Angel era linda, seus olhos cor de fogo brilhavam enquanto olhava para o céu, o vento batia em seus longos cabelos negros como a noite enquanto seus rosto finalmente estava feliz, mas ambos sabíamos que era temporário, logo nosso tempo era curto, e pensar que a alguns dias atrás eu nem se quer tinha ideia de que meu destino era totalmente inesperado.

Bom, melhor começar um pouco antes, para q vocês entendam.

Eu estava quase dormindo novamente na aula de Historia, quando de repente o Diretor abre a porta da sala

- Com licença professora, mas eu queria deixar essa aluna aqui, ela foi transferida, o nome dela é Angel Russo. - Disse o diretor – bom, lembrando vocês alunos, que a Feira de Ciências é fora semana que vem na proxima, espero que já tenham montado suas duplas, bom até mais.

Como eu falei antes Angel era linda, sua pele era bronzeada, sua boca era carnuda e definida, assim como seu corpo magro estava coberto por uma calça jeans clara, vestia uma camiseta cor de pêssego e calçava um All Star preto básico, estava linda.

Ela se apresentou:

- Prazer em conhecê-los, meu nome é Angel Russo, - ela sorriu - sou de São Paulo, meu pai e eu nos mudamos para cá graças ao trabalho dele,espero ser amiga de todos - entregou um papel para a professora e sentou - se duas carteiras a minha direita.

A professora conferiu o caderno dela com ar de aprovação e disse:

- Muito bem Alunos, como o diretor falou, daqui a duas semanas é a Feira de Ciências, deixarei o resto da aula livre para vocês estudarem e formarem as duplas quem ainda não formou, e discutir sobre o trabalho.

Eu adorava essa professora, ela era a mais legal, divertida e alegre de todos os professores, não é a toa que foi escolhida para ser representante da nossa sala.

Fiquei sentado de cabeça baixa, eu não tinha ninguém nessa sala como amigo, eu nem sou de Curitiba, me mudei no inicio do ano, mesmo apesar de estarmos em junho.

Nesse momento pensei “Angel, seu rosto combina perfeitamente com o nome, será que ela aceitaria ser minha parceira nesse trabalho? Mas... ela acabou de se mudar,acho que estou sendo precipitado, bom, deixe para lá. “

Uma mão tocou levemente meu ombro, levantei a cabeça e vi a professora ao meu lado e Angel ao lado dela

- Então James, soube que você ainda está sem parceiro para a feira, sera que você poderia ir com Angel? Já que ela não conhece ninguém por aqui. - a professora pergunta.

- Cl a... claro professora – Isso James, começou bem – será um prazer.

- Oi, meu nome é Angel – ela disse

- O... Oi – respondo, essa crise de gage jeira tem que passar logo, ou eu estou ferrado.

Angel é a pessoa mais legal que eu já conheci, contei a ela que quando era pequeno meu pai morreu, então eu moro sozinho com minha mãe, mas ela trabalha de mais, então fico sozinho quase o dia todo, então dai eu tenho esse problema para me socializar, e parece que ela tem esse mesmo problema com a solidão, o que me leva a pensar que talvez..

- E então, o que acha de uma usina hidroelétrica para o nosso trabalho? - ela muda de assunto -

- mas como faremos uma? - respondo - além de que...

Sou interrompido por uma rosquinha voadora que bateu em minha cabeça, seguida de uns risinhos abafados lá do fundo, olho para traz, era Dafne.

Dafne é uma dessas criancinhas ricas que os pais colocaram na escola publica para “ver como a vida é difícil” mas parece que ela não aprendeu isso, está sempre usando rosa,junto com suas seguidoras, se na vida existem pessoas legais, certamente ela não é uma dessas pessoas.

- Desculpe – Dafne fala – escorregou. – as suas seguidoras abafaram risinhos.

OK, pensei. Desde o inicio do ano essas garotas tem infernizado a vida de todos os alunos, pelo menos acho que eu não era exclusivo, mas sempre sobrava para mim.

- Calma – disse baixinho para mim mesmo.

Angel sorriu para mim.

- James não é um nome muito comum por aqui não é? - ela pergunta – e pelo seu jeito, você parece ser bem calmo.

Consigo sorrir, seus olhos laranjas como chamas tinham um tom curioso, como se ela me estudasse a todo o momento que me olhava, isso me incomodava um pouco, tanto que acabei ficando vermelho

- Como está quente a sala não? - tento disfarçar – em comparação a esses dias frios que tivemos.

Ela sorri, de algum modo seu sorriso me penetrava de tal forma que era difícil não olhar, seu sorriso parecia de alguma iluminar o ambiente.

