As High As Power escrita por AzyButterfield


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um u.u
E tenho novidades; Na próxima postagem irei por o link do teaser da fanfic :3
Boa leitura!
(E perdoem os erros, please, logo, logo vou ver e corrigir)



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Capítulo I

"A família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos" — Martinho Lutero

Dois dias após receber a notícia, vinda de sua mãe, de que se casaria com seu primo, Robb Satrk, um corvo foi enviado ao Vale. Receber a notícia sobre a queda do jovem Bran deixou Leanora bastante abalada, ela pensou, por um momento, se no lugar de Bran tivesse sido seu irmão caçula, no entanto logo depois descartou esse devaneio estúpido. Robin era esmirrado e medroso demais até mesmo para andar sozinho pelos corredores do Ninho da Águia. Como será que estava sua tia Cat, que sempre deixara bem claro sobre Bran ser seu menino dos olhos, o jovem e doce Bran, dos cabelos acobreados e sorriso meigo. Porém, pelo que dizia a carta, ele perdera toda vivacidade e, junto com ela, seu belo e alegre sorriso infantil.

O clima estava mais ameno, embora os ventos fortes continuassem. Lena torcia para seu "matrimonio" com seu próprio primo fosse adiado por conta do trágico acontecimento, mas não foi. Lysa nem mesmo demonstrava remorso em relação ao sobrinho, talvez apenas tenha ficado abalada nos primeiros minutos após ler o pergaminho.

Seus pertences já estavam todos preparados para a viagem assim como a pequena comitiva que a acompanharia. Sor Vardis Egen estaria presente, por insistência de Lady Lysa. Eles partiriam na manhã seguinte, sem hesitação e pelo que comentavam demorariam alguns vastos dias.

Lena estava receosa. E se casar com Robb fosse algo ruim? Pois já tornara-se homem feito, dissera sua aia. Ela teria de perder seu precioso sangue de donzela... Mais cedo ou mais tarde, quando o casamento fosse consumado. Leanora não queria isso, não queria um homem do norte, bruto e coberto de peles e com cheiro de vinho curtido — a menina ansiava por um encantador e galante Lorde, que se vestisse com as mais finas peças de roupa importadas das Cidades Livres e brandisse a espada com tamanha maestria, alguém extremamente como nas canções que a Septã lhe cantava, quando mais jovem.

— Oh, que os Sete escutem minhas preces —, sussurrou, fechando os olhos.

Com um baque surdo Robin entrou nos aposentos de Lena, sendo seguido por Gaia. A menina levou a mão ao peito, exasperada. Era um grande milagre encontrar seu irmão se locomovendo sozinho, sem estar agarrado ao peito da mãe.

— O que faz aqui, Passarinho?

— Vai me abandonar, Lena? — a voz dele era fraca e baixa, com um quê de raiva e indignação.

A ruiva ficou sem reação.

— Passarinho, preciso cumprir com meu dever. Isso é por nossa família!

Manhoso, Robin, correu para fora sendo seguido por Gaia.

A menina Arryn amava seu irmão e não importava-lhe se ele era um garotinho mimado e propenso a crises de choro constantes. Eles continuavam a ser do mesmo sangue, e algo que Lena sempre prezou era o valor da família sobre a vida de um nobre.

Passou-se mais algumas horas e tudo correu monotonamente como diariamente, ali no Ninho da Águia. Lena passou a maior parte daquele dia na Torre da Donzela, fitando o Vale lá de cima; logo após a chuva começar a cair em grossos pingos na janela ela recolheu-se e tomou um banho escaldante, vestiu-se com uma camisola púrpura de seda com rendas muito trabalhosas vinda de Myr e deitou-se, mais cedo que o habitual.

Normalmente a jovem menina Arryn não sonhava, mas naquela noite ela teve um secção de sonhos e pesadelos um tanto curiosos.

