Recomeçar escrita por SavannahW, Laristen


Capítulo 17
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Notas iniciais do capítulo

GENTE OI!
Eu sei que não é domingo, estou postando mega atrasada com motivo.
O Nyah saiu do ar e voltou num fds se não me engano, eu nem havia começado a escrever, então decidi com a lari postar apenas no outro domingo 1/2.
Eu tinha vestibular na segunda, mas me esforcei e escrevi metade. Mas dai meu tio teve um imprevisto e precisou do meu note emprestado. Como boa samaritana que sou, emprestei... e só recebi de volta hoje! Terminei o cap correndo e tô aqui postando.
Desculpem por burlar a programação.
Domingo (15/6) a Lari posta e ai voltamos com a fic nos dias certos.
Beijos!!! - Anne



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Duas semanas já haviam se passado desde que Damon havia voltado para a minha vida. Eu nunca havia me sentido mais feliz e realizada, não apenas pessoalmente, mas também profissionalmente.

Nesse curto período de tempo que havia se passado eu assistia minha filha se adaptar cada vez mais a rotina londrina, essa é a vantagem de se ter tão pouco tempo de vida, tudo o que já viveu foi efêmero. Diferente de mim. Cada dia que se passava eu sentia meu coração se apertar ao me ver longe de tudo e todos que eu conhecia. A saudade que eu sentia ao conversar no telefone com meus pais, Jeremy, e principalmente minhas amigas era dolorosa, mas o que me fazia resistir a vontade de sair correndo para pegar o primeiro avião de volta para os Estados Unidos era meu moreno. Não importa o quão ruim está o meu dia, o quão triste estou, só de sentir seu cheiro e olhar no fundo dos seus olhos eu já esqueço dos problemas. Ter Damon e Melanie ao meu lado já é suficiente.

Meu noivo evolui um pouco mais a cada dia. Em uma semana já retomou o peso normal, me lembrando dos tempos de faculdade. Além dos exercícios da fisioterapia, Damon passa seus dias entre vídeo-conferências e telefonemas. Com a ajuda do advogado que contratamos, Dam conseguiu retomar a posse dos seus bens nos Estados Unidos. Sua antiga empresa, agora comandada pelo seu ex-sócio, o convidou para voltar a sua posição, mas para isso ele teria que voltar para Los Angeles. Para a surpresa de todos na companhia, Damon recusou o cargo que era dele por direito. Entretanto esse choque não impediu a empresa de lhe fornecer a melhor carta de recomendação possível.

Eu, como médica e responsável por Damon, ainda não havia liberado meu noivo para procurar emprego. Eu tinha conhecimento de que ele seria facilmente aceito em qualquer lugar que quisesse, mas apesar do desejo de voltar a ativa eu sei que seu corpo não acompanharia o ritmo e ele poderia adoecer.

Estávamos deitados na cama após termos feito amor. Era pouco mais de onze horas da manhã. Logo cedo eu havia levantado e levado Melanie para a escola, na volta fui surpreendida por uma mesa lindíssima de café da manhã. Tivemos uma refeição calma e romântica, o que poderia definir nossa vida atual, e uma coisa levou a outra.

Era meu dia de folga. Em uma rotina de hospital os dias livres são uma completa bagunça. Existem finais de semana que eu nem piso em casa, plantões de 48 horas com pausas apenas para o descanso de 12 horas obrigatórias. Mas em compensação consigo dois ou três dias livres seguidos algumas vezes, o que era o caso desse fim de semana prolongado.

Havíamos programado de encontrar após o almoço o advogado que cuidou da herança há três anos. Iríamos eu, Damon e nosso advogado Alaric para tentar entender em que pé se encontrava o dinheiro. Meu noivo, por causa do acidente, não se lembrava o que havia ocorrido horas antes de desmaiar, então não tínhamos ideia se o dinheiro estava investido ou havia sido perdido.

Conferi o horário no relógio da cabeceira, 11h27.

– Dam... – sussurrei em seu ouvido para acordá-lo, mordiscando seu lóbulo em seguida.

– Hm. – gemeu adormecido.

– Você precisa acordar. – falei doce.

– Que tal você me dar um bom motivo para acordar. – falou sugestivo ainda de olhos fechados.

– Eu poderia, mas... – selei nossos lábios – Não vai dar!

– Ah. – bufou abrindo os olhos.

