Não Foi Apenas Um Imprinting escrita por Joice Santos


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores, tudo bem?
Trouxe uma One novinha pra vocês. Se curtem o casal Sam & Emily então vão gostar dessa história.
Quero dedicar essa fic a Gracii Cullen que me pediu uma One e eu fiquei enrolando ela por um bom tempo. Desculpa, Gra. Finalmente saiu ;))
Espero que gostem...



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Pov. Emily

Meu nome é Emily Young, tenho 23 anos e sou completamente apaixonada por meu namorado Sam Uley.

Ainda é estranho dizer a palavra “namorado”. Afinal, estamos namorando apenas há 2 meses. Mesmo assim, sinto que o amo com todas as minhas forças.

E pensar que há alguns meses atrás seria completamente errado nutrir qualquer sentimento que fosse por ele.

Sam namorava minha prima Leah.

Eu morava na reserva Makah, próxima à La Push. Quando eu era mais nova e ia visitá-la, Leah sempre me contava que estava a fim de um garoto da reserva Quileute. Éramos bem unidas. Até ela completar 18 anos e ela começar a namorar o tal rapaz. Leah e Sam não se desgrudavam pelo que a família dizia. Eu já não ia mais visitá-la. Ela estava ocupada demais com o namorado. E quando ela me telefonava o assunto era sempre o mesmo. Sam.

Os dois já estavam juntos há 3 anos.

Foi quando, numa festa de fim de ano, tudo mudou. Na ceia de natal realizada na casa de Leah, porá ser mais precisa. Eu e minha mãe fomos convidadas, afinal, era época de reunir a família.

Como previ, o tal Sam estava lá.

Quando entrei na sala da pequena casa dos Clearwater, lá estava Sam. De costas, conversando com Leah. Deduzi ser ele já que estava segurando a mão de minha prima.

Leah me viu e soltou sua mão para acenar para mim. Assim que ela fez isso, ele se virou para ver com a namorada falava. Seus olhos castanho-escuros focaram nos meus.

Então tudo parecia estranhamente girar. Ou talvez tudo estivesse congelado, parado. Eu não sabia na hora. Parecia estarmos conectados.

Eu sentia como se um fio estivesse prendendo seu olhar ao meu. Como se fosse impossível desviar para outra direção.

Meu corpo queria avançar em sua direção, me aproximar daquele homem que me encantara instantaneamente.

O que? No que eu estava pensando? Chegar perto do namorado da minha prima?

Não!

Tratei de expulsar esses pensamentos.

Forcei meus olhos a desviarem para outro lugar. Obviamente meus olhos tinham vontade própria, já que foram justamenta pra onde não deviam. Sua boca.

Droga! Seus lábios carnudos me chamavam ainda mais atenção.

Abri lentamente a boca, imaginando o sabor da sua na minha.

Não, não, não!

Desviei outra vez meu olhar, parando em seu perto largo. Depois em seus braços fortes. Não importava pra onde eu o olhasse. Tudo nele me chamava atenção, me prendia. Tudo nele parecia tão... Perfeito?! É... perfeito demais.

Demais pra mim! Ele é da Leah, é o namorado dela.

É possível se apaixonar apenas com apenas um olhar? Bom, se não, acabou de ser.

Mas o que eu estou pensando de novo? Não, isso está errado!

Não sei se passou horas ou minutos, mas ele ainda me fitava. Não desviava o olhar de mim e isso parecia uma força que me puxava para ele.

Forcei meu corpo a sair dali. Corri daquela sala de estar que parecia estar me sufocando. Deixando para trás uma Leah me chamando confusa e um homem proibido com olhar encantador.

Aquele natal foi realmente bizarro. Leah me encarava desconfiada o jantar todo e Sam, bom, não sei. Não me atrevi olhar em sua direção, apesar de que fosse difícil, já que estava ao lado da minha prima.

No dia seguinte voltamos pra casa. Eu só queria esquecer aquele homem moreno e forte, de lábios e olhar convidativos.

Passou um mês e eu não atendia as ligações ou respondia os emails de Leah. Depois de algumas semanas ela desistiu de fazer contato comigo. Minha mãe insistiu tanto para que eu fosse falar com Leah. Afinal, éramos primas e ela não fazia ideia do porque eu estar a ignorando.

