Violetta de quem é o seu filho?

Essa pergunta me pegou totalmente de surpresa,será que eu devo contar ao Leon que esse filho é dele?Mas se eu contar sobre o bebê,vou ser obrigada a contar sobre a "Dama da noite" também,e eu não quero isso eu resolvi enterra a "Dama da noite" e é assim que ela vai permanecer enterrada!Mas também estou sendo egoísta por não pensar no meu filho e no Leon,ele tem direito de saber que esse filho é dele e o meu filho por mais que eu tente negar vai precisar do pai,pois eu sei o que é crescer sem um pai,sem a figura paterna.

—Violetta,você está bem?—Leon despertou-me de meus devaneios.—Eu te fiz uma pergunta e você ficou pálida.

—Não é nada demais,só um enjoo,mas é normal da gravidez.—eu disse.—E você está insistindo em saber quem é o pai do meu bebê,por quê?

—É...—ele enrolou nervoso.—Pura curiosidade.

—Sei.—disse desconfiada.—Quem sabe um dia não te conto?

—Você me lembra muito ela. - ele disse sorrindo e eu já sei que ele se referiu a "Dama da noite".

—Ela quem? - eu perguntei para ver se ele pronunciaria o nome da "Dama da noite".

—Aquela pessoa que eu disse que era muito especial para mim. - ele respondeu com um sorriso no rosto.

—Você não vai me dizer o nome? - eu perguntei.

—Assim como você não me disse o nome do pai do seu filho,eu também não vou dizer o nome dessa pessoa tão especial para mim. - ele sorriu cínico e eu balancei a cabeça negativamente.

—Você não presta Vargas! —ele riu.—Agora eu vou pra casa.

—Posso te acompanhar?Afinal somo vizinhos. - ele sorriu cínico.

—Não tenho escolha. - eu disse.

—Vou considerar como um sim.—eu ri,é impressionante,cada dia que passa eu estou me apaixonando mais pelo Leon,naquela noite eu não tive oportunidade de conhece-lo a fundo,mas mesmo assim um grande amor cresceu dentro de mim e agora que estamos mais próximos eu estou o conhecendo verdadeiramente e estou gostando do que estou descobrindo.—Vamos?

—Sim.—respondi e seguimos para casa em total silêncio,o que me incomodou,se não podemos ficar juntos,pelo menos podemos ser amigos,só tê-lo perto de mim já me satisfaz muito,mas ainda desejo sua boca na minha.—Leon,não precisa ficar esse clima chato entre a gente,já que somos vizinhos e mesmo não querendo teremos que no suportar por um bom tempo. - eu ri na ultima parte.

—Apesar de você ser chatinha.—eu o olhei com uma cara feia,eu odeio quando alguém me chama de chata.—Eu não consigo te odiar.—eu sorri.—E também quero que sejamos,é...amigos.—ele sorriu,mas eu percebi que foi forçado,será que ele não quer ser pelo menos meu amigo?—Então,amigos? - ele estendeu a mão.

—Amigos!—eu apertei a mão dele,com aquele simples toque eu senti um arrepio percorrer pelo meu corpo.Sorrimos e voltamos a caminhar,e ao contrário de antes fomos conversando e dando risadas,assim que chegamos em casa ele foi para a dele e eu fui para minha,abri a porta e entrei,fechei a porta e me escorei na mesma.—Ai Leon,o que você faz comigo? - perguntei suspirando,quando do nada o Leon aparece na minha frente.—Leon? - eu perguntei surpresa.

—Eu te amo. - eu fui correndo abraça-lo,pude senti o calor de seus braços,mas quando me dei conta não tinha ninguém ali,uma grande frustração tomou conta de mim,eu estou tendo alucinações?Não é possível.

Horas depois...

Aqui estou eu,nessa cozinha tentando fazer uma omelete para matar a minha fome,pois agora tenho que comer por dois.Mas como eu disse eu só estou tentando mesmo,pois cozinhar que é bom,nada!Eu sou um desastre na cozinha,quando eu me casar,se é que eu vou casar,coitado do meu marido,vai ter que se virar na cozinha. - ri com os meus pensamentos,desliguei o fogo e pus a omelete no prato.E agora vem a parte mais difícil que é provar isso,que não está com cara de omelete,respirei fundo e levei o garfo até a boca,quando aquilo tocou a minha língua cuspi imediatamente no guardanapo.