O que mais a deixou amedrontada durante o sono foi o pesadelo de quando chegava em Winterfell. O lugar estava vazio, sem ninguém para recebe-lhe com boas graças. O pátio do castelo não possuía muitos nortenhos vagando para lá e para cá como era costumeiro. Tudo estava em silêncio frio e assustador, nem mesmo as aves ou outros animais emitiam sons.

— Alguém...?

A ruiva não teve muito tempo para saber se a responderam de algum lugar por ali porque quando deu-se por si estava em outro local. Dessa vez no interior aquecido do castelo.

Vozes, próximas, chamaram sua atenção:

— Aquela menina... Lena. Está vindo?

— É, e chame-a como Lady Leanora, Theon —, replicou uma voz masculina.

— Tudo bem, então, Meistre Luwin, irei a chamar de Lady Leanora — deu ênfase, carregado de sarcasmo.

— Assim está excelente. Aonde encontra-se Robb?

— Com Lady Catelyn, os dois estão junto de Bran.

— Ah, pobre criança de Verão, ter um fim como esse...

— Continuo não acreditando que ele caiu. Bran era muito bom em escalar...

Tudo ficou preto, e lá estava a ruiva em um outro lugar. Em qualquer situação Lena reconheceria a sala do Trono de Ferro. Sentado no majestoso trono estava Joffrey, com sua postura superior.

Ele falava com seu avô, Tywin Lannister, aos sussurros.

— Pardal, parece que retornou para mim — disseram ao ouvido de Lena. Ela tentou se virar porém a haviam agarrado, de modo que não pudesse se mover muito se não permanecer na mesma posição; observando os Leões a conversar. — Jogar o jogo dos Tronos é perigoso, para uma mocinha tão delicada como você...

O homem, asquerosamente, deu uma fungada no pescoço dela e logo depois lambeu o local. Lena sentia seu estômago revirando. O pior de tudo era ver que tanto Joffrey quanto Tywin a fitavam com sorrisinhos típicos dos Lannisters.

Do nada — literalmente — uma águia surgiu, voando acima da cabeça dela, mas a paz da ave durou o mesmo tempo quê a de Lena: praticamente nada.

Uma flecha acertou a estonteante ave de rapina, assim como acertou um lobo. Lena não conseguia distinguir de onde estavam a surgir tantos animais assim. O pobre lobo, de pelagem fofa e cinzenta, uivou tão alto que o chão pareceu estremecer.

Ordeno! Me largue, agora! — Ela debatia-se contra o corpo do opressor, tentando se soltar a todo custo. O homem era maior e mais forte, isso complicava muito o lado dela.

O homem limitou-se a gargalhar friamente, assim como Joffrey.

— Isso é por mentir...

Uma lamina gelada entrou em contato com a pele dela. Foi doloroso, embora tenha recusado-se a gritar e dar prazer ao monstro que a atacava pelas costas.

— Essa é por fazer a história se repetir...

O punhal entrou e saiu dela inúmeras vezes, ver o sangue a estava deixando ainda pior. Suas forças iam embora lentamente, como se o agressor quisesse fazer com que sofresse em suas mãos.

— Disse para não confiar em ninguém, além de mim, Pardal — Lena conhecia aquela voz. — Se envolver com o Norte só trás problemas...

AHHHH!

Ela levou as mãos ao rosto; estava empapada de suor.

— Foi apenas um sonho ruim — disse para si mesma, — não era real.

Óbvio! Não poderia ser real, afinal o Rei Robert continuava no Trono de Ferro! Lena voltou a fechar os olhos ao colocar a cabeça de encontro com o fofo travesseiro de penas de nobres aves. Isso não foi real, pensou forçando os olhos, não foi real.

Mas ela sabia, sabia muito bem, que aquilo era um presságio.

***

— Será que demorará mais?

— Já estamos chegando, Lady Lena — respondeu Sor Harrold. — Em algumas horas estaremos sobe o domínio de Winterfell.

Leanora deu um sorriso sem graça, corando logo em seguida.

