Sombrio Limiar escrita por Anwar Pike


Capítulo 56
Enganada


Notas iniciais do capítulo

Oie, de volta nesse com uma reviravolta, e finalmente, a vilã é descoberta!



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Meggie. Meggie.

Escuridão tangível a seu redor. A voz continuava chamando em seus pensamentos.

Meggie, acorde!

A garota levantou os olhos devagar, se movendo o mínimo possível. Sentiu que estava presa pelas pernas, embora não pudesse ver correntes. Ela sentia fome e sede, mas não o suficiente para estar sofrendo.

Ao olhar ao redor, a familiaridade a atingiu com força total. Era seu quarto. O quarto que tinha antes de descobrir que era Língua Encantada, antes de seu pai ter sido morto.

Sentiu as lagrimas aflorarem e as deixou cair silenciosas. Que lugar era aquele, que tipo de truque malvado era esse?

– Ah, você finalmente acordou, já era tempo minha querida.

– Quem, quem é você?

– Ora, mas você não me reconhece?

Meggie negou. A mulher alta caminhou mais perto, seus olhos escuros e o vestido longo aparecendo ás vistas da garota.

Uma leve centelha de reconhecimento brilhou em sua memoria.

– Você é... Mas isso não é possível!

– Ah minha querida, você mais do que ninguém deveria saber que impossíveis já são raros nesse mundo.

– Mas... Maléfica. Eu mal posso acreditar. – Tristeza e assombro em sua voz. – O que você quer comigo, por que esta me mantendo aqui?

– Bem, por uma simples e obvia razão fofa, quero que você pare de interferir em meus planos.

Agora Meggie estava confusa. Sua mente se recusava a coordenar-se totalmente.

– Mas, que... Oh não. Não me diga que...

– Sim, garotinha esperta, o ataque ao acampamento foi meu. Claro que contei com a ajuda de um servo muito precioso. Ele é Língua Encantada como você, sabia?

Meggie expirou devagar. Droga!

A rainha arrogante se movimentou, em seus olhos soberba e quase pena, como se a garota fosse uma mosca que ela estava prestes a esmagar.

– É isso o que quero com você. Deixe que seus amigos refugiados morram em minhas mãos, eles não são responsabilidade sua afinal.

A garota trincou os dentes.

– Por que, por que eu deveria deixa-los com você? Qual é seu plano, sua majestade.

A ultima parte saiu com uma pitada de sarcasmo para provocar.

A mulher mais velha apertou os olhos, mas voltou a sua expressão calma novamente.

– Eu não deveria te contar isso... Mas, como você não vai poder espalhar, creio que um segredinho melhoraria nossa convivência, não?

Meggie franziu o nariz, deixando os dentes amostra.

– Bem. – Ela disse ignorando o rosnado da garota. – Meu plano inicial era destruir por completo a terra, mas, desafortunadamente, vocês tiveram a ideia de criar o véu e o templo. Isso foi um empecilho que me manteve afastada por um longo tempo, mais do que eu gostaria na realidade, mas finalmente, eu consegui uma maneira de destruir o véu. Se meus ataques externos não funcionavam, eu pensei que somente um ataque interno poderia ser eficaz. E é ai onde entram meus queridos traidores. Ele vieram com vocês no portal, sabia?

– Uma vez que os convenci por sonhos e com promessas de recompensa, encontrei uma maneira do meu Língua Encantada atravessar o véu, por apenas poucos segundos e deixar o instrumento que destruiria o refugio pouco a pouco, do interior. A partir dai, só foi preciso esperar.

Ela riu, uma risada doce e tenebrosa.

– Mas, mas eu não entendo. Por que querer destruir a terra? Ela nem mesmo é um reino magico.

– Ah, mas esse não é o ponto minha querida, o que realmente desejo são súditos. – A mulher deixou as palavras surtirem seu efeito antes de continuar. – E, a única maneira de conseguir mais, seria atacado seu lar precioso, fazendo com que viessem para minhas terras.

Meggie arregalou os olhos, mal podendo conter a surpresa e a raiva.

– Você nos enganou. Deixou-nos pensar que aqui era o melhor lugar quando... Você estava nos atraindo para a sua armadilha fedorenta!

A mulher balançou seus cabelos negros e riu, com uma das mãos cobrindo seus lábios verdes.

– Certíssima, minha querida. E agora, com todos vocês aqui, sem nenhuma maneira de recuperar as lembranças passadas, ah... Isso me agrada muito.

– Sua...

– E, para ter certeza de que você não vai avisa-los querida, ou usar um de seus sujos truques para retornar as memorias deles, eu vou te deixar presa aqui. Para sempre!

∞∞∞∞∞

Não. Não desista! Meggie gritou para si mesma. Ela precisava avisa-los, antes que fosse tarde.

Tinha que encontrar uma maneira de se comunicar. Ela deixou sua cabeça cair, pouca força restante. Uma maneira.

Peter! Era isso. Ela fechou os olhos e se concentrou sua mente buscando desesperadamente contatar seu namorado na Terra do Nunca.

Quando eles começaram a namorar, pelo tempo em que a garota tinha feito sua terceira viagem a terra onde os meninos não crescem, Pan fizera uma ligação empática, para que ele soubesse se ela estava em perigo.

Bem, vamos ver se funciona da outra maneira também.

– Peter, eu não sei se pode me ouvir, mas você tem que fazer um favor pra mim. Estou presa no castelo de Maléfica, não tenho tempo de explicar, mas, você precisa devolver as memorias para os refugiados. Por favor, Pan, se não fizermos algo logo, Maléfica ira tomar o controle total de suas mentes. E eu... Vou morrer.

Com um ultimo suspiro ela deixou a mensagem sair, invisível, fazendo seu caminho ate a ilha de Peter Pan.

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Notas finais do capítulo

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