—Eu sou um desastre!—eu disse jogando a "omelete" no lixo,então a campainha toca.—Quem será?—fui até a porta e abri a mesma,me surpreendi ao ver quem era.—Leon?!

—O próprio.—ele respondeu.—Posso entrar?

—Claro.—dei passagem para ele entrar e ele entrou.—Nossa tô surpresa por você ter vindo aqui.

—Gosto de surpreender as pessoas.—ele riu.—Mas,vim para te fazer um convite.

—Um convite.—ele assentiu.—Que tipo de convite?

—O que acha de irmos jantar fora?—eu olhei desconfiada.—Como amigos claro!

—Em outros casos,eu não aceitaria.—ele riu.—Mas eu estou com fome e a minha "comida"—Fiz aspas no ar.—Saiu um desastre e tive que joga-la no lixo.

—Nunca vou vim comer na sua casa.—eu dei um tapa no seu ombro.—Ai,mas foi você mesmo que disse que era péssima cozinheira.

—Não,eu não disse que era péssima cozinheira,só disse que a minha comida saiu um desastre.

—E não dá no mesmo? - ele perguntou como se fosse óbvio.

—Olha,eu vou subir e me trocar,antes que eu desista de ir jantar com você.—eu disse.—Fique a vontade,a casa é sua e essas coisas que dizem que temos que falar por educação.—ele riu.—Daqui a pouco eu volto. - ele assentiu e eu subi para o meu quarto,fiquei um bom tempo escolhendo o que eu usaria,eu estava parecendo uma adolescente que está prestes a ter o seu primeiro encontro.Depois de tanto procurar,finalmente encontrei um visual que me agradou,me direcionei ao banheiro e tomei um belo banho,mas nada demorado,me enrolei na toalha e voltei para o quarto e me assustei ao encontrar um ser de olhos verdes no mesmo.

—O que faz aqui Leon?

—Você demorou,então eu vim atrás de você.—ele disse.—A propósito belo quarto.

—Obrigado.—eu disse.—Agora sai do meu quarto que eu tenho que me vesti.

—Nossa como você é educada. - ele disse sarcasticamente.

—Eu sei,mas agora sai. - eu o empurrei até a porta,quase que a minha toalha caiu,mas eu a segurei.

—Cuidado com a toalha.—eu o olhei raivosa.—Tá,tá já vou sair,mas não demore.

—Eu demoro o tempo que eu quiser. - ele riu e saiu.Fechei a porta e tirei a toalha,fiquei olhando o meu corpo e desejei tê-lo envolvido pelos braços de Leon,tirei esses pensamentos da cabeça e me arrumei.

Desci para a sala e vi o Leon perto de uma mesinha onde tinha algumas fotos minhas e da minha mãe.

—Então?O que achou da minha mãe? - eu perguntei me aproximando dele.

—Me desculpa Vilu,por tá bisbilhotando suas coisas,eu vi esse retrato e fiquei curioso,mas me desculpa mesmo.

—Não precisa pedir desculpas.—eu sorri e ele também sorriu.—Ela era muito linda. - eu coloquei o retrato no lugar.

—Igual a você.—eu sorri tímida.—E a propósito você está linda.

—Muito obrigado,vamos?

—Sim,vamos. - eu sorri e fomos em direção ao seu carro,ele abriu a porta pra mim,eu entrei e depois ele fechou como um bom cavalheiro.

—Leon,pra onde vamos? - eu perguntei.

—É um restaurante muito bom que eu conheço já faz um tempinho e eu acho que você vai gostar também.—eu sorri,direcionei a minha atenção as ruas de Buenos Aires e pude perceber que passamos em frente ao club que eu frequentava todas as noites.—Chegamos Vilu. - o Leon anunciou parando o carro,olhei para a janela e vi um lindo restaurante que por sinal era muito fino.

—É muito lindo. - eu disse admirada.

—Eu sabia que você iria gostar,vamos entrar?Estou com fome.—eu ri,coloquei minha mão na porta do carro,estava preste a abri-la,só que o Leon me parou.—Deixa que eu abro. - eu ia protestar,mas quando me dei conta ele já estava do outro lado do carro abrindo a porta pra mim então eu saí do carro.

—Leon não precisava fazer isso,eu tenho mãos sabia?

