No capítulo anterior...

— Entre — disse ele.

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Capítulo 13

Bella's P.O.V.

Edward me encarou com olhos marejados, o que cortou meu coração.

— Edward! — abracei-o com toda a minha força. — Não fique assim. Ela é só uma...

— Bella, não. — repreendeu-me. — Ela é minha mãe.

— Não, não é. — contestei. — Tia Esme é sua mãe, não aquela ‘Denise’. — pronunciei o nome com desprezo. — Você mesmo disse isso.

Ele respirou fundo e permaneceu calado, enquanto eu o abraçava, buscando confortá-lo.

Ficamos um tempo assim até ouvirmos Esme nos chamando no andar de baixo.

Soltei-o e segui em direção à porta.

— Você está bem? — repeti minha pergunta.

— Não se preocupe comigo — ele deu um meio-sorriso lindo, porém triste.

Notei que ele se desviara de minha pergunta, mas ignorei e prossegui até a cozinha, onde Esme estava com nossa janta.

Assim que me viu, Esme segurou meus ombros e olhou para algum ponto atrás de mim, como se checasse que estávamos sozinhas.

— O que houve, Bella? — ela me olhou com uma intensa preocupação.

Eu a encarei. Tia Esme sempre fora muito boa para mim. Ela e Edward me ajudaram a largar grande parte dos meus antigos “hábitos”, por assim dizer. Ela não merecia isso. Logo minha tia, uma pessoa tão amorosa.

Não. Eu não iria deixar ela preocupada. Aquela Denise desistiria de nós, cedo ou tarde. Ou pelo menos assim eu esperava. Tia Esme não precisava se preocupar com uma vaca inútil.

— Do que está falando, tia? — fiz cara inocente. — Não aconteceu nada.

Ela me olhou desconfiada, mas me soltou. Edward entrou na cozinha alguns segundos depois. Seu rosto estava bem melhor.

— Sentem-se, queridos, vamos comer.

O jantar seguiu silencioso, mas enquanto retirávamos a mesa, Esme nos abordou e ordenou que a respondêssemos suas perguntas.

— O que houve hoje mais cedo e por que vocês chegaram em casa tão tarde? — começou severa.

Olhei para Edward, pretendendo responder com uma meia-verdade, mas ele me surpreendeu ao começar a relatar:

— Sinto muito, mamãe. Bella e eu estávamos voltando para casa, mas uma mulher nos parou na rua.

— Uma mulher? — Esme arqueou as sobrancelhas.

— Minha mãe biológica. — Edward disse cabisbaixo, com uma voz trêmula.

Esme empalideceu.

— Den... Denise? — gaguejou.

Edward manteve sua cabeça inclinada.

— E o que ela queria? — Esme se desesperou.

Não houve resposta, então Esme me olhou suplicante.

— Ela disse que levaria o Edward com ela. — Esme estava perigosamente branca — Ela começou a falar umas baboseiras. Edward fingiu que iria com ela, mas nós saímos correndo e nos escondemos até escurecer. E foi por isso que nós chegamos tarde. — Finalizei com um tom sério.

Minha tia estava muda e pálida, tão pálida que parecia estar meio verde. Isso me assustou.

— Tia Esme? A senhora está bem? — perguntei temerosa. Ela me olhou com a respiração acelerada e balançou a cabeça negativamente. — Tia Esme?

De repente, vi minha tia cair no chão, inconsciente, e Edward se ajoelhando para ajudar sua mãe.

Sem que precisassem me pedir, corri até o telefone e disquei 911.

—911. Qual a sua emergência? — disse uma voz do outro lado da linha.

— Minha tia está desacordada. Eu não sei o que está acontecendo. — falei rapidamente.

— Acalme-se, senhorita, me passe o endereço de onde a senhorita e sua tia se encontram, e mandarei uma ambulância. — fiz o que ela mandou, exceto pela parte de me acalmar. — A ambulância chegará dentro de 15 minutos, senhorita, acalme-se.

Desliguei o telefone, agradecendo a mulher que me atendeu. Corri até a bolsa da tia Esme e peguei toda a documentação dela que consegui encontrar. Eu sabia que eu podia estar exagerando, mas eu não correria riscos. Eu não voltaria à Nova York. Eu não deixaria o Edward sozinho. Minha tia precisava de ajuda, e eu a ajudaria assim como ela fez comigo.

A ambulância chegou rapidamente, e minha tia foi acomodada nela ainda mais rápido pelos paramédicos.

Eu e Edward entramos na ambulância e nos sentamos. Olhei para seu rosto e vi preocupação estampada em seus olhos. O abracei.

Chegamos ao hospital em questão de minutos. Tia Esme foi levada para um quarto enquanto eu registrava-a na recepção. Após tudo estar pronto, Edward e eu seguimos até a sala de espera.

Ficamos sentados em silêncio pelo que me pareceram horas, até que apareceu um homem louro, bonito, de olhos castanhos, e se dirigiu a nós.

— Vocês são Edward Dwyer e Isabella Swan? — perguntou, e eu assenti. — Sou Carlisle Cullen, o médico designado para Esme Dwyer. Ela está bem, e acabou de acordar e me pediu para chamá-los.

Edward e eu nos levantamos e seguimos o doutor Cullen até um quarto, onde Esme estava deitada na cama.

— Tia! — a abracei. — A senhora nos assustou!

Quando a soltei, Edward a abraçou, mas não disse nada, talvez pelo fato de o Doutor Cullen ainda estar presente, ou talvez apenas por não querer falar nada.

— Bom, senhorita Swan, sua tia está bem, e receberá alta amanhã pela manhã, pois terá que passar a noite em observação.

Eu assenti,agradeci o médico e fui me sentar na ponta da cama onde tia Esme estava. Edward e eu passamos mais umas duas horas no hospital, conversando com tia Esme sempre que o quarto estava vazio, depois fomos andando para casa.

Eu tomei um banho, vesti meu pijama, e desejei boa noite ao Edward, indo dormir logo em seguida.

Às duas da manhã, eu acordei e fiquei olhando o relógio, sem conseguir dormir.

Levantei-me, peguei meu travesseiro e minha coberta, e fui ao quarto de Edward, abrindo a porta devagar, evitando barulhos. Edward estava tão lindo dormindo. Coloquei meu travesseiro no canto da cama de Edward, me aconchegando e me cobrindo no canto da cama, para não acordar Edward.

Fiquei uns minutos olhando para ele, até que não resisti, e selei meus lábios nos dele.

Ele abriu seus olhos, sonolento, e me encarou.

— O que você está fazendo aqui? — me perguntou mal conseguindo abrir seus olhos.

— Eu não consegui dormir, então eu vim te fazer companhia. Você sabia que você fica irresistível até quando está dormindo?

Ele riu e me deu um selinho, me puxando mais para perto de si.

— Vamos dormir, está tarde. — ele disse

Então, me aconcheguei em seu peito e dormi inalando aquela deliciosa fragrância que emanava de seu peito.