New Order escrita por HaiLin
Notas iniciais do capítulo
x É apenas uma breve introdução.
x Passa-se no ano letivo de 95/96.
Boa leitura.
N e w O r d e r
Capítulo I – A p e n a s o I n í c i o
Por C a r o l i n a R o d r i g u ê s
– Expelliarmus!
– Protego!
O feitiço ricocheteou, então, para um canto da sala, perto de alguns livros que uma simpática sextanista lia. A rapidez com que foi defendida ocasionou uma chuva de aplausos pelos que viam o duelo, entretanto os pares de olhos ainda se encaravam com desdém.
– É o melhor que sabe fazer? – Marjorie Malfoy, quintanista da Slytherin, provocou, dando um típico sorriso da família. – Estupefaça. – Sem chance de defesa, o oponente voou para o outro lado, colidindo com uma parede. Dando-se por vitoriosa, a garota deu meia volta, guardando a varinha nas vestes, deixando um quartanista desmaiado para trás.
Há quem diga que a azaração era por conta de sadismo Malfoy. Tolos!, é claro. A garota não arriscaria tanto no salão comunal sonserino por puro sadismo. O quartanista mereceu, afinal, ofender a família dos outros não é algo legal, mesmo que seja a Malfoy – a arrogante família Malfoy.
Marjorie Malfoy era, basicamente, uma mestiça, filha de uma trouxa com um Malfoy de quem pouco lhe falavam, mas que ela costumava sentir grande admiração. O sobrenome era motivo de orgulho e certa ostentação, talvez por isso arrumasse tantas brigas desnecessárias até mesmo entre os colegas de casa. Apesar da linhagem de bruxos loiros, o sangue da mãe predominava em si, era morena de cabelos e pele e um pouco baixinha, herdara do pai apenas os olhos cinza sempre atrás de lentes de grau. Uma pena.
Após ter deixado o salão comunal sonserino, Marjorie vagou até a biblioteca, a procura da irmã, havia marcado com ela nas folga das aulas para um breve encontro para comentar sobre o primeiro dia de aula. Encontrou-a lendo um livro sobre herbologia acompanhada de duas garotas da Hufflepuff.
– Hey!, mana – aproximou-se do trio receosa.
– Mana! O que houve? Tá atrasada – comentou.
Marjorie deu um sorriso amarelo, mas preferiu ocultar o ocorrido. Não valia contar pra Flávia, sua irmã, sobre as ofensas lançadas a família, ela não se importava muito com essas coisas mesmo.
Flávia era sextanista da Ravenclaw, e, assim como a irmã, puxara o lado materno, até mesmo no quesito sobrenome – nunca usava Malfoy, sempre preferia o Sunshine. Quem as visse, talvez tivesse dúvidas que fossem irmãs mesmo.
– Ah!, olá, Helena, Mellanie – Marjorie fez um curto aceno com a cabeça para as garotas e se sentou a mesa, ajeitando o uniforme disciplentemente.
– Oi – responderam animadas as duas, fazendo a sonserina revirar os olhos.
Mellanie e Helena eram irmãs como Flávia e Marjorie, uma do sexto ano e outra do quinto. Coincidentemente, Helena e Marjorie cursavam quase as mesas matérias opcionais juntas, e a sonserina até apreciava a companhia da Masayuki. E, vale lembrar, que os Masayukis eram uma família de sangue-puro tradicionalmente da Hufflepuff – exceto por dois rebeldes, irmãos gêmeos e mais velhos que Mellanie, que caíram um na Gryffindor e outro na Slytherin, e este sendo melhor amigo de Marjorie.
A conversa corria normalmente em tom baixo, e até poderiam se surpreender com a simpatia de uma sonserina quem passasse por ali e tivesse fixado na mente que a “Slytherin só tem bruxo arrogante, prepotente e do mal” – pensamento este popularizado sem qualquer fundamento que não fosse “Eles gostam de Artes das Trevas”.
– Não tá na hora do jantar, não? Fome... – murmurou Helena, sentindo como se houvesse um buraco negro no estômago a lhe devorar por dentro.
– Muita... – Mellanie fez uma careta.
– Então vamos, meninas? Daqui a pouco Madame Pince nos tira daqui – Flávia já se levantara, guardando suas coisas. Acenou, então, para um rapaz septanista de sua casa, que não vira o gesto pois estava analisando cuidadosamente um livro antigo. – Ele não para de ler... Isaac é pior que eu – comentou.
Pouco tempo depois, as quatro já passavam pelas portas do Salão Principal, onde alguns alunos já começavam a jantar em meio a murmurinhos. Dividiram-se em suas respectivas mesas – Marjorie foi se juntar a Baltazar Masayuki, Mellanie e Helena espremeram-se entre dois segundistas e Flávia apertou-se ao lado de Jamie Owen, septanista.
Fartar-se até explodir, talvez fosse o pensamento que invadia as mesas, até mesmo as dos professores. Fartar-se, dormir e acordar no dia seguinte pra mais um dia de aula, para o segundo de um ano letivo inteiro muito normal, diga-se de passagem. Ou não.
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