Fui para La Push num final de semana. Eu e Leah fomos dar uma volta na praia para conversarmos. Fiquei sentada numa rocha, olhando o mar. As pequenas ondas se quebrarem e o vento soprando meus cabelos no rosto.

Leah havia ido buscar um casaco em sua casa que era bem pertinho dali.

-Posso me sentar aqui? – escutei uma voz grossa masculina e aveludada perguntar.

Era ele.

Virei-me para encará-lo e meu coração falou uma batida. Porque só a simples presença dele me causava reações que nem eu mesma entendia? Se bem que de simples a presença dele não tinha nada. Ela preenchia ao ambiente por maior que fosse.

Eu podia jurar que ele ainda tinha aquele mesmo brilho nos olhos de quando me encarou na noite de Natal.

-Olha, é... A Leah já está voltando. –falei um tanto desconcertada com aquela situação. Eu e ele ali, sozinhos.

Ele estava sentado ao meu lado, também encarando o mar. O dia nublado e a infinidade cinza a nossa frente.

-Bom, se é com isso que está preocupada... Eu e Leah não estamos mais namorando. – ele deu de ombros, depois pegou uma pedrinha e jogou de leve para frente.

Ã? Como assim não estavam mais namorando? Isso poderia ser culpa minha? Pelo minha reação exagerada naquela noite?

Não, espero que não.

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Ou segundos, não sei. O tempo ao lado dele parecia parar. As ondas do mar a nossa frente pareciam quebrar em câmera lenta.

Virei-me para encará-lo e uma tatuagem redonda em seu braço me chamou a atenção.

-Tatuagem interessante. Algum significado especial? – perguntei tentando quebrar aquele clima tenso que, por motivo que eu ainda não conseguia entender, se instalava entrenós.

-Longa história. – ele suspirou pesadamente.

-Temos tempo. –falei realmente curiosa.

Ele riu do leve abaixando a cabeça, depois me encarou com um sorriso de canto. Outra vez pude sentir aquele fio prendendo o olhar dele ao meu.

Talvez, só talvez, eu não quisesse nunca que aquele fio fosse cortado.

-Eu acho que prefiro gastar esse tempo de outra forma. – ele disse mais sério.

Sem desviar os olhos dos meus, sua mão tocou meus dedos espalmados na pedra fria. Desviei meu olhar para nossas mãos. Tão próximas. Juntas.

- Então foi por isso que você terminou comigo? Pela Emily? Foi por ela, Sam?! – puxei minha mão no instante que escutamos os gritos de Leah atrás de nós.

-Leah, para. Não é nada disso. Estávamos apenas conversando. – Sam disse já de pé. Eu me levantei também.

-Não quero explicações, Sam. Eu já sabia, eu sentia que você estava a fim de outra garota, mas não pensei que fosse a Emily. – Leah jogou porá cima dele. – E você, Emily... –Ela me encarou – Bom, eu confiava em você. Mas me enganei. Minha própria prima. Não consigo ficar aqui olhando pra vocês. – ela jogou o casaco em suas mãos no chão e correu de volta pra casa.

Voltei para casa na mesma tarde.

Depois daquele dia era Leah quem me evitava. Tentei falar com ela várias vezes, mas não adiantou.

As semanas se passaram e eu fui surpreendida com uma visita dele.

O que Sam queria em minha casa?

Não pude deixar de me sentir um tanto feliz por vê-lo em minha porta.

Sam me surpreendeu mais do que achei que fosse possível. Ele se declarou para mim com palavras tão doces e carinhosas. Trouxe-me até flores. Mas eu não conseguia parar de pensar enquanto aquilo parecia errado.

Tentei a todo custo convencê-lo disso, mas minhas duvidas foram completamente embora quando ele me beijou.

Era inexplicável aquela sensação. Os lábios quentes dele se afundando nos meus. Podem me julgar, mas naquele momento eu não me senti culpada. Não havia mais Leah, confusão na praia, ou qualquer dúvida e medo. Eu só o queria ali, colado a mim. Sentir seu gosto e me aquecer em seus braços.

