentava apagar.

Ele não conseguia aceitar que a Loira - Nada - Burra não estava mais entre eles, a garota que lhe causava calafrios de medo.

Ela fora uma ótima amiga. Ele não queria que nada disso estivesse acontecendo.

Aqueles olhos cinzas que amedrontavam qualquer um, nunca mais olhariam o mundo, não teria mais um futuro. Todos os planos da garota se foram. Leo queria poder fazer qualquer coisa.

Compartilhava do mesmo sentimento de Percy, impotência. Doía ver que os 7 agora eram 6, e que nunca mais haveriam sorrisos, alegria entre o grupo. Nada disso devia estar acontecendo.

Ninguém devia ter morrido. Esse sempre fora o plano inicial. Mas agora, nada mais poderia ser feito.

Leo não sabia porque Percy ainda guardava a faca que assassinou sua amada. Mas seria inconveniente para perguntar.

Seguiu até o Chalé do amigo, e adentrou sem bater. A cena que virá, já havia sido presenciada inúmeras vezes.

Percy sentado, fitando o nada.

– Oi Pequena Sereia.

– O que você quer Valdez?

– Acho que você deve sair daqui, o dia esta lindo la fora.

– E nublado no meu peito - Percy sussurrou. Ultimamente, para arrancar altas palavras, só irritando o amigo.

– Já fazem duas semanas... Annabeth não iria gostar de saber que você vive trancado.

– Você não sabe do que ela gosta ou não gosta - Leo percebeu que Percy estava com o maxilar travado.

– A vida segue meu amigo. Ficar aqui dentro não ira traze-la de volta.

– Você acha que é fácil? Todos os nossos sonhos queimados, aniquilados. Eu amo ela. E nunca vou esquece-la.

– Seguir em frente não significa esquecer - Leo sussurrou, seu peito doía, a ferida começará a sangrar, mas tinha que manter-se forte. Pelo amigo.

Um silêncio se instalou no local.

Leo analisou o chalé, e viu a faca numa prateleira. Ele era curioso demais para não perguntar.

– Mn... Percy? Por que você guardou... Mnn... você sabe... A faca.

Ao olhar Percy chorando sem emitir som, Leo odiou-se pela pergunta.

– Era a faca dela...


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Notas finais do capítulo

É isso. Não me odeiem. Obrigada até a próxima.



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