Danger escrita por Vespertilio


Capítulo 20
Sur.pre.sa.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas.
QUANTO TEMPO!
Eu poderia pedir desculpas, mas acho que o cap. lindo"barra"divo que se segue já faz isso por mim. Sério, eu adoro essa parte da história, por motivos de: é agora, É AGORA, que a verdadeira treta vai começar. Alerta de personagens novos por aqui. Alguns já conhecidos da serie, outros não.
Acho melhor eu parar de enrolar, senhoras e senhores, para vocês e para nossa amada Skye, uma MEGA SURPRESA!
boa leitura!



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Avião 14h56min.

– Agora eu sou uma agente, agente. – Ela brincou e ele riu, era fácil rir ao lado dela, era bom, era agradável. Ela era agradável.

– Acho que você já pode dispensar meus serviços de O.S. – Acrescentou sério sentando-se na cama e apoiando a cabeça dela, que já estava sentada, em suas pernas. Estavam no quarto dele. Depois de ter recebido abraços e felicitações de todos da equipe, inclusive de May, Skye lançou um olhar que ele interpretou como: Me tire daqui, Ward. E foi o que fez. Com a desculpa de que tinham que conversar sobre o treinamento de Skye, ele a puxou para longe dos outros agentes da equipe.

– O quê? – Ela arregalou os olhos pondo-se de pé à frente dele. – Nada disso, Senhor Robô.

– Droga. – Socou o ar. - E eu aqui pensando que ia ter tempo livre...

– E pra que você ia querer tempo livre? Saltar de paraquedas?

– Sabe que não é uma má ideia? Aproveitando que eu estou num avião… Se bem que é melhor não, minha namorada não vive sem mim.

– Sua namorada? - Skye franziu o cenho. - E você tem uma?

– Tenho sim, mas ela é tão lerdinha que nem percebeu isso ainda. - Provocou-a

– Talvez ela esteja esperando um pedido oficial… - Ela sorriu dando de ombros. Encantadora.
Ward levantou-se da cama, assim como ela fizera tempos antes, e a olhou diretamente nos olhos. Não conseguiu evitar a formação de um sorriso bobo e involuntário nos seus lábios. Nunca imaginara que poderia se apaixonar. Não tão rápido, não tão forte e por alguém como ela. Não imaginara que iria fazer algum dia, o que estava prestes a fazer. Mas ele faria.

– Você acha que eu sou gay?

– Parece. – Ele deve ter feito careta com o comentário, pois ela acrescentou rapidamente – Brincadeira, todo mundo sabe que cowboy que é cowboy é macho! – Riu novamente – Ele era seu irmão, não era?

– É. – Pegou a foto das mãos dela – Gale e eu. Uma dupla inseparável. Éramos bem parecidos, não só fisicamente.

– Fisicamente? Não mesmo. Seu irmão não é tão feio quanto você, agente Ward.

– Ah! Muito obrigada mesmo, Skye! – Se fez de ofendido.

– Por ter pego sua camisa, entrado no seu quarto sem avisar, ter te xingado ou...

– Por me fazer rir. Acho que é a primeira vez que eu rio de verdade em muito tempo.

– Mas eu não duvido nada. – Skye imitou um robô e ambos riram.

Talvez ela não seja tão desprezível quanto pensou, Ward. Sua consciência sussurrou. E, ele teve de concordar com ela.

Gostava de Skye.

E, ao contrário da mentira que tentara mostrar a si, ela não era desprezível. Talvez fosse um pouco. Mas quem não era? Ele mesmo o era. Tinha que admitir, mesmo querendo esquecer todo seu passado carregado de tragédias, más escolhas e péssimas ações, ele fora pior. Muito pior. E mudara não mudara? Certo que carregava consigo cicatrizes e certas feridas que eram, vez ou outra, reabertas. Entretanto, se fosse possível haver no mundo uma cura para sua dor, ela estava bem ali na sua frente. Vinda diretamente de outro planeta.

– Skye. - chamou-a libertando a ambos da ligação que se estendia entre seus olhares. Segurou as duas mãos dela, beijando as costas de cada uma antes de retomar a fala. - Eu não sou a melhor pessoa do mundo. Eu não sou um bom homem. Mas estou tentando ser. Por mim. E agora, por você também. Nunca acreditei nessa história de príncipe encantado. E continuo, apesar de tudo, sem acreditar. - Um leve frio passou por sua espinha ao recordar-se de seu irmão - Não sou seu príncipe. E você tampouco a minha princesa. E por isso mesmo, por sermos tão imperfeitos juntos, que eu tenho certeza do que eu quero. - Ela esperou que ele continuasse, uma lágrima rolava livre pelo rosto bronzeado - Eu quero você. Eu quero namorar você. Resta saber, o que você quer. - Pondo-se de joelho perguntou: - Você, lerdinha, quer namorar comigo?