As semanas se passaram eu já não podia mais negar a mim mesma. Estava apaixonada por Sam Uley! Sempre nos falávamos por telefone ou email. Tirando as vezes que fazia suas visitas surpresas.

Recebi uma proposta de emprego em La Push para trabalhar em uma livraria. Bem melhor que o simples bar que trabalhava em Makah. Então assim, me mudei para La Push.

Éramos maiores de idade, e por maior que fosse nosso receio ou medo de contar aos familiares sobre o namoro, resolvemos assumir de uma vez.

Se antes Leah estava triste comigo, agora ela estava com raiva. Raiva por ser trocada e traída. Estar perto dela fazia com eu me sentisse culpada. E a culpa só crescia ao olhar em seus olhos e ver, por trás da raiva, a decepção.

Apesar de tudo, esse dois meses ao lado de Sam estão sendo perfeitos. Pelo menos quando estamos a sós. Sim, estava valendo a pena.

-Paul, eu não posso contar a ela. Não agora. – escutei a voz de Sam sussurrando com seu amigo.

Cheguei a sua casa para chamá-lo para irmos dar uma volta pela praia. Mas parei na porta de seu quarto assim que o escutei.

-Você precisa contar. Se você se descontrolar perto dela será pior. Ela precisa ficar preparada pelo menos, caso você “exploda”. – Paul disse.

Como assim “Caso você exploda”? Do que eles estavam falando.

-Eu vou me controlar. Não posso machucá-la. Mas se ela souber do imprinting vai achar que não a amo de verdade.

“Im”... O que? Porque isso faria com que eu duvidasse do amor dele? Já chega. Preciso entender essa história. E preciso agora!

-Sam? Do que vocês estão falando? – entrei no quarto os surpreendendo.

-Emily?! É... O que você ouviu? – ele parecia bem nervoso.

-Me explica isso, Sam. Do que preciso saber? –exigi olhando dele para Paul. Depois voltando e fixando meu olhar nele.

-Emily, calma. Eu preciso que você sente e me escute. – ele veio em minha direção e segurou meus braços.

-Eu estou calma. E não quero me sentar. Fala de uma vez, Sam Uley! –falei, alterando meu tom de voz e me desvencilhando de seus braços.

Sam olhou para Paul, que entendeu o recado e nos deixou a sós.

-Emily, eu... Como é que vou falar isso. – ele falou mais para si mesmo do que para mim. – Eu... Bom, eu me transformo em lobo.

-Você está brincando comigo, só pode?! Sam, isso é sério! – falei, não acreditando que ela além de esconder algo era capaz de fazer brincadeiras sem graças.

Ele se transforma em lobo? Ah, conta outra!

-Sim, Emily, isso é mesmo sério. Lembra-se da lenda da tribo? Que nós da tribo Quileute descendemos dos lobos? Bom, digamos a lenda em si não seja falsa. Somos transfiguradores. Mas isso não é com todos.... – ele começou a explicar toda complicada história da tribo outra vez, só dessa vez contando os reais fatos, sem me esconder nada.

Quando chegou à parte sobre o tal ‘imprinting’ fiquei um tanto perdida. Então ele teve uma conexão comigo e por isso terminou com Leah?! Isso servia apenas para criar futuros lobos mais fortes, achar o “par ideal” para reprodução? Mas e a onde o amor que ele dizia ter por mim se encaixava nisso tudo?

-É então você tem mesmo razão. – disse baixo.

-Sobre o que, Emily? – me perguntou confuso.

-Eu realmente acho que você não me ama de verdade. – dizer isso causou um aperto no meu coração. Se alguma vez na vida eu acreditei em amor a primeira vista, em amor, essa vez com ele.

Bom, agora tudo não passava de uma simples ilusão criada por meu coração e tal do imprinting.

Eu não conseguia encará-lo, ou melhor, não queria encará-lo. Não queria que ele visse minhas lágrimas. Virei-me de frente para parede.

-É claro que eu te amo, Emily. Isso de imprinting não tem nada a ver. – senti ele se aproximar de mim. Sua respiração quente em minha nuca.

Apertei meus olhos e deixei mais lágrimas escaparem.

