– Elsa, porque na terra estamos indo para as masmorras? A sala de reunião e muito mais confortável! – Anna reclamava enquanto seguia logo atrás da irmã, descendo escadas e mais escadas para uma passagem oculta no castelo. MK respondeu por Elsa:

– Elsa acredita que será mais seguro, para os assuntos com que vamos tratar.

Chegando ao ultimo degrau, Elsa abriu as portas de ferro e entrou, sua capa deslizando atrás de si. Apesar do frio das masmorras e das paredes esverdeadas pelo tempo, a sala estava quente e na medida do possível, aconchegante.

As tochas nas paredes bruxuleavam lentamente.

Os presentes se sentaram sem demora. Mal podiam conter a ansiedade de ouvir o que Meggie tinha a dizer.

Entrando por ultimo, Wilbur correu para um lugar qualquer. Quando se sentou, porem, se viu ao lado de Violeta. Ele teria saído no mesmo instante, porem Jhonny se sentou, deixando o corpo cair pesadamente, impedindo sua passagem.

– Cham, cham, bem, estamos todos aqui para ouvir Meggie, sobre o plano de fuga, portanto, eu peço que não interrompam ate que ela termine.

E assim se seguiu a reunião em seus primeiros minutos, com Meggie explicando sobre a rachadura no véu, sobre como as forças malignas do lado de fora estavam muito perto de destruí lo por completo. Também falou sobre a possibilidade de traição interna.

Nesse momento muitos murmúrios irromperam na sala, mas Rapunzel os silenciou.

– E agora, não temos outra escolha senão fugir. – Meggie finalizou.

– Um minuto, não há como fugir! Se sairmos, seremos sufocados pelo Tenebrarum. Não há outra maneira... – A voz de Mavis, um tanto estridente e assustada, falou, chamando a atenção de todos.

– Eu tenho uma... maneira de tirar todos daqui. – Meggie disse, quase sussurrando.

– Pois então conte! – Drácula disse impaciente.

– Bom, bom, vocês já devem ter ouvido falar de meu... dom, certo? – Alguns menearam a cabeça em concordância. – Eu tenho um maneira de transportar todos em um portal, por um certo livro que possuo. – Meggie respondeu, um tanto insegura.

Todos na sala a encaravam, alguns com a boca levemente aberta e o rosto confuso. Mas outros compreenderam mais rápido e começaram a falar, cheios de pânico:

– Você vai nos mandar para dentro de um livro?! E depois, como vai nos tirara de lá?

– A gente pode morrer! Você enlouqueceu?

– CHEGA! – Merida gritou, assustando os questionadores.

– Eu conheço os riscos das viagens pelos livros. – Meggie falou, sua voz um tanto irritada pela desconfiança de todos. – E a única consequência dessa viagem é... é, caham, a perda de suas memorias. Todas elas.

Um silencio quase tangível desceu sobre a sala.

– O que? – Com a voz fraca, Violeta se manifestou de onde estava.

– Vocês não vão se lembrar de quem foram, ou das pessoas que conheceram. Vão começar uma vida completamente nova, entre as paginas do livro.

Lucille cobriu a boca com as mãos e se curvou alguns centímetros. Em sua cabeça, frases desconexas giravam, deixando a tonta. Não, eu não posso sofrer tudo de novo. Maldição, asas e sangue. Não. Não posso. Por pouco não gritou. Sentiu as mãos mornas e firmes de Once ler apertarem seus ombros por um momento e logo depois se afastar. Ela respirou fundo, e levantou o corpo.

Wilbur sentiu uma pedra fria descer em seu estomago. Ele se decidira a esquecer de Violeta, mas, a ideia de que agora, ela seria apagada de sua memoria, permanentemente, o deixou desesperado. Sem pensar em seus atos ou em qualquer outra coisa ele deu três passos rápidos na direção de Violeta, colocou suas mãos sobre os ombros magros da garota e encostou seus lábios aos dela.

Foi apenas um segundo. Um maravilhoso, terrível e inconsequente segundo. Mas valeu. Ou pelo menos ate o tapa da garota o atingir em cheio na bochecha.

– Auu... – Ele disse enquanto esfregava a bochecha.

Violeta passou o resto da reunião presa pelos braços de MK e Rapunzel em sua cadeira, para que não avançasse em Wilbur.

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