Ela ficou em silêncio pelo que se pareceu um longo tempo. Tudo o que se podia ouvir dentro daquele quarto eram as batidas descompassadas do seu coração. Se Skye tivesse demorado um segundo a mais para responder, ele não tinha dúvidas de que infantaria ali mesmo. Podia sentir as gotas de suor escorrendo pela sua nuca. Podia ouvir a risada inescrupulosa do seu irmão. Num momento ele estava ali, esperando a resposta de Skye. No outro, tinha 14 anos novamente.

– Você não achou que eu fosse querer algo com você, achou? - A menina, um ano mais velha que ele perguntou. Ela trazia no rosto a mais desdenhosa das expressões. - Olhe só pra você Grant. É um fraco. É um nada. Nenhuma menina se interessaria por você. Nunca.

Os olhos dele encheram-se de lágrimas ao ouvir aquilo. A tristeza o tomou por completo. Ele estava sozinho, sozinho com seu próprio fracasso. Tentou correr para o mais longe dali, mas a multidão que se formara ao redor deles o impedia. Risadas. Piadas. Desdém. Fracasso.
Como se tudo já não estivesse ruim o suficiente, seu irmão surgiu no meio da multidão, dando a mais alta de todas as gargalhadas. Adicionando ainda mais peso ao fracasso de Ward quando beijou aquela a quem ele tentara conquistar. Aquela que o irmão afirmara gostar dele.

– Você. - cuspiu no meio da multidão. - Você é um nojento.

– Você é um idiota. Idiota que se enche de sonhos e fantasias, um idiota que acha que pode vencer na vida, um idiota que tem a certeza de que gostar das pessoas é algo positivo, mas eu te garanto Grant, não é. Isso tudo o que aconteceu aqui é culpa sua. Por ser isso que você é. Um lixo humano.

– Eu te odeio, seu maldito. - Disse e correu para soca-lo.

Então tudo ficou escuro.

~*~

Não respondeu ao pedido de Ward.

Eles não precisavam de palavras.

Agachou-se ao lado dele e envolveu-o o rosto com ambas as mãos. As lágrimas que caiam de seus olhos eram ofuscadas por seu sorriso. Sorria porque sabia o queria. E o que ele queria. Sorria porque sentia, pela primeira vez na vida, que algo fazia sentido. Sorria porque ele sorria. E aquele sorriso era pra ela.

– Estou entrando, se vocês estiverem pelados, por favor se cubram. - Fitz entrou no quarto com a mão sobre os olhos e Skye teve de rir.

– Quando você ficou tão engraçado, Leosinho? - Ward caminhou até ele e deu-lhe um soco de leve no ombro.

– Leosinho? - Riu mais uma vez. Se era estranho ver Fitz fazer piada, o que se podia dizer de Ward tratando alguém pelo diminutivo? - Quando você ficou tão carinhoso?

– Não sei. - E aproximando-se ao seu ouvido ele sussurrou. - Acho que foi depois de ter conhecido a minha namorada.

Sorriu instantaneamente e teria lhe dado um beijo se Fitz não tivesse falado.

– Coulson quer todos na sala de reuniões.

– Missão nova? - Perguntou.

– Com visita nova. - Fitz respondeu com um ar tristonho e ela soube a quem ele se referia.

– Gabriel?

– Gabriel.

Pegou na mão de Fitz e recebeu um olhar compreensivo de Ward. Talvez ele fosse mesmo uma pessoa sensível, e se importasse com o bem estar de Fitz tanto quanto ela. Caminharam em silêncio até a sala de reuniões. May, surpreendentemente, já estava lá, ela sempre era a última a entrar nas reuniões, com suas frases mal humoradas de efeito. E, mais surpreendentemente ainda, ela estava sorrindo. Sorrindo enquanto conversava com Coulson e mais dois homens que Skye nunca vira na vida. Um deles, pensou já os odiando, deveria ser o Gabriel.

Olhou para Ward em busca de explicações, talvez ele soubesse quem eram aquelas pessoas, ou, ao menos, o que estavam fazendo ali. Entretanto antes que pudesse proferir qualquer tipo de pergunta, obteve sua resposta ao ver um namorado sorridente abrindo os braços e envolvendo o mais velhos dos dois homens calorosamente. Sim, eles se conheciam.