Decidimos usar uma especie especie de corrente de energia feita com ague e sal, assim seria não tão difícil e acho que poderíamos ficar acima da media , mas o problema está na explicação, digamos que, eu não sou o melhor em lidar com pessoas, e o fato de eu ser um Otaku (grande fã de Animes e da cultura japonesa) não ajuda muito nessa parte da vida, mas graças aos Animes eu posso entender a vida um pouco melhor, pelo menos no meu ponto de vista.

Cheguei em casa e não tinha ninguém, grande surpresa, então comi, escovei meus dentes, vi TV, mexi um pouco no computador, tomei banho, e fui dormir cedo, eram aproximadamente 23:30, estava quase dormindo quando minha mãe abriu a porta do meu quarto e acendeu a luz, eu fiquei meio irritado quando a luz do nada surgiu queimando meus olhos

- Mãe... - resmungo – pode apagar a luz por favor? Estou tentando dormir aqui.

- Desculpa – ela responde não mostrando nenhum arrependimento – bem, boa noite meu filho – ela me da um beijo de leve no rosto e apaga a luz.

Vocês devem estar achando que eu peguei pesado com minha mãe, mas afinal de contas ninguém gosta quando te acordam com uma forte luz queimando seus olhos, não é mesmo? Me desculparia com ela amanhã, mas por hoje é hora de dormir.

Nessa noite eu tive um sonho estranho, não era incomum eu sonhar, mas não nada tão real, sentado em uma praia deserta, reconheci o lugar, era Balneário Camboriú, em SC, minha tia tem uma casa lá, e eu vou todo o final de ano comemorar o ano novo, mas nunca fui no mês de Junho, pelo fato dos fortes ventos e do frio... Continuando, eu estava sentado durante a noite na praia deserta, o ar estava frio, mas a noite e as estralas faziam aquela paisagem valer a pena, ao meu lado estava um garoto de pé que olhava para o horizonte.

- Belo começo – ele disse ainda olhando para o horizonte – depois que você e sua amiguinha de fogo partirem, siga para esse lugar,, mas antes passem onde a o véu da fantasia e da realidade se misturam, você já foi lá uma vez, não tenho duvida que você vai saber onde é, mas se a duvida lhe atingir, procure o castelo arco-íris. - ele se vira para mim e diz – controle seus poderes,, Jason, a força vem dos seus sentimentos, você precisa demonstrá-los. - olhei novamente para o garoto, seus olhos brilhavam como o mar durante a noite, seus cabelos negros bagunçados estavam em cima de uma pele branca com um bronzeado antigo, e seu sorriso era tímido, assim como o meu, ele parecia muito comigo, como se fossemos gêmeos quase iguais.

Acordo, olho no celular, são quase nove da manhã, aquele garoto me penetrava a mente, o que era ele, porque dizia coisas malucas, e o mais importante, porque se parecia tanto comigo?

Levantei e de cara bati meu pé na quina da cama, droga pensei, pelo visto hoje o dia não seria muito melhor que ontem.

Passei a manhã inteira sem fazer nada, somente pensando em como iriamos fazer aquele trabalho. Olhei no horário escolar, duas aulas seguidas de Educação física, com aquela professora maluca viciada em queimada, Ótimo, como se a meu dia já não tivesse começado ruim.Tomei um banho, peguei meu material escolar, uma camiseta reserva, Será que a Angel sabe sobre a professora maniaca? Peguei uma camiseta extra da escola para ela, só por precaução, e fui para a escola.

Ter que encontrar a Dafne na escola já não me deixava contente, mas encontrá-la no elevador era ainda pior, hoje seu cabelo loiro estava preso em um rabo de cavalo e sua maquiagem era meio exagerada, estava como uma Barbie aluna, o que não era lá muito atrativo, esqueci de dizer, somos vizinhos.

Ela sempre se comporta perto de seus pais, o que é conveniente, hoje seu pai à levaria para a escola, seu pai era um homem também loiro, com cara e corpo de lutador, ele sempre me assustou um pouco, pelo menos desde que fui morar na cidade.

- Oi James – ela disse em um tom de zomba, o que normalmente é estranho, já que esta com seu pai, que nem da bola para nos – tudo bem?

- Oi Dafne – respondo – tudo e você?

- Também, você aceitaria um carona? - ela pergunta, “inocentemente” - você vai de apé para a escola, não é?

Aproveitei que o elevador parou e disse saindo.

- Melhor não, fazer exercício faz bem ao corpo, você deveria tentar de vez em quando – sorrio enquanto ela me fulmina com o seu olhar com raiva

- Você vai me pagar garoto – escuto quando o elevador fecha – eu não estou gorda

Sigo para a escola, talvez o dia não seja tão ruim assim, pena que esse pensamento estava errado, quando cheguei na escola fui surpreendido por bexigas voadoras cheias de água, pelo menos não molhou meu material, ainda bem que eu levei uma camiseta extra, pois andar molhado na escola não é nada legal pensei.