Sorri com sua expressão enfurecida. Sem precisar dizer nada Damon já se levantou, provavelmente lembrando de nosso compromisso. Esperei meu noivo sair da rápida ducha que tomara e entrei no banheiro para me livrar da camada de suor que cobria meu corpo. Ao me lavar lembrava dos toques de Damon em minha pele e não pude evitar sorrir, as vezes eu esquecia que teria essas mesmas mãos no meu corpo para o resto da vida e simplesmente aproveitava ao máximo o momento, temendo que pudesse acabar a qualquer instante.

Rapidamente terminei meu banho. Sequei-me e enrolei a toalha ao redor do corpo. Penteei meus cabelos e os sequei apenas o necessário para que não encharcassem minha roupa; maquiei-me como antigamente – habito que eu voltara a praticar – e me vesti. Ao sair do banheiro não encontro Damon e deduzo que ele já me espera na sala. Calço meu salto alto e pego minha bolsa, indo de encontro ao meu amado.

– Linda, como sempre. – Damon me elogia. Ruborizo e, como sempre, agradeço com um sorriso.

Seguimos em direção ao carro, meu noivo insiste em dirigir e eu não o contrario. Acerto o GPS do carro que rapidamente nos fornece a melhor rota e relaxo no encosto do banco, aproveitando o pequeno passeio.

Cerca de vinte minutos depois chegamos ao restaurante combinado. Damon entrega as chaves para o motorista e então posiciona sua mão na base de minha coluna, me guiando pela entrada do aconchegante restaurante.

Enquanto Damon conversa com a recepcionista, me desligo e observo o lugar. É a terceira vez, se não me engano, que saio para comer fora: a primeira com Melanie, a segunda com Damon e nossa filha no fim de semana passado, e agora. Entretanto dessa vez, diferentemente das demais, o local exala elegância. Senhoras de idade estão em suas melhores roupas sentadas em mesinhas para quatro com seus chapéus espalhafatosos; casais apaixonados aproveitam o horário de almoço para matar as saudades; empresários bem vestidos bebericam vinho sozinhos, talvez esperando companhia. E pela primeira vez sinto verdadeiramente que estou em Londres, até mais do que quando visitei os cartões postais da cidade.

Damon me tira de meus desvaneios ao posicionar sua mão, novamente, em minha coluna.

– Por aqui, Elena.

Andamos calmamente até uma mesa na área central do restaurante, encostada a grande parede de vidro, o que nos proporcionava uma incrível vista de um jardim florido. Alaric e Richard Cooper já nos esperavam e assim que nos avistaram levantaram-se para nos cumprimentar.

– Damon, Elena. – Alaric cumprimentou formalmente, apesar da grande amizade que estava se formando entre ele e meu noivo. Respondi com um aceno de cabeça.

– Senhorita Gilbert. – Cooper beijou minha mão galanteador – Senhor Salvatore. – estendeu a mão para Damon.

– É senhora Salvatore, senhor Cooper. – Damon corrigiu ciumento, não pude evitar soltar um risinho.

– Perdão, não sabia que haviam formalizado a união. – Richard se desculpou.

– Não oficializamos. – respondi sorrindo e percebi o advogado confuso.

Nos sentamos e Damon institivamente posicionou sua mão de forma protetora sobre minha coxa coberta pelo fino tecido do vestido que usava. Um arrepio bom tomou o meu corpo e eu sorri para ele, que retribuiu.

– Percebo que já tiveram a chance de se conhecer. – Damon comentou.

– Sim, Damon. – Alaric respondeu prontamente, provavelmente por ter percebido que o amigo não ia com a cara do advogado – Richard me descreveu brevemente o que ocorreu antes do acidente, mas deixarei que ele lhe conte as partes que te interessam.

Damon concordou com um leve balançar de cabeça. Richard abriu a boca para se pronunciar, porém foi interrompido pelo garçom com os menus.

– Qual é a sua última memória, senhor Salvatore? – o advogado perguntou após fazer seu pedido.

– Peça para mim o mesmo que o seu, amor. – Damon se referiu a mim e eu assenti. – Lembro-me vagamente de estar no hotel pedindo um taxi para ir me encontrar com você. Tudo após isso é um grande buraco negro. – respondeu a Richard. – Ah! Lembro-me exatamente do juiz falando algo sobre uma parte da minha herança já estar na minha conta e o resto irá entrar pouco a pouco todos os meses.

Enquanto eu e Alaric pedíamos nossos pratos Richard pareceu pensativo. Ao nos vermos livres do garçom, o advogado continuou.

