Our Promise escrita por Daughter of Universe


Capítulo 34
Capítulo XXXIII. Austin: Thank


Notas iniciais do capítulo

Lumus*
Aloha, gente!
Agora eu vou começar a anunciar a reta final da historia khujhe, estamos bem perto!
O capítulo é bem sentental mesmo, sorry kaidujs
Boa leitura!
Nox*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/466643/chapter/34

Austin Moon - Palco do Festival - 00h00min

E novamente Ally Dawson me deixou confuso. E outra vez ela rachou meu cérebro com suas complicações e seu jeito durão. E novamente ela ferrou comigo.

Ela socou meu olho depois daquela pequena discussão em cima do palco. Ela parecia não pensar direito, e ao mesmo tempo desabafar, ela parecia a ponto de chorar, e eu estava sendo tolo, querendo pagar de bonitão para meus fãs, tudo para receber um soco no olho.

Depois de colocar gelo no hematoma e declarar o pior show da minha vida como encerrado e todas aquelas pessoas irem embora, desabei no meio do palco. Eu sentia todas aquelas emoções de novo. Eu a sentia de novo, vindo com tudo e me acertando com tudo que podia, com tudo que conseguia. Um desafio contra ela. Era impossível vencê-la no que ela queria. Ela era a minha compositora, minha namorada, a mulher que sempre vou lembrar como minha.

E agora ela me desafiou para algo que ela é extremamente boa.

É algo contraditório, considerando que ela já é um desafio, e ela sempre me ferra com o orgulho e a teimosia que tem.

Peguei o meu celular e liguei para Sammy. O único que me ajudara esse tempo todo, e que poderia me acalmar agora.

— Olá? – Ele soava irritado e sua voz era rouca. – Quem é?

Aquela voz era estranha, e não parecia o meu amigo sádico. Parecia um louco estuprador que tinha acabado de acordar.

— Hã, oi? É o Sammy? Quem fala é o Austin Moon. – Franzi a testa para minha imaginação fértil criando coisas falsas de quem estaria falando do outro lado.

— Ah, ah! Oi Austin! Não o reconheci. – Ele tossiu e riu. – Me desculpe. É o Sammy sim. Está precisando de algo?

— Hã, sim. Lembra-se daquela garota que eu estava há alguns anos? E que aconteceu tudo aquilo em Miami...

— Sim, sim. A tal de Ally. O que tem ela? – Sua voz soava entediada e fraca.

— Bem, ela voltou. Quer dizer, ela mora aqui... Ela invadiu meu show e me desafiou para um Festival Musical. – Não quis contar sobre a nossa conversa, pois era algo muito irrelevante e pessoal para mim.

— Bem, você é ótimo nisso, por que está me ligando? Não é problema, ela tem medo de palco, não era?

— Não, quer dizer, sou. É que... Ela quer músicas originais, de minha autoria. Se não for de minha autoria, eu perco, ela ganha. – Ele gelou, pois mesmo com o medo de palco, sabia que Ally era gananciosa quando queria, e que iria ao palco por orgulho.

— Uh, isso é um problema. Eu já não te disse pra não dar mais bola para ela? Ela te ferrou! Ignore-a, mantenha-a longe!

— Eu tentei tá legal? – Menti. Eu nunca conseguiria manter Ally Dawson longe.

— E...?

— E ela socou a minha cara, feliz?

— Mas que merda, Austin Moon! Deixa de ser idiota! – Ele pareceu realmente irritado. – Fica longe dessa garota, você tá me ouvindo? Mantém distância, observe-a para ganhar e só para isso. Não queremos que o namorado dela acabe com a sua raça.

— Namorado?

O sonoro “bip” foi ouvido logo depois. Austin ficou indignado. Sammy praticamente berrara com ele por telefone e desligara na sua cara.

— Filho da puta! – Ele gritou e socou a madeira do palco.  – Ai!

