Ele é aquele extremamente imprevisível. Vem e vai inesperadamente. Imediatamente. Às vezes nem tanto. Às vezes com um pedido terno ao pé do ouvido, ele fica... Às vezes com um carinho preguiçoso, ele vai...

Às vezes, após sua ida, sobe uma vontade ardente, insaciável de sua presença. Às vezes, durante sua vinda, o fato que sua presença ou ausência são igualmente gélidos atinge-me, mas ele com seus carinhos vazios e palavras falsamente doces fecham meus olhos para a verdade.

E assim, mais uma vez, ele ia. Deixando-me faminta e eu era obrigada a alimentar minhas expectativas com "talvez" e "às vezes" e então, quando ele percebia que eu estava a um passo de cair no precipício da realidade, ele vinha e fechava meus olhos com afagos enregelados e palavras aleivosamente confortáveis de que tudo estava bem.

No entanto, quando ele vinha, a expectativa de que ele viesse e sussurrasse um glacial "eu te amo" era enorme e esta não se satisfazia com os típicos "talvezes", porém, feliz ou infelizmente, isso apenas acontecia às vezes...