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Espelhos escrita por sasaricando
Capítulo 1
Capítulo 1
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– Por que demorou? – O pai pergunta com um semblante triste.
– Estava tentando a sorte. Se ganhássemos na loteria poderíamos mudar de vida! – A garota sorri com o bilhete já amassado e suado em sua mão.
– Dinheiro? Minha filha, todo o dinheiro do mundo só traria infelicidade. – Fecha os olhos.
– Mas, pai! Poderíamos pagar um hospital melhor! – Sem entender o porquê daquele homem recusar sua salvação.
– O dinheiro faz com que as pessoas morram! Minha filha, você não acha que alguns interesseiros poderiam surgir?
– Mas, pai, nós daríamos um jeito.
– Me diga que me ama, e isso basta.
– Mas, pai...
– Um dia irá entender.
O observa. Este homem que está quase morrendo com tanta gordura entupida em sua artéria, agora pergunta se ela o ama! O mesmo que, quando ela era apenas uma criança, a obrigava a fazer exercícios para a postura; aos doze, quando foi um pouco gorda, ele a fez emagrecer, quase a levando à anorexia; aos quatorze a obrigou a fazer uma plástica na orelha e aos quinze um aparelho dentário. Todas as mudanças naquela pequena garota serviram para que ele ganhasse pequenos elogios dos amigos: “Mônica tão bonita e um pai tão feio”, era desse tipo de elogio que ele gostava.
Mônica o odeia. A última plástica não deu certo, a plástica que ele disse que a deixaria bonita. Um dinheiro para tentar corrigir o erro brutal do cirurgião e para tentar salvar a vida de seu pai.
Os aparelhos começam a fazer barulho, seu pai começa a tremer, ele está morrendo.
" Não tenho medo da morte. Tenho saudades da vida."
– Estava tentando a sorte. Se ganhássemos na loteria poderíamos mudar de vida! – A garota sorri com o bilhete já amassado e suado em sua mão.
– Dinheiro? Minha filha, todo o dinheiro do mundo só traria infelicidade. – Fecha os olhos.
– Mas, pai! Poderíamos pagar um hospital melhor! – Sem entender o porquê daquele homem recusar sua salvação.
– O dinheiro faz com que as pessoas morram! Minha filha, você não acha que alguns interesseiros poderiam surgir?
– Mas, pai, nós daríamos um jeito.
– Me diga que me ama, e isso basta.
– Mas, pai...
– Um dia irá entender.
O observa. Este homem que está quase morrendo com tanta gordura entupida em sua artéria, agora pergunta se ela o ama! O mesmo que, quando ela era apenas uma criança, a obrigava a fazer exercícios para a postura; aos doze, quando foi um pouco gorda, ele a fez emagrecer, quase a levando à anorexia; aos quatorze a obrigou a fazer uma plástica na orelha e aos quinze um aparelho dentário. Todas as mudanças naquela pequena garota serviram para que ele ganhasse pequenos elogios dos amigos: “Mônica tão bonita e um pai tão feio”, era desse tipo de elogio que ele gostava.
Mônica o odeia. A última plástica não deu certo, a plástica que ele disse que a deixaria bonita. Um dinheiro para tentar corrigir o erro brutal do cirurgião e para tentar salvar a vida de seu pai.
Os aparelhos começam a fazer barulho, seu pai começa a tremer, ele está morrendo.
" Não tenho medo da morte. Tenho saudades da vida."
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