Battle Scars escrita por Lady Graham


Capítulo 1
Prólogo - Editado




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Prólogo

Vale do Loire

Deitadas no quintal da frente da casa de Ariel, expostas ao sol da tarde, a pele branquinha de Ariel já ficava rubra e seus longos cachos castanhos já estavam totalmente embaraçados.

– Ariel, ajuíze-se menina. – Gritou da varanda Blythe, a empregada da família Seymour. - Logo, Sir. Garret chegará e não gostará de ver sua filha jogada no chão como uma desmazelada sem juízo.

Ariel bufou e levantou-se, puxando em seguida sua amiga do chão e entrando em casa, afim de trocar suas vestimentas sujas de lama e grama por um vestido mais decente.

– Ariel, vou para casa jantar, mas a noite volto! – Gritou Lilian no Hall de Entrada, correndo para casa antes que a chuva caísse e molhasse seus cabelos.

A morena murmurou um “tudo bem”, já se despindo e entrando no banheiro, pronta para tomar um banho gelado, devido ao calor que estava fazendo na cidade.

Ela gemeu ao sentir a água tocar sua pele. 5 minutos depois, Ariel desligou o chuveiro e enrolou-se na toalha felpuda branca dela.

Entrou em seu closet e escolheu um vestido simples florido e calçou sua sapatilha dourada.

Ao escutar a porta da frente sendo aberta e fechada em seguida, soube que seu pai havia chegado.

Desceu as escadas às pressas e ao chegar no último degrau quase se desequilibrou, mas retornou ao equilíbrio, segundos antes de pular em cima de seu pai e distribuir beijos por toda a face dele.

– Ariel, não acha que está muito grande para fazer isso? – Caçoou o irmão, encostado no batente da porta da cozinha, olhando enciumado para o pai e para a irmã.

– Deixe de ciúmes Maximilian e venha abraçar seu velho pai. –Ariel despendurou-se do pescoço de seu pai para dar chance ao irmão de abraçar o mesmo.

Ariel sentiu um cheiro no ar e segui para a cozinha, sentando-se a mesa e olhando para a fartura de comidas. Não havia percebido que estava com tanta fome, mas ao olhar para a mesa, viu que poderia devorar um leão.

Minutos depois, seu irmão foi provoca-la.

– Nossa Ariel, não sabia que a comida ia acabar. – A garota grunhiu, depois de mordeu uma parte do coxa de um frango de Blythe havia caçado.

Havia anos que a garota não pudera mais caçar, desde que fora proibida severamente por sua tia Jean, que, dizia que a caça só tornava as moças mais rebeldes e não iriam arranjar um marido, nem casa ou comida.

Ao terminar de comer, Ariel ouviu a campainha tocar e correu para abrir a porta, se deparando com sua melhor amiga, Lilian de cabelos e roupas molhadas.

– O que houve, Lily? – Perguntou Ariel, puxando sua amiga pelo pulso para dentro de sua casa. – Blythe, traga uma toalha e uma xícara de chocolate quente para Lily!

2 minutos depois, Lily estava enrolada numa toalha e recebia uma caneca de chocolate quente nas suas mãos. Ela quase molhara o andar inteiro até chegar no quarto de Ariel.

– Então, conte o que aconteceu.

– Bem, eu estava voltando para cá como foi combinado...

– Como? Á pé?

– Não, eu estava voltando à cavalo, com o Blue Jeans, mas deu uma trovoada forte e ele saiu correndo, indo em direção à Floresta Proibida, ignorando meus chamados.

“Eu queria ir atrás dele, mas ouvi um uivo de lobo e fiquei com mais medo do que já tinha. Então, decidi que deveria vir para cá, para pedir sua ajuda.”

– E o que você quer que façamos?

– Bem, eu estava pensando em nós duas partirmos cedo de manhã para ir em busca de Blue Jeans.

– Na Floresta Proibida? – Sussurrou Ariel, chegando mais perto da amiga. Sabia que seu irmão provavelmente estava com o ouvido colado na porta, esperando quaisquer informação valiosa.

– Sim! Aonde mais ia ser? – Ariel olhou ela com reprovação. Lily ignorou e continuou a falar. – Posso dormir aqui hoje, Ari? – Ao terminar de falar, Lily começou a espirrar.

– Lógico! – Disse Ariel, se levantando, para pegar uma nova colcha e mais um travesseiro. Colocou ao lado do seu e dividiria a cama com Lily, já que a cama é de casal. – Acho melhor dormimos, se quisermos acordar cedo de manhã.

[...]

Já de manhã, as duas estavam de roupas de caça colocadas e uma mala pesada pendia nos ombros de cada uma. Elas colocaram comida, bebidas, pegaram mudas de roupas e algum dinheiro. Não sabiam o que estava escondido dentro da Floresta Proibida e por isso queriam estar preparadas.

Ariel escolheu uma roupa confortável: uma blusa branca de manga comprida, uma calça de velcro marrom e uma bota de couro que ia até metade do joelho. Ela pegou seu arco de bronze e pendurou uma aljava de flechas no outro ombro.

Lily escolheu uma roupa bem parecida, tirando que usava um tênis e não usava um arco. A única coisa que Lily sabia fazer era a de correr. Talvez isso ajude.

– Vamos. – Exclamou Ariel, entrando no estábulo e pegando um cavalo. – Não precisa pegar um cavalo, Lily. Vamos neste e quando pegarmos o Blue Jeans, você passa para ele, ok?

– De acordo. Mas vamos, antes que alguém acorde. – As duas cavalgaram para dentro da Floresta. – O que foi isso? – Exclamou Lily, ao ver uma sombra se mexer.

– Deve ser algum passarinho ou algum coelhinho ou... – Sentiu uma cutucada e se virou. Elas viram um lobo imenso, cor de cobre, de dentes amostra. – Corra, Red Horse. – Mas o cavalo fez o contrário. Ele ergueu as patas da frente, fazendo as duas amigas caírem de bunda no chão. O cavalo fugiu, indo em direção a luz.

Lily levantou-se puxando Ariel e as duas pegaram suas bolsas e começaram a correr, adentrando mais ainda dentro da floresta. O lobo corria atrás das duas e elas gritavam muito alto, pensando que alguém as iria socorrer. Parecia que Ariel havia esquecido que carregava um arco e uma aljava cheia de flechas.

– Ariel, vamos nos esconder ali! – Gritou Lily, puxando Ariel pelo cotovelo, e a fazendo entrar no meio das árvores. Até que Ariel deu um passo falso e acabou caindo dentro de um buraco grande, largo e fundo, puxando Lily consigo.

As duas começaram a gritar, caindo pela escuridão do buraco. Após segundos, elas deram a cara no chão duro e poeirento.

– Aonde estamos? – Perguntou Ariel, antes de cair na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Ficou bom pessoal?



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