Namorado? Como Sammy saberia algo sobre Ally? Será que foi um palpite? Algo estava errado ali. Sammy era sádico, mas nunca foi explosivo. Era como se ele estivesse lutando entre ser paciente ou malvado.

Ouvi om de palmas e um ruivo saiu de trás de palco. Usava calças de cores diferentes e uma camisa estampada. Ele colocou as mãos no bolso.

Tive que lutar contra as lágrimas ao perceber o tamanho do erro que cometi ao demiti-lo. E ao demitir Trish, e ao aceitar o desafio da Ally. E ao me transformar naquele monstro sem coração que estava sendo justamente por nada.

— Dez?

— Oi Austin. – Sua voz era seca e alegre ao mesmo tempo. Levantei-me do chão e andei até ele. Meus olhos certamente estavam vermelhos, mas eu não ligava, eu queria ao menos o perdão do meu melhor amigo.

— Eu...

Ele arqueou as sobrancelhas e deu tapinhas de leve em meu ombro, sorrindo fraco.

Senti uma lágrima de vergonha descer pelos meus olhos, senti a culpa sair de cima de mim e aquele erro que parecia deixar meu coração se conspurcar deixou de enchê-lo de trevas, parecia que meus pulmões eram balões cheios de ar, que de repente se esvaziaram. Parecia que eu finalmente encontrei a luz, depois de tanto tempo.

Apoiando-me nos joelhos, eu me levantei e o abracei com toda a força que tinha, queria passar por ali meu pedido de desculpas, meu pedido de amizade e o pedido de abraçar de volta.

Quando ele riu e bagunçou meus cabelos, retribuindo ao abraço, eu senti que já não estava mais sozinho naquele mar de gente. Eu estava com meu melhor amigo naquele mar de gente, e isso já me ajudava.

— Eu lamento cara. Lamento por tudo. E pela Trish, pela Ally, por você, pela nossa amizade. Por tudo. Eu tô arrependido mesmo. Estava cansado de fugir disso. Achei que quando visse vocês de novo, não sentiria nada. Mas voltou tudo, e eu não consigo aguentar o barco sozinho.

— Tudo bem. Eu tô contigo. A Trish também está.

Quando vi, a baixinha de cabelos cacheados já se dirigia até mim. A pessoa que me ajudou a ficar com a pessoa que eu gostava. A pessoa que eu dei as costas quando mais precisava de mim. E ela merecia mais do que desculpas e um abraço, merecia o trabalho de volta.

— Trish! – Sorri e a abracei. Acariciei seus cabelos embaraçados e beijei sua testa. – Foi mal, baixinha. Você sempe vai ser a minha empresária. Sempre.

Ela sorriu e seus olhos marejaram-se. Eu já estava explodindo de felicidade, e por um momento, todos os problemas da minha vida foram apagados, e eu já não lembrava quem era Sammy ou quem era Ally. Daniel Costa era apenas um mero problema perto da minha reconciliação com meus melhores amigos.

Enquanto estávamos na pizzaria, eu peguei um papel e olhei-os. De repente, eu senti alguma coisa de novo, de repente, sabia o que escrever e o que cantar. E sabia o que iria tocar e quem iria me ajudar.

O melhor amigo ao lado.

Sammy fora um amigo e tanto, mas Dez sempre me ajudou, e ele merecia mais do que ninguém ser homenageado com aquele evento que iria ser o meu passaporte para o perdão da Ally. Ou não.

Ruivo e loiro conversam sozinhos

Ao lado de uma janela fria

Embaixo do céu azul.

Embaixo do mundo e da escuridão

Ao lado do que conseguirão

Derrubam muralhas pesadas e fortes

Que sempre enfrentarão.

Muralhas do corpo e do coração

Muralhas tão frias como gelo,

Que um dia cairão

Por causa do calor do amor

E a recíproca gratidão.

E ali estava o que sentia agora, minha muralha de gelo cair por causa do amor, e sentia gratidão. Estava grata ao Dez, por me dar o que eu sempre quis.

Um irmão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Our Promise" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.