– Fitz, quem são esses? – Sussurrou para o loiro que ainda estava de mãos dadas com ela.

– Esses são os agentes Triplett e Garrett. – Coulson falou assim que a viu.

– Prazer, Skye. – Falou estendendo a mão livre para o homem moreno que sorria para ela. O mais velho, Garrett, que estava abraçado com Ward, apenas acenou de onde estava, recebendo o mesmo cumprimento e um sorriso amarelo como resposta.

– Onde está a Jemma? – Fitz perguntou notoriamente nervoso.

– Estava com a melhor companhia que poderia querer, maninho. – A frase veio de um homem que deveria ter mais ou menos a mesma idade que ela. E, considerando o jeito altivo, nojento e o emprego da palavra “maninho”, aquele era Gabriel.

Skye apertou ainda mais a mão de Leo. Queria que ele sentisse que não estava sozinho ali, que alguém, mesmo sem saber profundamente da história entre ele, Jemma e Gabriel, o apoiava e o entendia. Mas aquela, a aparição do irmão de Fitz, não era a única preocupação que ela tinha. Precisava saber o que aqueles homens faziam no avião. E, precisava saber ainda mais, qual a ligação que Ward tinha com o agente Garrett. Mesmo que ele tivesse mudado significativamente com ela, duvidava muito que ele daria um abraço daquela forma em alguém que não fosse intimo dele.

Afinal, ele era o Senhor Robô.

– Viemos aqui pedir ajuda. – Garrett disse quando todos estavam, enfim, em volta da mesa de reuniões. E, digitando meia dúzia de comandos, fez aparecer na tela que estava à frente deles a imagem de um garoto. – Este é o nosso problema. Estamos o seguindo há dias, e sempre que chegamos perto ele escapa. Não sabemos o nome, nem a origem da criatura. Apenas sabemos que ele não é humano.

– Alienígena. – Simmons bateu palminhas, mas logo se recompôs quando percebeu que era a única empolgada com aquilo. – Desculpem-me.

– Continuando, a primeira aparição dele foi no Chile, temos o rastreado desde então. Percebemos que ele se move rapidamente...

– ... Talvez seja o Flash! – Gabriel exclamou e recebeu um olhar furioso de Garrett. – Desculpe, senhor.

– Depois do Chile ele veio até os Estados Unidos, onde ficou bastante tempo, dois dias. Então seguiu para Paris, Portugal, e o último sinal que tivemos dele foi que esta aqui novamente, em solo americano.

– E vocês querem nossa ajuda? – Coulson indagou.

– Também, acredito que vocês saibam mais que minha equipe e eu.

– Mais? – Foi a vez de May perguntar.

– Eu andei pesquisando, você sabe Coulson a nossa organização esconde muito bem as coisas. Achei que essa trilha de destruição deixada pela criatura alienígena poderia ter algo a ver com um desses segredos. Descobri algo sobre uma criança no Chile. – O coração de Skye falhou duas batidas, depois acelerou de forma descompassada. Tentou apoiar-se na mesa, mas de alguma forma ela estava longe de mais. E se não fosse por Ward ter se materializado ao seu lado e a segurado, teria levado um baque feio.

– O que exatamente você descobriu, John?– Ward perguntou.

– Descobri muitas coisas, como por exemplo, que a tal criança era um 0-8-4. E está aqui, nos Estados Unidos. – Tinha um sorriso irônico nos lábios, como se aquilo tudo fosse uma novela e ele estivesse guardando o melhor para o final do capitulo. E então, como que para confirmar suas suspeitas, virando-se para ela, acrescentou – Mais exatamente aqui, nesse avião.

O mundo pareceu girar, como se ela estivesse em um carrossel, com milhares de cores e sons ao redor. Gira, gira, gira, gira, gira, gira, gira, gira e depois mais nada. Só um mergulho para o total e completo vazio, chamado escuridão.


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Notas finais do capítulo

TÃ DAM DAM!
Então, só pra adiantar uma coisa pra vocês: Essa tal criatura que o Garrett segue, tem sim a ver com o passado da Skye. Beijões de luz, queridos. MUHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
PS:. Como a fic está chegando ao fim, teremos uma nova regra nas postagens. De 15 em 15 dias. Então, amores do meu core, próximo capitulo será dia 15 do nosso lindo mês 6.
Ah, só pra constar, serei BEM pontual.
Quero vocês nos comentários, não esqueçam de mim BUÁ.



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