Danger escrita por Vespertilio


Capítulo 17
Alguns minutos


Notas iniciais do capítulo

VOCÊS ASSISTIRAM GOT? TÔ NO CHÃO!
AND VAI TER BEIJO SKYEWARD NO PRÓXIMO EPISÓDIO, TÔ MAIS NO CHÃO AINDA! SOCORRO! SOCORRO!
Enfim, obrigada pelas reviews, esse capítulo é bem leve, bem fofo. Porque né, eles merecem paz.
Ao menos por um tempo.



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Avião/ 23h59min.

Ward estava apaixonado. Apaixonado por um total e completo oposto. Apaixonado de uma forma que crescia mais e mais. A cada olhar, a cada respiração compartilhada, a cada beijo. O beijo. O beijo por qual ele tanto ansiara e com o qual, mesmo sem querer, tanto sonhara, estava acontecendo. As mãos dela estavam sem seus cabelos, e as suas mãos na cintura dela, puxando-a para mais perto de si. Não, definitivamente, Skye não era um monstro. Subiu a mão cuidadosamente por suas costas, emaranhando-a nos seus longos cabelos. Aprofundou o beijo, sentindo a respiração se alterar assim como a dela. Um sentimento bom o tomou, um sentimento que a muito não sentia. Um nome que a muito não pronunciava. Amor.

Eu não sei senão amar-te, nasci para te querer. Ó quem me dera beijar-te, e beijar-te até morrer.

Separou os lábios para que pudessem repirar, e encostou a testa na dela. Skye tinha um sorriso nos lábios. Ela envolveu seu rosto com as mãos delicadas, e lhe beijou brevemente, depois e de novo e de novo. Então suspirou longamente. Fitou-o por um longo tempo, era como se algo passasse por sua cabeça, como se ela estivesse lembrando-se de algo. Ward temia que fosse sobre o seu passado recentemente descoberto, mas não podia ser, pois ela ainda carregava o imenso sorriso nos lábios.

– Hm... Não foi assim que eu imaginei nosso primeiro beijo.

– Não? – Ela fez que não com a cabeça. – Quer dizer que você imaginava nosso primeiro beijo?

– Sim. Quer dizer – Skye corou levemente. – Sim – Escondeu o rosto entre as mãos. – E quando nós fomos a Paris, bem, você poderia ter aproveitado mais aquele jantar... Mas ficou com tal de “concentre-se na missão”. Estragou o clima.

– Skye. – Chamou-a e recebeu silêncio como resposta. – Skye, por favor. – Tentou tirar-lhe as mãos do rosto.

– A Skye não está. –Ela murmurou - Volte mais tarde.

– Sério? Que pena. – Fingiu-se de magoado, ao mesmo tempo em que se esforçava para não rir. – Eu estava louco para beija-la novamente.

– Estava? – desencobriu o rosto.

– É. – Deu de ombros. – Mas agora não estou mais.

– Por quê?

– Ela demorou muito pra voltar.

– Não, não, não demorou nada. – Jogou os braços em volta de seu pescoço e beijou-lhe na bochecha. – Você demorou muito mais pra se declarar pra mim e nem por isso eu desisti de você!

– Não desistiu porque está caidinha por mim. – Retrucou.

– NÃO! – Skye deu uma tapa no seu braço.

– Sempre esteve. – Mais uma tapa. – Está caindo de amores nesse momento... Isso é tão claro – Tentou imitar a voz dela - Eu estou apaixonada por você.

– Cale a boca, Grant Ward! – Começou a soca-lo seguidamente. – Cale a boca! Com quem aprendeu a ser tão irônico?

– Com uma certa lerdinha que eu conheci.

Ambos gargalharam, aquele era um som bom de ouvir. Não só o som de sua própria gargalhada. Mas o som da dela também, da mulher que ele amava, da mulher que o amava. Queria beija-la novamente, e teria feito isso se a porta não tivesse sido aberta por uma desesperada e sorridente Simmons.

~*~

– Desembucha Jemma. – Skye brincou com a amiga quando Ward saiu da sala deixando-as sozinhas.

– Eu sei que você está em recuperação. – Ela estava vermelha. – Mas Skye. Eu. Fitz. Ele. Eu. – Simmons soltou um longo suspiro. – Entendeu? Eu e ele, ele e eu... Ainda não acredito. – Cobriu o rosto com as mãos. – Esperei tanto por isso.