O Jovem Falcão era demasiadamente bonito, possuidor de cabelos bagunçados cor de areia e apertados olhos azuis anis. Isso já era o suficiente para fazer donzelas caírem de amores por ele, embora além de todo conjunto de beleza Harry Hardyng tivesse um sorrisinho de canto que dava a impressão de já saber causar desespero entre as mulheres e meninas do Vale.

Eles estavam seguindo pela Estrada do Rei fazia vinte luas. Lena não aceitou a ordem da senhora sua mãe, Lysa, de ir dentro de uma das "casas". Ela gostava de cavalgar, assim como o seu pai — lembrar de Jon, o Senhor seu pai, a deixava triste demais, ele era o único que lhe dava afeto já que Lysa vivia paparicando Robin para todos os lados por ele ser O Arryn, futuramente herdeiro do Vale da Águia.

Ainda naquele dia eles pararam algumas vezes para descansar e alimentar os cavalos. Quando o sol já estavam sumindo no horizonte e o frio predominando eternamente, Lena optou por cavalgar ao lado do Sor Sydmond Templeton, O Cavaleiro das Novestrelas.

— Acredita, criança, os Stark são pessoas muito honestas e justas, — garantiu-lhe Sor Sydmond.

— Pelo que me lembre meus primos parecem ser mais Tullys do quê Starks — comentou, sonolenta, — somente Arya têm as cores dos lobos.

— Arteira, essa Arya — falou o Sor. — Mas fale, menina, o que lhe está deixando indecisa?

Sor Symond, eu...

Chegamos! anunciou Sor Edmund Waxley, de súbito.

Lena agradeceu aos Sete por o Cavaleiro de Tocalar a ter interrompido. Falar sobre sua vida pessoal com um Sor com quem tinha pouca intimidade não era algo muito agradável.

Winterfell era um enorme complexo, consistindo de duas grandiosas muralhas. Parecia muito maior desde a última fez em que a menina Arryn o visitara.

Não demorou muito e eles foram recebidos por alguns cavalariços e pelo velho Meistre dos Stark. Lena desmontou de sua égua branca, Evana, para caminhar pelo pátio, seguindo o barulho do metal se chocando contra metal. Os Cavalheiros e algumas aias tentaram a chamar, entrementes Lena permaneceu caminhando sem rumo, só seguindo o som do tintilar de espadas.

Lá estava ele, seu futuro marido, Robb, se movendo com graça e leveza, o rapaz não era como ela tivera imaginado; O Jovem Lobo puxara os traços Tully, porém disso a menina Arryn lembrava-se bem, entretanto Robb não dava a valer o jeito tão bruto dos nortenhos, muito pelo contrário. Robb Stark era gracioso e atraente, em uma mistura do Norte e Sul.

Alguns dos rapazes que observavam a luta pararam. Lena era bela demais para não chamar atenção em qualquer lugar que entrasse, ainda mais se no local se encontrasse muitos meninos moços. Robb, que estava de costas para ela, se virou, largando a espada no chão e correndo para o encontro dela.

— Robb — Lena o abraçou, afundando a cabeça nos ombros largos dele.

— Seja bem-vinda, minha prima, — e ele beijou-lhe o topo da cabeça do modo que provavelmente faria com uma irmã.

Ele não sabe, concluiu ela, Robb não sabe que deverá se casar comigo.


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Notas finais do capítulo

Eu sei! Tá ruim pakas, me desculpem, não tava com tempo e nem com ideias e não queria deixar a fic sem att logo no começo.
Só quero dizer algumas coisinhas:
1°Mesmo sendo baseada na série produzida pelo HBO os personagens tem a idade que consta no livro. Ex. Robb tem 14. Só pra cês lembrarem a Lena tem 13 (a mesma idade da Dany Hu3).
2°Esse preságio/sonho... nunca fui muito boa em escrever esse gênero de coisa... Então... Dá próxima tentarei melhorar :p
3°Alguém ai sabe fazer capa de fanfic? o/ estou precisando de uma capa aceitável para a estória.
Bem, acho que é só... Comentem!