Lentamente, ainda sonolentos, os primeiros refugiados começaram a acordar. Tinham os olhos anuviados, e o rosto confuso por um momento.

As crianças bocejavam, mas os adultos e adolescentes estavam com expressões idênticas de susto e surpresa.

Rapidamente, todos começaram a falar ao mesmo tempo, as mãos puxando os cabelos ou fechando os olhos e abrindo novamente, não acreditando no que estava acontecendo.

Subitamente se viraram para Elsa, realização cobrindo seus rostos.

– Elsa, você se lembra também?

A garota assentiu com um meio sorriso.

– Atenção, todos por favor, prestem atenção. Não entrem em pânico, eu creio que a maioria de vocês se lembra de como viemos para cá.

Devagar, alguns assentiram, inseguros.

– Ótimo. Vocês devem saber que foi uma armadilha. Uma mulher enganou nossa Lingua Encantada, e a capturou.

Imediatamente exclamações e murmúrios vieram dos que estavam despertos.

– Essa força do mal, de nome Maléfica, é a mesma que jogou o vírus mortem na terra. Ela deseja aumentar seu poder, assim como seus súditos.

Compreensão se estampou no rosto de alguns. A celebração e festividade já esquecida.

– E o que faremos agora?

– Esse é o ponto. Eu preciso que se mantenham seguros aqui. É provável que Maléfica tenha feito um, bem, um acordo com Breu, o rei dos bichos papões.

– Esperai, não foi ele que ajudou no nosso escape? – Uma garota de cabelos crespos, meio avermelhados perguntou.

– Sim Eep. – A ex-rainha falou, sua voz cheia de pesar. – E, mais uma coisa, preciso de pessoas que me ajudem a resgatar Meggie. Agora que nossas memorias voltaram, Maléfica não vai ter misericórdia conosco. Precisamos fugir... novamente.

Expressões zangadas pipocaram por todo lado. Mas essa era sua única opção.

Elsa pigarreou, voltando a atenção para si.

– Então, quem vai comigo?

Silencio reinou, ninguém a olhava nos olhos.

– Eu, eu vou. – Assustando-a uma voz vinda de algum lugar atrás de si.

Flynn Rider.

Elsa tentou permanecer indiferente.

– Ok, quem mais?

Violeta ia levantar sua mão, mas Wilbur impediu-a.

– O que você esta fazendo Will?

O garoto lhe dirigiu um olhar zangado.

– Você acha mesmo que vou te deixar se arriscar numa viagem como essa?

– Não é você quem decide isso. – Ela disse puxando seu pulso com força.

Nesse momento a ultima pessoa levantou a mão. Astrid.

Elsa então juntou as mãos e disse a todos:

– Esta bem, nós vamos resgatar Meggie e voltaremos o mais rápido possível. Apenas, tomem cuidado. A partir daqui, não temos mais proteção.

As pessoas concordaram, serias.

– Droga, Wilbur!

– Hum. – O garoto de topete bufou simplesmente e virou o rosto.

Dadas as ultimas recomendações, o grupo começou seu caminhos para fora dos portões de Aaron.

∞∞∞∞∞

– Eu, estou com medo. – Vanellope disse se aproximando de Calhoun.

– Eu sei querida, mas tudo vai ficar bem. – A loira disse suavidade saindo de sua voz acostumada com rudeza.

Enquanto as pessoas tentavam preparar-se para algum tipo de ataque, puderam ver duas figuras escuras emergindo das arvores.

– Quem está ai? – Calhoun disse, a autoridade voltando a sua voz.

Logo, cabelos loiros apareceram, junto com uma massa de roupas negras.

– Alice, Nico? – A mulher perguntou incrédula. – Quando chegaram aqui?

A garota não respondeu, caiu sobre seus joelhos, exausta por carregar o amigo por toda a extensão da floresta ate a civilização. Ofegante ela tentou se recompôr.

– Gato... Gato Sorridente. Ajudem Nico. – Com essas ultimas palavras ela caiu, cedendo ao cansaço.

Após uma hora, com as forças recuperadas, a situação foi explicada para os dois recém-chegados.

– Mas, espera ai, meu pai e o pai de Nico, Ralph e Guy... Eles estão muito distantes daqui agora. Para que o feitiço de Meggie funcione, todos precisam estar relativamente próximos.

– Não se preocupe, á essa hora, eles já devem estar a caminho de Aaron. Todos os que estão recuperando a memoria estão vindo pra cá.

– Ah, ok. – A garotinha loira deu uma risada e olhou para Nico. – Ouviu isso, garoto esqueleto, logo vamos sair desse mundo de fantasia.

O garoto pálido lhe dirigiu um olhar sarcástico.

– É isso ai, Alice.

Os dois sorriram olhos azuis contra negros.

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FIM DA SEGUNDA PARTE