– Jemma. – Envolveu o rosto da loira entre suas mãos. – Eu não entendi nada. Nada.

– Não?

– Não. – Balançou a cabeça. – Você o Fitz o que? Descobriram a cura do câncer?

– Não, Skye. Não... Algo melhor! Quer dizer, não sei. A cura do câncer seria uma descoberta e tanto, mas é que eu...

– JEMMA SIMMONS!

– Fitz me beijou. – a loira murmurou. – Ele. Me. Beijou.

– Como? Quando? Onde? – Abraçou-se a Jemma e começaram a rodopiar dentro do quarto branco. – Eu sempre soube. FitzSimmons da depressão virando FitzSimmons da felicidade!

– Skye...

– Conte-me tudo. Tudo.

– Bem, quando você foi pega por Martina, Ward ficou muito mal, então para consola-lo, para me consolar, ficamos próximos nas últimas horas. Bem, isso gerou uma reação ciumenta em Fitz. Nós acabamos brigando quando fui confronta-lo, e então ele me beijou. – Jemma suspirou. – Depois de anos esperando pelo beijo, ele me beijou. Me beijou. – Levou a mão ao lábio.

– Um beijo após a briga... – Skye suspirou. – Queria que meu primeiro beijo com Ward tivesse sido assim...

– É um beijo após a bri... VOCÊ E WARD SE BEIJARAM?

– Com licença. – A porta foi aberta e Skye suspirou aliviada, não sabia se Ward gostaria de abrir o relacionamento deles para todos do ônibus. Aliás, eles tinham um relacionamento? – Skye – Fitz sorriu para ela. – Ainda bem que está melhor. – Correu até ele e o abraçou fortemente, não só por gostar dele, mas para parabeniza-lo. – Skye, você está me sufocando...

– Desculpe. – Murmurou e deu um soquinho em seu braço. – FitzSimmons hã?

– Skyeward hã? – Ele devolveu o soquinho e o tom irônico.

– Ele contou?

– Não, mas nem precisa. – Fitz deu de ombros. – Eu nunca vi o Ward cantando antes. – Então ele olhou para Jemma e caminhou até ela, pegando a mão dela entre as suas e beijando delicadamente. – Fiz seu chá de camomila. Achei que ia te fazer bem.

– Obrigada, Leo. – A mão livre dela acariciou o rosto do loiro. Ambos sorriam abobadamente. Skye fazia o mesmo. Com uma pontada de inveja dentro de si. Ward poderia ter admitido que a amava, mas nunca teriam um momento daqueles juntos. Ele não lembraria qual seu chá preferido, e nunca tomaria sua mão entre as suas delicadamente. Porque ele não era aquele tipo de homem. Do tipo romântico que a mimaria quando possível.

Caminhou com dificuldade para fora do quarto, algumas partes do seu corpo ainda doíam. Mas sentiu que precisava deixar Fitzsimmons sozinho para alguns minutos de privacidade e paz, aquilo era raro naquele avião. Encontrou Ward na cozinha, preparando algo que ela não conseguiu identificar pelo cheiro.

– Olá. – Cumprimento-o encostando-se ao balcão.

– Lerdinha. – Caminhou até ela e beijou sua testa. – Está melhor? – Fez que sim com a cabeça e Ward sorriu. Dando-lhe outro beijo na testa, mais demorado desta vez. – Estou cozinhando pra você. E como não sei muito bem o que você gosta, resolvi fazer minha especialidade.

– Cozinhando? Pra mim? – Sorriu deliciando-se com o som daquelas palavras. Queria que aqueles minutos, aquelas horas, não fossem só alguns minutos e horas. Queria que fossem mais. Muito mais. – O quê?

– Surpresa. – Ele sussurrou. – Mas eu acho que você vai gostar.

– Eu já estou gostando. – Sussurrou de volta, evolvendo a cintura dele com os braços e dando-lhe um beijo leve no queixo.

Talvez ela estivesse errada, e estava mesmo, Ward era sim do tipo de homem romântico. E ele estava provando isso com os pequenos gestos de um homem que estava perdendo sua face robótica.


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Notas finais do capítulo

NHONHONHO :3
Eu tô um pouco bem alterada, quando melhorar respondo todas as reviews. Mas, só pra constar, SKYEWARD POOOOOOOOOOOOW! HAHAHAHAHAHAHAHA acalmei.
Até a próxima. Ah! Uma surpresa pro Fitz no próximo capítulo. MUHAHAHAHA
Beijos de luz :*