Assim que acabou a aula, Pablo se ofereceu para ir com ela até a sala, mas ela não aceitou.

–Então só o que tenho para lhe desejar é boa sorte.

–Obrigada Pablo, se eu demorar um pouco para encontrar a Jaque avisa para ela por favor.

–Claro.

E Angie seguiu para a sala do Sr. Castillo, parou para pedir informação e foi quando ela achou a sala.

Hesitou um pouco se batia, pois a porta estava entreaberta. Mas decidiu bater.

–Pode entrar.

–Com licença professor.

–Srta. Saramengo. – Ele a encarou com frieza - sente-se.

Angie abraçou sua bolsa em frente ao peito como se ela fosse um escudo.

–A senhorita não acha que é muito desastrada?

–É um defeito professor. Sempre foi assim.

–Não sei como chegou a faculdade. Mas isso não vem ao caso. A verdade era que queria lhe alertar. Quando faço uma pergunta gosto que seja respondida. Se a senhorita continuar desse jeito eu lhe expulso do curso. Entendido?

–Sim professor.

–Pode se retirar.

Angie se levantou cabisbaixa pois estava se sentindo mal, não sabia que ele seria tão frio com seus alunos.

Ela foi caminhando pelo campus quando senta em um banco perto de uma lagoa. Pegou seu ipod colocou os fones e começou a escutar música.

Germán estava se sentindo mal e não sabia por que. Se sempre tratou seus alunos assim e nunca se sentiu desse jeito, mas não podia relevar. Ele odeia alunos atrapalhados e que ainda por cima não prestam atenção em sua aula.

Angie estava distraída quando uma menina de cabelos curtos na altura do ombro chega perto dela.

–Oi, qual o seu nome?

–Angie, e o seu?

–Violetta. Você está triste?

–Não, eu estou bem. Só estou pensando.

–Você gosta de música também?

–Eu amo música. E você?

–Eu sinto que cantar é o que sou, mas meu pai acha que é uma perda de tempo música, tanto tocar quanto cantar, mas eu tenho um violão e toda vez quando ele não está por perto eu vou para o jardim e toco. Minha mãe tocava.

Ela abaixou a cabeça e por um instante pensou que ela fosse chorar.

–Tá tudo bem, a gente pode cantar um dia desses.

–O.k promessa é divida, vou falar com o meu pai. Depois nos falamos e combinamos de jantar lá em casa. Fica perto daqui.

–Seu pai trabalha aqui?

–Sim. Bom deixa eu ir, tchau Angie.

–Tchau Violetta.

E Violetta foi ao encontro do pai e Angie ficou se perguntando o que será que aconteceu com a mãe dela. E por que o pai era tão severo coma filha.

Violetta entrou na sala e logo abraçou e beijo o pai.

–Pai, posso pedir um favor?

–Claro filha. O que é?

–Eu fiz uma amiga hoje e queria que ela fosse lá em casa jantar com a gente, assim o senhor também conheceria ela.

–Tá meu anjo, pode levá-la.

–Ai papai, obrigada.

Germán sabia que seria bom ele deixar, pois ela não leva muito seus amigos para casa, mas em parte a culpa é dele.

Angie ficou esperando mais um pouco pro caso de Violetta aparecer, e ela apareceu.

–Angie. Angie, papai deixou você ir janta hoje. Por favor, vai. Por favor.

Violetta fez biquinho sabendo que ninguém resistia ao biquinho dela.

Angie revirou os olhos e Violetta a abraçou pois sabia que tinha conseguido. Deu o endereço para ela e disse que a estava esperando.

*na hora do jantar*

–Angie, onde você vai toda arrumada?

–Para Jaque eu estou normal. Vou para um jantar na casa de uma amiga.

–Amiga... Hum... Sei...

–É sério Jaque.

–Tá tá. E como foi com o carrasco?

–Foi péssimo, esse cara foi pior do que pensei quando você me falou. Agora deixa eu ir que estou atrasada.

E assim Angie deixou o campus e foi andando, Violetta tinha razão era perto mesmo, logo que achou a casa tocou a campainha e Violetta atendeu.

–Angiee.

–Oi Violetta.

–Me chama de Vilu, entra. Papai já tá vindo. Vou chamar ele. PAPAI, ELA CHEGOU.

Angie reparou na casa. Era muito aconchegante, como Vilu havia mencionado tem um jardim lindo, com lírios sua flor preferida. Angie estava um pouco deslocada, mas estava fazendo isso por Violetta. Havia adorado a menina, ela foi muito simpática. Quando uma voz suave e doce interrompe os pensamentos de Angie.

–Oi.

Logo que Angie reconhece essa voz se vira, se assusta um pouco com quem ela se encontra.

–Angie, esse é o meu pai. Pai essa é a Angie, minha amiga.

–Que mundo pequeno senhorita. Seja bem-vinda.

*continua*