Sombrio Limiar escrita por Anwar Pike


Capítulo 52
Sangue no Limbo Escuro


Notas iniciais do capítulo

UH-HU voltei! Gente, eu nao sei se estao gostando da historia mas... Aqui esta mais um capitulo, fim do sus pense :D

*Eu tive a inspiraçao desse capitulo quando escutava a musica Breath of Life, da Florence, nao que isso importa, mas para aqueles que gostam, ouçam enquanto leem :D



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Pouco tempo agora. Alice se colocou de pé e correu ate a janela. Abriu as cortinas e quebrou o vidro. Bem, creio que consigo passar pelas barras de ferro. Só isso, e então estou fora. Seus pensamentos ainda corriam em velocidade assustadora. Ela podia não ter a inteligência de seu pai, mas criatividade estava no sangue, esse era seu talento.

Ela agarrou as adagas de treinamento em sua gaveta e voltou a janela.

– É agora ou nunca.

Com precisão ela ergueu o braço e acertou as adagas, uma após a outra na parede externa da casa. Espremendo seu corpo por entre as barras ela pisou na primeira. Por favor, esteja firme. Desceu mais um pouco, na quarta. Por favor esteja firme. Quando seu pé estava encostando na sétima a adaga tremeu e Alice despencou, batendo com força no solo gramado.

Sentiu sua consciência deixando-a lentamente.

Um grito a arrancou de seu torpor.

– AHHH!

Ela esforçou seu corpo e levantou-se. seu peito começou a subir e descer rapidamente ao ver os homens lutando, o choque violento das espadas e o sangue ocasional espirrando no ar. O barulho furava os tímpanos. Metal retinido contra metal.

Com as pernas tremulas, Alice colocou-se sobre seus pés.

Amizade é lealdade, e mesmo que tivesse de atravessar o campo de batalha no ápice da guerra, eu correria ate você, mesmo que talvez eu não chegasse inteira, mesmo que me ferisse no caminho. Por que você significa muito pra mim Nico, e eu não vou te deixar sozinho novamente.

E ela correu, saltando corpos caídos, e desviando de laminas afiadas.

O foco da luta parecia estar próximo ao lago, á 10 metros da casa. Os homens de seu pai pareciam estar conseguindo afastar os inimigos da casa.

Porem, ao chegar á três metros de distancia algo fez seu corpo estacar onde estava.

Seu pai estava lutando com o dono da propriedade inimiga. O pai de Nico, senhor Hades.

Os olhos de seu pai brilhavam com inteligência e seu corpo se movia com velocidade e graça de um lutador habilidoso. Não mais a escuridão impedia a clara visão, e Alice viu o momento em que seu pai atacou, sua lamina quase acertando o pai de Nico.

Nesse momento o grito do garoto preencheu o ar.

– PAII! Agora já chega. – Nico colocou as mãos ao lado do corpo, as palmas abertas. Ele fechou seus olhos escuros e respirou fundo.

Segundos depois, varias mãos brancas ou cinzentas brotaram do solo, rachando a terra ao sair.

Os poderes que Nico havia me dito. Mas não, não pode ser...

Ele gritou um grito de fúria e comandou os esqueletos em direção ao meu pai. Em um momento de reflexo em vista da morte iminente, o pai da garota saiu da paralisia causada pelo pânico e golpeou uma vez, a lamina cortando o ar.

Por um momento, Alice pensou que não havia atingido o garoto. Mas o momento passou.

Nico caiu sobre seus joelhos, a mão sobre a barriga com sangue escorrendo por entre seus dedos.

Seus olhos se conectaram com os dela por um segundo.

Ela gritou, ou pelo menos achava que havia gritado. Nada fazia sentido. Naquele momento em que Nico tombou de borco, a única coisa que parecia ser real á seus olhos era a enorme quantidade de sague caído ao lado de seu corpo.

Não! Por favor, você prometeu!

Ela não sabia exatamente de onde vinham aqueles pensamentos, mas pareciam fazer sentido, como uma antiga lembrança.

Ela chegou ao lado do corpo do garoto, que esfriava a cada momento.

A luta havia parado choque no rosto dos homens.

– Olhem o que vocês fizeram!

Hades tentou discutir, mas se calou ao ver o olhar assassino da menina.

– Já chega... JÁ CHEGA!

Ela soltou suavemente a cabeça do menino na grama. O lago tranquilo e profundo em seus mistérios, parecia estar mantendo suas aguas silenciosas, somente esperando o próximo ato.

A loira se pôs de pé, e gritou com todo o folego que lhe restava.

– Gato sorridente!

Gato... O que é isso? O que são essas imagens estranhas, eu não, não entendo!

Com um pop engraçado, um gato listrado, laranja e branco surgiu a sua frente.

Instinto fluindo por seu corpo, ela se moveu na direção de Nico, abraçando-o fortemente.

– Leve-nos daqui, agora!

E o gato enrolou sua cauda nos dois jovens, que divisaram uma vez mais as faces dos homens atônitos, caindo em um limbo escuro e sem forma, onde Alice fechou os olhos, implorando que o pesadelo acabasse.

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