—Sim e muito lindas por sinal. - ele disse e fechou a porta do carro.

—Você é demais.—ele sorriu cínico e fez com que eu encaixasse meu braço no dele.—Não sabia que estava me casando. - ele sorriu como se alguma coisa estivesse passado por sua cabeça,eu daria tudo para saber o que ele tinha pensado,nos direcionamos a uma mesa que estava vazia(óbvio) e ele fez questão de arrastar a cadeira para que eu sentasse,eu por minha vez não discuti pois sei que vai ser em vão,logo o garçom apareceu.

—Já escolheram o que vão querer? - ele perguntou.

—Eu vou querer rosbife com molho tártaro.E de sobremesa Brownie com calda de frutas vermelhas - disse o Leon.

—Eu vou querer Vitela ao Porto e compota de frutas secas e de sobremesa Taça gourmand . - eu disse e ele anotou o pedido.

—E a bebida? - ele perguntou.

—Vinho tinto. - respondemos eu e o Leon em unissolo,quando percebemos rimos.

—Ok.—ele anotou.—Já vou trazer. - ele sorriu e saiu.Depois de alguns minutos ele trouxe nosso pedido e nos serviu.

—Bom apetite.—sorrimos.—E parabéns sua namorada é muito linda. - ele disse e saiu,nessa hora eu estava bebendo um gole do vinho e quando ouvi isso me engasguei.

—Vilu,você está bem? - ele perguntou rindo.

—Sim.—eu disse me recompondo.—Só fiquei um pouco sem jeito com o que ele falou.

—Entendo.—ele provou seu prato que estava com uma cara ótima.—Hum,tá uma delícia.

—Já dá pra ver pela cara do prato.—eu provei o meu também.—O meu também está uma delícia.

—Sabe Vilu,eu tenho que contar uma coisa.—ele disse e eu voltei minha atenção para os seus olhos que estavam brilhando.—Vilu,é que eu te amo.—eu me surpreendi completamente.—Eu sei que nos conhecemos a pouco tempo,mas você fez com que eu me esquece uma pessoa que eu pensei que nunca esqueceria. - ele disse e eu pude senti meu coração acelerar,mal sabe ele que essa pessoa que ele diz que eu o ajudei a esquecer é exatamente eu.

—Por incrível que pareça eu também te amo.—ele abriu um largo sorriso.—Mas não podemos ficar juntos. - seu sorriso se desfez.

—Mas porque?Se nos amamos porque não podemos ficar juntos?

—Eu fiz muitas coisas erradas Leon,e se você saber creio que vai me odiar pro resto da vida.

—Não me interessa o que você fez no seu passado,o que me interessa é o seu presente Vilu. - ele segurou as minhas.

—Ai que está o problema,eu continuo fazendo coisas erradas Leon. - eu deixei uma lágrima cair e ele a limpou com o polegar.

—Seus erros faz com que você fique mais perfeita.—eu sorri,como o Leon pode ser tão fofo,carinhoso,enfim perfeito.—E diz William Shakespeare que o amor não se ver com os olhos e sim com o coração.

—Eu não posso Leon. - saí correndo de lá,pude ouvi o Leon gritando para que eu o esperasse mas não dei ouvidos,quando estava saindo pela porta do restaurante esbarrei com uma moça.

—Me desculpa moça. - eu disse.

—Tudo bem,mas tenha mais cuidado. - eu sorri.

—Ainda bem que eu te alcancei! - ele disse se aproximando de mim.

—Leon,eu quero ir pra casa. - eu disse.

—Tá bom,vamos. - ele foi até o carro e abriu a porta novamente pra mim e eu entrei.Fomos o caminho todo em absoluto silêncio,quando chegamos na porta da minha casa eu fui abri a porta do carro,mas o Leon me impediu de novo.

—O que foi Leon? - eu virei para ele e ele me beijou,sim me beijou,ele pediu passagem com a língua,mas eu não cedi,ele continuou insistindo e eu acabei cedendo,nossas línguas dançavam de uma forma tão boa massageando uma a outra,quando o ar fez-se necessário nos separamos ofegantes.

—Violetta,você não pode fugir de mim,pois se você for para o Japão eu vou atrás de você,de algum modo você é muito especial para mim e eu farei de tudo para consegui ficar com você,então você quer namorar comigo?....

The continue.