-Tem sim, Sam. Tem tudo a ver. Se não fosse por isso você ainda estaria lá namorando a Leah. Foi só por isso que você quis ficar comigo. Você acha que me ama, mas não ama de verdade. – me virei para encará-lo.

-Claro que amo, Emily. Não diga isso. Eu te amo com todo meu coração, qual é?! Eu escolhi você. –Seus olhos tristes pareciam clamar por mim. Desesperados por compreensão.

-Não Sam, você não me escolheu. Foi o imprinting que decidiu isso por você.

Vi ele se virar e socar a parede. Seu corpo começava a tremer.

-Que droga, Emily! – ele praguejou. – Não posso perder o controle perto de você. Não quero te machucar.

Dei um passo pra trás e ele voltou a me encarar.

Era tão difícil acreditar que o amor dele era mesmo verdadeiro, vinha dos sentimentos ele. E não furto dessa coisa de lobo. Poxa, eu o amo tanto. Enfrentamos críticas das pessoas que amamos para podermos ficar juntos. E agora tudo parecia um castelo de areia desfeito pelo mar. Desabou. Como se nunca tivesse estado ali após uma onde ter passado sobre ele.

-Emily, me escuta. – ele tomou meu rosto nas mãos. – Esse imprinting pode sim ter sido o que nos uniu. O que nos fez olhar um para o outro e sentir essa atração que entre nós é quase palpável. Porém isso fez nos atrairmos e não nos amarmos. O que me fez te amar foi meu coração. Foi ele que encantou pelo seu jeito doce e incrível de ser, às vezes até um tanto mandona. – ele riu de leve. – Pode sim haver uma força maior que me leve pra você, mas, Emily, é o meu coração que me faz permanecer. O nosso amor que me faz querer ficar ao seu lado. Meu coração está ligado ao seu de uma forma bem maior que nem eu mesmo consigo entender. E isso não tem só a ver com o imprinting. Tem a ver com o que eu quero sentir por você. Eu quero te amar cada vez mais e ficar ao seu lado por vontade própria. Por que foi meu coração que te escolheu. E que se dane o imprinting, eu até agradece se foi ele que me fez enxergar você.

Ele terminou de falar sorrindo e me tomou num beijo intenso. Um beijo que explodia mil sensações dentro de mim. Eu realmente podia sentir todo esse amor que falava.

Porque mesmo eu estava duvidando?

Não havia por que ter medo, ter dúvidas. Eu pensava que tudo era uma obrigação do imprinting. Ele não era obrigado me amar daquela forma. Como ele mesmo havia explicado o “objeto do imprinting”, no caso eu, era livre para escolher que tipo de relação queria manter com a pessoa. E meu coração escolheu o amar de todas as formas possíveis, como um homem ama uma mulher. Como um casal que vai ficar junto para sempre.

Assim como ele me escolheu.

-Então você me ama mesmo, por vontade própria? – quis apenas confirmar. Ouvir da boca dele mais uma vez. A sensação era indescritível. De amar e ouvir que se é amada.

Ele me deu um selinho e depois sorriu.

-De uma forma inexplicável que nem cabe no peito. – ele respondeu, enchendo meu rosto de beijos. Eu ri em meio aos beijos que recebia.

-Meu coração também te escolheu, Sam. Pra ficar para sempre. – segurei seu rosto. Minhas mãos se encaixavam perfeitamente em suas bochechas. Sua pele quente tão aconchegante.

Finalmente entendi o porquê ele ser tão quente. E bem, eu nunca reclamei de sua temperatura. Era tão bom me aninhar a ele.

-E eu vou. Vou ficar pra sempre, Emily. Com você, só com você. – ele me beijou outra vez. Passou os braços por minha cintura me erguendo do chão e me girando pelo quarto.

Ficamos ali, entre beijos e sorrisos. Com a certeza de que escolhemos um ao outro por vontade própria. Que nossos corações se escolheram. Conectaram-se de uma maneira que ultrapassa até mesmo nossa compreensão.

Por que esse nosso amor não foi apenas um imprinting.

Fim.


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Notas finais do capítulo


E aí gente?! Curtiram?? Espero que sim *----*
Deixem um comentário, please?!
Beijinhos da Joi :33



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