Na primeira aula eu estava ansioso para falar com Angel, ela era uma garota legal, e me passava uma especie de calor, como se eu estivesse perto de uma lareira, mas de modo confortável. Me desesperei quando ela não chegou na primeira aula, não seria nada bom ela faltar no segundo dia de aula dela, mas me tranquilizei quando ela chegou na segunda aula. De certa forma, não sabia o porque eu me incomodava em sua ausência.

- Desculpe o atraso – ela disse – perdi muita coisa?

- Só meu banho de bexigas voadoras cheias de água, mas fora isso nada – respondi enquanto ela sorria – mas você deveria ter vindo depois, agora é a aula com a professora Magali, e acho que você não vai gostar muito.

- O que tem a aula com essa professora Magali? - ela pergunta.

- Três palavras, Maniaca Por Queimada

De certa forma eu acho que poderia confiar em Angel, eu sentia algo que, de certa forma nos ligava, como um destino.

Na aula da professora Magali, uma surpresa, íamos jogar queimada, uau que impressionante.

Eu sempre fui bom em queimada, eu era de certa forma flexível, mas meus ataques não eram totalmente fortes, então eu era eliminado, eu e Angel ficamos no mesmo grupo, o que de certa forma era bom, eu poderia protegê-la, já que ela era de pequena e também parecia ter um corpo frágil, mas pelo contrario, seus ataques eram muito eficientes, e se movia com tal velocidade que eu mal podia prever seus movimentos, acabamos nós dois contra Dafne e suas amigas, o olhar de Dafne era de pura raiva, acho que chamá-la de gorda não foi uma coisa esperta de se fazer, no total eram sete contra dois, e eu não podia atacá-las com força, afinal eram garotas, isso seria imoral.

Angel percebeu que eu era o alvo, de certa forma o ar acabou parecendo ficar mais seco em sua volta, e ela parecia brilhar, como se um fio laranja contornasse-a, eu estava começando a ficar com medo daquela garota.

- Hora do show - Dafne comenta.

Depois disso bolas voadoras tentavam me acertar, mas sempre eu desviava, como se meu corpo se mexesse antes de eu pensar, meus pensamentos estavam concentrados em Angel, que ficava meio que de espectadora quando uma bola estava prestes a acertar Angel quando ela simplesmente para a bola com a mão, enquanto olhava para mim como se não fosse nada de mais, o que de certa forma me assustou um pouco.

Angel desde da primeira vez que eu a vi, ela sempre me pareceu frágil, o que a tornava de certa forma fofa, mas agora, sua força estava evidente, principalmente quando ela lançou a bola e atingiu Dafne na barriga, fazendo-a cair de joelhos não chão.

- Mil desculpas Dafne – disse Angel com um sorriso formava no canto de sua boca – machucou muito? - disse Angel inocentemente – eu não pensava que você fosse tão frágil.

Dafne fulminou Angel com seu olhar.

- Está tudo bem - diz Dafne – mas acho que não vai estar por muito tempo – ela olha como se fosse matar Angel, o que eu acho que era verdade.

Depois da aula, o frio percorreu minha espinha, e o suor não ajudava muito, como estávamos nos meses frios aqui no sul do Brasil, e também o fato de eu odiar usar blusa, apesar de sentir frio, isso me fazia sentir melhor, mas agora o frio era maior que o normal, chegou a me incomodar, mas então quando Angel chegou mais perto o frio de certa forma diminuiu.

- Está chegando o dia – ela fala com um tom de serenidade, então me olha e sorri como se não tivesse dito nada – acho que arrumei uma inimiga, não é?

- Cuidado, ela vai aprontar uma com você ainda, pode ter certeza. Mas agora é o intervalo, quer andar comigo?

- Claro.

Saindo da porta Dafne empurrou Angel.

- Olha por onde anda, nanica – diz Dafne, o risinho de suas amigas formaram atrás dela.

Angelirradiavapura raiva, seus olhos brilhavam como se uma fogueiraestivesse em nossa frente. Seu ponto fraco deveria ser sua altura, e Dafne devia ter percebido isso, mas Angel apenas se limitou a suspirar e disse calmamente:

- Você está certa, mas eu devia ter desviado, já que da para sentir o fedor de seu perfume à 15KM de distancia – Angel sorriu de modo travesso – oh desculpe, eu não queria feri-la, mas deve ser por isso que não arranja um namorado, ou simplesmente deveria começar a fazer uma dieta.

Angel me puxa pelo braço e saímos correndo dali antes que Dafne desse seu “piti”.