– Certo, resumirei o que sei. O restante caberá a vocês resolver. – explicou – Você, de fato, foi ao meu encontro, Damon. Entretanto essa informação sobre o dinheiro não é correta. O que ocorreu foi que o juiz liberou todos os bens de sua tia para o seu nome e restava apenas a você decidir o que fazer. Não fui autorizado a permanecer na sala para escutar a listagem da herança, mas ao fim de uma hora fui chamado de volta para assinar como testemunha e seu advogado o documento que repassava 75% das suas posses para Melanie Salvatore.

Engasguei com a notícia e Damon apenas sorriu relaxado, apreciando o que ouvia.

– Como ele poderia transferir algo para alguém que nem havia nascido ainda?! – perguntei atônita.

– Pude ler rapidamente o documento e existia uma clausula onde dizia que se algo acontecesse a Melanie antes dos dezoito anos, idade em que ela terá direito a receber esses bens, você ou, no pior dos casos, algum familiar direto seu poderia ter acesso a toda a riqueza.

Eu não podia acreditar no que escutava. Damon havia sido o melhor pai do mundo e eu não fazia ideia. Observei sua feição e ele parecia concordar com os meus pensamentos.

– Mesmo que Damon não houvesse acordado, quando Melanie completasse dezoito anos ela teria acesso a esse dinheiro. – Richard completou.

– Entendo. – meu noivo balançou a cabeça afirmativamente – E os outros 25%?

– Foi depositado em uma conta num banco aqui de Londres que tem ambos, senhor e senhora Salvatore, como beneficiários.

– E como eu nunca soube dessa conta? – perguntei confusa.

– Como eu disse, a beneficiária é a senhora Elena Salvatore. – Richard sorriu.

– Damon! – de súbito dei um tapinha leve em seu braço reprovando sua ação.

– Eu não posso responder por mim! Não sei o que passou pela minha cabeça. – riu despreocupado.

– Sei...

Nossos pratos chegaram e nos silenciamos por alguns minutos para desfrutar da refeição.

Encerrado o almoço, Richard passou as informações que sabia a Alaric, para que tivéssemos acesso aos bens que pertenciam a Damon por direito e nos despedimos.

Alaric nos acompanhou até a sede do London Bank e, por ter conhecidos lá dentro, rapidamente fomos atendidos. Após algumas perguntas de segurança e da leitura biométrica das digitais de Damon a conta foi finalmente liberada. Tivemos acesso ao saldo de, “somente”, 88 milhões de libras. Não sei o que tia Genevieve fazia em vida, acredito que nem Damon saiba ao certo, mas ela tinha muita grana.

Damon parecia calmo com toda a situação, ao contrário de mim, que parecia uma criança descobrindo o parque de diversões, controlei-me para não passar vergonha.

– Está tudo certo, senhor Damon. Agora você tem acesso a conta com esse cartão – o gerente do banco entregou um cartão dourado para meu noivo – e a senhora também tem um. – entregou-me um igual – Como a senhora ainda não é legalmente casada com o senhor Salvatore eu recomendaria aguardar para usa-lo, afinal pode acontecer algum inconveniente caso lhe peçam identificação.

– Entendo. – concordei.

– Vocês logo mais serão liberados, apenas peço que olhem o cofre antes, pode ter algo que interesse.

Damon concordou, mas eu não sabia o que aquilo significava.

Por questões de segurança apenas Damon pode ir até o cofre, eu e a Alaric continuávamos sentados esperando.

– Alaric, como assim cofre? – perguntei, decidida a acabar com as minhas dúvidas.

– Os bancos disponibilizam cofres, mas não para guardar dinheiro. Alguns guardam jóias, documentos importantes, objetos de valor sentimental... Enfim, pode-se alugar um cofre por qualquer motivo.

– Entendo. – respondi e decidi permanecer quieta.

Após cerca de quinze minutos avistei Damon saindo do elevador que dava acesso ao andar que estávamos. Seu sorriso era o de uma criança, devia ter algo de bom no cofre para que o deixasse nesse estado.

Para minha completa frustração Damon se negou a compartilhar conosco o que havia encontrado no cofre. Apenas deixou claro que seria uma surpresa.

Sabendo que eu não ganharia uma discussão, preferi nem começar.

Nos despedimos de Alaric, agradecendo pela companhia e ajuda, e seguimos para casa. Felizes, mal vimos o tempo passar. Estacionamos e seguimos para a porta de entrada. Ao abrir, uma surpresa...


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Notas finais do capítulo

Postei sem revisar. Eventuais erros eu corrijo mais pra frente. Beijo!